Autoria: Jonathan S. Rocha
1 – INTRODUÇÃO
O Toyotismo surgiu numa época em que a estrutura o capital se encontrava em crise, onde o capitalismo buscava mudanças no próprio processo produtivo.
Esse novo movimento político, denominado como neoliberalismo, traz postulados como:
• Estado mínimo;
• Livre iniciativa;
• Todas as atividades são consideradas mercadorias;
De todos os setores, o que mais sofreu com as mudanças foi a classe trabalhadora, tendo alterações em sua estrutura produtiva, sindical e política.
Tais transformações são fortemente notadas a partir de 1973, onde o capital busca reestruturar-se para restaurar seu domínio societal, quando as superpotências medem forças pela acumulação de capital, tendo como principal arma a competitividade.
É quando podemos observar comportamentos que seguem o padrão de uma empresa Japonesa que já se encontrava adaptada aos moldes que os demais países estavam buscando: A Toyota com o seu modelo Toyotista.
Ao fim da década de 60, a empresa Japonesa já estava totalmente dentro do modelo de produção flexível. Tal modelo era divulgado dentro e fora do Japão.
A ideologia e os princípios organizacionais deste modelo passaram a sustentar as práticas empresariais como modelo de administração, sendo que na década de 80 o Toyotismo passou a ser a ideologia universal da produção sistêmica do capital.
2 – ORIGEM E CARACTERÍSTICAS
O engenheiro Japonês Eiji Toyoda visitou uma indústria automotiva em Detroit, dirigida pelo sistema Fordista, onde o fluxo normal era produzir primeiro e vender depois. Foi então que, ao avaliar a estrutura desta empresa, Toyoda percebeu que o Japão não teria condições de utilizar desta forma de produção.
Sendo assim, foi necessário modificar o sistema americano de produção. Buscando soluções para esse paradigma, Toyoda e seu especialista em produção Taichi Ohno, iniciaram um processo de mudanças na produção. Entre as novas técnicas implantadas, está a possibilidade de alterar as máquinas rapidamente durante a produção, ampliando assim a variedades de produtos ofertados. Essa passou a ser a essência do modelo Japonês de produção.
Algumas regras foram implantadas e constituem as características do Toyotismo, partindo do princípio de que aqueles elementos que não agregassem valor ao produto deveriam ser eliminados:
• Tempo que se perde para consertos ou refugo;
• Produção maior do que o necessário, ou antes, do tempo necessário;
• Operações desnecessárias no processo de manufatura;
• Transporte;
• Estoque;
• Movimento humano;
• Espera.
Baseando-se nos princípios acima, o modelo de produção foi planejado por:
• Automatização;
• Just-in-time;
• Trabalho em equipe;
• Administração por estresse;
• Flexibilização da mão-de-obra;
• Gestão participativa;
• Controle de qualidade;
• Subcontratação.
3 – CONCLUSÃO
O que pudemos observar lendo e resumindo o texto foi que o Toyotismo veio para aperfeiçoar um método visando solucionar um paradigma: Como ajustar o sistema de produção aos moldes neoliberais.
A solução foi trazida por uma empresa que possuía limitações bem maiores do que as das grandes multinacionais fabris.
A empresa possuía sérias limitações de espaço de armazenamento e de produção e, como se não bastasse, a compra de tecnologia estrangeira, assim como a exportação de produtos, era extremamente limitada.
Neste cenário adverso, dois profissionais de visão foram capazes de enxergar uma saída para o entrave que se encontravam.