INTRODUÇÃO
A humanização na saúde tem como objetivo principal o carinho e o prazer de cuidar da vida do próximo. Apesar da vida corrida de um profissional de saúde, dentro de um hospital, o enfermeiro deve transmitir ao seu paciente total dedicação.
Os novos desafios que o profissional da enfermagem enfrenta faz com que a prática do serviço alcance níveis cada vez mais qualificados.
Esses serviços de saúde devem funcionar atendendo o indivíduo como ser humano intergral, submetido às mais diferentes situações de vida.
O atendimento integral significa também que será garantido o acesso das pessoas a todos os níveis de complexidade do sistema, desde a atenção primaria, no caso de ações preventivas, até os níveis secundários e terciários de atendimento, necessários na assistência curativa.
O TEMPO DO ENFERMEIRO
Todas as pessoas que escolhem a profissão de Enfermagem talvez devessem ter como priordade o cuidado ao ser humano; muitos têm, mas na prática, muito profissional também tem dificuldade de sustentar essa ideologia. Quando entram no mercado de trabalho, os enfermeiros se deparam com uma realidade muito diferente da acadêmica.
Dificilmente teremos todo o tempo que desejamos para atender um paciente, por isso os pequenos momentos devem ser bem aproveitados para que possamos assim melhorar a nossa assistência e individualizar o cuidado.
Se formos realmente profissionais da área de saúde preocupada com o ser humano, temos de desenvolver meios, instrumentos técnicos, habilidades capacidade e competência para oferecer a esse ser oportunidade a uma existência mais digna, mais compreensiva e menos solitária. Não devemos permitir que o progresso nos afaste do doente.A ciência e a tecnologia não obedecem a critérios morais.Podemos utilizar tudo que a tecnologia tem de bom para os nossos pacientes; sejamos técnicos com sabedoria.Precisamos reconhecer que nenhuma máquina é capaz de substituir o diálogo enfermeiro-paciente-ele é à base da confiança e do respeito a se formar entre os dois.
Dar atendimento humanizado não requer necessariamente dedicar todo o tempo ao paciente.Pode ser dado um atendimento com qualidade humano superior, ocupando de forma eficaz, o tempo de uma aplicação de injeção, aferição dos sinais vitais, da realização de um curativo.Basta, portanto saber dirigir palavra de conforto, segurança e carinho.Dar real atenção à pessoa, conversar com ela, deixar que se manifeste e até que reclame.O que proponho nessa reflexão é justamente isto: ir além e usar o nosso tempo, conscientemente, e não apenas no comprometimento com a tarefa, mas também se permitir ouvir.
Diferentes maneiras de dizer “Bom Dia”.
Ao abordar o paciente, existem diferentes maneiras de se dizer “bom dia” podemos introduzir uma conversa ou limitar uma resposta.A maneira com que nos expressamos e entoamos (falamos) uma frase revela nossas intenções.
Se falarmos um “bom dia” olhando apenas para o monitor cardíaco, por exemplo, isso já pode trazer a mensagem de que estou extremamente preocupada com dados fisiológicos, e até mesmo “não querer prolongar a conversa, estar sendo apenas educada (objetiva)”.Perdemos a consciência dos nossos atos quando deixamos que eles se tornem rotina.
Mudando o jeito de dizer “Bom Dia”
Ao administrar melhor o nosso tempo, abrimos espaços no nosso dia que podem ser preenchidos com pequenos momentos, que nos faz bem e nos dão a certeza da melhor forma possível.
O primeiro e grande passo é acreditar que dizer um sincero “bom dia” pode transformar o dia da pessoa que a recebe. Um “bom dia” dito com entuasiamo e com o coração aberto emite vibrações positivas.Tende a ser a maneira como, abordamos as pessoas e por isso, além de ter o poder de demonstrar a intenção que colocamos naquela relação, também poder fortalecê-la.
O serviço da emergência
Alguns fatores, como a ineficácia dos serviços de atendimento primário, a incompatibilidade de horários do paciente e a instituição a longa espera para marcação de consulta e exames, determinam e incentivam a procura pelo serviço de emergência como uma forma de solução rápida para queixas muitas vezes crônicas.
O paciente que procura o serviço de emergência busca uma solução imediata para suas manisfetações depositando na instituição e nos profissionais que atuam a ultima esperança para resolução de seu caso.Muitos pacientes atendidos e descrentes com relação aos serviços ambulatórios esperam uma solução imediata no pronto-socorro; outros sem tempo para consultas de rotina desejam realizar rápida avaliação na emergência para descartar qualquer patologia que ameaça a vida.
Seja no serviço publico ou no privado o tempo tem fundamento importância nas relações estabelecidas. O paciente exige rapidez, desejo que suas necessidades sejam atendidas prontamente, às vezes “não tem tempo” e não deseja “perder tempo” com exames, avaliações e observação.
O Profissional de saúde quer por sua vez deve atender às exigências dos pacientes e às cobranças da instituição, também não tem tempo, precisa ser rápido, imediato, até impessoal.
Será este o atendimento esperado pelo paciente?
O profissional de saúde esta satisfeita com as relações estabelecidas com os pacientes no serviço de emergência?
Para muitas perguntas, algumas possíveis respostas…
O que falamos, como falamos…
A maneira de falar e o que falamos ao paciente têm especial importância no momento da avaliação.O uso de termos técnicos pode aumentar a insegurança do paciente que desconhece tal linguagem.Quantas vezes não observamos o pavor na face do paciente após uma frase com um termo que, para nós, é tão banal?
Interpretar e saber ouvir as queixas são importantes; a linguagem pode variar de acordo com o nível sócio cultural, a região dos pais, a idade, entre outros fatores. Devemos estar abertos para ouvir diferentes termos e saber interpretá-los adequadamente, valendo se necessário, para que seja feita uma avaliação correta da queixa e da historia do paciente.
Muitas vezes nos envolvemos tanto com as rotinas do setor que passamos a nos comportar como maquinas-sabemos exatamente as perguntas que devemos formular e as enunciamos sem mudar qualquer entonação, expressa ou ritmo da fala.O que é pior: Da mesma forma que a perguntas foram decoradas, já temos também as respostas, antes mesmo que o paciente pergunta…
Especial atenção deve ser dada às nossas expressões faciais e aos nossos gestos, pois o paciente temeroso está atento a tudo, e qualquer face de espanto do profissional de saúde poderá ser relacionada com uma complicação de seu estado de saúde ou um agravamento de sua doença.
Estar consciente e atento ao fato de que não nos comunicamos apenas com palavra aumenta nossa percepção em ralação ao cuidado com o aspecto não-verbal nas interações com o pacientes, tornando-nos assim mais vigilantes quanto às nossas reações.
A comunicação entre o Enfermeiro e a Família na UTI
Uma característica de boa comunicação é a capacidade de trocar oi discutir idéias, de dialogar, de conversar com vistas ao bom relacionamento entre pessoas.
A comunicação efetiva na enfermagem é um grande desafio, em especial para o enfermeiro que lida com sua equipe (enfermeiros, técnicos de Enfermagem e auxiliares de Enfermagem), com os demais membros da equipe multidisciplinar (médicos, fisioterapeutas, assistente social, psicólogos, nutricionistas, entre outros) e com o paciente e sua família, para a qual será destinado nosso enfoque.
Na UTI muito pouco de nossas ações estão voltadas para os familiares e, quando são realizados, se restringem ao atendimento de nossa necessidades ou de questionamento feitos pelos familiares, não ocorrendo um maior envolvimento com a família e/ou o envolvimento desta no cuidado com o paciente.
Na área da saúde é fundamental saber lidar com gente, pois somente pela comunicação efetiva é que o profissional poderá ajudar o paciente-em especial a enfermeira, por interagir diretamente com o paciente, precisando estar mais atenta ao uso adequado das técnicas da comunicação interpessoal.
A rotina diária tende a inibir a percepção dos profissionais, levando a uma maior valorização do fisiológico e a uma exclusão do ser psicossocial e psicobiologico, o que não pode ocorrer, pois estas facetas não são autonomas; e como profissionais devemos considerar o seu todo, ou seja, como o individuo se comporta, o que ele sente e pensa.Essa situação ocorre com freqüência com os profissionais da UTI, que tendem a voltar sua atenção para a gravidade do paciente, os aparelhos que o cercam e os procedimentos a ser realizados.
O profissional precisa estar atento para saber decodificar, decifrar e perceber o significado das mensagens enviadas pelos pacientes criticos, para só então estabelecer um plano de cuidado adequado e coerente com suas necessidades.Para isso é necessário estar atento à comunicação verbal e não-verbal do familiar, do paciente e… à sua própria.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
Na amplitude de sua assistência, a enfermagem, assim como as demais profissões de saúde, se subdividem em várias áreas, neste momento, voltamos nossa atenção à humanização da assistência de enfermagem em centro cirúrgico.
“os profissionais de enfermagem que atuam no centro cirúrgico são geralmente os responsáveis pela recepção do cliente na sua respectiva unidade, (que deve ser) personalizada, respeitando sempre suas individualidades; o profissional deve ser cortês, educado e compreensivo, buscando entender e considerar as condições do cliente que normalmente já se encontra sob efeito dos medicamentos pré-anestésicos.”
As atividades de enfermagem no centro cirúrgico, muitas vezes, podem ser limitadas a segurar a mão do paciente na indução anestésica, ouví-lo, confortá-lo e posicioná-lo na mesa cirúrgica.
A importância e a responsabilidade da enfermeira quanto à observação e atendimento das necessidades psicossomáticas do paciente cirúrgico deve ser detectada, uma vez que possui função específica na eficácia da terapêutica de seus pacientes, pois dependendo de sua atitude pode facilitar ou impedir um programa de recuperação, visto que este paciente é invadido por medo do desconhecido num ambiente estranho.
Até alguns anos atrás a função do enfermeiro na unidade de centro cirúrgico era dirigida para os aspectos gerenciais, o que o afastava do contato com o paciente, mas com algumas modificações na sistematização da assistência, o enfermeiro de centro cirúrgico sentiu a necessidade de prestar assistência mais direta ao paciente em todas as etapas do processo cirúrgico, destacando a importância desta para o sucesso do tratamento e o pronto restabelecimento do paciente.
“Humanizar, caracteriza-se em colocar a cabeça e o coração na tarefa a ser desenvolvida, entregar-se de maneira sincera e leal ao outro e saber ouvir com ciência e paciência as palavras e os silêncios. O relacionamento e o contato direto fazem crescer, e é neste momento de troca, que humanizo, porque assim posso me reconhecer e me identificar como gente, como ser humano”.
“Humanização deve fazer parte da filosofia de enfermagem. O ambiente físico, os recursos materiais e tecnológicos não são mais significativos do que a essência humana. Esta sim irá conduzir o pensamento e as ações da equipe de enfermagem, principalmente do enfermeiro, tornando-o capaz de criticar e construir uma realidade mais humana.
Não é apenas uma questão de mudança do espaço físico, mas principalmente uma mudança nas ações e comportamento dos profissionais frente ao paciente e seus familiares.
CONSIDERAÇÕES ÉTICAS NA ASSISTÊNCIA (DES) HUMANIZADA NO CENTRO CIRÚRGICO
Levando em conta a ética profissional da enfermagem, a esses profissionais não compete apenas às ações técnicas e especializadas, mas a atenção às pessoas doentes da melhor maneira possível respeitando sua individualidade (GUIDO, 1995, p.103). Ainda, de acordo com a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (2003), Art. 1º “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”, não sendo necessário ações individualizadas, mas sim, ações coletivas que tenham como objetivo promover o bem estar do outro.
“o profissional da enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana, em todo seu ciclo vital, a discriminação de qualquer natureza, assegura ao cliente uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência, cumpre e faz cumprir os preceitos éticos e legais da profissão, exercendo a enfermagem com justiça, competência, responsabilidade e honestidade.”
Ao descrevermos as atividades desenvolvidas pela enfermagem no centro cirúrgico, temos: recepção e identificação do paciente, encaminhamento à sala de cirurgia, preparação e montagem da sala, teste e verificação da segurança dos equipamentos, mobilização e transporte de pacientes, recepção e avaliação em sala de recuperação anestésica, assistência individualizada e humanizada, encaminhamento e alta com segurança e respeito (GUIDO, 1995).
Consideramos que a humanização deve permear cada uma destas atividades, mesmo que equipamentos estejam presentes no procedimento. No centro cirúrgico, há momentos em que o paciente é esquecido em detrimento de questões burocráticas, ambientais, e até por falta de respeito. Durante a fase pré-anestésica, o paciente “pode ficar” exposto e até mesmo nu sobre a mesa cirúrgica aguardando o efeito dos anestésicos.
“o enfermeiro é o responsável pelo cuidado do paciente do centro cirúrgico e, se ele não o coloca em primeiro plano, irá atender à cirurgia e não ao paciente, promovendo, assim o controle de material, equipamentos e pessoal voltado para a cirurgia, tornando o paciente um objeto de trabalho, mas não o ser principal, sujeito desencadeante do processo.”
A HUMANIZAÇÃO FRENTE AO AVANÇO TECNOLÓGICO
Ao longo da história a enfermagem vem se desenvolvendo, e a partir da Revolução Industrial teve um impulso considerável, em pesquisas, técnicas e novos conceitos que conquistou perante a sociedade; por outro lado, a ciência obteve um grande avanço a partir do momento em que se aliou à tecnologia, beneficiando-se dos princípios científicos e dos equipamentos mais simples aos mais sofisticados.
A tecnologia não consiste exclusivamente na aplicação pura do conhecimento, mas de vários conhecimentos reunidos, com a finalidade de encontrar a solução para uma anormalidade, RODRIGUES (1999, p.61) afirma que, “a descoberta científica resulta da busca do saber pelo saber em si, ainda que se admita que o cientista, sempre tenha um interesse por aquilo que esteja pesquisando”.
É claro que a tecnologia é essencial, desejável e necessária à modernização do atendimento aos pacientes no centro cirúrgico, tornando-se útil para prolongar a vida e diminuir o sofrimento de muitas pessoas, no entanto, não se deve deixar o paciente de lado dando prioridade aos aparelhos, conforme descreve RIBEIRO et al (1999, p.19) ao dizer que, “de nada adianta ser um humanista e observar o homem que morre por falta de tecnologia, nem ser rico em tecnologia apenas para observar os homens que vivem e morrem indignamente”.
O avanço tecnológico na área da saúde é uma grande conquista, porém, o melhor é associá-lo à humanização e a comunicação terapêutica, com intuito de obter resultados mais satisfatórios em relação ao bem estar dos clientes e da ciência.
Analisando a tecnologia e a humanização, observa-se que estas possuem características distintas, mas se faz necessário o uso de ambas para que o resultado do atendimento seja satisfatório por parte dos pacientes. Baseados nestas afirmações percebe-se que a humanização na enfermagem não é possível sem a tecnologia e vice-versa, não se pode aplicar a tecnologia nas ações da enfermagem sem que a humanização esteja presente (CARRARO, 2000, p.43).
Nesta perspectiva, muito empenho é necessário para que o progresso da tecnologia e da ciência não acabe por esvaziar a profissão de seu conteúdo humano, sendo imprescindível associar ao exercício profissional, a tecnologia e o conhecimento da personalidade do paciente, mantendo a assistência digna a quem tem sentimentos e racionalidade, e não a um amontoado de sinais, sintomas e reações (ZEN & BRUTSCHER, 1986, p.06). Enfim, é indispensável a “tecnologia do calor humano” nas relações enfermeiro-paciente, característica esta que enobrece, dignifica e eleva os ideais da profissão de enfermagem.
HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE DO IDOSO
Bodachne define envelhecimento como “um processo dinâmico, progressivo e inevitável, onde ocorrem modificações morfológicas, fisiológicas , bioquímicas e psicológicas decorrentes da ação do tempo”. É considerado a ultima etapa da vida, própria de todos os seres vivos, e que vai se agravando com o tempo, quando todos os aparelhos e sistemas do corpo reduzem seu ritmo funcionamento.Fazendo coro a tantas e implacáveis mudanças, ainda pode medrar a depressão, em suas muitas nuanças-uma realidade singular que faz sombra aos mínimos sentimentos, mas nem por isso menos significados -, tão presente na vida dos idosos.
A comunicação é considerada um fator indispensável para a promoção da qualidade de vida e o retardamento de possíveis disfunções fisiológicas para o idoso. Numa interação apropriada com o meio, uma comunicação bem-sucedida faz com que os idosos não percam suas expectativas, garantindo-lhes bem-estar geral.
Nessa área, a comunicação tem como objetivo conscientizar a população de idosos de que a redução das funções fisiológicas e psicológicas – obviamente mediante cuidados específicos e direcionados-não os expõe a riscos e de que podem, portanto, usufruir melhor qualidade de vida. Também busca estimular a leitura e atividades que exercitem o cérebro, que contribuem para a prevenção de demências e, principalmente, evitam o mal de Alzheimer. Esses elementos envolvem cuidado, que, segundo Boff, é tido como suporte real da criatividade, da liberdade e da inteligência. O processo de transmissão da atenção de alguém para o idoso deveria construir-se por meio desse cuidado.
Era mais que esperado que a população de idosos tivesse níveis variados de saúde. Isso talvez explique um sentimento de preocupação deles em relação à doença e como elas avançam na terceira idade. Em muitos casos, falar sobre isso entre eles equivalia a manter uma atualização de boletim medico, quando pequenos sinais de melhora eram comemorados, da mesma forma que os de piora os abatiam.
Existem determinadas tendências no mundo a que se pode ou não aderir; talvez não se queira segui-las – como a ditadura da magreza; ou almejar uma cirurgia plástica estética radiacla; ou a busca obsessiva para tentar dobrar o salário e diminuir o numero de filhos… Mas a tendência do envelhecimento da população nos grandes centros urbanos e inexoráveis. Envelhecer pode ser uma experiencia solitária ou compartilhada, mas é sempre única pessoal.
Por isso, nos espaços criados para os idosos nas cidades, ou nos encontros para eles promovidos-geralmente idealizados por organizações ligadas a políticas publicas de saúde, ou por instituições sociais e religiosas-está sempre presente à motivação para que verbalizem seus problemas e duvidas. Esses eventos, que se pretendem reflexivos, questionadores, buscam afastá-los da esfera de rotina criada ao seu redor nos espaços a eles reservados (principalmente o doméstico), a qual pode limitá-los ao crochê, ao tricô, ao artesanato, à TV tornando-os sedentários. Sobre os principais problemas de saúde no processo de envelhecimento, de maneira clara e compreensível, estimular-lhes a comunicação verbal para que pudesse exercer condignamente sua cidadania, alertá-los sobre a redução de funções fisiológicas e as melhores formas de adaptação a essa nova realidade, e, junto aos alunos, evidenciar a importância do saber ouvir, para que pudessem se comunicar com mais adequação.
CONCLUSÃO
No processo de humanização do atendimento da Enfermagem, compreendemos que, diferentemente da perspectiva caritativa que aponta o trabalhador como possuidor de determinadas características previamente definidas e até idealizadas, é fundamental a sua participação como sujeito que, sendo também humano, pode ser capaz de atitudes humanas e “desumanas” construídas nas relações com o outro no cotidiano.”Humanização” não coincide nem com as práticas adotadas durante o atendimento ao paciente, nem com a gentileza e compreensão demonstradas, nem com títulos e fama.”Humanização” corta transversalmente muito dos itens relacionados acima, sem identificar-se com nenhum deles. Chamamos de “Humanização” uma nova visão do atendimento ao paciente, que “humaniza” no sentido antropológico e psicológico todos os participantes do evento. VISÃO HOLÍSTICA.”Humaniza-os” porque os torna mais ricos em humanidade, em sensibilidade, em afetividade. “Humaniza-os” porque traz à tona sua grandeza, sua força, sua sabedoria. “Humaniza-os” porque lhes permite a experiência do mistério da Vida, da dor e da vitória, do risco e da alegria. “Humaniza” o médico e os demais profissionais dando-lhes mais profundidade de compreensão do processo da doença e sua prevenção, mais segurança para lidar com ele, tornando-as pessoas mais plenas.
REFÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
PÃES,S. Saúde & educação. Qual o tempo do cuidar (Humanizando os cuidados de Enfermagem). I Edição. Editora Loyola
COLOMBRINI, Maria Rosa Ceccato.; Humanização da assistência a enfermagem. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revist/revista6/313.revisao3.htm>. Acesso em : 10 mar. 2008