24.7 C
Sorocaba
quinta-feira, novembro 21, 2024

LANÇAMENTO DA 1º EDIÇÃO DO GUIA TURÍSTICO AMIGO GLBT 2/2

Para ver a Primeira parte desse trabalho clique aqui.

4.2 Mix de Marketing

O Mix de Marketing foi formulado por Jerome McCarthy em seu livro Basic Marketing (1960) e trata dos interesses para os quais as organizações devem estar cientes se desejam alcançar seus objetivos de Marketing.
O composto é dividido em quatro secções frequentemente chamadas dos “quatro pês”, são eles:
Produto: o que uma empresa cria, produz ou desenvolve de acordo com uma demanda existente ou gerada;
Preço: é o valor atribuído a um produto ou serviço. Devemos sempre levar em consideração custo-benefício e a concorrência;
Praça (distribuição): toda estrutura que se relaciona com os canais de distribuição e de logística que viabilizam a entrega ou aquisição do produto ao cliente.
Promoção (comunicação): é o esforço que a empresa faz para comunicar a existência de seus produtos (ou serviços) ao mercado e promovê-los, utilizando os meios de comunicação.
Os profissionais de Marketing usam estas variáveis para estabelecer um plano. Para o plano de Marketing ser bem sucedido, a estratégia traçada para os 4P´s, deve refletir a melhor proposta de valor para os consumidores de um mercado-alvo bem definido.
De acordo com os 4Ps, pode-se definir o produto como elemento primordial, pois os consumidores dão preferência àqueles que ofereçam qualidade ou que tenham características inovadoras, tornando-o um elemento-chave na oferta do mercado. O planejamento do Mix de Marketing começa na formulação de uma oferta para satisfazer as necessidades e desejos do cliente-alvo. Em segundo lugar, pode-se destacar a promoção a que está diretamente ligado, um outro ponto importante que pode ser citado é a praça, que se refere aos canais utilizados pelo fabricante para fazer chegar o produto até o consumidor. O último tópico a ser abordado é o preço, que é o elemento que produz receita e é um dos principais determinantes na escolha dos compradores.
Os 4P´s, além de todas as outras características pertinentes a cada um deles, devem ser considerados não de forma isolada, mas complementando-se para obterem resultados cada vez mais satisfatórios.

4.3 – Evento como Ferramenta de Marketing Promocional

O Marketing Promocional visa a “venda” institucional, mercadológica ou promocional de produtos ou empresas, podendo ser realizado de diferentes formas, dependendo dos elementos que se tem a mão, do que se pretende vender e do mercado em que se atua, neste modo, o Marketing de Eventos se insere na categoria de Marketing Promocional.
O estudo do evento como ferramenta do composto promocional ainda é uma área pouco focalizada na literatura mais recente de Marketing. Embora mantenha aproximação conceitual e prática com a noção de estratégia e evidências na sua geração de resultados, a temática não despertou muitos teóricos para o aprofundamento do estudo e, conseqüente, debate de idéias e enriquecimento do conhecimento. De toda forma, por ter gerado vários resultados bem-sucedidos, atualmente a organização de eventos tem sido reconhecida como uma atividade de relevância no planejamento estratégico das empresas, agregando valor às marcas, abandonando a idéia que prevalecia até certo tempo de que os eventos eram utilizados apenas para resolver problemas pontuais.
Quando se prepara uma estratégia de Marketing, é importante planejar uma combinação de métodos de promoção, que trabalhará no conjunto, para atingirem objetivos específicos. A promoção é parte primordial de qualquer composto de Marketing. Seus objetivos são: informar, persuadir e lembrar. Já para Boone & Kurtz (1999, p. 396) são: “fornecer informações; aumentar a demanda; diferenciar um produto; acentuar o valor de um produto e equilibrar as vendas”.
As empresas devem procurar meios de se comunicarem com seus públicos de formas impactante e persuasiva. Logo os eventos surgem como uma ótima estratégia de aproximação das organizações com seus públicos, por se tratar de uma forma bastante eficaz de unir um determinado número de pessoas, com o objetivo de criar um ambiente sociável, em harmonia com a emoção e descontração, proporcionando a identificação da marca com a satisfação do cliente. Hoje, as empresas têm que lidar com clientes com perfis muito mais seletivos, exigentes e racionais, dispostos a não se deixar levar por impulsos. Portanto, não basta desenvolver bons produtos, adotar estratégias de preço realista, estabelecer canais de distribuição que conduzam o produto rapidamente ao público visado. O relacionamento entre as organizações e os clientes deve implicar esforços na compreensão das atitudes e comportamentos do consumidor, ou seja, estabelecer uma comunicação mais direta.
Do ponto de vista das organizações, a promoção de eventos age em dois campos da comunicação mercadológica: o interesse institucional e o interesse promocional (comercial), conforme salienta Cesca (1997, p. 15):
” institucional: quando visa criar ou firmar o conceito/imagem da empresa, entidade, governo ou pessoa, sem objetivos mercadológicos imediatos;
” promocional: quando visa à promoção de um produto da empresa ou de um serviço do governo, entidade, pessoa, em apoio a Marketing, visando fins mercadológicos.
A Organização de Eventos é uma atividade complexa, que só pode ser executada com sucesso a partir de um planejamento minucioso. O planejamento básico de um evento deve seguir alguns passos essenciais para seu desenvolvimento. Esses passos podem ser descritos e reunidos em quatro grupos: Planejamento, Organização, Execução e Avaliação.
Planejamento é a fase mais demorada e complexa. É nesta etapa que se levantam todos os dados e informações, se definem os objetivos que se pretende atingir e se estabelece um plano de trabalho.
Já na organização as particularidades de cada evento são ajustadas para suas implantações e preparadas as atividades que serão desenvolvidas.
Na execução, as ações planejadas e decididas na fase do planejamento e da organização são acompanhadas e monitoradas.
A avaliação é a última e a soma de todas as fases do projeto – do planejamento à execução final na qual os objetivos, os públicos e os resultados são avaliados qualitativamente, para identificar as falhas cometidas e corrigi-las posteriormente. Para concluir, deve-se elaborar um relatório de avaliação contendo toda a história do evento e todas as atividades que foram realizadas, pois servirá como base para o planejamento de eventos futuros.
Dependendo do tipo de evento, a sua implantação terá etapas diferentes, mas é de extrema importância que o organizador exerça controle sobre cada passo, autorizando seu início, monitorando seu desenvolvimento e verificando seu encerramento, de forma a alcançar os objetivos propostos na fase do planejamento do evento.
Por considerar o evento do Guia Amigo GLBT como uma atividade destinada a otimizar todas as ações da equipe gestora, percebemos a importância das etapas de planejamento para o evento. Para o êxito deste trabalho, foi necessária a combinação de uma série de fatores ou variáveis de comunicação, além de considerar a determinação dos objetivos, estratégias e execução dos planos de ação.

Capítulo V

5 Turismo Segmentado

Considerado como um conceito moderno do Marketing, a Segmentação de Mercado surge como um instrumento capaz de fornecer subsídios ao entendimento do Mercado, em função da percepção de que os consumidores são diferentes em termos de necessidades e desejos. Baseia-se na idéia de que um produto comum não pode satisfazer as necessidades de todos os consumidores. O motivo é simples: os consumidores são muitos, dispersos em diversas regiões; têm hábitos de compra variados, gostos diferenciados e variam em suas necessidades, desejos e preferências. A Segmentação é estratégia que auxilia a empresa a penetrar em focos escolhidos, facilitando o acesso ao consumidor por intermédio do ajuste da oferta à demanda, e do produto ao mercado. Logo seu objetivo é descobrir as diferenças realmente importantes entre os consumidores, e reuni-los em grupos relativamente homogêneos quanto a certas características objetivas e subjetivas, com isso, aumenta a competitividade da empresa em relação aos concorrentes.
Por isso que o Brasil, atrelado ao mercado internacional, entrou na era da Segmentação, fruto do aumento da concorrência e principalmente da exigência do cliente. O cliente moderno está cansado de empresas generalistas, que faz de tudo um pouco, mais preocupada em vender do que atender aos seus interesses e que o tratam como elemento de uma massa consumista impessoal.
O conceito de Turismo Segmentado ou Especializado é originalmente utilizado pelo mercado norte-americano, como special interest travel (em tradução literal, turismo de interesse especial). De modo geral a Segmentação é entendida como uma forma de organizar o Turismo para fins de planejamento, gestão e mercado. Segundo a Cartilha de Segmentação no Ministério do Turismo a Segmentação Turística pode ser definida tanto pela oferta, quanto pela demanda.
A partir da oferta, a segmentação define tipos de turismo cuja identidade pode ser conferida pela existência, em um território, de:
Atividades, práticas e tradições (agropecuária, pesca, esporte, manifestações culturais, manifestações de fé);
Aspectos e características (geográficas, históricas, arquitetônicas, urbanísticas, sociais);
Determinados serviços e infra-estrutura (de saúde, de educação, de eventos, de hospedagem, de lazer).
Com enfoque na demanda, a Segmentação é definida pela identificação de certos grupos de consumidores caracterizados a partir das suas especificidades em relação a alguns fatores que determinam suas decisões, preferências e motivações, ou seja, a partir das características e das variáveis da demanda.
A Segmentação do Mercado turístico cresce e especializa-se, e assim novas tendências de Turismo surgem para que pessoas com interesses diversos possam viajar e satisfazer-se de acordo com suas motivações, reforçando a idéia de que as pessoas estão procurando viajar para lugares onde haja semelhança com seu jeito de pensar e ver o mundo, ou para lugares de interesse particular. Na realidade, as pessoas sempre viajaram por motivos diversos, mas a partir da necessidade de conhecer e satisfazer a clientela é que o estudo do Turismo Segmentado tornou-se necessário.

5.1 Turismo GLBT

O surgimento do Turismo GLBT é conseqüência direta da retomada do Movimento Homossexual, na década de 80. E nos anos 90, com a maior conscientização da população em relação aos direitos das minorias, superando velhos preconceitos, e uma tomada de posição dos componentes dos diversos grupos de homossexuais, assumindo sua condição, também deram um enorme impulso para o crescimento da atividade. Neste contexto, podemos dizer que o Turismo GLBT surgiu da necessidade de Mercado pouquíssimo explorado pelas agências de Turismo tradicional.
Como Segmento de Mercado surgiu em 1992, em Minneapolis, Estados Unidos, quando foi fundada a RSPV Travel Productions7. A empresa nasce da tentativa de dois agentes de Turismo em fretar um navio para a realização de cruzeiros somente para gays. Depois de muita recusa, mas com uma enorme lista de espera de clientes, os agentes conseguiram fretar sete embarcações. O sucesso foi tão grande que a agência hoje possui seu próprio navio o Seaspirit8.
O Brasil não faz parte dos roteiros gays internacionalmente mais procurados, mas é considerado o país latino-americano de maior potencial para o turismo GLBT, já que São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais gays de destaque da América do Sul por oferecerem, além de opções de lazer, um menor grau de preconceito contra a comunidade GLBT. Inclusive, o Rio de Janeiro em 1995, sediou o Gaymes (Olimpíadas Gay) e o festival de cinema e vídeo Mix Brasil, paralelamente a 17ª Conferência Internacional de Gays e Lésbicas, sendo todos esses eventos organizados pela ILGA (Associação Internacional de Gays e Lésbicas), considerada a entidade homossexual de maior importância no cenário mundial. Além do Rio de Janeiro e de São Paulo, outras capitais também vêm se destacando como destinos gay-friendly9, entre elas: Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, Recife, João Pessoa e Fortaleza.
Mesmo com todo o crescimento notado, o país ainda carece de estatísticas concretas sobre o turismo GLBT, principalmente pelo fato das pessoas omitirem a sua orientação sexual, dado o preconceito. Contudo, a iniciativa de criar a Abrat (Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes; http://www.abratgls.com.br) foi um passo muito importante para a organização do Turismo GLBT, pois esta associação reúne agências especializadas e a rede de hotéis Othon, com o objetivo de qualificar o setor turístico através do treinamento, orientado-o a lidar com gays e lésbicas de forma natural e com respeito, para que o Brasil seja reconhecido como um destino “gay-friendly”.
Diante do cenário de muitas conquistas sociais, a comunidade GLBT, cada vez mais se aproxima da tão sonhada emancipação. Uma das formas de maior visibilidade dos movimentos homossexuais tem sido as Paradas Gays, realizadas por ocasião do Dia Internacional do Orgulho Gay, dia 28 de junho. Nesta data, diversos países realizam suas Paradas Gays, mesmo em meio a guerras e epidemias, levando expressivos números de gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e simpatizantes às ruas. Com o tema Por um mundo sem racismo, machismo e homofobia a 11ª Parada Gay de São Paulo superou o público de 2006 e bateu recorde com 3,5 milhões de pessoas e movimentou nos cofres do comércio turístico da cidade, R$ 135 milhões, segundo estimativas da organização do evento. De acordo com Nelson Matias, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT) o principal objetivo desse evento é a intensificação da conquista da aprovação do projeto de lei 122/200610 que criminaliza a homofobia. O mesmo afirma que a Parada não representa apenas uma luta dos GLBT, é uma luta de todos os cidadãos de vanguarda, que não querem uma sociedade intolerante, que desejam uma sociedade sem machismo, sexismo, racismo e homofobia.
Atualmente, o turismo GLBT no Brasil está fundamentado principalmente neste tipo de encontros, pois são eles, junto com os grupos organizados, que dão força à luta contra a intolerância e o preconceito, e pelo reconhecimento como grupo social. Outros destinos que são bastante procurados por esse público são lugares com belezas naturais, riqueza cultural e respeito às diversidades, onde eles possam passear, fazer compras, namorar e se divertir, sem serem incomodados.
Segundo, Antunes (2003, p.76)
Ao contrário do que se imagina, o universo homossexual é composto, em sua maioria, por pessoas com bom nível sócio-econômico-cultural. Os homossexuais tendem a preocupar-se mais com sua formação intelectual e são mais dedicados ao trabalho, o que acaba por fazer com que tenham melhor renda.
Deste modo, os empreendedores começaram a perceber no público GLBT um nicho de mercado potencial, pois além de comumente serem solteiros e sem parceiros fixos, possuem despesas fixas baixas, permitindo que venham gastar mais consigo.
Infelizmente, não são todos que percebem esse filão no mercado, muitas vezes por conta do preconceito, do medo do novo, além de que por falta de conhecimento muitas vezes o turismo GLBT é confundido com o turismo sexual. Os profissionais do turismo devem trabalhar com a responsabilidade de satisfazer e realizar os sonhos de seus clientes, independente do gênero (classe, raça/etnia, sexo e religião). Para estes profissionais e os empreendedores do turismo, com visão de futuro, desprovidos de preconceitos e interessados em ampliar seus negócios, eis uma excelente, e pouco explorada, alternativa de investimentos, além de ser uma grande fonte de conhecimento, pois nos possibilita rever conceitos morais e sociais.

5.2 – Mercado Turístico GLBT de João Pessoa

Nascida entre o Rio Sanhauá e o mar, a capital da Paraíba, fundada em 1585, recebeu primeiramente o nome de Filipéia de Nossa Senhora da Neves, depois Frederica, Parayba e finalmente João Pessoa, a partir do ano de 1930. Conhecida por Cidade das Acácias, João Pessoa possui belíssimas praias, clima tropical, monumentos históricos em excelente estado de conservação, além de ser reconhecida como uma capital muito calma e hospitaleira, e que já demonstra através de várias ações, o respeito às diversidades. Como por exemplo, a modificação do Artigo 5º da Lei Municipal 11.005, que foi alterado no tocante aos beneficiários de pensão. Agora, está assegurado ao cônjuge do servidor, independente de sua orientação sexual, o direito a receber os recursos previstos na Constituição, no caso do falecimento do funcionário. Sendo apenas quatro cidades brasileiras que oferecem esse benefício aos servidores homossexuais (Recife, João Pessoa, São Paulo e Rio). E são todas estas características que fazem com que o Turismo GLBT cresça a cada ano na cidade. A conquista de um espaço no disputado ranking turístico está fazendo com que o Governo Municipal invista principalmente na qualidade de vida como um dos principais atrativos do lugar. Várias campanhas tem se espalhado pela cidade, numa garantia de cidadania e bem estar para todos os habitantes de João Pessoa e seus visitantes.
O Turismo é uma indústria que reúne inúmeras empresas dedicadas às mais variadas atividades, as quais dependem umas das outras no correto desempenho individual, para o fortalecimento do setor. Não basta o destino possuir apenas riqueza natural, precisam-se de estradas, aeroportos, serviços de abastecimento de água e energia elétrica, rede de esgoto, coleta de lixo, estabelecimentos de alimentação e de lazer, hospedagens, agências de turismo, etc. Cada vez mais, João Pessoa vem abandonando a visão simplista de que os projetos turísticos se resumem exclusivamente em construir hotéis e esperar pelos turistas. Atualmente existe maior preocupação com os programas e projetos desenvolvidos em função dos mercados que irão ser atendidos, para satisfazer as variadas necessidades do turista, desde o inicio até o fim do seu roteiro.
Acompanhando essa tendência, alguns empresários pessoenses perceberam no público GLBT um nicho de mercado para o Turismo de João Pessoa, por todas as características que a capital possui e pelo perfil desse público. Sendo assim, passaram a ter uma preocupação maior em atender o mesmo, procurando sempre satisfazer as suas expectativas com qualidade. Para tanto, a capital já dispõe de algumas empresas segmentadas para a comunidade GLBT, tais como: bares, boates, sauna e cinemas. E outras que mesmo não sendo direcionadas exclusivamente para o segmento procuram sempre atender com excelência esse público.
João Pessoa também sedia várias eventos gays durante o ano, sendo junho o mês que conta com o maior número, pois é o Mês da Diversidade Sexual da Paraíba. Durante todo o mês são realizadas mesas-redondas, sessões especiais na Assembléia Legislativa do Estado, festas do orgulho gay, seminários, exposições e mostras de vídeos. Além destes, são realizados dois eventos de maior porte, que são o Miss Paraíba Gay, evento consolidado há mais de 10 anos, e a Parada GLBT, que este ano teve como tema Por um Brasil sem racismo e homofobia.
Diante da observação de prospecção de mercado e do atual cenário da cidade de João Pessoa para o público homossexual, algumas empresas ingressaram como parceiros do projeto Guia Turístico Amigo do GLBT viabilizado por meio dos alunos do curso de Turismo, da Universidade Federal da Paraíba como forma de demonstrar a sua disposição em receber com responsabilidade e sem discriminação a comunidade GLBT.

Capítulo VI

6 ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO

6.1 O Guia Amigo GLBT de João Pessoa PB

Dentro das atividades programáticas da disciplina Organização de

QUADRO I CRONOGRAMA DAS AÇÕES

AUTOR: PESQUISADORAS

Eventos Habilitação em Marketing Turístico do curso de Turismo da Universidade Federal da Paraíba estava a criação e a execução de um projeto turístico, bem como o lançamento desse projeto por meio de um evento realizado pelos próprios alunos, no período letivo 2006.2. Na perspectiva apresentada, o grupo acolheu a idéia sugerida e apresentada pelo Prof. Dr. Severino de Lucena Alves Filho, a qual abordava a criação de um guia turístico da cidade de João Pessoa sobre a temática GLBT. Diante da inovação e pioneirismo da proposta, a equipe reuniu-se e através das discussões iniciais selecionou-se o líder e representante da equipe, bem como a elaboração de cronograma justificando as ações primordiais para a formatação e a execução do projeto.

6.2 Ações

Organizar eventos exige trabalho e responsabilidade, deste modo um planejamento detalhado é fundamental. Para que o evento seja realizado com eficácia, há que se considerar em todas as suas etapas, o público, os objetivos, as estratégias, os recursos e os fatores condicionantes, para que haja um acompanhamento preciso, uma implantação coerente e uma avaliação satisfatória.
Dentre as ações planejadas e executadas pela equipe gestora do projeto, apresentamos as de maior ênfase e os principais marcos evolutivos que permitiram a concretização dos resultados almejados.

6.2.1. Coleta de Dados e Formatação do Projeto

Após a incorporação da idéia, através de reuniões com o professor orientador, o grupo iniciou uma pesquisa para constatar a existência de projetos semelhantes em outros municípios e estados. Com orientação entramos em contato com a Nuances11, ONG de Porto Alegre que atua desde 1991 na defesa dos direitos humanos e pela livre expressão sexual, e obtivemos materiais suficientes e de qualidade para iniciarmos a estruturação do guia proposto.
O projeto formatou-se através de seu objetivo principal: disponibilizar ao público de turistas que visitam João Pessoa um guia de opções de locais e empresas receptivas ou direcionadas para o segmento GLBT12.

6.2.2 – Elaboração do Layout do Guia

Com a estruturação do projeto, a equipe gestora focou-se na elaboração do layout do guia. Dentre as primeiras concepções denominou-se o título de Catalogay, e através da criação da arte creditada a designer gráfica Larissa Leal junto à equipe determinou-se o uso da imagem do atrativo turístico Praia do Jacaré como capa. Após reuniões e orientações alterou-se o layout geral do guia, desde o título até a capa, visto a principal característica do turista GLBT: exigentes quanto à qualidade dos serviços e produtos consumidos.
Intitulado de Amigo do GLBT, similar à campanha Amigo do turista lançada pelo Governo do Estado da Paraíba objetivando sensibilizar a população para atender bem os visitantes, o novo título proposto pretende também impressionar, tanto a sociedade como o trade turístico, da importância da boa receptividade, na qualidade dos serviços e produtos oferecidos e, principalmente, no respeito à diversidade sexual. A alteração do nome do guia enfatizava que as empresas participantes não apresentavam serviços necessariamente voltados ao público GLBT, e sim eram receptivas a esse segmento.
Com a proposta de sugerir qualidade e credibilidade ao projeto, a equipe decidiu convidar um dos artistas locais mais consagrados: Clóvis Júnior13; a ser parceiro dessa idéia, o qual honrosamente aceitou o convite e cedeu uma de suas imagens como forma de agregação de valor cultural.
A capa e a logomarca, após as alterações:

Na logomarca o beija flor apresenta as cores do arco-íris, parte integrante de um dos símbolos mais conhecidos da comunidade GLBT. A tela de Clóvis Júnior retrata a capital, tanto em seus atrativos turísticos como em sua cultura local, representada pelos símbolos do ciclo junino.14 Essa agregação de valor artístico cultural, harmoniza-se com o período de comemoração dos eventos do Dia Internacional do Orgulho Gay.

6.2.3 – Contato com as Empresas

A equipe analisou e mapeou as possíveis empresas turísticas parceiras, de acordo com suas características e seus serviços específicos, distinguindo-as em:
Hotéis e Pousadas;
Agências e guias de turismo;
Restaurantes, bares e lanchonetes;
Entretenimento e outros serviços.
A partir da estruturação apresentada no layout do guia, formataram-se 30 (trinta) pequenos espaços que seriam utilizados para divulgação das empresas, em forma de texto, ao preço de R$ 35,00 (trinta e cinco reais); em contrapartida 10 (dez) espaços maiores foram disponibilizados para utilização, com possibilidade de uso de imagem arte gráfica com o custo de R$150,00 (cento e cinqüenta reais). Outros espaços do guia permitiram divulgar, institucionalmente, as ONGs locais como a GMMQ (Grupo de Mulheres Lésbicas Maria Quitéria), Astrapa (Associação das Travestis da Paraíba) e MEL (Movimento Espírito Lilás), que têm como objetivo básico promover os direitos e a cidadania dos homossexuais, bissexuais, travestis e lésbicas. Essas ONGs, além de atuarem na relação de estratégia com outros movimentos populares e entidades, na distribuição de folhetos informativos, na atuação no fórum de ONG’s e na prevenção a DST/AIDS; o projeto Cidade Limpa Atrai Turista15, o qual obteve grande sucesso em sua campanha educativa, também é parte integrante das atividades acadêmicas da disciplina Organização de Eventos; além de disponibilizar ao turista, telefones úteis, um pequeno roteiro da cidade, mapa da orla e o próprio editorial do guia.
Grupos menores, dentro da equipe, foram formados para atender às numerosas visitas a cada segmento específico que iriam ser realizadas. Notou-se no decorrer das visitas que algumas empresas não obtiveram interesse e nem boa receptividade ao projeto. Houve afirmações de experiências negativas com a presença de turistas homossexuais, em suas empresas, junto à clientela de heterossexuais. Isso demonstra claramente o preconceito e discriminação existente na sociedade de nossa capital, justificando ainda mais a importância da realização de trabalhos como o Guia Turístico Amigo do GLBT focados na inclusão social e conscientização.
Em contrapartida às posturas negativas apresentadas, muitas empresas se uniram à idéia, tornando-se parceiras essenciais na construção do guia, as quais são apresentadas no quadro abaixo:

QUADRO II QUADRO DE EMPRESAS PARCEIRAS

AUTOR: PESQUISADORAS

6.3 O Evento de Lançamento

Através das reuniões, da equipe gestora com o professor orientador, baseado no aparato teórico utilizado para o planejamento do evento, selecionou-se a data de 28 de maio de 2007 para ser o dia de lançamento do Guia Turístico Amigo do GLBT. Observando critérios das ações estabelecidas nas fases de planejamento e organização, a data foi escolhida levando em consideração fatores como: a exigência de ser realizado ainda durante o período letivo vigente, bem como a baixa concorrência com outros eventos, visto este ocorrer em uma segunda-feira, além de ser uma data estratégica para unir o lançamento do guia, com a abertura das comemorações do Mês da Diversidade Sexual da Paraíba.
Outro ponto também importante a ser abordado, é a limitação dos recursos financeiros disponíveis para a execução de ambos os projetos: o guia e o evento de lançamento. Diante do quadro, tivemos a iniciativa de buscar parcerias, através da captação de apoio junto a órgãos públicos e empresas privadas. Deste modo, obtivemos parcerias indispensáveis para a concretização do projeto, as quais podem ser visualizadas no quadro abaixo:

QUADRO II QUADRO DE APOIOS

AUTOR: PESQUISADORAS

Preservando a qualidade que permeou todo o planejamento do projeto, escolhemos a casa de recepções Solar do Conselheiro16 para o lançamento, por entender que é um local neutro, ao mesmo tempo em que representa o elo entre o tradicional e o moderno. Iniciando-se às 20h, o evento teve como agregação de valor cultural, a exposição de Clóvis Júnior, no interior do casarão, e ocorreu regularmente, iniciando o cerimonial aproximadamente às 21h.
No salão superior da casa de recepções, havia a presença de convidados como o Secretário Executivo de Turismo Gilberto Giba de Oliveira Lima; Secretário Executivo de Turismo de João Pessoa Elzário Júnior; Secretária de Educação de João Pessoa Ariane Sá; Diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da Universidade Federal da Paraíba Lúcio Flávio; Coordenador do Comitê Paraibano de Educação e Direitos Humanos José Baptista; Coordenadora do Curso de Turismo da Universidade Federal da Paraíba Signe Dayse; entre outros que apreciaram a abertura do lançamento do Guia Turístico Amigo do GLBT.
Representando o Governo Estadual, o Secretário de Turismo, Gilberto Giba de Oliveira Lima explanou sobre a importância de iniciativas como a que foi proposta pelo evento. Em seguida, Elzário Júnior, representando o Governo Municipal, como Secretário de Turismo Executivo do município, retratou os aspectos positivos do intercâmbio entre sociedade, governo e universidade. Os representantes da Universidade Federal da Paraíba, Lúcio Flávio Diretor do CCHLA – e Signe Dayse Coordenadora do Curso de Turismo reforçaram os comentários anteriores, parabenizando o Prof. Dr. Severino Alves de Lucena Filho e principalmente, os integrantes da equipe gestora, pelo trabalho conquistado. Fernanda Benvenutt, representando as ONG´s Astrapa, MEL e Maria Quitéria, como presidente da Associação dos Travestis da Paraíba, explanou sobre a situação atual, a respeito da diversidade sexual e, principalmente, o preconceito enfrentado pela comunidade GLBT na Paraíba. A aluna Jaciara Soares responsabilizou-se por representar a equipe gestora do evento, lançando oficialmente o Guia Turístico Amigo do GLBT, e após as considerações do professor orientador do projeto, prof. Dr. Severino Alves de Lucena Filho, ocorreu o coquetel no pátio do Solar do Conselheiro, abrilhantado pela musicalidade do quarteto Ô de Casa, que foi selecionado, utilizando os mesmo critérios de qualidade que a equipe gestora procurou ter em todas as ações de planejamento e execução do projeto.

6.3.1 As ações de comunicação para o evento

Como todas as etapas de planejamento dos eventos, as ações de comunicação seguem a determinação do público-alvo. Deste modo, dependendo dos hábitos de leitura, dos programas e canais de televisão preferidos e das preferências radiofônicas do público-alvo, o profissional de mídia poderá determinar os meios de comunicação ideais e primários à divulgação do evento. Diante de todo o quadro de planejamento, a equipe entendeu que os jornais locais e sites nacionais voltados ao público alvo seria a melhor forma de atingir os objetivos de divulgação do projeto e do evento, assim como de promoção da cidade de João Pessoa como destino turístico. Durante os encontros da equipe gestora, ficou acordado que a aluna Jaciara Soares coordenaria o contato com a mídia, para divulgação do evento.
Para o contato tanto com a mídia de massa, foi elaborado um release17. Entendendo que é preciso ter cuidados importantes a serem observados na divulgação de qualquer mensagem, ainda mais se tratando de um tema tão delicado para a nossa sociedade, como o homossexualismo, tivemos o cuidado de elaborar uma mensagem real e honesta.
Através de inúmeros contatos, por e-mail e telefone aos principais formadores de opinião como jornalistas locais e sites focados no público GLBT, obtivemos ótimos resultados, aumentando a visibilidade do projeto e sua credibilidade, como a notícia veiculada no Gonline, site filiado à revista homossexual mais conhecida do universo GLBT: a G Magazine. E das notas e reportagens veiculadas nos jornais locais, tais como: Jornal da Paraíba e Correio da Paraíba. Percebemos que obtivemos sucesso no tocante a divulgação, tanto pela concentração em uma só pessoa, pois o contato fica mais direto e pessoal, como também pelo fato de se tratar de um projeto inovador que chamou a atenção da mídia. Mesmo depois do projeto lançado, obtivemos publicações tal como a nota que foi veiculada na revista G Magazine de outubro de 2007.

Figura 3 Nota da Revista G Magazine

Também pelo seu caráter inovador e pela seriedade com que foi planejado e executado, o projeto recebeu o reconhecimento do poder público, por meio do convite para participar da sessão especial de abertura da Frente Parlamentar Minoria GLBT na Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba, bem como congratulações com uma Moção de Aplauso, requerida pelo Deputado Rodrigo Soares.
Outra ação de muita importância para o sucesso da divulgação foi o entrosamento da equipe gestora, que permitiu a eficácia da comunicação interna, bem como o cumprimento da programação, dentro do planejamento elaborado para as veiculações, sempre considerando a verba disponível. Além de acompanhar com rigor o que está sendo veiculado, avaliando o retorno ao grupo dentro das previsões de planejamento. Outro elemento tão importante quanto às ações anteriores foi a comunicação visual, através da utilização da logomarca sempre que possível, em todos os documentos e formulários, mesmo nos impressos de circulação interna, afim de que o próprio grupo fixasse ao máximo a marca do projeto.

7 CONSIDERAÇÕES

Por se tratar de um projeto inovador, com uma temática bastante polêmica, principalmente em nosso município e estado, a elaboração do Guia Amigo do GLBT foi um tanto desafiadora. A implicação da responsabilidade sobre o trabalho idealizado trazia consigo a reflexão de cada passo dado, na certeza de não cometer erros que comprometessem o resultado final.
Devido ao amadurecimento das idéias do grupo com o decorrer do projeto, ocorreram várias alterações durante o processo de concretização do evento, como a própria mudança do título do guia turístico, de Catalogay para Amigos do GLBT,, visto o grupo não aceitar idéias pré-concebidas, desvinculadas a qualquer tipo de preconceito.
Todas as orientações foram primordiais para o andamento das execuções do projeto e a conquista dos resultados obtidos. O auxílio do aparato teórico e da orientação constante do Prof. Dr. Severino Alves de Lucena Filho, informando sobre os cuidados em abordar a temática, para a não vulgarização do tema, desde a escolha do local até o tipo de buffet enfatizando sempre a adequação de todos os detalhes do evento ao tipo de público e aos atributos do produto, considerando também questões como a segurança e a infra-estrutura de apoio necessário.
Apesar das dificuldades iniciais para obter parcerias, principalmente no receio de algumas empresas em vincular-se a temática GLBT, observamos que, através do engajamento da mídia, obtivemos sucesso na adesão de empresas de qualidade e renome, que perceberam o potencial do público GLBT no município. Além de atrair a atenção dos órgãos públicos competentes para a importância do apoio a este projeto para a divulgação de João Pessoa como destino turístico.
Entendendo que eventos são especialmente valiosos na hora de apresentar ao mercado um novo produto, um novo serviço ou mesmo uma novidade de algo já existente, percebemos que não poderíamos ter escolhido estratégia melhor para o lançamento do Guia Turístico Amigo GLBT. Tudo isso se deu, graças ao poder sinérgico que os eventos possuem, alcançando todo o seu potencial em virtude da participação de formadores de opinião com poder de propagar a idéia e influenciar sua adoção no mercado.
No evento tratamos de destacar os benefícios do produto, e durante a realização, nossa atenção se voltou para a necessidade de manter o público envolvido na programação de atividades planejada. E dessa forma, com criatividade e tendo um engajamento da equipe gestora no sentido de fazer um planejamento coerente e eficaz, com situações previstas, e as que não estavam contornadas, pudemos garantir o sucesso e a consecução dos resultados esperados, ao passo que usamos a estratégia de Marketing Promocional adequada que foi comunicar-se melhor com o mercado alvo e associar o projeto a um evento comprometido com a inclusão social e o respeito às diferenças. .
Ao completar-se esse estudo sobre evento como ferramenta de Marketing Promocional no turismo que tratou de destacar o evento de lançamento do Guia Amigo GLBT de João Pessoa, percebe-se a importância do mesmo como um exemplo de sucesso que pode ser utilizado por outras organizações. Pois realizamos o evento enfrentando preconceitos pela temática abordada e também por sermos estudantes, além da limitação dos recursos financeiros; mesmo assim conseguimos alcançar os objetivos e sentir a aceitação do produto pelo mercado, influenciar os formadores de opiniões a divulgar a idéia e promover a cidade de João Pessoa como destino turístico receptivo ao público GLBT. Foi assim que tornamos o projeto uma experiência pedagógica interligada à realidade do mercado, além de uma lição de cidadania, tanto para a equipe gestora, quanto para os parceiros.

REFERÊNCIAS

ALLEN, Johnny. et al. Organização e gestão de eventos; tradução de Marise Philbois Toledo Rio de Janeiro: Campus, 2003.
ANSARAH, Marília Gomes R. (org.). Turismo: segmentação de mercado. São Paulo: Futura, 1999
ANTUNES, Camila. A Força do Arco-íris. Revista Veja, São Paulo, nº 25, p. 73-81, 25 de junho de 2003.
BARRETO, Margarita. Manual de Iniciação ao Estudo do Turismo. Campinas: Papirus, 2001.
BOONE, Louis E., KURTZ, David L. Marketing Contemporâneo. Rio de Janeiro: LTC,1999.
CAMARGO, L. H. Fundamentos multidisciplinares do turismo: história. In: TRIGO, Luís Gonzaga Godoy (Org). Turismo como aprender como ensinar. São Paulo: Senac, 2000.
CESCA, Cleuza G. Gimenes. Organização de eventos: manual para planejamento e execução. São Paulo: Summus, 1997.
DENZIN, Norman K. ; LINCOLN, Yvonna S. (Editores). Handbook of qualitative research. (2 Ed.). Thousand Oaks, Califórnia: Sage Publications. 2000
DRUCKER, P. Introdução à administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1995.
GIÁCOMO, Cristina. Tudo acaba em festa: evento, líder de opinião, motivação e público. São Paulo: Summus, 2007.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação e Controle. São Paulo: Atlas, 5ª Ed., 1998.
_______, P. Marketing Para Organizações Que Não Visam Lucros. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1978.
LAZZARINI, S.G. Estudos de Caso para Fins de Pesquisa: aplicabilidade e Limitações do Método. In: FARINA et al. (Coord). Estudos de Caso em Agribusiness. São Paulo: Pioneira, 1997. p.9-23.
LUCENA FILHO, Severino Alves de. Azulão do BANDEPE: uma estratégia de comunicação organizacional. Recife: Ed. do Autor, 1998.
_______. A festa Junina em Campina Grande – PB; uma estratégia de Folkmarketing. João Pessoa: Editora Universitária / UFPB, 2007.
MATIAS, Marlene, Organização de Eventos. 2.ed, Editora Manole, lda, Brasil: 2002.
MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MELO NETO, Francisco Paulo de. Criatividade em Eventos. São Paulo: Contexto, 2000.
MENEGHETTI, Sylvia Bojunga. Comunicação e Marketing: fazendo a diferença no dia-a-dia de organizações da sociedade civil. São Paulo: Global, 2001.
MIRSHAWKA, Victor & MIRSHAWKA, Victor Jr. Qualidade da criatividade: a vez do Brasil. São Paulo: Makron Books, 1993.
MIYAMOTO, Massahiro. Administração de congressos científicos e técnicos: assembléia, convenção, painel, seminário e outros. São Paulo: Pioneira, Edusp, 1987.
RICHERS, Raimar e LIMA, Cecília Pimenta. – Segmentação. São Paulo: Nobel, 1991.
SENAC. DN. Eventos: Oportunidades de novos negócios. / Luiz Cláudio de A. Menescal Campos; Nely Wyse; Maria Luiza Motta da Silva Araújo. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2005.
TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi. Turismo básico. São Paulo: Senac, 2002.
VICENTINO, Cláudio. História geral. São Paulo: Scipione, 1997.
YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. 2.ed. Porto Alegre: Bookmon, 2001.

SITES PESQUISADOS:

ASSOCIAÇÃO DE MARKETING PROMOCIONAL. Marketing Promocional. URL . Acesso em: 13 ago. 2007.
ASSOCIAÇÃO DA PARADA DO ORGULHO GLBT DE SÃO PAULO. Dados sobre a Parada Gay da cidade de São Paulo, atividades culturais e incentivo a cultura GLBT. URL: Acesso em 04 set. 2007.
BIRAFITNESS PORTAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA. História das Olimpíadas. URL Acesso em: 06 ago. 2007.
CMI BRASIL CENTRO DE MÍDIA INDEPENDENTE. II Encontro Paulista GLBT. URL: Acesso em: 09 set. 2007.
EMPRESA PARAIBANA DE TURISMO. Institucional. URL: . Acesso em: 02 set. 2007
ENCICLOPÉDIA ELETRÔNICA WIKIPEDIA. Marketing. URL: . Acesso em: 13 ago. 2007.
MARKETING.COM.BR O ENDEREÇO DO MARKETING NA INTERNET BRASILEIRA. Portal sobre Marketing. URL:. Acesso em: 13 ago. 2007.
PORTAL GAY DE MINAS. Turismo GLS. URL: . Acesso em: 04 set. 2007.
TFS COMUNICAÇÃO & MARKETING. Introdução ao Marketing. URL: . Acesso em: 13 ago. 2007.

Outros trabalhos relacionados

INDUSTRIAS CRIATIVAS E A VIRADA CULTURAL

Autor: Pedro F. Bendassolli e Thomaz Wood Jr. Resumo As indústrias criativas apresentam-se hoje como um novo e promissor campo econômico. Seu potencial de crescimento, sua...

LITERATURA DE MASSA NO BRASIL

Apesar de o mundo já ser uma aldeia globalizada em termos de comunicação, ainda existem intelectuais que dividem a literatura de outra forma: literatura...

A INFORMÁTICA EDUCATIVA NAS ESCOLAS RURAIS

A INFORMÁTICA EDUCATIVA COMO SUPORTE NO ENSINO E APRENDIZAGEM DAS ESCOLAS DE ZONA RURAL Resumo: Esse artigo tem como pressuposto mostrar a importância da informática...

SISTEMAS DE COTAS PARA NEGROS NAS UNIVERSIDADES

O sistema de cotas tão discutido atualmente é, sem sombra de dúvidas, um ponto de interrogação para muita gente. Os dados estatísticos comprovam que quanto...