Autoria: Erika Stapf
Hipnose é um termo que provém do grego hypnos, que designa sono. Este termo foi introduzido em 1841 por James Braid, que observou o olhar fixo e a concentração do olhar enquanto um corpo permanece em repouso absoluto. Hipnose é um estado especial que se caracteriza pelo sono, mas que preserva os reflexos. A capacidade de hipnose de um indivíduo depende da capacidade que ele tem de se concentrar e não de quem hipnotiza. A hipnose, em algumas culturas, tem sentido religioso e tem como objetivo a unidade com Deus através do êxtase. Muitos pesquisadores realizaram pesquisas sobre a hipnose e as teorias são diferentes. Charcot defendia a idéia de que a hipnose só funcionava com histéricos, mas sua teoria deixaria implícito que noventa e cinco por cento dos indivíduos teriam este distúrbio. Na teoria da dissociação, os teóricos defendiam a idéia de que a hipnose promove uma separação entre mente, consciência e subconsciente. Para alguns psicanalistas, a hipnose é um tipo de processo particular, em que o indivíduo regride e que pode ser iniciado por uma privação senso motora ideativa, ou por uma relação arcaica com quem hipnotiza. Nesta teoria, a hipnose seria um aspecto de funcionamento do ego. Há uma teoria muito aceita que define a hipnose como um estado localizado entre o sono e a vigília, mas suas características fisiológicas são distintas de ambos os estados. A pessoa hipnotizada tem aspecto passivo, subserviente, automatizado e pode ser controlada pelo hipnotizador. Outra característica muito aceita era a que entendia a hipnose como um estado de hipersugestividade, que poderia ser aproveitado para a extinção de reflexos patológicos e o estabelecimento de condicionamentos terapêuticos normais. O estado hipnótico pode ser induzido por vários métodos. Os hipnotizadores de palco utilizam-se da surpresa causada por um desequilíbrio emocional momentâneo. Nos métodos racionais o hipnotizador e o hipnotizado têm um objetivo comum e determinado. A hipnose, ainda, é muito utilizada hoje em dia e muitas vezes no campo médico e odontológico, além de outras especialidades que utilizam este método como auxílio diagnóstico ou terapêutico e a principal indicação é para a medicina psicossomática.