25.9 C
Sorocaba
sábado, novembro 23, 2024

Genital Masculino

Autor: Norberto Carone Castro Junior

Discorra sobre os componentes celulares do testículo (localização e função). Explique a espermatogênese.

Os componentes celulares são: Dentro dos Túbulos Seminíferos encontramos as células da linhagem germinativa, que começam na espermatogônia e terminam em espermatozóides, que ficarão na luz tubular. Temos tb as células intersticiais ou células de Sertoli, que produzem proteína que eleva a afinidade das células germinativas à testosterona, além da função de sustentação das células do túbulo e de proteção ao espermatozóide contra o estroma evitando um processo inflamatório. Fora dos Túbulos Seminíferos encontramos as células de Leydig, que possuem a função de produzir testosterona, que possui liberação controlada pelos hormônios LH e FSH.

OBS: O indivíduo XY possui ducto de Volfe, que irá dar origem ao sistema reprodutor masculino.

A espermatogênese nada mais é do que a maturação das células germinativas em espermatozóides.

Explique a estrutura e a função da bolsa escrotal e comente sobre os processos inflamatórios mais freqüentes.

Composição da Bolsa: Pele (fina e s/ pêlo, com exceção dos felinos), Camada Fibromuscular (Túnica de Dartus, que é importante para termorregulação), Túnicas Vaginais (Parietal e Visceral), Túnica Vascularizada e Testículos.

Função: Termorregulação através do músculo cremaster e proteção.

Processos Inflamatórios: Os processos mais freqüentes são as Dermatites, que são causadas por 3 agentes em especial: Dermatophitus congolensis (bactéria), Besnoitia besnoti (bactéria) e Chorioptis ovis (larva de mosca). Essas dermatites estão mais comumente associadas à traumatismos de bolsa escrotal. As conseqüências das dermatites são: Perda das funções da bolsa e como conseqüência o aparecimento de degeneração com morte celular da linhagem espermatogênica.

Inicialmente há um aumento de volume do testículo (edema) e com o passar do tempo teremos fibrose do testículo como resultado da fase crônica (atrofia testicular marcada por diminuição das céls germinativas e aumento das céls intersticiais).

Conceitue Criptorquidismo. Cite os fatores predisponentes para o seu desenvolvimento e caracterize as lesões macro/microscópicas.

Quando a descida dos testículos, da cavidade abdominal para o escroto não se processa normalmente durante o período fetal temos um caso de Criptorquidismo que pode ser Uni/Bilateral, e é extremamente freqüente no cão.

Os testículos ficam mantidos em temperaturas altas podendo haver a inibição da espermatogênese.

Fatores predisponentes: Basicamente podem ser classificados em 4 fatores: Distúrbios cromossômicos, como a Trissomia dos 13; Exposição da fêmea prenhe à estrógenos; Partos Distócitos, principalmente quando o animal nasce em posição posterior (acredita-se que a pressão exercida à esse animal é contrária à pressão exercida se este nascesse em posição anterior, e isto acaba causando a não descida do testículo); Animais que desenvolvem Onfaloflebite (como a pressão dentro da cavidade é alterada, acredita-se que esse fator dificulta a descida testicular).

Micro/Macroscopicamente: Interrupção no desenvolvimento das céls germinativas associado c/ hialinização e espessamento acentuado da membrana basal dos túbulos espermáticos. Os túbulos terminam por adotar o aspecto de densos cordões de tecido conjuntivo hialino delineado por mebranas basais proeminentes. Ocorre aumento do estroma intersticial.

O testículo criptorquídico possui dimensões pequenas e consistência firme secundária às alterações fibróticas (devemos o quadro ao Processo Degenerativo).

Obs: A descida é comandada pela testosterona.

Conceitue Barreira Hematotesticular e explique a sua relação c/ o desenvolvimento das Orquites.

A Barreira Hematotesticular é feita principalmente pelas células de Sertoli e componentes fibrosos (fibroblastos). Essa barreira impede o contato dos espermatozóides c/ o estroma (q é ctituido por linfócitos). Como o espermatozóide não é reconhecido como célula do organismo, o seu contato com o estroma formará uma resposta inflamatória (Orquite Auto-Imune).

O Rompimento dessa barreira pode ocorrer por neoplasias, vasectomias e traumatismos mecânicos, por exemplo.

Comente sobre as diversas formas de Orquites nos animais domésticos.

Orquite Auto-Imune: caracterizada pela formação de granulomas do tipo corpo estranho. Ocorrerá qndo houver quebra da barreira hematotesticular.

Orquite Intra-Tubular: decorrente de processos inflamatórios que acometem o túbulo. Geralmente é ascendente. Podemos ter um infiltrado neutrofílico (abscessos), granulomas do tipo corpo estranho (por rompimento da barreira hematotesticular) – Granuloma Espermático.

Orquite Necrotizante: É a mais importante de todas. Tem como principal agente a Brucella, que provoca processo inflamatório exuberante (inf. Aguda + edema q comprimem vasos no local provocando Isquemia, que levará a necrose de coagulação). Temos associado a essa inflamação, o granuloma por corpo estranho.

Orquite Granulomatosa: Teremos a formação do granuloma caseoso. Acomete animais c/ tuberculose (o agente da tuberculoso provoca a formação do granuloma caseoso). Teremos tb, granulomas por corpo estranho.

Orquite Inspecífica (Inter-Tubular): Descrita em bovinos e eqüinos. Microscopicamente teremos um infiltrado linfocítico entre os túbulos (Não há acomentimento dos túbulos). A causa é desconhecida. Macroscopicamente não há alterações.

Diferencie a partir do aspecto macroscópico as principais Neoplasias Testiculares em cães.

Sertolinomas: Neoplasia das células de Sertoli. Macro: Massa de coloração branca de crescimento acelerado.

Ladigomas: Neoplasia das células de Leydig. Macro: Massas que não causam deformidade testicular. Geralmente são de cor laranja.

Seminomas: Neoplasia de células Germinativas. Macro: Possuem coloração branca e se parecem com linfomas.

Teratomas: Neoplasia de células Toti ou Pluripotentes (que dão origem a qqer tipo tecidual). Macro: Podemos encontrar pêlo, dente, cartilagem, osso e etc …

Obs: O diagnóstico é fechado por exame histopatológico; todas são consideradas malignas e podem metastatizar (principalmente para linfonodos inguinais); diminuem ou inibem a fertilidade do animal.

Obs: Síndrome da Feminilização: Ocorre principalmente em Sertolinomas. O animal passa a apresentar quadro de ginecomastia, áreas de alopecia (estrógeno é tóxico ao folículo piloso); distribuição da gordura corpórea parecida com a da fêmea e pode apresentar aumento das infecções (estrógenos são tóxicos à medula óssea).

Discorra sobre Hiperplasia Prostática e Prostatite aguda e crônica em cães.

Hiperplasia Prostática Benigna

Em um certo grau, tanto a hipertrofia (aumento no tamanho), como a hiperplasia (aumento do nº de céls) de céls prostáticas respondem por um aumento de volume da glândula em todos os cães não castrados de meia idade e idosos.

Constitui o distúrbio + comum da próstada. As causas incluem desequilíbrio na proporção de andrógenos e estrógenos, aumento do nº de receptores andrógenos e aumento da sensibilidade tecidual à andrógenos.

A Diidrotestosterona é o principal andrógeno que promove hiperplasia prostática.

Obs: O animal apresenta disquesia e disúria.

Obs: A palpação fecha o diagnóstico

Obs: Pode ser neoplásico.

Prostatite Bacteriana (Crônica)

A prostatite bacteriana ocorre qndo se altera a resistência normal do hospedeiro.

As causas predisponentes incluem destruição da arquitetura glandular normal (hiperplasia benigna, metaplasia escamosa e neoplasia), uretropatias, infecções do trato urinário, alterações no fluxo urinário, alteração nas secreções prostáticas e disfunção imune do hospedeiro.

A infecção ocorre geralmente através da via ascendente, embora possa ocorrer propagação hematógena das bactérias. Os patógenos mais comuns são: E. coli, Staphylococcus, Proteus mirabilis, Streptococcus e Mycoplasma.Os isolados menos comuns incluem: Klebsiella, Brucella canis, Pseudomonas e Ureaplasma. As infecções anaeróbicas são mais raras.

A próstada se encontra reduzida de tamanho (devido a fibrose), o infiltrado presente é o mononuclear.

Prostatite Não Bacteriana (Aguda)

A próstada se encontra aumentada de tamanho devido ao edema. Há presença de infiltrado neotrofílico e áreas de necrose.

Normalmente é extensão de um processo urinário, cistite principalmente.

Acometidas por agentes bacterianos, e que se originam de infecções urinárias (idem aos da Crônica).

Considerações ao Pênis e ao Escroto

Balanite: Processo inflamatório peniano

Postite: Processo inflamatório prepucial

Obs: Normalmente temos Balanopostite, e como agentes principais temos: Herpes Vírus, Corinium bacterium renal.

Fimose: Dificuldade de exposição do pênis. Relaciona-se ao estreitamento do prepúcio por inflamação ou alterações cromossômicas.

Parafimose: Dificuldade no retorno do pênis ao prepúcio.

TVT: Tumor de Sticker ou Tumor Venéreo Transmissível. Fica na base do pênis como lesões verrucosas.

Neo de céls escamosas: Comum em eqüinos. Fica na glande do pênis (área + apical).

Outros trabalhos relacionados

COMO FAZER O SEU CÃO FAZER AS NECESSIDADES NA RUA

Experimente duas coisinhas: Primeiro ofereça a comida antes de irem para a rua. Segundo, sempre que você vir o cão fazendo xixi ou cocô diga uma...

LEPTOSPIROSE

Autor: Vanessa Bottoni A leptospirose é uma doença infecciosa febril, aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Leptospira interrogans. É uma zoonose (doença de...

PARVOVIROSE

Preâmbulo: É virose das mais conhecidas e das mais contagiosas entre os cães domésticos, sendo também chamada por Enterite Canina Parvoviral. Ataca mais os...

Raiva – Prevenção e Causas

Autor: Damiom Breve Histórico O "Código de Eshnunna", elaborado na Mesopotâmia, século 23 A.C., especifica e determina a quantia que deveria ser paga se uma pessoa...