24.4 C
Sorocaba
quarta-feira, abril 23, 2025

QUADRILHA – CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Quadrilha – Carlos Drummond de Andrade

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo

Que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili

Que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes

Que não tinha entrado na história.

Comentário

Depois, o desacerto amoroso, a inesperada intromissão do humor, a intriga, todo aquele mundo de conflitos sentimentais parece saltar do ritmo descritivo da dança de uma quadrilha. A sensação musical e coreográfica é produzida pela repetição encadeada com o verbo amar. O ritmo do poema é realmente expressivo. Como são difíceis as relações amorosas.

Outros trabalhos relacionados

O Sentimento dum Ocidental – Cesário Verde

O Sentimento dum Ocidental - Cesário Verde Sem ser um romântico, há tonalidades do Romantismo em seus versos. Nunca pelo estilo e preceitos da Escola,...

História da Província de Santa Cruz – Pero de M. G.

História da Província de Santa Cruz - Pero de M. G. A História da Província Santa Cruz ao qual vulgarmente chamando Brasil é o relato...

O Resto é Silêncio – Érico Veríssimo

O Resto é Silêncio - Érico Veríssimo Desenvolve-se de maneira mais compacta. A ação do romance decorre no curto espaço de tempo entre a tarde...

Dois Parlamentos – João Cabral de Melo Neto

Dois Parlamentos - João Cabral de Melo Neto Dois Parlamentos é dividido em duas partes. A primeira é Congresso no Polígono das Secas, onde o...