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sábado, novembro 23, 2024

A Úlcera de Pressão

Autoria: Patricia Gomes

A Úlcera de Pressão

Joinville, setembro de 2001

A Úlcera de Decúbito, ou Escara de Decúbito, Úlcera de Pressão são áreas onde o tecido da pele foi destruído (necrosou) e há uma destruição progressiva do tecido subjacente. Esta patologia ocorre em pessoas enfermas ou acamadas por longo período ou que permanecem sentadas em cadeiras de roda várias horas.

A patologia é o resultado da pressão prolongada sobre uma área do corpo, resultando uma perda de circulação sanguínea nessa região e conseqüentemente a destruição do tecido. Também existem outros fatores que contribuem como: estado nutricional deficiente, destruição, principalmente quando há um balanço nitrogenado negativo, desidratação, emagrecimento (proeminência ósseas desprotegida do tecido adiposo), idade avançada (pele enrugada pela perda da gordura subcutânea), paralisia (pela eliminação de movimentos), incontinência fecal e urinária, falta de higiene, aplicação imprópria de gesso, presença de microorganismos patogênicos na pele, umidade na região e atrito.

Localização das Úlceras de Pressão:

As regiões onde mais ocorre úlcera de pressão são:

Sacro: os curativos têm que ser escolhidos com cuidados, uma vez que muitos deles tendem a sair do lugar ou enrugar a medida que o paciente se mexe. A forma de sentar na cadeira deve ser estritamente controlada em termos de tipo de cadeira e o período de tempo que o paciente fica sentado nela.

Nádegas: igual ao sacro.

Calcanhares: o ideal seria os curativos não serem muito volumosos, uma vez que isso pode impedir a mobilidade. Os curativos podem ter que ser feitos “sobe medida” para se encaixarem adequadamente ao redor do calcanhar. Certifique-se de que a pressão é aliviada de madeira adequada quando o paciente está de cama.

Trocânteres: alguns curativos podem sair do lugar ou enrugar, devem ser selecionados com cudado.

Cotovelos: as úlceras de pressão geralmente são provocadas pela fricção dos movimentos na cama, deve-se procurar usar armações, coxins ou curativos de filme semipermeável.

Tronco: não é comum encontrar úlceras no tronco, portanto deve-se identificar a fonte da pressão e retirar-la ou modifica-la.

Outras partes que também pode ocorrer a úlcera de pressão são: ilíaca, escapular, joelhos, tornozelos, coluna serviçal e orelhas, parte superior da cabeça, artelhos, entre duas superfícies (axilas, seios…) ou qualquer superfície que esteja sofrendo uma pressão constante.

Os primeiros sinais:

Palidez e a hipersensibilidade da região. O paciente queixa-se de sensação de queimação além da diminuição da temperatura e edema junto com vermelhidão da pele, a região então se torna azulada e finalmente preta. Ocorre a perda de peso, resultando daí uma cratera necrótica.

Prevenção:

A conduta de enfermagem deve ser dirigida para a manutenção da pele seca, estimular a circulação (fazendo massagens por exemplo) e diminuir ou remover a pressão. O paciente deve ser encorajado à maior atividade possível. Quando possível, deve praticar exercícios ativos, se o paciente for incapaz de realizar exercícios ativos, que faça os passivos.

Deve-se procurar virar o paciente freqüentemente e mantido na posição com auxílio de travesseiros. Deve ser colocado um acolchoado acima e abaixo das saliências ósseas e sobre as áreas de pressão, nunca diretamente sobre a área de pressão suspeita.

É recomendado o uso de colchões com pressão variável de água ou acolchoamento com pele de carneiro pois auxiliam a diminuir ou eliminar a pressão. A enfermaria deve também ter maior atenção com a higiene e nutrição do paciente além de inspecionar a pele freqüentemente. Os pacientes com tração ou aparelhos gessados devem ter todas as áreas de pressão inspecionados freqüentemente

A pressão causada por esses aparelhos deve ser aliviada imediatamente.

O tratamento:

Visa a realizar curativos com técnicas asséptica, eliminando o tecido necrosado (evitar a infecção secundária e a transferência das bactérias para outras regiões do corpo e aos outros pacientes. Deixar a região afetada em repouso e proporcionar ao paciente uma boa nutrição, hidratação, movimentação e higiene. O tratamento também inclui a exposição ao ar ou a uma luz ultravioleta e aplicação de agentes tópicos tais como açúcar granulado, ungüento, solução salina, mistura de tintura de benzóica, ou enzimas; e o uso de spray tanto os que formam uma cobertura plástica como os que contém corticosteróides e antibióticos.

Ocasionalmente, pode ser necessário a internação cirúrgica para o desbridamento, fechamento ou enxerto.

BIBLIOGRAFIA

DONAHOO, Clara R. N. & DIMON III, Joseph H.M.D. Enfermagem em Ortopedia e Traumatologia. 1O reimpressão, 1977.

VEIGA, D.A. & CROSSETTI, M.G. Manual de Técnicas de Enfermagem. 2O edição. D.C. Luzzatto Editores ltda.

Outros Autores: Cristiane Cláudia, Cristiane Mello, Ediane, Elizete e Izadir

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