IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
O IDH é um índice criado pelo PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e calculado para diversos países desde 1990. Originalmente proposto para medir a diferença entre países, foi adaptado para ser aplicado também a Estados e municípios.
O Índice (De 0 até 1)
O índice vai de 0 a 1 – quanto mais perto do 1, maior é o desenvolvimento humano ou seja, melhor é a qualidade de vida . Em nível mundial, a Noruega e Islândia (Europa) têm IDH de 0,968 numa posição intermediária o Brasil com IDH de 0,800 e no final da tabela, Serra Leoa na África com IDH de 0,336. O IDH tem como objetivo expressar a qualidade de vida nos países e locais em que é calculado.
O cálculo
É feito pela média simples de três componentes: IDH Longevidade: indicador de longevidade, medida pela esperança de vida ao nascer.
IDH Educação: indicador de nível educacional, medido pela combinação da taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais (com peso 2) e da taxa bruta de matrículas nos três níveis de ensino (fundamental, médio e superior) em relação à população de 7 a 22 anos de idade (com peso 1). Para regiões, Estados e municípios do Brasil, usa-se a taxa de freqüência.
IDH Renda: indicador de renda, medido pelo PIB real per capita em dólares, segundo o critério de Paridade do Poder de Compra. Para regiões, Estados e municípios do Brasil, usa-se a renda familiar per capita.
Metodologia
Para analisar a variação dos níveis de desenvolvimento humano nos Estados brasileiros e no país como um todo, o relatório calculou os dados do IDH de 1991 a 2005. O resultado, porém, é fruto de uma metodologia diferente da usada pelo PNUD nos Relatórios de Desenvolvimento Humano e no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. O cálculo é feito com base na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), um levantamento socioeconômico feito anualmente pelo IBGE.
Do Norte para o Sul
Os números mostram uma clara divisão do IDH. Estados do Norte e nordeste (piores IDH), estados do Sul, sudeste e centro-oeste (melhores IDH). Brasília no Centro-oeste ocupa a primeira colocação com um IDH de 0,874, superior ao de países como a Argentina e Emirados Árabes Unidos.
Explicação Geográfica
Essa condição, mostrando um país em que o IDH é menor nas regiões norte/nordeste e aumenta na direção sudeste/centro-Oeste/sul tem explicação na geografia econômica do Brasil, onde a produção, atividade econômica e renda ainda estão muito mais concentrada nestas regiões.
Maiores IDH’s
Brasília no Centro-oeste ocupa a primeira colocação com um IDH de 0,874, O segundo lugar no IDH é de Santa Catarina (o Estado que mais melhorou no ranking de 1991 até 2005, ganhando três posições), com 0,840. Em seguida vem São Paulo (que registrou o segundo menor crescimento desde 1991), com 0,833.
Menores IDH’s
Alagoas, que tinha o pior IDH em 1991, continuou na mesma posição em 2005, com 0,677. Da mesma forma, Maranhão, Piauí e Paraíba não deixaram de ser o segundo, terceiro e quarto piores, respectivamente.
Lenta Melhora
Entre 1991 e 2005, o IDH de todas as unidades da Federação melhorou. A região Nordeste, que registra os piores números desde a década passada, foi a que
teve também o maior crescimento do índice: 16,3%. Depois vêm Sudeste e Centro-Oeste, ambos com 10,9%. O Sul, que mantém os seus três Estados entre os seis primeiros IDHs também desde a década passada, foi o que menos evoluiu no indicador: 8,5%. Dos dez Estados com maior variação no índice, nove são nordestinos. Os de melhoria mais forte foram Paraíba, Piauí e Bahia.
Educação – Fator de Evolução do IDH
O vetor da melhoria recente está, segundo o relatório, na educação. Das três dimensões do IDH (renda, educação e longevidade), o destaque foi a elevação da instrução. Em todas as unidades da Federação o índice de educação foi o que mais cresceu entre 1991 e 2005. A evolução do IDH-Educação – e, de modo menos pronunciado, do IDH-Longevidade – contribuiu para que diminuísse consideravelmente a diferença (…) entre os níveis de desenvolvimento das regiões brasileiras.
Deslocamento do Eixo Produtivo
Mesmo que de forma lenta, mas há uma certa desconcentração geográfica do processo produtivo em curso. Setores como o calçadista, de automóvel, estão se expandindo tanto da região metropolitana para o interior quanto do Sul/Sudeste para o Nordeste. Isso leva a aumento de renda per capita, de exigência por mão-de-obra qualificada (o que influi na educação) e, conseqüentemente, a maior atendimento público de saúde – o que influi na longevidade.