A Febre Amarela é uma hepatite causada pelo mosquito Aedes aegyti, que pica o Homem; portanto, o contágio não se dá de homem para homem, indirectamente através da picadela do mosquito (de pessoa doente para pessoa sã).
Do ponto de vista epidemiológico, existem dois tipos de febre amarela: a forma urbana, em que o reservatório de vírus é o homem e o vector o mosquito, e a forma da selva, em que o reservatório mais importante é o macaco e o vector o mosquito.
A incubação média a febre amarela é de 6 dias e durante esse período surge só mal-estar. Os sintomas agudos consistem em temperatura muito elevada, dores violentas na coluna vertebral, músculos, articulações e estômago. A pele apresenta-se muito congestionada, o que lhe confere um aspecto voluptuoso (fácies amarílica); além disso, há ansiedade, insónias, agitação ou prostração grave.
Por volta do 4º dia, surge a icterícia e o vómito. As hemorragias, além das do tubo gastrintestinal (vómito e emissão de sangue com as fezes), também aparecem na pele (equimoses). A temperatura baixa, mas depois volta a elevar-se. Manifestam-se então os sinais de comprometimento do coração (o pulso desce para 60 pulsações por minuto) e do rim, que se manifestam com fraqueza generalizada e acentuada.
A morte, consequência eventual mais frequente da doença, surge até ao 8º dia, mas podem ser observadas formas fulminantes, que evoluem em 48 horas. Em regra, pode dizer-se que o doente está fora de perigo depois de 10 / 15 dias. A cura surge com a atenuação de todos os sintomas e com a queda geral da temperatura.