SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3 HIPÓTESES
4 METODOLOGIA
4.1 Métodos de Pesquisa
4.2 População e Amostra
4.3 Local do Estudo
4.4 Período
4.5 Critérios de Inclusão
4.6 Critérios de Exclusão
4.7 Coleta de Dados
4.7.1 Procedimentos do Tratamento
4.8 Análise dos Dados
4.9 Aspectos Éticos
5 RESULTADOS ESPERADOS
6 CRITÉRIOS PARA SUSPENDER OU ENCERRAR A PESQUISA
7 ORÇAMENTO
8 BIBLIOGRAFIA
9 ANEXOS
10 APÊNDICE
1 INTRODUÇÃO
O sistema linfático representa dentro do corpo humano uma via secundária de acesso, por onde os líquidos provenientes do interstício são devolvidos ao sangue. Essa circulação linfática estar diretamente ligada à circulação sanguínea e aos líquidos teciduais, sendo que estes são absorvidos e transportados pela extensa rede de capilares linfáticos, que através de vasos progressivamente maiores, desemborcam no sistema venoso pelo coletor principal (MARX; CAMARGO, 1986).
Segundo Moore (1994), o sistema linfático também inclui os órgãos linfáticos. O sistema linfático drena o excesso de fluido dos tecidos e fornece mecanismo de defesa para o corpo. Quando o fluido dos tecidos tissular entra em vaso linfático, passa a ser chamado de linfa. O excesso de tecido tissular é filtrado através do linfonodos e retorna a corrente sanguínea.
De acordo com Brobeck (1976), uma das funções mais importantes do sistema linfático é o retorno da proteína, água e eletrólito dos espaços teciduais para o sangue. Os linfáticos são extremamente importantes na absorção de substancias nutritivas, sobretudo das gorduras do trato gastrintestinal.
A drenagem linfática manual é uma técnica massoterápica, que favorece a drenagem da linfa da periferia do organismo para o coração. Hoje considerada de ampla utilização no tratamento de várias patologias, a drenagem linfática manual desenvolve sua ação principal sobre o sistema circulatório linfático, formada pela linfa, vasos linfáticos e linfonodos. A aplicação auxilia o aumento do transporte da linfa, que melhora a vascularização, a anastomose linfolinfática e linfovenosa e proporciona maior resistência defensiva imunitária do organismo, devido ao aumento de células imunitárias que veiculam no próprio sistema linfático (LOPES, 2002).
Segundo, Gallego e Expósito (1993), a massagem de drenagem linfática é uma forma especial de massagem destinada a melhorar as funções essenciais do sistema linfático por meio de manobras precisas, leves, suaves, lentas e rítmicas, que obedecem ao trajeto do sistema linfático superficial.
De acordo com Kasseroller (1998), a drenagem linfática manual, também exerce uma ação sedante, tranqüilizante e relaxante. Favorece o predomínio do sistema nervoso parassimpático, à parte do sistema nervoso autônomo, que preside à recuperação de forças e à regeneração de tecidos. De fato, quando se inicia o tratamento, as maiorias dos pacientes sentem
que seus músculos se relaxam, as suas pálpebras pesam e uma sensação de torpor invade-os.
Ferrandez (2001) cita que, a drenagem linfática manual é indicada como parte integrante do tratamento de grande quantidade de transtornos, sendo validada cientificamente nos edemas de origem linfático: edemas pós-operatórios, para facilitar a cicatrização e evitar suas complicações; fibroedema gelóide; cicatrizes hipertróficas quelóides e tratamentos de rejuvenescimento facial.
Guirro e Guirro (2004), também cita como indicações, a prevenção e/ou tratamento de: edema, linfedema, sensação de cansaço nos membros inferiores, dor muscular, hematomas, equimose.
O parto é basicamente uma função natural do organismo que acontece de uma maneira espontânea e involuntária no final da gestação. É um trabalho intenso do útero, que inicia contrações irregulares, afastadas a princípio e que vão se tornando mais próximas umas das outras com o passar do tempo, até culminar na expulsão do feto (NEME, 1995).
Segundo Fagundes (1991), cesária é o nome que se dá à cirurgia por via abdominal que corta o útero, com intenção de se retirar a criança. Inicialmente, só existia a cesárea post-mortem, que era o corte no abdome de uma gestante morta há poucos minutos, para se tentar retirar a criança ainda com vida.
Já Hacker (1994), diz que a cesariana é uma cirurgia como qualquer outra, que irá requerer certos cuidados, antes, durante e após a sua realização. Em geral, a cesariana é empregada quando a demora no parto compromete seriamente o feto, a mãe ou ambos, e o parto vaginal não pode ser realizado com segurança.
De acordo com Kisner (2005), a intervenção pós-parto para a mulher que fez um parto cesárea é essencial a mesma da que teve parto vaginal. Contudo, como uma cesárea é uma cirurgia abdominal de grande porte com todos os risco e complicações de tais cirurgias, a mulher também precisará de reabilitação pós cirúrgica geral. Devido essa afirmação, os fisioterapeutas devem estar preparados para aborda as questões especificam a esse paciente em todo o seu período pós-operatório.
De acordo com Ministério da Saúde (2001) o puerpério (pós-parto) inicia-se de uma a duas horas depois da saída da placenta e tem seu término imprevisto, pois enquanto a mulher amamentar estará sofrendo transformações do puerpério.
Para Rezende citado por Machado (1999) o puerpério é dividido em três estágios, o pós- parto imediato do primeiro ao décimo dia; o pós- parto tardio do décimo primeiro ao quadragésimo quinto dia e o pós- parto remoto superior ao quadragésimo quinto dia.
Este trabalho tem como objetivo analisar os benefícios da drenagem linfática manual no pós-parto cesáreo, melhorar a qualidade de vida do paciente nas atividades de vida diária e de acordo com os efeitos da drenagem linfática manual obter redução de medidas, com a redução de líquidos intersticiais retidos.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Analisar os benefícios da drenagem linfática manual no pós-operatório da cesárea.
2.2 Objetivo Específico:
– Observar a influência da Drenagem Linfática Manual na qualidade de vida da paciente puérpera.
– Mensurar e comparar as medidas circunferenciais da paciente no início e no fim do tratamento.
3 HIPÓTESE:
A Drenagem Linfática Manual proporcionará algum benefício em puérperas cesáreas?
4 METODOLOGIA
4.1 Método de Pesquisa:
– A pesquisa realizada é um estudo de campo do tipo descritivo e explicativo com abordagem qualitativa.
– A pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população. Já a parte explicativa, têm como preocupação identificar o fator que determinam ou que contribuem para a ocorrência do fenômeno (GIL, 2002).
4.2 População e Amostra:
O estudo será realizado com as puérperas cesáreas da Clínica Escola do Núcleo de Apoio á Saúde de Teresina-PI, onde serão retiradas seis mulheres para amostra desse seguinte estudo.
4.3 Local de Estudo:
O estudo será realizado na Clínica Escola do Núcleo de Apoio á Saúde, localizada na Rua Elias João Tájra, 963-Jóckey, na cidade de Teresina-PI.
4.4 Período:
A análise será realiza no período de Agosto à Outubro de 2009. Serão realizados três atendimentos semanais, com duração de quarenta minutos.
4.5 Critérios de Inclusão:
Os pacientes dessa pesquisa deverão estar de acordo com o termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO A) e ter as seguintes características: mulher com pós-parto de cesárea há menos de três meses, com a faixa etária entre vinte á quarenta anos de idade.
4.6 Critérios de Exclusão:
Pacientes que não colaborem com o desenvolvimento da pesquisa ou que tenha outra patologia associada que dificulte o trabalho.
4.7 Coleta de Dados
Os dados dessa pesquisa serão adquiridos através de uma ficha de avaliação contendo dados de identificação e medidas circunferências da paciente (APÊNDICE A) a fim de mensurar os efeitos do tratamento na reavaliação. Também será aplicado no final do trabalho um Questionário de Qualidade de Vida (APÊNDICE B) para acompanhar a evolução obtida com o paciente.
O tratamento será realizado na clinica escola de fisioterapia do Núcleo de Apoio á Saúde, serão realizados três atendimentos semanais de aproximadamente quarenta minutos.
Procedimentos do Tratamento
Para aferir a temperatura corporal, será colocado o termômetro de marca Incoterm, de preferência sob a axila esquerda (lado do coração), de forma que o bulbo de mercúrio fique em contato com a pele, por cerca de 5 minutos.
A pressão será aferida com um esfigmomanómetro de marca BIC, antes de aferir a pressão arterial, será explicado o procedimento ao paciente, deixá-lo descansar 5-10 minutos em ambiente calmo, manter o braço do paciente na altura do coração, palpar o pulso radial, inflar o manguito até seu desaparecimento, para estimar o nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar 15-30 segundos antes de inflar novamente, posicionar campânula do estetoscópio sobre artéria braquial, inflar rapidamente, até o nível estimado da pressão sistólica, desinflar lentamente, determinar pressão sistólica no aparecimento do primeiro som que se intensifica com aumento da deflação, determinar pressão diastólica no desaparecimento do som.
Durante a drenagem linfática o paciente ficará em decúbito dorsal para a realização do tratamento, que se resume em manobras em ritmo lento, pausado e repetitivo, em respeito ao mecanismo de transporte da linfa, cuja freqüência de contração é de 5 a 7 vezes por minuto.
As manobras serão executadas no sentido proximal-distal e vão ser praticadas por maior espaço de tempo onde há maior retenção de líquido, ou seja, linfedema. As manobras não poderão ser desagradáveis e jamais provocar dor. A pressão da mão sobre o corpo deverá ser leve para não produzir colapso linfático, onde o valor aplicado será o sugerido que gira em torno de 30 – 50 mmHg.
4.8 Análise dos Dados
Os dados serão analisados conforme a estatística descritiva simples, de forma comparativa, analisando assim os resultados obtidos pelo Questionário de Qualidade de Vida e expondo através de quadros a evolução das medidas circunferenciais.
4.9 Aspectos Éticos
Cada participante do estudo assinará um termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO A).
De acordo com a Resolução 196/63 do CNS/MS, em seu artigo IV, parágrafo 3º.
Esse projeto será submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da UNIP (Universidade Paulista).
5 RESULTADOS ESPERADOS:
Espera-se obter resultados satisfatórios, como uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, de acordo com os efeitos promovidos pela técnica utilizada (drenagem linfática manual) reduzindo o edema pós-gestacional e pós-cirúrgico.
6 CRITÉRIOS PARA SUSPENDER OU ENCERRAR A PESQUISA.
Falta de paciente puérpera cesáreo; Falta de recursos e condições físicas.
7 ORÇAMENTO:
(ANEXO B)
8 BIBLIOGRAFIA:
BROBECK, J, R. As bases fisiológicas da prática médica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1976.
FAGUNDES, A & CECATTI, J. G. Operação Cesárea no Brasil. Incidências, tendências, causa, conseqüência e proposta de ação. In: Caderno de Saúde Publica, 1991.
FERRANDEZ, J. J.; THEYX, S.; BOUCHET, F. Y. Reeducação vascular nos edemas dos membros inferiors: concepção, realização e transcrição em prática liberal e hospitalar. 1.ed. São Paulo: Manole, 2001.
GALLEGO, V.; EXPÓSITO, M. El masaje drenaje linfático manual. Madrid: Mandala, 1993. [Tradução do autor]
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamento, recursos e patologias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2004.
HACKER, M. Fundamento de ginecologia e obstetrícia. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
KASSEROLLER; R. Compedium of d’ Vodder’s – Manual Lymph Drainage. 1.ed. Canadá, 1998. [Tradução do autor]
KISNER, Carolyn.; COLBYA. Lynn. Exercícios Terapêuticos Fundamentos e Técnicas. 4. ed. São Paulo-SP: Manole, p. 681-691.
LOPES, M. L. M. Drenagem linfática manual e a estética. Blumenal: Odorizzi, 2002.
MACHADO, A. Puerpério. In: SOUZA, E. Fisioterapia aplicada à Obsterícia & aspectos de Neonatologia: uma visão multidisciplinar. 3. ed. Belo Horizonte: Health, 2000. cap. 19.
MARX, A, G.; CAMARGO, M. C. Fisioterapia no edema linfático. 2. ed. São Paulo: Panamed, 1986.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Puerpério, Parto e Aborto: Assistência humanizada à mulher. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2001.
MOORE, K. L. Anatomia: Orientada para clinica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994.
NEME, Bussâmara. Obstetrícia básica. São Paulo: Sarvier, 1995.
ANEXOS
APÊNDICE A
FICHA DE AVALIAÇÃO (APÊNDICE A)
1 DADOS PESSOAIS:
Nome do Paciente:
Data de Nasc:
Idade:
Estado Civil:
Altura:
Peso:
Sexo: ( ) M ( ) F
Profissão:
Escolaridade:
Endereço:
Bairro:
Cidade:
Fone res:
Fone com:
Cel:
Data de avaliação:
Encaminhado por:
Diagnóstico Clínico:
2 DADOS CLÍNICOS:
Queixa Principal:
Tempo de evolução do edema:
Antecedentes e Patologias Associada:
( )IVC ( )IR ( )Cirurgia ( )Câncer ( )Infecção ( )Micoses ( )HAS
( )Problemas Ortopédicos ( )Diabetes Mellitus ( )Hipertiroidismo ( )ICC
( )Fumo ( )Álcool
obs:
Antecedentes Familiares:
Tratamento Anterior:
Medicamentos em uso:
Exames Complementares:
3 INSPEÇÃO
Localização do Linfedema:
Coloração: ( ) Normal ( ) Marrom ( ) Vermelha ( ) Azul
Obs:
Características da Pele:
Cicatriz: ( ) Ausente ( ) Presente ( ) Aderência ( ) Hipertrofismo
Local:
Edema: ( ) Sinal de Cacifo ( ) Sinal de Stemmer
Hematomas: ( ) Ausente ( ) Presente Local:
Varizes: ( ) Ausente ( ) Presente Local:
Micoses: ( ) Ausente ( ) Presente Local:
Ulcerações: ( ) Ausente ( ) Presente Local:
Fístulas Linfáticas: ( ) Ausente ( ) Presente Local:
Linfocistos: ( ) Ausente ( ) Presente Local:
Marcas de Roupa: ( ) Ausente ( ) Presente Local:
Alt. Sensibilidade: ( ) Ausente ( ) Presente Local:
Dor: ( ) Ausente ( ) Presente Local:
Temperatura: MID: ( ) Normal ( ) Quente ( ) Fria
MIE: ( ) Normal ( ) Quente ( ) Fria
Força Muscular Comparativa: MID:
MIE:
4 PERIMETRIA
5 FOTOS : Antes e Depois
6 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO:
OBS.:
______________________________________
Assinatura do responsável
Questionário sobre Qualidade de Vida
(APÊNDICES B)
Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão informados de como você se sente e quão bem você é capaz de fazer atividades de vida diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro em como responder, por favor, tente responder o melhor que puder.