Uma pessoa vai a um edifício comercial, a um ambiente mais formal, e vê ali uma tabuleta:
É proibido a entrada.
Pouco depois, ao entrar no prédio ao lado, a pessoa depara-se com outra tabuleta:
É proibida a entrada.
Uma confusão, não é? O programa foi às ruas consultar algumas pessoas e perguntou quais eram as formas corretas:
“Não é permitido a entrada” ou “Não é permitida a entrada”?
“É proibido a entrada” ou “É proibida a entrada”?
Houve empate no número de respostas certas e erradas. Vamos a alguns exemplos para esclarecer essa questão:
A sopa é boa.
Sopa é bom.
A cerveja é boa.
Cerveja é bom.
Quando se generaliza, quando não se determina, não se faz a concordância; usa-se o masculino com valor genérico, com valor neutro. Portanto:
Sopa é bom. / É bom sopa.
Cerveja é bom. / É bom cerveja.
Entrada é proibido. / É proibido entrada.
Entrada não é permitido. / Não é permitido entrada.
Se não existe um artigo ou uma preposição antes de “entrada”, se não há nenhum determinante, o particípio passado dos verbos “proibir” e permitir” deve ficar no masculino. Mas, se houver algum determinante, o verbo deve, então, concordar com a palavra “entrada”. Veja as formas corretas:
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
Não é permitido entrada.
Não é permitida a entrada.