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sábado, novembro 23, 2024

A AÇÃO DO PEDAGOGO MEDIANTE OS PROJETOS DE TRABALHO

Autor: Adimar do Nascimnto Valentim Leal

A AÇÃO DO PEDAGOGO MEDIANTE OS PROJETOS DE TRABALHO, NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PRÁTICAS PEDAGOGICAS NO MUNDO GLOBALIZADO E CONTEMPORÂNEO

Cabo Frio – RJ

2003

INTRODUÇÃO

Este projeto objetiva caracteriza o papel da Educação no mundo Globalizado. O foco desta reflexão é o papel da educação no mundo contemporâneo do qual faremos uma retomada histórica de sua trajetória, procurando analisar a sua missão como instituição social que torna possível o aceso ao saber sistematizado. O exame das origens da educação no país permite constatar a presença de uma educação que atende somente os segmentos minoritários da população. A Universidade é a instituição que a sociedade criou para transmitir às novas gerações saberes sistematizados. Ao longo do tempo tem se modificado; todavia, nenhuma outra forma de organização foi capaz de substituí-la, ainda que novas alternativas, como a educação à distância, tenham crescido de forma significativa nos últimos anos.

Consistirá em estudos que visam ampliar as concepções acerca das práticas/metodologias educativas inovadoras e um repensar sobre a ação/papel de cada um envolvido diretamente no processo educacional, ou seja, pedagogos, professores e alunos dentro desta nova perspectiva.

JUSTIFICATIVA

Este trabalho visa atender a exigência do curso de Pós-Graduação – Docência do Ensino Superior, bem como ampliar nossos conhecimentos enquanto profissionais comprometidos com uma educação transformadora que vise o sujeito no todo, não o sujeito fragmentado, buscando portanto novas práticas educativas que contemplem essa meta.

A universidade socializa a cultura, socializando os meios de adquiri-la. A identidade de processos, a identidade de vida e a própria unidade local fará com que nos cultivemos em sociedade, que ganhemos em comum a cultura, que nos sintamos solidários e unidos pela identidade de objetivos, de preocupações, de interesses e de idéias. E, daí, que nos sintamos uma comunidade governada por um espírito comum e comuns ideais. Ideais estes que nos levam em busca de uma sociedade mais justa e o conhecimento acessível a todos.

OBJETIVO GERAL

A importância de conhecer o papel da educação no mundo globalizado é a sociedade do conhecimento.

Com a execução deste trabalho/estudo tenho como objetivo aprofundar e/ou compreender melhor as novas práticas educativas, assim como pensar sobre suas contribuições para o processo ensino-aprendizagem para fazer escolhas mais conscientes.

Com este objetivo, tenho como meta a elaboração de uma monografia, que será realizada através de pesquisa bibliográfica , a fim de que essa atividade também possa contribuir e orientar futuros trabalhadores em educação a respeito dessas novas metodologias e contribua para orientar a todos os profissionais da educação na mudança de posturas que visem o aprimoramento do sistema alcançando uma qualidade capaz de gerar uma verdadeira aprendizagem, ou seja, um conhecimento sólido e eficaz.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Explicar o surgimento da educação no mundo moderno;
Identificar a sociedade do conhecimento;
Identificar as principais características da educação;
Identificar as relações entre Educação e cultura.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Ao longo da história, a educação tem exercido uma função social básica de transmissão do saber sistematizado. Verificamos também que as formas de transmissão variam de sociedade para sociedade e ao longo do tempo em cada uma delas. No Brasil de hoje, assim como em muitos outros países democráticos, a função da educação básica de transmitir o saber sistematizado não é um fim em si mesmo, mas o “meio para atingir a finalidade de desenvolver o educando de maneira plena, de preparar-lhe para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (LDB, art. 22). Está claro, todavia, que tais finalidades não se alcançam sem o trabalho com o saber sistematizado, expresso na organização do currículo de cada educação. A formação básica do educando se faz a partir dos conteúdos estudados e compreendidos. Ou seja: na educação básica, como em qualquer outro nível de ensino, forma (formação) e conteúdo vão juntos.

Se essas são as finalidades e a função social da educação, avaliar uma escola, é verificar como ela realiza essas atribuições para todas as crianças e jovens dos 7 aos 18 anos, cumprindo os oito anos do ensino fundamental e os três do ensino médio (e/ou profissional), sem perder aluno algum.

Vimos que o ideal de todas na educação, defendido por numerosos educadores brasileiros há muitas décadas e inscrito nas principais leis do país, ainda não foi totalmente atingido em muitas escolas e regiões por vários motivos. Os dados numéricos históricos apresentados na Unidade 1 mostram uma história educacional excludente, na qual parte expressiva da nossa população, em geral a mais pobre, não freqüentou a escola na idade adequada. Apenas nas últimas décadas, e mais expressivamente nos últimos anos, é que o número de matrículas de crianças e jovens em idade escolar começou a crescer. Esse processo de crescimento das matrículas escolares foi denominado de democratização do acesso a educação, indicando que crianças filhas de pais mais pobres, antes excluídas, estavam finalmente entrando na educação básica e nela permanecendo.

Entretanto, logo se verifica que grande parte desses alunos, apesar de chegarem à escola, não conseguiam sucesso dentro dela, sendo reprovados continuamente e/ou abandonando-a. Constata-se uma dificuldade da escola em lidar com esses alunos, sendo muitos os fatores atribuídos a esse fenômeno, todos contendo uma parcela de razão: condições de funcionamento das escolas instalações, equipamentos e material didático, por exemplo), baixos salários e má formação dos professores, organização da escola (pouco flexível, não atendendo às especificidades da clientela), má gestão, inadequada definição dos conhecimentos curriculares e/ou do ensino etc. em cada região ou localidade, esses e outros fatores conduziram aos precários resultados de aprendizagem dos alunos que permaneciam na escola. Tal situação levou a ser definida hoje, como prioridade no discurso pedagógico, a busca pela melhoria da qualidade do ensino. Esse discurso cobra da educação não só bons resultados de aprendizagem dos alunos como também a adequação do que ela ensina, tendo em vista as mudanças que se processam na civilização mundial e na sociedade brasileira.

De todas essas questões, estamos, nesse início de novo século e milênio, com a dupla tarefa de resolver, ao mesmo tempo, problemas de ontem (acesso à permanência) e de hoje (qualidade de ensino). É possível que, pensando a escola necessária para o atual momento civilizador, possamos propor soluções para resolver os problemas que se acumularam.

Por onde começar a pensar a educação necessária para o século XXI?

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

O que nos reserva para o século XXI

Autores diferenciam os primeiros períodos da humanidade a partir das mudanças nas características centrais do modo de produção dominante e nos grandes ciclos econômicos. Nesse período, possuir grande quantidade de terra era um indicador fundamental de riqueza e de poder de uns homens sobre os outros.

O segundo momento da humanidade com relação ao modo de produção inicia-se com a Revolução Industrial, que teve na maquina a vapor dos irmãos Watt, na segunda metade do século XVIII, seu marco inicial, e desenvolvimento surpreendente a partir dos séculos XIX, com o descobrimento das leis. O capital, assim como o lucro que gera a partir da mais valia obtida com a compra do trabalho dos operários, é o fator principal da produção.

O terceiro momento da humanidade relativo ao modo de produção inicia-se na segunda metade do século XX, com base sobretudo nas mudanças profundas e constantes que ocorrem na tecnologia e nos meios de comunicação. As informações acumulam-se e se modificam de maneira rápida e constante, exigindo de um trabalhador reciclagem contínua e domínio de conhecimentos tanto específicos quantos gerais. Tendo em vista a facilidade de comunicação, outra característica desse modo de produção que começa a se delinear é a de que em muitos casos o local de trabalho não necessita ser o mesmo para todos os empregados de uma empresa. O gráfico mostrado a seguir, de Richard Oliver (1999, p. 16) sistematiza esses três períodos da humanidade com relação ao modo de produção dominante.

A concepção das novas atribuições da educação, e conseqüentemente, da função social da escola tem sido bastante debatida. Nos anos 90, por exemplo, a Unesco (órgão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) instituiu a Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI, que veio a produzir um relatório no qual a educação é concebida a partir de princípios que constituem os quatro pilares da educação:

Aprender a conhecer: significa não tento a aquisição de um vasto repertório de saberes, mas o domínio dos próprios instrumentos de conhecimento. Supõe aprender a aprender, exercitando os processos e habilidades cognitivas: atenção, memória e o pensamento mais complexo (comparação, análises, argumentação, avaliação, crítica).
Aprender a fazer: exprime a aquisição na o somente de uma qualificação profissional, mas de competências que tornem a pessoa apta a enfrentar
Aprender a conhecer: significa não tanto a aquisição de um vasto repertório de saberes, mas o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento. Supõe aprender a aprender, exercitando os processos e habilidades cognitivas: atenção, memória e o pensamento mais complexo (comparação, análise, argumentação, avaliação, crítica).
Aprender a fazer: exprime a aquisição não somente não somente de uma qualificação profissional, mas de competência que tornem a pessoa apta a enfrentar variadas situações e trabalhar em equipe. Aprender a fazer envolve, assim, o âmbito das diferentes experiências sociais e de trabalho.
Aprender a conviver: que dizer tanto a direção da descoberta progressiva do outro e da interdependência quanto a participação em projetos comuns.
Aprender a ser: significa contribuir para o desenvolvimento total da pessoa: espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, capacidade para se comunicar, espiritualidade. Significa também a pessoa aprender a elaborar pensamentos autônomos e críticos e formular seus próprios juízos de valor, não negligenciando nenhuma de suas potencialidades individuais.
A educação assim concebida indica uma função da escola voltada para a realização plena do ser humano, alcançada pela convivência e pela ação concreta, qualificados pelo conhecimento. Historicamente, as escolas se preocuparam mais em desenvolver as duas primeiras aprendizagens (aprender a conhecer e aprender a fazer); há que se construir uma escola. Essa construção demanda uma travessia que geralmente se inicia pela passagem do âmbito dos princípios para o de um projeto pedagógico, e deste para a praticas e ações dos educadores. E essa travessia pressupõe uma reflexão de todos os envolvidos sobre todas as decisões que dão forma a uma escola, desde as relativas ao currículo, passando pelas relacionadas à aula e às metodologias, até as que se referem à gestão escolar.

Tendo em vista as mudanças profundas que ocorrem no âmbito da civilização lembradas e entendendo o currículo como uma trajetória de formação dos alunos, cuidado especial deve ser dado à definição dos conteúdos escolares. Eles constituem peça importante para ser colocada sobre os pilares de sustentação acima descritos. Nenhum currículo pode fixar-se por muito tempo. Deve haver um repensar constante sobre sua contemporaneidade, ou seja, sua atualidade e sua adequação ao que está acontecendo no mundo real. Os alunos precisam de conhecimentos que lhes sirvam para melhor entender a sociedade global e melhor conviver e agir em sua comunidade e no seu trabalho.

É chegado o momento de encerrarmos a nossa conversa. Esperamos que você tenha apreciado fazer esta jornada conosco. Refletimos sobre tantas coisas que não é simples, ao final, resumir em poucas palavras o caminho percorrido.

Começamos por estudar Escola e Mundo Contemporâneo. Nessa Unidade, debruçamo-nos sobre a função social da escola, analisando seu papel na transmissão de conhecimentos, no desenvolvimento pleno da pessoa humana e na formação para a cidadania. Vimos que nenhuma outra instituição ocupa este lugar na sociedade. Atentamos também para a função social que a escola tem exercido no Brasil, observando que no passado a escola atendia uma clientela reduzida. Pouco a pouco, essa tendência vai se modificando e há uma gradativa expansão da escolaridade obrigatória para todos as crianças. Ainda assim, muitos problemas permanecem. Analisamos também o papel reservado à educação na Constituição de 1988 e na legislação educacional.

Discutimos sobre a Escola e Sociedade do Conhecimento, concentrando-nos nas principais características da educação na sociedade do conhecimento. Vimos que na era da informação a escola é chamada a oferecer respostas a novas exigências de educação: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver e aprender a ser. Tudo isso requer da escola novas bases de convivência com as tecnologias da informação, e em particular com o computador.

Procuramos refletir sobre Escola e Democracia, mostrando a íntima relação entre ambos. Destacamos a importância da democracia como valor e como processo. Ao mesmo tempo, apontamos pistas para diferenciar uma cosia da outra. Observamos a presença dos princípios democráticos na Constituição e na LDB, indicando a articulação entre a escola e a gestão democrática.

Refletindo sobre Escola e Comunidade, caracterizamos a escola como um espaço social onde todos aprendem, observando o quanto a articulação entre uma e outra contribui para uma gestão bem-sucedida e para o sucesso de todas as crianças. Buscamos também identificar os problemas que podem dificultar a relação entre escola e comunidade, apontando mecanismos e estratégias de integração.

Finalmente, discutimos Escola e Cultura, apontando a relação recíproca entre valores culturais da comunidade e da cultura escolar. Procuramos ainda explicar a escola como pólo cultural e de desenvolvimento da comunidade.

CRONOGRAMA

O tema do projeto proposto, a ação do pedagogo mediante os projetos de trabalho, na formação de professores e práticas pedagógicas no mundo globalizado e contemporâneo, será estudado de acordo com a proposta abaixo relacionada.

Atividades
Julho
Agosto
Setembro

1. Procura de bibliografias a cerca do tema
X

2. Leitura e estudo das bibliográficas
X

3. Elaboração/revisão e digitação do projeto
X

4. Entrega do projeto
X

CUSTOS

Pesquisa Bibliográfica (xerox) R$ 18,00

Impressão (digitação) R$ 15,00

Encadernação R$ 2,00

Correio R$ 30,50

Total R$ 65,50

BIBLIOGRAFIA

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BRASIL, Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 4.024/61.

BRASIL. MEC. Gestão escolar e formação de gestores. In: Em Aberto, nº 72, vol. 17. Brasileira:INEP, jun. 2000.

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CASTELLES, M. A África na era da Internet. Folha de S. Paulo, Mais! 20. ago. 2000.

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FORQUIN, J. C. Escola e Cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar, Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 35. ed. São Paulo: Cortez, 1997.

GIROUX, Henry. Escola crítica e política cultural, 3. ed. São Paulo: Cortez, 1992.

HERNÁNDEZ, Fernando, VENTURA, Monsteserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho, 5. ed. Porto Alegre: Arimed, 1998.

ITT, Diários Projeto de Trabalho. 1. ed. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação a Distancia, 1998, 96 p.

ITT, Parâmetros Curriculares Nacionais: Temas Transversais, 1. d. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, 1998, p. 436.

LEVY,

P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

MELLO, Guiomar Namo de. Cidadania e competitividade: desafios educacionais do terceiro milênio, 5. ed. São Paulo: Cortez, 1996.

REVISTA PEGAGÓGICA, Belo Horizonte: Lancer, v. 1. m. 1., Jan/fev 1983

REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA , Belo Horizonte: Dimensão. V. 4. m. 3, mar./abr. 1998.

ROMANELLI, O. História da Educação (1930-1973). 23 ed. Petrópolis: Vozes, 1995.

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