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terça-feira, novembro 19, 2024

TEORIA DE TAYLOR E FAYOL

FREDERICK WILSLOW TAYLOR E HENRY FAYOL

INTRODUÇÃO:

Na apresentação a seguir iremos acompanhar a história da administração que inicia dentro do século IX caminhando ai até os dias da atualidade, nos conceitos de FREDERIK WINSLOW TAYLOR(1856 – 1915) e HENRY FAYOL (1841-1925). Dois grandes personagens, mitos da administração mundial. TAYLOR pioneiro e FAYOL seguidor e aperfeiçoador das obras de TAYLOR, TAYLOR que por sua vez passou a estudar formas para aperfeiçoa as técnicas de administrar tanto das empresas, quanto da sociedade, buscando esse aperfeiçoamento na ciência.

TAYLOR começou seus estudos da base “o operário” para o topo “Gerentes, donos e supervisores”, trazendo em sua primeira obra “administração de oficinas” o estudo das técnicas de trabalho realizado pelo operário, se baseando em dois pontos, o tempo e o movimento, a partir desses pontos ele vai desenvolver outros vários conceitos que serão bem aceitos. Em um segundo momento TAYLOR traz uma segunda obra onde fala de princípios de administração, fundamentos e características, sem deixar de lado os dois pontos iniciais de seus estudos.

FAYOL seguindo os passos de TAYLOR dentro de uma ciência deu sua contribuição com a previsão e métodos adequados de gerência. FAYOL fez algo que TAYLOR também fez só que de traz para frente, estudou do topo para a base. Deu certo mesmo TAYLOR defendendo um pluralismo na organização e FAYOL fosse partidário da centralização. FAYOL trouxe as funções básicas das empresas passo a passo, princípios universais e gerais.

Veremos que ambos foram para o mundo administrativo às evoluções e revoluções em pessoa.

FREDERCK WINSLOW TAYLOR (1856 – 1915) é considerado o fundador da administração cientifica. Nos seus primeiros estudos tomou contato direto com os problemas sociais e empresariais decorrentes da revolução industrial. Iniciou sua vida profissional como operário, em 1878, passando a capataz contramestre, chefe de oficina, a engenheiro em 1885 quando se formou. Naquela época estava em moda o sistema de pagamento por peça ou por tarefa. Os patrões procuravam lucrar ao máximo na hora de fixar os preços da tarefa e os operários, por seu turno reduziam a um terço um ritmo de produção das maquinas, procurando contrabalançar desta forma o pagamento pro peça determinado pelos patrões. Isso levou TAYLOR a estudar o problema de produção nos seus mínimos detalhes, pois não podia decepcionar seus patrões, graças ao seu progresso na companhia, nem decepcionar seus colegas de trabalho.

A característica do estudo de TAYLOR é a busca de uma administração cientifica. Por isso é visto como o prenunciador da teoria da administração cientifica. TAYLOR via necessidades de aplicar métodos à administração para assegurar a máxima produção ao mínimo custo.

PRIMEIRO PERIODO DE TAYLOR

TAYLOR iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, generalizou as suas conclusões para administração geral. Sua teoria seguiu um caminho generalizado de baixo para cima e das partes para o todo. Em 1900, começou a revelar ao público as suas teorias acerca de administração cientifica. Registraram cerca de 50 patentes de invenções sobre máquinas, ferramentas e processos de trabalho. O primeiro período de TAYLOR à época da publicação do seu livro SHOP MANAGEMENT (administração de oficinas) (1903) onde o autor se preocupa exclusivamente com as técnicas de realização do trabalho de operário, através do estudo de tempo e movimento. TAYLOR começou por baixo, junto dos operários do nível de execução, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário. Verificou que o operário médio produzia muito menos do que era potencial capaz com equipamento disponível. Concluiu que se o operário diligente e mais predisposto à produtividade perceber que no final acabará ganhando exatamente a mesma remuneração que seu colega menos interessado e menos produtivo, acabará se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com a sua capacidade. Daí, a necessidade de criar condições de pagar mais àquele que produz mais.

Ao primeiro período pertencem os seguintes princípios aplicados às funções de supervisão:

Principio: Atribuir a cada trabalhador a tarefa mais elevada possível, de acordo com suas aptidões pessoais.
Principio: Solicitar a cada trabalhador uma produção nunca inferior ao padrão estabelecido.
Principio: Atribuir aos trabalhadores tarifas de remuneração por unidade produzida, tarifas estas que serão satisfatórias para aqueles que alcancem o padrão estabelecido.
Desenvolveu o estado cronometrado dos tempos e movimentos, decompondo analiticamente o trabalho dos operários, visando a racionalizá-lo e a simplificá-lo, a fim de obter maior rendimento com menor esforço e com maior remuneração. Trata-se de decompor uma operação industrial em seus diversos elementos, componentes, verificando quantos segundos e fração de segundos dura cada uma e todas as operações. O estudo de tempos e movimento cria condições para a reestruturação das operações industriais eliminando ao máximo os movimentos desnecessários e economizando energia e tempo. Observando a metódica e pacientemente a execução das tarefas a cargo dos operários, viu TAYLOR a possibilidade de decompor cada tarefa em uma série ordenada de movimentos simples, cuja duração podia ser medida. Através de tal sistema, era possível especializar o pessoal em cada tarefa e selecioná-lo de tal forma admitir ao serviço apenas àqueles agentes capazes de executar sua tarefa dentro do tempo considerado conveniente e utilizando os demais em outras tarefas, para as quais revelassem habilidade suficiente. Assim, era possível atribuir a cada operário, a tarefa mais adequada a suas condições físicas e aptidões, dando-lhe possibilidade de receber em compensação, um salário bem superior à média.

Entre as numerosas vantagens do controle dos tempos e movimentos, destaca-se:

Eliminar os movimentos inúteis e substituí-los por outros eficazes;
Tornar mais eficaz e racional a seleção e treinamento do pessoal;
Ter uma base segura para melhorar a eficiência do trabalho do trabalho e, conseqüentemente, o rendimento da produção;
Distribuir uniformemente o trabalho, para que não haja períodos de falta ou excesso de trabalho;
Ter uma base uniforme para a fixação de salários eqüitativos e para a concessão de prêmios por aumento de produção;
Calcular com mais precisão o custo unitário e, por conseguinte, preço de venda dos produtos.
O ponto de partida da organização racional do trabalho pode ser reduzido aos seguintes aspectos fundamentais:

Ciência em lugar do empirismo e da improvisação: reunir todo o conhecimento tradicional relativo ao trabalho, num corpo sistematizado de serviços, métodos e processos.
Seleção e treinamento dos trabalhadores: selecionar, racional e cientificamente, o trabalhador e o seu treinamento e o desenvolvimento.
Articular o trabalho com a ciência: cooperar cordialmente com o trabalhador, selecionado e treinado, colocando a sua disposição àqueles conhecimentos reunidos e sistematizado.
Divisão do trabalho e das responsabilidades:

Planejamento a cargo da gerencia
Execução a cargo dos operários e de seus supervisores
O que TAYLOR procurava era:

Eliminação de todo esperdício de esforço humano;
Maior insistência em que os operários se adaptem à própria tarefa;
Maior cuidado em treinar os operários de maneira que respondam às exigências de seus respectivos trabalhos;
Maior especialização de atividades;
Estabelecimento de normas de atuação laboral bem detalhada.
TAYLOR se preocupou em criar um sistema educativo baseado na intensificação do ritmo de trabalho em busca da eficiência empresarial.

SEGUNDO PERIODO DE TAYLOR

Corresponde à época da publicação do seu livro “principio da administração cientifica” (1911), quando conclui que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhado de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente à aplicação dos seus princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os seus estudos sobre a administração geral, a qual denominou administração cientifica, sem deixar, contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário.

TAYLOR assegurava que as industrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados em três (3) fatores:

Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositalmente a produção à cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerencia. A três causas determinantes da vadiagem no trabalho, o maior rendimento do homem e da máquina terá como resultado desemprego de grande numero de operários; o sistema defeituoso na administração que força os operários à inatividade no trabalho. Os métodos baseados na experiência ineficientes, os quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo.

Desconhecimento pela gerencia, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua efetivação;

Falta uniformidade das técnicas ou artifício de trabalho. Para sanar esses males, arquitetar o seu famoso sistema de administração que denominou “SCIENTIFIC MANAGEMENT” e que nos países de língua latina foi designada sob os nomes de sistema de TAYLOR, “gerencia cientifica”, “organização cientifica no trabalho” e “organização racional no trabalho”. Segundo o próprio TAYLOR é antes uma evolução do que uma teoria, tendo como ingredientes 75% de análise e 25% de bom senso.

FUNDAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA

Objetivo principal da administração:

Assegurar o máximo de prosperidade ao patrão, e o máximo de prosperidade ao empregado.
Identidade de interesse de empregados e empregadores: TAYLOR salienta que a maioria das pessoas crê que os interesses fundamentais dos empregadores e dos empregados sejam necessariamente antagônicos. Ao contrário, à administração cientifica tem por seus fundamentos a certeza de que os verdadeiros interesses de ambos são uns únicos e mesmo interesse. É preciso dar ao trabalhador o que ele mais deseja alto salário, baixo custo de produção.
Influencia da produção na prosperidade de empregados e empregadores: ninguém atingirá maior prosperidade sem que tenha atingido o mais alto grau de eficiência.TAYLOR procura mostrar o lucro que as empresas obtém com a substituição de métodos empíricos por métodos científicos, bem como a economia de tempo e o conseqüente acréscimo de rendimento obtido pela eliminação de movimento lentos e ineficientes e sua substituição por movimentos rápidos em todas as tarefas.
Administração cientifica e o sistema de iniciativa, e incentivo: TAYLOR considera que o regime de incentiva – incentivo não conduzia a nenhum resultado. Dar incentivo ao operário através de prêmios por aumento de produção, deixando-lhe porem a iniciativa de escolher o seu método de trabalho.
TAYLOR assegura que o administrador comum deixa ao arbítrio do operário escolher o método melhor e mais econômico, para realizar o seu trabalho, porque ele acredita que a sua função seja induzir o trabalhador a usar a atividade, o melhor esforço, os conhecimentos tradicionais, a habilidade, a inteligência e a vontade. O problema principal da administração comum consiste então em se obter a iniciativa do operário. Para tanto, utiliza outro recurso, o incentivo, que é boa remuneração por peça produzida, etc. a este sistema deu-se o nome de administração por incentivo ou incentiva.

O sistema de iniciativa, e incentivo depende quase que inteiramente da obtenção da iniciativa do operário, e raramente esta é alcançada. Na administração cientifica, a iniciativa do trabalhador se obtém com absoluta uniformidade e em grau muito maior do que é possível sob o antigo sistema. A administração cientifica, as responsabilidades devem ser repartidas entre a gerência e o trabalhador, devendo a gerência tomar a seu cargo o estudo minucioso do trabalho e da assistência continua ao trabalhador durante a produção. Segundo TAYLOR, a mudança do sistema de iniciativa e incentivo para o de administração cientifica deve obedecer a um certo período de tempo, para que não apareçam alterações bruscas causando descontentamento por partes dos empregados e prejuízos aos patrões.

PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA

A gerência passa a ter novas atribuições e responsabilidades, descritas pelos quatro princípios abaixo:

Principio do planejamento
Principio do preparo;
Principio do controle;
Principio da execução;
Outros princípios implícitos de administração cientifica: estuda o trabalho dos operários, eliminar ou reduzir os movimentos inúteis ou aperfeiçoar e racionalizar os movimentos úteis. Estudar cada trabalho antes de fixar o modo como deverá executar. Selecionar cientificamente os trabalhos de acordo com as tarefas que lhe serão atribuídas. Dar aos trabalhadores instruções técnicas sobre o modo de trabalhar. Separar às funções de preparação e às de execução, dando-lhes atribuições precisas e delimitadas. Especializar e treinar os trabalhadores, tendo na preparação e no controle do trabalho quanto na sua execução. Estabelecer prêmios e incentivos para quando forem atingidos os padrões estabelecidos. Padronizar os utensílios, os materiais, o maquinário e o equipamento e os métodos e processos de trabalho a serem utilizados. Dividir proporcionalmente as vantagens que resultarem do aumento da produção proporcionado pela racionalização. Controlar a execução do trabalho. Classificar de forma a tornar fácil o seu trato e o seu uso.

Divisão do trabalho e especialização do trabalhador. Na busca de maior produtividade desdobrando-o em suas partes componentes.

Supervisão funcional essa nova doutrina de eficiência de trabalho exigiu uma completa mudança de idéia de organização de empresas na época.

Administração funcional consiste em dividir o trabalho de maneira que cada homem, desde o assistente até o superintendente tenha que executar a menor variedade possível de funções. Para TAYLOR a característica mais marcante e visível administração funcional consistem no fato de que cada operário, em lugar de pôr-se e, contato direto com a administração num único ponto.

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA ASDMINISTRAÇÃO CIENTIFICA

Administração como ciência:

A organização e a administração devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo, à ciência.
O maior mérito de TAYLOR esta realmente na sua contribuição “para que se encarasse sistematicamente o estudo da organização, o que não só revolucionou completamente a indústria como também teve grande impacto sobre a administração”.
O fato de ter sido ele o primeiro a fazer uma análise completa do trabalho, inclusive dos tempos e dos movimentos, de ter sido ele que estabeleceu padrões preciosos de execução, que treinou o operário, que especializou o pessoal, inclusive o de direção que instalou uma sala de planejamento, em resumo, que assumiu uma atitude metódica ao analisar e organizar a unidade fundamental de qualquer estrutura. Tudo isto o eleva a uma altura não comum no campo de organização.
Para TAYLOR, os elementos de aplicação da administração cientifica são:

ESTUDO DE TEMPO;
SUPERVISÃO FUNCIONAL
PADRONIZAÇÃO DE FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS;
SALA DE PLANEJAMENTO;
O PRINCIPIO DA EXECUÇÃO;
A UTILIZAÇÃO DA RÉGUA DE CALCULO E INSTRUMENTOS SEMELHANTES PARA ECONOMIZAR TEMPO;
FICHAS COM INSTRUÇÕES DE SERVIÇO;
A IDÉIA DE TAREFA, ASSOCIADA A PRÊMIOS PELA SUA EXECUÇÃO EFICIENTE;
GRATIFICAÇÃO DIFERENCIAL;
SISTEMAS Mnemônicos PARA CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS MANOFATURADOS, BEM COMO DO MATERIAL UTILIZADO NA MANOFATURA;
SISTEMA DE DELINEAMENTO DA ROTINA DE TRABALHO;
MODERNO SISTEMA DE CALCULOS DE CUSTO, ENTRE MUITOS OUTROS ELEMENTOS.
DIVISÃO DO TRABALHO E ESPECIALIZAÇÃO:

A organização deve se caracterizar por uma divisão do trabalho claramente definida. Os partidários da administração cientifica se preocupavam com a divisão do trabalho no nível do operário que executa as tarefas. O pessoal deve ser especializado em suas tarefas, que devem ser tanto mais simples quanto possível. Essa especialização permite exigir menor habilitação em preparo do pessoal que é admitido, bem como facilitar o seu treinamento e o seu controle. Para proceder à especialização, torna-se necessária à simplificação do trabalho. Enquanto a corrente dos anatomistas apoiava em uma racionalização da organização como um todo a corrente da administração cientifica se apoiava em uma organização racional do trabalho do operário, para TAYLOR e seus seguidores o método ideal para se realizar o trabalho era o estudo de tempos e movimentos.

SUPERVISÃO FUNCIONAL:

A administração funcional consiste em dividir o trabalho de maneira que cada homem, desde o assistente até o superintendente, tenha que executar a menor variedade possível de funções. Sempre que possível o trabalho de cada homem deverá limitar-se à execução de uma única função. A supervisão é exatamente a aplicação da divisão do trabalho e da especialização ao nível dos supervisores e chefes.

CONCEITO DO “HOMO ECONOMICUS”

É a presunção de que o homem é influenciado profundamente por recompensas e sanções salariais e financeiras. Para TAYLOR, a administração cientifica deve estudar as capacidades físicas do trabalhador, através do estudo dos tempos e dos movimentos, mas com uma abordagem econômica. Considerando o homem movido pelo medo da fome e da busca pelo dinheiro. Assim, as recompensas materiais, e econômicas influenciam decisivamente os esforços individuais no trabalho, fazendo com que o trabalhador desenvolva o Maximo padrão de realização de que é fisicamente capaz para atingir um ganho maior.

ÊNFASE NA EFICIÊNCIA:

Essência da administração cientifica é determinar a única maneira certa de se executar um trabalho. A metodologia desenvolvida por TAYLOR para determinar a maneira certa de executar o trabalho e totalmente assentada no estudo de tempos e movimentos. Através da analise do trabalho, estima à produção padrão que corresponde à eficiência desejada (100%).

TEORIA CLÁSSICA:

HENRY FAYOL defendia princípios semelhantes na Europa, baseando em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos e TAYLOR eram estudados por executivos europeus, os seguidores da administração cientifica só deixaram de ignorar a obra de FAYOL quando a mesma foi publicada nos ESTADOS UNIDOS. O atraso na difusão generaliza das idéias de FAYOL fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios.

HENRY FAYOL (1841-4925) é considerado fundador da abordagem anatômica da administração. Nasceu em Constantinopla e faleceu em Paris, vivendo as conseqüências da revolução industrial e, mais tarde, da primeira guerra mundial. Formou-se em engenharia das minas aos 19 anos e entrou para a empresa metalúrgica e carbonífera onde desenvolveu toda a sua carreira FAYOL expôs teorias de administração, em uma conferência perante a sociedade da industria Mineira (1908). Essa conferência formou o esqueleto de seu famoso livro “ADMINISTRATION INDUSTRIALLE ET GENERALLE” publicado em Paris em 1916.

CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE FAYOL

FAYOL sempre afirmou seu êxito se devia não só as suas qualidades pessoais, mais aos métodos que empregava. Exatamente como TAYLOR, FAYOL empregou seus últimos anos de vida à tarefa de demonstrar que, com previsão cientifica e métodos adequados de gerência, resultados satisfatórios eram inevitáveis. TAYLOR e FAYOL dedicaram vida a introduzir o método cientifica na administração da empresas, FAYOL realizou suas pesquisas em sentido inverso, isso é, do topo para a base. As contribuições de TAYLOR e FAYOL são essencialmente complementadas, embora TAYLOR defendesse um pluralismo na organização e FAYOL fosse partidário da centralização.

SEIS FUNÇÕES BÁSICAS DAS EMPRESAS.

FUNÇÃO TECNICA: através da função técnica a empresa realizou a produção dos bens ou dos serviços. Salienta FAYOL que o número a variedade e a importância das operações técnicas, a circunstancia que os produtos de qualquer natureza (seja material, intelectual e moral) saem geralmente das mãos do técnico, contribui para dar a função técnica e, por conseguinte, à capacidade técnicas, tão necessárias e, às vezes até mais úteis ao desenvolvimento da empresa.

FUNÇÃO COMERCIAL: para FAYOL a prosperidade de uma empresa depende tanto da função comercial quanto da técnica. Saber comprar e vender é tão importante como saber fabricar bem. Habilidade comercial unida à capacidade e a decisão implicam em profundo conhecimento do mercado e das forças dos comerciante e grande previsão e, nas empresas importantes na aplicação cada vez mais freqüente das contribuições.

FUNÇÃO FINANCEIRA: é indispensável uma hábil gestão financeira, pára o aumento de capital, a fim de tirar o maior proveito possível das disponibilidades e evitar aplicações imprudentes de capital. Nenhuma reforma, nenhuma melhor é possível sem disponibilidade financeira e sem credito. Constitui condições essenciais de êxito ter constantemente à vista a situação financeira da empresa.

FUNÇÃO DE SEGURANÇA: relacionada com a proteção de bens e de pessoas.

FUNÇÕES CONTÁBEIS: a contabilidade constitui o órgão divisão das empresas. A ela cabe revelar, a qualquer momento, a posição e o rumo dos negócios. Uma boa contabilidade simples e clara que dê idéias exatas das condições da empresa é um poderoso instrumento de direção.

FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular o programa de ação geral da empresa, de constituir o seu corpo social, de coordenar os esforços e de harmonizar os atos. Elas constituem uma outra função, designada habitualmente pelo nome de administração.
Face às funções, a operação de governos de uma empresa, como:

    • Operações técnicas;
    • Operações comerciais;
    • Operações financeiras e
    • Operações de segurança
    Ao lado de funções essenciais, como:
    • Operações contábeis e,
    • Operações administrativas
    Esses seis grupos de operações (que são realizados através das funções essenciais) existem sempre em qualquer empresa, seja pequena ou grande, simples ou complexa.

Conceito de administração:

FAYOL define administração como sendo:

Prever:

    • é visualizar o futuro e traçar o programa de ação;

Organizar:

    • é contribuir o duplo organismo material e social da empresa;

Comandar:

    • é dirigir e orientar o pessoal;

Coordenar:

    • é ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos;

Controlar:

    é verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.

Administração não é senão uma das seis funções, cujo ritmo é assegurado pela direção. Mas ocupa tamanho lugar nas funções dos altos chefes que, às vezes, pode parecer que seja exclusivamente administrativamente, isto é, situadas apenas no topo das empresas.

PROPORCIONALIDADE DA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA;

A função administrativa não é encargo pessoal nem privilegio exclusivo do chefe ou dos dirigentes da empresa. É uma função que se reparte e se distribui com as outras funções essenciais proporcionalmente entre a cabeça e os membros do corpo social da empresa.

PRINCIPIOS UNIVERSAIS.

DIVISÃO DO TRABALHO: especialização dos trabalhadores e gerentes para aumentar a eficiência.
AUTORIDADE RESPONSABILIDADE: o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência; responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade.
DISCIPLINA: obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito de acordo com os acordos estabelecidos.
UNIDADE DE COMANDO: cada empregado deve receber ordens de apenas um supervisor.
UNIDADE DE DIREÇÃO: uma cabeça e um plano para cada grupo de atividade que tenham o mesmo objetivo.

SUBORDINAÇÃO DOS INTERESSES INDIVIDUAIS AOS INTERESSES GERAIS.

REMUNERAÇÃO DE PESSOAL:

    • deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e a organização.

CADEIA ESCOLAR:

    • a linha de autoridade.

ORDEM:

    • um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.

EQUIDADE:

    • amabilidade e justiça.

ESTABILIDADE E DURAÇÃO (NUM CARGO) DO PESSOAL:

    • a rotação tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização.

ESPIRITO DE EQUIPE:

    Harmonia e união entre as pessoas são grades forças para a organização.

QUALIDADE DO ADMINISTRADOR;

Qualidades físicas:

    • como saúde, destreza, vigor e etc.

Qualidades intelectuais:

    • Como aptidão para compreender e aprender, discernimento, agilidade mental, etc.

Qualidades morais:

    • como energia, firmeza, coragem de aceitar as responsabilidades, iniciativa, decisão, tato e dignidade.

Cultura Geral:

    • como conhecimentos variados, fora do domínio da função exercida.

Conhecimentos especiais:

    • relativos unicamente a função, seja ela técnica, comercial, administrativa etc.

Experiências:

    ou seja, o conhecimento resultante da pratica dos negócios. É a lembranças das lições que os fatos proporcionam a pessoa.

NECESSIDADE E POSSIBILIDADE DE ENSINAR A ADMINISTRAÇÃO:

FAYOL defendeu também a possibilidade e mesmo a necessidade de um ensino organizado de administração, de caráter geral, para formar melhores administradores, a partir de suas aptidões e qualidades pessoais.

DESTINÇÃO ENTRE administração E ORGANIZAÇÃO.

Ainda que reconhecendo o emprego da palavra administração como sinônimo de organização, FAYOL faz uma profunda distinção entra ambas as palavras.

Para ele a administração é um todo do qual a organização é uma das partes.

PRINCIPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL

Divisão e trabalho: a divisão de trabalho consiste na designação de tarefas complementares a cada uma das partes da organização.
Autoridade e responsabilidade: para FAYOL ambas são intimamente ligadas, sendo a responsabilidade um corolário da autoridade, combinação de autoridade de autonomia oficial e autoridade de pessoal.
Disciplina: é o respeito a acordos que são destinados à obtenção de obediência, aplicação, energia e sinais externos de respeito. A disciplina exige bons superiores, em todos os níveis, acordos claros e justos, bem como aplicação judiciosa de penalidades e medidas disciplinares.
Unidades de Comando: um empregado deve receber ordens de um único superior. É o principio da autoridade única.
Unidade de direção: cada grupo de atividades, que tem um mesmo objetivo, deve ter um só chefe e um só plano. A unidade de direção relaciona-se com o funcionamento do corpo da empresa.
Subordinação do interesse individual ao interesse geral: o interesse do grupo deve sobrepor-se aos interesses dos indivíduos.
Remuneração pessoal: para FAYOL devem ser razoáveis e devem conseguir o Maximo de satisfação para o empregado e para o empregador.
Centralização: refere ao ponto até onde autoridade é concentrada ou dispersada em uma empresa. O grau de pessoas para poder produzir um melhor resultado geral.
Hierarquia ou cadeia escolar: FAYOL numa linha de autoridade, numa linha de superiores do escalão mais alto e mais baixo.
Ordem: é considerada a organização no arranjo e disposição de coisas e de pessoas.
– Equipe: consegue-se lealmente a devoção por parte do pessoal, mediante uma combinação de bondade e justiça ao lidar com subordinados.
– Estabilidade do pessoal: achando que a instabilidade é, a um só tempo, a causa e o efeito da má administração, FAYOL salienta os perigos e custos da rotação desnecessária de pessoal.
– Iniciativa: prática da experimentação e da tentativa, tanto no planejamento quanto na execução de um plano.

Espírito de equipe: é uma extensão do principio da unidade de comando: a união faz a força.

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Taylor x Fayol

CONCLUSÃO:

FAYOL E TAYLOR ou vice – versa, deu o que chamamos hoje de impulso a administração, desde que começou a revolução industrial só se sabia trabalhar de acordo com o patrão da forma que ele estipulasse era o que era, funcionários eram enganados e as forma administrativas eram precárias. Pode se observar que quando TAYLOR deu seu primeiro passo com sucesso para a busca perfeita da administração e em seguida FAYOL, começou uma evolução de uma nova sociedade que estava renascendo da revolução industrial para o mundo de globalizado.

Os feitos científicos desses dois intelectuais da administração puderam trazer aos dias atuais o que temos de melhor na administração que é a visão a longo, médio e curto prazo, os princípios, as funções, as operações, dando agilidade para quem administra e melhoria para quem trabalha.

Nesse meio viverá somente aqueles que adaptarem as inovações, que, a cada dia se avança mais.

BIBLIOGRAFIA:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Taylorismo
http://www.arvore.org.br/seer/index.php/rbadm

Tudo sobre a Administração Científica de Taylor


http://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Weber
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frederick_Taylor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Henri_Fayol
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Ford

VEJA TAMBÉM EM TRABALHOS ESCOLARES:

TEORIAS DE TAYLOR, FORD, FAYOL E WEBER

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