A melhor forma para se entender a mundialização é diferenciando esta da globalização. Globalização são os processos de natureza econômica e tecnológica; mundialização é a esfera dos processos culturais. Integrando essas duas formas de processos, os econômico-tecnológicos e os culturais, a categoria mundo comporta tanto esse fenômeno peculiar ao nosso tempo, que é a sociedade global, quanto de outro lado implica uma visão de mundo um universo simbólico especifico a civilização atual.
O processo de mundialização da cultura dissemina um conjunto e parâmetros que se reproduzem em escalas variadas nas diversas sociedades do planeta, em função das histórias de cada uma delas.
“Por isso temos a tendência em detectar a mundialização por meio de seus sinais exteriores. McDonald’s, Coca-Cola, cosméticos Revlon, calças jeans, televisores e toca-discos são sua expressão. Nos pontos mais distantes, Nova York, Paris, Zona Franca de Manaus, na Ásia ou na América Latina nos deparamos com nomes conhecidos (…). Qual o significado disso? Que a mundialização não se sustenta apenas no avanço tecnológico.
Há um universo habitado por objetos compartilhados em grande escala. São eles que constituem nossa paisagem, mobiliando nosso meio ambiente. As corporações transnacionais, com seus produtos mundializados e suas marcas facilmente identificáveis, balizam o espaço mundial.” (ORTIZ, p.107)
Bibliografia:
ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. Editora Brasiliense. São Paulo, 2000.
Novo Olhar – Revista de estudos sobre práticas de recepção a produtos mediáticos. Ano 2, número 3. 1° Semestre de 1999.