1. INTRODUÇÃO
Historicamente, a maioria das nossas preocupações sobre a pureza das águas tem sido relacionada com a transmissão de doenças. Portanto, foram desenvolvidos testes para determinar a segurança das águas, muitos destes testes também são aplicáveis em alimentos.
Entretanto, não é prático procurar somente patógenos nos abastecimentos de água. Por outro lado, se encontramos o patógeno causador do tifo ou da cólera, por exemplo, no sistema de águas, a descoberta já será tarde para prevenir um surto da doença. Além disso, estes patógenos só estão presentes em pequenas quantidades e provavelmente não estariam incluídos nas amostras testadas.
Os testes para pureza de água utilizados atualmente, visam detectar organismos indicadores em particular. Existem vários critérios para um organismo indicador, o mais importante é que o organismo esteja consistentemente presente em números substanciais nas fezes humanas, de forma que sua detecção seja uma boa indicação que resíduos humanos estão sendo introduzidos na água. O organismo indicador também deve viver na água pelo menos tão bem quanto os patógenos. Os organismos indicadores devem ser detectáveis através de testes simples que podem ser executados por pessoas com pouco treino em Microbiologia.
Nos Estados Unidos, os organismos indicadores usuais são as bactérias coliformes. Coliformes são definidos como bastonetes gram – negativos aeróbios ou anaeróbicos facultativos, não formadores de endósporos, que fermentam lactose com produção de gás em 48 horas de incubação caldo lactosado a 35ºC. Como alguns coliformes não são enterobactérias, mas sim bactérias comumente encontradas em amostras de plantas e solo, muitos padrões para alimentos e água especificam a identificação de coliformes fecais. O coliforme fecal predominante é a E. coli, que constitui uma grande proporção da população bacteriana intestinal humana. Existem três testes especializados para distinguir entre coliformes fecais e não fecais. Em condições normais os coliformes não são por si só patogênicos, embora algumas linhagens possam causar diarréia e infecções urinárias oportunistas.
Os métodos mais comuns para determinar a presença de coliformes na água são baseados na habilidade das bactérias coliformes em fermentares lactose. O método dos tubos múltiplos pode ser realizado para estimar o número de coliformes pelo método do número mais provável (MNP). O método de filtração em membrana é um método mais direto na determinação da presença e número de coliformes.
Um método mais conveniente na detecção de coliformes, especialmente da E. coli, utiliza um meio de cultura que contém dois substratos o–nitrofenil-B–D–galactopiranosídeo (ONPG) e 4-metilumbeliferil-B-D-glucuronide (MUG). Os coliformes produzem a enzima B-galactosidade que atua sobre o ONPG e forma uma coloração amarela, indicando sua presença na amostra. E. coli é a única entre os coliformes que sempre produz a enzima B-glicoronidase, que atua sobre o MUG para formar um composto fluorescente que possui um brilho azul quando iluminado com luz ultravioleta de comprimento de onda longo. Estes testes simples, ou variações, podem detectar a presença ou ausência de coliformes ou de E. coli, e serem combinados com o método dos tubos múltiplos para enumerá – los. Também podem ser aplicados meios sólidos, como no método de filtração em membrana. As colônias fluorescem sob luz ultravioleta.
Os coliformes têm sido organismos indicadores muito úteis na sanitização de águas, porém apresentam algumas limitações. Um dos problemas é o crescimento da bactéria coliforme embebida em camadas de lodo biológico nas superfícies internas dos canos de água. Estes coliformes não apresentam contaminação fecal externa da água e não são considerados um perigo para a saúde pública. Padrões responsáveis pela presença de coliformes em água de consumo pedem que qualquer água positiva seja informada e ocasionalmente, estes coliformes nativos têm sido detectados. Isto levou a fervura de água desnecessária por parte da comunidade.
Um problema mais sério é que alguns patógenos são mais resistentes a desinfetantes do que coliformes, em ordem crescente de resistência à cloração, estão os vírus e os cistos de protozoários. Utilizando – se métodos mais sofisticados para a determinação de vírus, encontrou – se que amostras de água quimicamente desinfetadas, livres de coliformes, muitas vezes estão contaminadas com vírus entéricos. Os cistos de Giárdia lamblia e Cryptosporidium são tão resistentes a cloração, que sua eliminação por estes métodos é praticamente impossível, neste caso são necessários métodos mecânicos como a filtração.
2. MATERIAIS E REAGENTES
Meio de cultura LST
Meio de cultura Caldo Verde Brilhante
Amostras de água
Micropipeta com ponteira estéril
Tubos de ensaio com tampa
Estante para tubos
Bico de Bunsen
Incubadora
3. OBJETIVO GERAL
Detectar a presença de coliformes fecais e/ou totais, através de análise realizada em amostras de água (poços, torneira e bebedouro).
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Separar três tubos de ensaio contendo o meio de cultura LST (meio seletivo que detecta a presença de coliformes fecais e totais pela formação de gases e turvação da amostra – a formação de gases é detectada por um pequeno “tubo” contido dentro do meio de cultura) e três tubos de ensaio contendo o meio de cultura Caldo Verde Brilhante (meio mais seletivo que detecta exclusivamente a presença de coliformes fecais pela turvação da amostra de água). A análise tem de ser triplicada para obter-se um resultado confiável.
Adicionar 1mL da amostra de água a ser analisada em cada tubo de ensaio (seis no total), contendo os meios de cultura, com o auxílio de uma micropipeta com ponteira estéril. A abertura dos tubos contendo os meios de cultura e a inserção da amostra de água nos mesmos devem ser feitos próximos de uma chama para evitar a contaminação com o ar externo.
Incubar por um período de 24 a 48h.
Observar os resultados.
5. RESULTADOS
6. CONCLUSÃO
Conclui-se a partir do presente trabalho que as bactérias do grupo coliformes são consideradas os principais indicadores de contaminação fecal; coliformes fecais são bactérias patogênicas e sua presença na água não representa por si só, um perigo à saúde, mas indica a possível presença de outros organismos causadores de problemas à saúde. No estudo realizado, ocorreu presença de coliformes fecais e totais nos poços comum e artesiano, sendo, de certo modo, inviáveis para uso.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TORTORA, Gerald J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.