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domingo, dezembro 22, 2024

HIDROGRAFIA

HIDROGRAFIA

Colégio Projúris
2009

O rio Parnaíba, o mais importante do Piauí, apresenta um curso de 1.485 km de extensão, antes de desaguar no mar em cinco braços, formando o único delta das Américas. São de 20 bilhões de metros o volume de água despejado anualmente no oceano Atlântico.

O Piauí dispõe de 69 lagoas perenes, com volume d’água que varia de 350 mil a 74 milhões de metros cúbicos, totalizando cerca de 583 milhões de metros cúbicos e um volume anual utilizável da ordem de 82 milhões de metros cúbicos. Conta, ainda, com 37 açudes públicos e 48 estaduais, que somam 2,7 milhões de metros cúbicos de água.

Sem contar com o lago da barragem de Boa Esperança, que acumula 5 bilhões de metros cúbicos.

O nosso estado possui ainda uma das maiores reservas de água subterrânea do mundo, que, bem utilizada, poderá irrigar plantações em grandes extensões de terra, abastecer cidades e gerar riquezas para a região.

Minerais:

Além de ser o único produtor de Opala da América Latina, o Piauí é o maior produtor brasileiro de Vermiculita. O estado produz também Diamantes e alguns metais pesados, como o Rutilo, o Zircôniio e a Limenita, além de outros.

Oito municípios do Piauí produzem Opala. Destes, o maior produtor é Pedro II, na região Norte do Estado, cujas pedras, pela beleza e valor comercial, têm projeção em nível mundial.

As cidades de Gilbués e Monte Alegre registram a ocorrência de Diamantes, mas a extração não é feita de forma industrial.

São exploradas ainda algumas jazidas de Amianto, Ardósia, Atapulgita, Calcário, Caulim Fosfato, Granito Ornamental, Gipsita, Mármore, Sal-GEma, Talco e Níquel.

Os investimentos no setor de mineração podem ser realizados diretamente na propescção de ocorrências minerais, na compra de jazidas ou minas e na associação com pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos minerais.

Para os interessados, a Companhia Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM, pode fornecer informações preciosas sobre todas as áreas exploradas, possibilidades e leis específicas do setor.

Fruticultura & Mel:

O Piauí é um dos principais exportadores de frutas, mel e derivados, no país. A fruticultura irrigada é uma das culturas mais recentes, e já apresenta excelentes resultados, triplicando anualmente a área plantada e as exportações.

Na cidade de Picos encontra-se a maior produção apícola do estado. A qualidade do produto garante mercado no país inteiro e no exterior.

Energia Solar:

Na batalha por uma boa fonte de energia, renovável, de baixo custo e não poluente, existem várias pesquisas científicas que trabalham com inúmeras possibilidades, nenhuma delas chegou tão longe quanto a energia solar.

Na região Nordeste, universidades e empresas de pesquisa trabalham dentro da perspectiva de otimizar esse recurso tão abundante nas proximidades da linha do Equador.

O Piauí é um dos estados brasileiros que recebe maior incidência de raios solares e, por isso mesmo, para onde todas as atenções dos estudiosos da área estão voltadas.

É mais um campo de investimento que cresce, com a ajuda do capital internacional, ressalte-se.

Vegetação:

Uma das maiores riquezas da vegetação da região Meio Norte do Brasil é justamente a sua bio-diversidade. A região compreende diferentes faixas de cobertura vegetal que se estendem da floresta amazônica ao sertão nordestino.

Essa cobertura está disposta em faixas paralelas e pode ser subdividida de acordo com a sua ocorrência: no Sudeste, a Caatinga; no Centro-Leste e Sudeste, o Cerrado e o Cerradão. No vale do Baixo Parnaíba, a Floresta Decidual.

O aproveitamento dos Cerrados e vales do médio e baixo Parnaíba representam o que há de mais importante na agricultura piauiense. Em outras regiões, o crescimento agrícola se deve muito ao avanço das técnicas e investimentos em irrigação.

Nas regiões de florestas deciduais, vales úmidos e nas áreas baixas e alagadiças, predominam os cocais, que representam uma importante fonte de renda no estado.

Nestas áreas, são extraídos o Tucum, o Buriti, o Babaçu e a Carnaúba, palmeira da qual se extrai uma cera de infinitas utilizações na indústria e que já foi um dos ciclos econômicos do Nordeste.

Na atualidade, a cera de Carnaúba é uma das grandes fontes de renda da indústria piauiense, sendo exportada para Asia, Europa e Estados Unidos para ser utilizada em produtos de tecnologia de ponta, como computadores e na indústria de cosméticos.

Assim como na Amazônia, a flora piauiense tem centenas de plantas e ervas de grande potencial no uso da medicina. Uma riqueza bem pouco explorada e que só nos últimos anos vem atraindo a atenção de pesquisadores das universidades Federal e Estadual do Piauí.

O turismo é a indústria que mais cresce em todo o mundo, e no Piauí não poderia ser diferente. De um lado o mistério, a beleza selvagem, exótica e do outro, as ações governamentais e privadas investindo no fortalecimento dessa atividade.

Foi dessa forma que se facilitou o acesso do turista à Cachoeira do Urubu, no município de Esperantina; que se lutou pela construção do Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato; que se restaurou o Porto das Barcas, em Parnaíba e se tem feito uma série de investimentos no setor.

A tendência mundial do turismo ecológico chegou forte na região. O Delta do Parnaíba tem atraído uma legião de admiradores de todo o mundo, e a cada ano cresce o número de visitantes. São mais de 70 ilhas, repletas de aves, animais silvestres, dunas, mangues e uma beleza ímpar no mundo.

Mais exótico, o roteiro de visitas a Sete Cidades também atrai muitos turistas. Eles são atraídos pelas formas enigmáticas esculpidas nas pedras pela ação dos ventos e pelas cachoeiras abundantes no parque.

Em Teresina, capital do estado, as praças verdes e floridas, o Zoobotânico, o encontro dos rios Poty e Parnaíba e ainda o centro artesanal fazem a festa do turista.

Oeiras, cidade histórica, primeira capital do Piauí é um retorno ao século VXII. O conjunto arquitetônico e a procissão do fogaréu, realizada anualmente, são espetáculos imperdíveis.

No extremo Sul do Piauí, no Parque Nacional da Serra da Capivara, foram descobertos vestígios dos primeiros habitantes das Américas. O Museu do Homem Americano, construído naquele município, modificou a rotina da região e é hoje um dos mais importantes museus históricos do país.

A rede hoteleira do Piauí também aumentou consideravelmente nos últimos anos. Hotéis modernos foram construídos na Capital, no litoral, e outros municípios do interior, que resolveram apostar alto nesse filão.

Por outro lado, o povo piauiense é muito festivo. Além do Carnaval, várias festas e eventos são promovidos durante todo o ano. A alta temporada do litoral, por exemplo, acontece no mês de julho em Parnaíba.

Crescimento Estratégico:

Pensando no futuro, em 1996 o Piauí consolidou o seu Plano Plurianul de Desenvolvimento, traçando metas a serem atingidas até o ano 2 000. Genericamente, o plano pretende promover melhoria da qualidade de vida dos piauienses através do crescimento econômico, com o aumento de produção e renda.

O Plano Plurianual aborda uma longa série de aspectos, que podem ser resumidas em cinco prioridades:

1 – Implementação do Programa Especial de Irrigação, com a previsão de incorporar, no mínimo, 40 mil hectares irrigados ao processo produtivo, contando, é claro, com a implantação da infra-estrutura, incentivo e orientação técnica necessária a pequenos, médios e grandes produtores.

2 – Desenvolvimento sustentável da região dos Cerrados, mediante a implantação da infra-estrutura básica necessária; o disciplinamento do uso e ocupação do solo; a atração de investimentos; e implantação do Programa de Desenvolvimento do Cerrado – PRODECER, com linhas de crédito e toda a infra-estrutura de armazenagem, industrialização e escoamento de produção.

3 – Desenvolvimento do turismo, particularmente o eco-turismo, no delta do Parnaíba, o turismo histórico em Sete Cidades e Serra da Capivara. Apoio ao crescimento da rede hoteleira e parceria na promoção de atividades turísticas, permanentes ou eventuais.

4 – Melhoria na qualidade dos serviços de Saúde e Educação, com o fortalecimento das ações básicas, saneamento e nutrição, bem como a descentralização desses serviços no interior do estado.

5 – Promoção de uma Reforma Administrativa do Estado para adequá-lo à realidade do momento e fazê-lo acompanhar as transformações do mundo contemporâneo, definindo o seu tamanho, funções e estrutura.

Um grande número de empresários já descobriu as vantagens de investir no Piauí. O estado conta com um parque industrial diversificado, com empresas competitivas, rentáveis e de alta qualidade. São indústrias recentes, mas que já conquistaram mercados em todos os continentes.

O Grupo Claudino é um conglomerado de 13 empresas. São 12 mil empregos diretos, 48 mil indiretos. Presente em cinco estados brasileiros, atingindo mais de 300 cidades, o Grupo Claudino inaugura em abril de 97 o Teresina Shopping, o maior e mais moderno da capital.

Há pouco mais de um ano no Piauí, a Oliver tem se destacado no setor de calçados, competindo em igualdade de condições, em termos de qualidade, com fábricas tradicionais do Sul do país. A indústria Oliver fabrica cerca de 10.00 calçados, masculinos e femininos, ao mês, e boa parte da sua produção é exportada.

A Cera de Carnaúba é uma matéria-prima largamente utilizada na fabricação de produtos de tecnologia de ponta e na indústria de cosméticos. A empresa Mocosta é a maior exportadora da região e seus produtos são vendidos em cerca de 12 países.

A cervejaria Antártica exporta bebidas para 16 países. A fábrica do grupo no Piauí foi inaugurada em março de 1983 com uma produção de 600 000 Hecto Litro ano, hoje produz 2.250.000 HL ao ano e abastece 62 distribuidoras em 5 estados brasileiros.

O Curtume Europa é a maior empresa do setor de couros das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Fundado em 1991, a indústria tinha apenas 10 funcionários, seis anos depois oferece 200 empregos diretos e tem um faturamento de aproximadamente US$ 20 milhões. Ela exporta para Europa, Ásia e América do Norte e com um investimento de US$ 6 milhões, nos próximos cinco anos, será o primeiro do país em produção de couros.

A Europa Indústria de Castanhas Ltda. é uma indústria de transformação que trabalha com a castanha de Caju e derivados. Com apenas 3 meses de produção, a empresa já exporta para os EUA, México e Canadá. A previsão de faturamento ao mês é de R$ 400.000,00.

Desenvolvimento é Lei:

Assegurando o compromisso com o investidor, o Governo do Estado sancionou a Lei Nº 4.859, de 27 de agosto de 1996, que institui incentivo fiscal da dispensa do ICMS incidente sobre todas as operações da empresa, tais como: saída dos produtos de sua fabricação, entrada de equipamentos no ativo imobilizado, importação de matérias-primas de outras Unidades da Federação e do exterior, etc. O benefício da dispensa do imposto atinge 100% do ICMS apurado para produto sem similar no Estado e será concedido durante 10 anos para o interior.

Mas isso não é tudo!

O Estado definiu, através do Decreto Nº 9590, setores e atividades prioritários, nos quais, a empresa mesmo não sendo pioneira, obtém a dispensa total do imposto pela sua implantação. Dentre as atividades eleitas prioritárias destacam-se: agroindústrias nos municípios dos cerrados, indústria de beneficiamento de minerais, indústria de derivados do mel de abelha e agroindústria da fruticultura, de couros e peles.

Além disso, mesmo que não seja pioneira nem esteja numa atividade prioritária, à empresa a se implantar no Estado, produzindo um bem com similar, será beneficiada com a dispensa de 60% do ICMS incidente sobre todas as operações acima relacionadas.

Oferece-se incentivo também para a rentabilização, a relocalização e a implantação de empresas já instaladas.

O Brasil aposta no Nordeste

Em nível nacional, existem pelo menos dois fundos de investimentos que trabalham especificamente na região, o Fundo de Investimentos do Nordeste – FINOR e o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE.

Através do FINOR, a empresa pode ser isenta do imposto de renda por um período de 10 anos. O financiamento permite ainda a aplicação de até 40% desse tributo, gerados em outras regiões brasileiras, no Piauí. Desde que as empresas em questão pertençam ao mesmo grupo.

O FNE faz financiamentos de médio e longo prazo, com juros que não podem ultrapassar a 8% ao ano, para projetos considerados de relevante interesse sócio-econômico para a Região.

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