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sexta-feira, novembro 22, 2024

BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS

Autor: Anderson Ferreira da Cruz

A Importância do Basquetebol em Cadeira de Rodas nos Aspectos Físicos e Sociais para os Portadores de Deficiência Física

Objetivo Geral

A pesquisa busca investigar: quais os benefícios físicos e sociais obtidos, com a prática do basquetebol em cadeira de rodas, para o portador de deficiência física.

Objetivos Específicos

Verificar a contribuição do basquetebol para os portadores de deficiência física nos aspectos social e físico
Identificar os benefícios do basquetebol em cadeira de rodas para o portador de deficiência física.
Verificar os problemas que os deficientes físicos enfrentam para a prática do basquetebol em cadeiras de rodas
Questões de Estudo

Qual a contribuição do basquetebol para os portadores de deficiência física nos aspectos social e físico?
Quais os benefícios do basquetebol em Cadeira de Rodas para o portador de deficiência física?
Quais os problemas que os deficientes físicos enfrentam para a prática do basquetebol em cadeiras de rodas?
Delimitação do Estudo

A presente pesquisa será realizada na Associação de Basquetebol em cadeira de rodas do Rio de Janeiro (ADEZO) situada a rua Nuretama, S/N Padre Miguel -RJ, com professores e alunos portadores de deficiência Física no Município do Rio de Janeiro.

Fatores Limitantes

Falta de locais que haja o trabalho de Basquetebol em Cadeira de Rodas
Assiduidade dos alunos
Fator psicológico
Fator social
Variáveis
Variável dependente
Basquetebol em Cadeira de Rodas
Variável Independente

Benefícios nos aspectos físicos e sociais que o basquetebol em cadeira de rodas pode trazer para o portador de deficiência física.

Variável Interveniente

O portador de deficiência mentir na resposta ao questionário de coleta de dados
Falta de professores para responderem ao questionário
Aluno não devolver o questionário.

Significância do estudo

No estudo proposto relaciona-se ao esclarecimento das necessidades da prática de atividades físicas para portadores de necessidades especiais, nos aspectos físicos, mental e social, propiciando especificamente a melhoria da qualidade de vida dos mesmos. Neste estudo, é enfatizada a situação dos praticantes de Basquetebol em cadeira de rodas na zona Oeste do Rio de Janeiro no campeonato Carioca de Basquetebol em cadeira de rodas do Rio de Janeiro.

A importância deste estudo na área de Educação Física destina-se a estudar a prática desportiva dos portadores de necessidades especiais que sofrem tanto com limitações físicas, psicológicas e sociais, assim, mostrando a importância da prática desportiva na vida dos deficientes físicos Para os deficientes físicos, as dificuldades são enormes e aos pesquisadores este estudo é muito importante, pois, não é um tema comumente abordado, até pelos estudantes de educação física, muitos tem optado por atuar na área de academias ou a área escolar que também deve inserir os portadores de deficiência física. Na atualidade, fica cada vez mais difícil ignorar as necessidades dos portadores de necessidades especiais e da prática desportiva para os mesmos estarem inseridos na sociedade, melhorando a saúde, auto-estima.

– Definição de Termo

Potencialidade – Tudo o que é virtual no indivíduo e através da educação se transforma em manifesto. (OUVÍDIO, 1988).

Deficiência Física – A condição de saúde física que impossibilita a participação integral de atividades sociais, culturais, por dificuldade de realizá-los. (Secretaria de educação especial-RJ)

Andar – progredir ou regredir com a bola sem quicá-la. (PAULA, 1994) Bloqueio – um passe seguido de um deslocamento em direção a um marcador de um companheiro de equipe, fazendo um breve bloqueio, permitindo a passagem do companheiro pelo lado contrário. (PAULA, 1988)

Corta – luz – é quando se passa entre o marcador e o adversário, fazendo com que o marcador perca momentaneamente a visão do adversário. Pode ser executada com quem está ou não com a posse de bola. (PAULA, 1988).

Amputado – Indivíduo com ausência de um dos membros ou parte dele. (COSTA, 1992).

Portador de deficiência: Indivíduo que apresenta alguma forma de anormalidade ou diferenciação perante os demais, quer nas dimensões cognitiva, afetiva e motora. (NETTO E GONZALES, 1990)

Paraplegia – Paralisia dos membros inferiores e parte inferior do corpo: afeta o movimento e sensação. (NETTO E GONZALES, 1996)

Coordenação geral – qualidade física que permite ao homem assumir a consciência e a execução levando a uma integração progressiva de aquisições e favorecendo uma ação ótima dos diversos grupos musculares na realização de uma seqüência de movimentos com o máximo de eficiência e economia (TUBINO, 1971).

Percepção motora e sinestésica – habilidade de perceber a posição, esforço em movimento das partes do corpo interno, durante uma ação muscular. É tida como tendo o sexto sentido, as fontes da propriocepção ou percepção sinestésica são presumivelmente alocadas nas articulações, músculos e tendões (JOHNSON E NELSON, 1979).

Referencial teórico

“A pessoa deficiente e aquela que é incapaz de assegurar-se por si mesma, total ou parcialmente as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência ou não em suas capacidades físicas ou mentais”. (Dalton, 1990).

REVISÃO DA LITERATURA.

Aspectos sociais, políticos e psicológicos da deficiência física.

Dentro da filosofia em que se fundamentam os direitos humanos é evidente que todos devem ter as mesmas oportunidades de aprender e de desenvolver as suas capacidades para assim alcançar a independência social e econômica, bem como poder se integrar à vida comunitária.

Esse direito, que se estende a essas pessoas vem se constituindo um constante desfio a sociedade e aos seus sistemas educacionais necessitando, por essa razão, especializados, que nos permitem aproveitar -se adequadamente desses recursos. Por esse motivo, torna-se evidente que as instituições regulares devem conter com meios apropriados a ser suficientemente flexíveis, para facilitar a tais pelo desenvolvimento e reintegração social na comunidade em que vive.

Todas as sociedades, e grupos dentro delas, orientam-se por regras e padrões de comportamento, valores éticos, estéticos, etc. Estas regras e padrões são mediatizados por tipos de símbolos que relacionam significantes significados, constituindo assim, o imaginário simbólico, a visão do mundo, uma dimensão fundamental de cada cultura.

Um deficiente físico deve ser tratado como uma pessoa qualquer, havendo apenas uma diferença no aspecto motor, e nunca como uma pessoa “deficiente”, a limitação em uma característica física não atinge a sua totalidade de ser, contida no conceito de pessoa deficiente “. · Os efeitos sociais e psicológicos, que acompanham alguns deficientes podem criar maiores problemas do que a incapacidade física. Quando se lida com o deficiente, deve ser dirigido para as qualidades mais similares àqueles de uma pessoa normal”.

Freqüentemente a aparência física da pessoa deficiente é notadamente diferente às vezes até bizarra, privando -a das atividades normais da vida.Quanto mais diferente for a sua aparência, maior será a possibilidade de o deficiente físico ser alvo de chacotas, de ser ridicularizado, e ser motivo de pena, uma atitude que servirá para aumentar e perpetuar o mórbido conhecimento de sua diferença.

As tarefas principais do professor de educação física adaptada a promover a auto-aceitação e confiança que permitirão à pessoa deficiente desenvolver habilidades e talentos que compensam a sua deficiência física. Ele deve ser persuadido de que todas as tentativas são válidas.

Aspectos sócio econômico e cultural da deficiência

A pessoa deficiente é aquela incapaz de assegurar-se por si mesma, total ou parcialmente às necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência congênita ou não em suas capacidades físicas ou mentais.

Este conceito de deficiente enfoca os limites e a incapacidade e não as possibilidades do deficiente enquanto pessoa.Segundo RIBAS, o trabalho nos centros de reabilitação volta-se para o deficiente e não para a sociedade.Trabalha com reflexo social e não com o social propriamente dito.A instituição se fecha em si mesma.

-Por que atividade física para o deficiente?

A atividade física, compreendendo a realizada sob a forma de movimento contínuos ou intermitentes, visando melhorias específicas e localizadas, seja na intensidade que for realizada: fraca, moderada ou de grande exigência -se respeitados os critérios de individualidade que são próprios de cad um de nós, contribuíra sempre efetivamente na reabilitação de qualquer tipo de deficiência que conhecemos.

Isto ocorre a partir do momento que ativamos a circulação, estimulamos os músculos (através do aumento do VO²) , evitamos o acúmulo de gordura localizada , através da queima da mesma no ciclo energético, equilibramos o eixo glandular do tálamo, hipotálamo, gônadas, supra-renal,etc.Melhorando a habilidade para coordenar movimentos, estando mis rápido, ágil e flexível. (NETTO,GONZALES,p.13.1996)

– Atividade Física para portadores de deficiência física

“UNESCO estabelece que a prática da educação física é um direito de todos e que programas devem dar prioridade aos grupos menos favorecidos no seio da sociedade (carta internacional de educação física e desporto, 1978)”.

A escolha de um esporte depende em grande parte das oportunidades oferecidas da condição econômica para a seleção de determinado esporte, da aptidão da criança ou da falta de condição do próprio deficiente tendo em vista o grau de sua deficiência.

Os esportes podem ser praticados pelos deficientes em quase sua totalidade considerando-se seu grau de deficiência e suas dificuldades, devido a estas são feitos alguns modificações de regras e adequações que facilitam a prática promovendo a participação de um maior números de deficientes.

O deficiente é carente e trás consigo uma série de “nãos”, que lhe são impostos no dia a dia.

Ficam neles retidas as capacidades de pensar, sentir e agir. É preciso dar a esse aluno deficiente plena capacidades de desenvolver suas capacidades criativas e espontâneas.

Novas perspectivas da integração do deficiente

A integração das pessoas portadoras de deficiência insere-se no conjunto do processo político, econômico e social exige a formulação e o desenvolvimento de programas nos diferentes níveis da administração e a conjugação de esforços de todos os segmentos da organização social e da vida coletiva. Pois não só os indivíduos sofrem no corpo e na mente as deficiências que o atingem: o preconceito e o desconhecimento ferem a cidadania, afetam a organização da sociedade, introduzem na economia um ônus que poderia ser evitado.

Para a integração portadora de deficiência tem, aliás, raízes nas condições de vida de grande parte da população, determinadas pelas distorções de renda vigente.

Constata-se desse modo que a maioria das pessoas portadoras de deficiência não recebem nenhum atendimento semelhante ao prestado ao restante da população e que não foi atingida por qualquer medida que a habilite a integrar-se normalmente à sociedade.O governo entende que, coordenando e incentivando ações por órgãos de diferentes esferas administrativas, há de se obter a racionalização dos resultados a alcançar. A ampliação de prevenção e atendimento e a efetiva integração social das pessoas portadoras de deficiência.

(AUSTIN,p.13,1986).

Sociedade e Estado são uma só realidade no ataque a este problema, pois só é a nação que sofre, numa décima parte de seus filhos, limitações que podem ser evitadas, recuperadas ou compensadas, mas cuja manutenção já não se pode tolerar.

Um programa de conscientização não estará completo enquanto se limitar à divulgação de informações – importantíssimas e essenciais; ele visa, em última instância, a mudança de ordem prática: uma atitude de atitude. Seu objetivo central é permitir que a sociedade venha se tornar sujeito deste programa, única forma duradoura de encontrar o caminho para a sua superação.

Histórico do esporte para pessoas portadoras de deficiência física

Os primeiros registros de esporte para pessoas portadoras de deficiência foram encontrados em 1918 na Alemanha, nos quais consta que um grupo de soldados alemães que se tornaram portadores de deficiência física após a guerra, se reuniam para praticar tiro e arco e flecha. Em 1932 na Inglaterra formou-se uma associação de jogadores de Golfe com um só braço.

Em 1944 o neurologista alemão Sir Ludwig Guttmann começou a trabalhar com arco e flecha no Hospital de Reabilitação de Stoke Mandeville, em Aylesbury, Inglaterra.

Em 1948, paralelo aos XIV Jogos Olímpicos, Sir Guttmann realizou os I Jogos Desportivos de Stoke Mandeville , com a participação de 14 homens e 2 mulheres da Forças Armadas Britânicas em uma única modalidade, Arco e Flecha.

Em 1952, Sir Guttmann realizou o II Jogos Desportivos de Stoke Mandeville com a participação de 130 atletas entre ingleses e holandeses.

Em 1960, acontece a Primeira Paraolimpíada na Cidade de Roma, Itália, com a participação de 23 países e 400 atletas. A palavra PARA (olimpíadas) não tem a conotação de Paraplégico, mas sim de Paralelo as Olimpíadas, pois os jogos são realizados duas semanas após as Olimpíadas e no mesmo país, sendo utilizadas as mesmas instalações desportivas, com as necessárias adaptações.

Em 1964, foram realizados os II Jogos Paraolímpicos, em Tóquio, Japão.

Em 1968, os III Jogos Paraolímpicos em Tel Aviv, Israel.

Em 1972, os IV Jogos Paraolímpicos em Heidelberg, Alemanha. Pela primeira vez, o Brasil participa da competição na modalidade de BOCHA mas , pela pouca experiência, não consegue conquistar nenhuma medalha.

Em 1976, nos V Jogos Paraolímpicos em Toronto, Canadá, o Brasil conquista as suas duas primeiras medalhas Paraolímpicas, e são de prata, na modalidade de BOCHA.

Em 1980,nos VI Jogos Paraolímpicos em Arnhem, Holanda, a primeira vez em que o Brasil participa na modalidade de basquetebol em cadeira de rodas e natação, mas não conquista medalhas.

Em 1984, nos VII Jogos Paraolímpicos em Aylesbury, Inglaterra e Nova Iorque, EUA, foi a melhor participação do Brasil em todas as Paraolimpíadas, com apenas 21 atletas na Inglaterra, foram conquistadas 6 medalhas de ouro, 12 de prata e 3 de bronze, batendo 2 recordes Paraolímpicos e 3 mundiais. Foi a primeira participação dos atletas brasileira portadores de deficiência visual nos EUA e conquistaram a medalha de prata na modalidade de atletismo.

Em 1988, nos VIII Jogos Paraolímpicos em Seul, Coréia do Sul, o Brasil novamente dá um Show: conquista 27 medalhas, sendo 4 de ouro, 10 de prata e 13 de bronze

Em 1992, nos IX Jogos Paraolímpicos em Barcelona, Espanha, o Brasil conquista 7 medalhas, sendo 3 de ouro e 4 de bronze.

Em 1996, nos X Jogos Paraolímpicos de Atlanta, EUA, o Brasil conquista 21 medalhas, sendo 2 de ouro, 6 de prata e 13 de bronze. A XI Paraolimpíadas será realizada entre os dias 18 e 29 de Outubro de 2000, na cidade de Sidney, Austrália, com a participação de 125 países, mais de 4.000 atletas, 2.000 técnicos, 1.000 árbitros, 2.000 repórteres, 18 modalidades esportivas, 14 modalidades paraolímpicas, é o segundo maior evento esportivo do mundo e será televisionada para mais de 110 países. O Comitê Paraolímpico Brasileiro deverá estar levando em torno de70 atletas brasileiros. (www. add.com.br), 2001.

Histórico do Basquetebol em cadeira de rodas

Após a segunda guerra mundial, surgiu um grande número de pessoas portadoras de deficiência, e nos hospitais a PVA, Paralyzed Veterans of América (Veteranos Paralisados da América), começaram a se organizar e desenvolver atividades esportivo-recreativas.

O primeiro registro do basquetebol em cadeira de rodas foi encontrada em 1946 na divisão da PVA em New England, EUA, mas a mais popular foi à divisão da PVA na Califórnia, EUA, indo depois para Boston, Mentis, Richmond, New York, Canadá e Inglaterra. A equipe mais popular nos EUA era a equipe da região Oeste, a Birmingham Flying Wheels,que também era uma divisão da PVA.

Em 1948, no I Campeonato Nacional da PVA nos EUA de basquetebol em cadeira de rodas, obteve a participação de 6 equipes, sendo que a equipe da Flying Wheels da Califórnia conquistou a medalha de ouro. E foi também em 1948, que se formou a primeira equipe de basquetebol em cadeira de rodas de cidadãos americanos que não eram militares ou veteranos de guerra. A equipe se chamava Kansas City Wheelchairs Bulldozers (www.iwbf.org)

Iniciação do Basquete em cadeira de rodas no Brasil

O basquetebol em cadeira de rodas chegou ao Brasil no final dos anos 50, através dos atletas Sérgio Del Grande e Robson Sampaio de Almeida.Teve, no Rio de Janeiro, grandes idealizadores e verdadeiros obstinados neste esporte, como JOSÉ GOMES BLANCO (SADEF) e ALDO MICOLLIS (Clubes do OTIMISMO, ANDEF, PARAPLÉGICOS)

O Brasil tem também seus ATLETAS-DESTAQUE: ADRIANA, que hoje joga nos Estados Unidos e ROBERTO CARLOS, que atuou na Itália, sendo que ambos foram jogadores da seleção Brasileira de Basquetebol em cadeira de rodas.

Atualmente, O Brasil conta com mais de 60 equipes masculina de basquetebol em cadeira de rodas, 6 equipes femininas, sendo que a Instituição denominada ADD ( Associação Desportiva para Deficientes), dirigida pelo Professor STEVEN DUBNER, que no momento é uma das pessoas mais importantes e entusiastas com o progresso deste esporte em nosso País, sendo inclusive, responsável pela formação da primeira equipe de Basquetebol em cadeira de rodas para crianças no Brasil, com a (ADD / Magic Hands); foi Técnico da Seleção Brasileira Masculina.

O Basquetebol em cadeira de rodas é um dos principais esportes para as pessoas portadoras de deficiência física. Infelizmente, no Torneio Pré-Olímpico realizado na cidade do México, em 1999, o BRASIL perdeu a sua chance de classificar-se para as Paraolimpíadas de SYDNEY, tanto no Masculino como no feminino, tendo perdido ambas classificações para a equipe do México. Nas duas categorias o BRASIL classificou-se em 4º Lugar. Anteriormente, em 1996, em ATLANTA (EUA), o BRASIL participou das Paraolimpíadas na categoria Feminino, ficando classificado em 8º lugar.

A cadeira de Rodas

Sempre que possível, é feita sob medida, levando em consideração a limitação física e a característica do jogador quanto ao jogo de basquete. Os atletas que iniciam a prática do basquetebol em Cadeira de rodas devem passar pelos seguintes processos: Preenchimento de uma ficha individual do atleta. Avaliação como médicos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, preparadores físicos e classificadores funcionais e outros profissionais afins.Trinta minutos antes do início de cada partida, o Árbitro realiza uma avaliação e medição da cadeira de rodas (seating).

Tecnicamente, para fins de possibilitar um melhor desempenho desportivo-funcional, é feita uma avaliação, por parte dos profissionais, com o atleta sentado na nova cadeira, onde são acrescentadas faixas de fixação (straps), para lhes dar maior segurança. São explicado detalhadamente o desenvolvimento do manejo da cadeira; a pegada, propulsão e a freiada (para frente e para trás), giros, inclinação (tilt), etc.

É de vital importância a orientação no desenvolvimento dos fundamentos técnicos do basquetebol: diversas variações de dribles, passes, recepção, arremessos, bloqueios, rebotes, corta-luz e falso corta-luz, e muitos outros. Desenvolvimento dos fundamentos táticos do basquetebol, ofensiva e defensivamente; transição, quadrado, jogadas defensivas e ofensivas read and react, jogadas em situações específicas. Todos os itens acima são desenvolvidos conforme o planejamento e as avaliações realizadas pela equipe multidisciplinar.

Regulamento do jogo

Como no basquete convencional, o jogo consiste de cinco jogadores em cada time com duração de dois tempos de 20 minutos cada, ou, quatro quartos de 10 minutos, medidos com cronômetro com escala de 30 segundos. No caso de empate no escore, ao final do último quarto, será jogado com uma prorrogação de 05 minutos para o desempate. Em caso de novo empate, tantas prorrogações de 5 minutos quantas forem necessárias.

Regulamento da quadra

A quadra regular para o jogo é de tamanho normal, 28.00 m x 15.00 m, usada para competições da I W B F. A quadra deverá ser marcada com linhas divisórias de áreas, linhas para lances livres e linhas para arremesso de 3 pontos, de acordo com o regulamento da FIBA/IWBF. O basquete em cadeira de rodas usa uma cesta padronizada, instalada a 3.05 m de altura, idêntica a cesta usada para o jogo de basquete comum.

Medidas da cadeira de rodas

A cadeira deverá ser dotada de certos requisitos (medidas), no intuito de garantir a segurança e igualdade na competição. A cadeira deverá ter 3 ou 4 rodas; duas rodas grandes localizadas na parte traseira da cadeira e uma ou duas rodas pequenas na parte da frente.

Atualmente, a Regra permite que uma pequena rodinha seja colocada na parte traseira, para que, em contato com o solo possa dar uma maior segurança ao jogador.

Os pneus traseiros deverão ter um diâmetro máximo de 0,66 m, e a roda deverá possuir um aro para o seu manejo (impulsão).

A altura máxima do assento não pode exceder a 0,53 m do solo e o descanso para os pés não poderá ultrapassar os zero, ll m do solo, com as rodas dianteiras em posição alinhada para movimento para frente.

A parte de baixo do descanso para os pés deverá ser desenhada de tal maneira que não danifique a superfície da quadra.O jogador deve usar uma almofada de material flexível sobre o assento da cadeira.

A almofada deverá ser da mesma largura e comprimento do assento da cadeira e não pode exceder 0,10 m de espessura, exceto para os jogadores das classes 3.5, 4.0 e 4.5, onde a espessura máxima permitida é de 0,05 m. os jogadores são obrigados a usar cintas e suportes para segurar o corpo na cadeira e cintas para manter as pernas juntas. É permitido o uso de órteses e próteses

A ficha de classificação do jogador deverá indicar o uso de órteses ou próteses, assim como as adaptações para o posicionamento do jogador na cadeira.

Não permitidos pneus pretos, mecanismos de direção, freios ou mecanismos de acionamento na cadeira. Antes do início da partida, o Árbitro fará a vistoria em todas as cadeiras para verificar se estão de acordo com os requisitos do jogo. (RIBAS, p12, 1986).

Pontuação do jogo

Como no basquete comum, um arremesso da linha de lance livre conta 1 (um) ponto.
Um arremesso da área de jogo 2 (dois) pontos. Um arremesso da linha de 3 pontos conta 3 (três)pontos.

Regra para iniciar a bola em jogo

Para começar cada tempo de jogo será feito um arremesso vertical da bola (bola morta), no circulo central da quadra, um jogador de cada time ficará posicionado frente a frente para tomar posse da bola que será arremessada pelo arbitro da partida. Como ao jogador não é permitido se elevar do assento da cadeira (falta técnica), o jogador com maior estatura terá maior chance de obter a posse da bola. No caso de bola presa ou seja os dois jogadores segurar a bola, é assegurado a cada um dos times a posse para por a bola em jogo em alternadas sucessões, a direção da próxima posse após a bola presa será indicada por uma seta colocada na mesa do apontador ou no placar. Por exemplo: Se após a bola ao alto o time A obtiver a posse de bola, quando da marcação de uma próxima bola presa, esta será resposta de fora para dentro da quadra por um atleta da outra equipe.

Violações específicas no Basquetebol em cadeira de rodas

Violações são infrações cometidas contra as regras, onde o time que comete perde a posse da bola. A devolução será feita pelo time adversário por intermédio de um lançamento de fora para dentro da quadra, no ponto mais perto do local onde foi cometida a violação.

Violação das linhas divisórias

O jogador é considerado fora da quadra quando ele ou alguma parte de sua cadeira estiver em contato com o solo sobre ou fora da linha divisória. A bola é considerada fora, quando a mesma ultrapassar a linha divisória. O causador da bola fora será o ultimo jogador a tocá-la. Entretanto, se um jogador atirar deliberadamente a bola contra seu adversário ou contra sua cadeira e a esta sair da quadra, a mesma será reposta pelo adversário no ponto ais próximo onde ocorreu à violação.

Violação de percurso

O jogador só poderá impulsionar as rodas duas vezes antes de: driblar, passar, ou arremessar a bola. Se o jogador impulsionar as rodas três vezes, incluindo movimentos de pivô, será considerada violação de percurso.A famosa “ANDADA”.

Violação de 3 segundos.

O jogador não pode permanecer mais que 3 (três) segundos na área restritiva do adversário. A não ser que a bola esteja no ar durante um arremesso para a cesta, durante o rebote ou quando a bola estiver parada. O jogador que permanecer mais de 3 segundos na área restritiva do adversário receberá uma falta por violação de 3 segundos. Durante o período de bola morta, os três segundos não são contados.

Violações de 5 ou 10 segundos

Um jogador marcado de perto que estiver de posse da bola deverá passá-la, arremessá-la, driblá-la ou rolá-la dentro de cinco segundos. Igualmente, o time deverá movimentar a bola do fundo de seu campo para frente dentro de dez segundos. Tempo excessivo associado a estas duas situações resulta em violação.

Faltas.

Faltas são infrações das regras envolvendo contatos pessoais com o oponente ou comportamento ante esportivo. A falta é cobrada contra o ofensor e a penalidade poderá ser tanto a perda de posse da bola, como um arremesso livre ou uma serie de 3 arremessos livres em favor do adversário, dependendo da natureza da falta. A cada jogador só será permitido cometer 5(cinco) faltas durante o jogo,quando este jogo for realizado em dois tempos de vinte minutos. Após a Quinta falta o jogador será automaticamente excluído do jogo

Faltas pessoais

O Basquete em cadeiras de rodas é um esporte sem contatos físicos. Uma falta pessoal é cobrada contra o jogador que bloquear, segurar, empurrar, carregar ou impedir o progresso de jogo do adversário com seu corpo ou com sua cadeira. Agressão desnecessária também é sancionada como falta pessoal. Para estas faltas a cadeira de rodas é considerada como parte componente do corpo do jogador, o contato não acidental entre cadeiras constitui em falta. Se o jogador que receber a falta estiver no ato de um arremesso e pontuar, a ele será concedido um arremesso livre. Se o arremesso for nas áreas de 2 ou 3 pontos a ele será concedido 2 e/ou 3 arremessos livres respectivamente.

Falta técnica

Uma falta técnica será cobrada sempre que um jogador demonstrar deliberadamente conduta antidesportiva; quando um jogador elevar-se do assento da cadeira ou quando um jogador remover os pés do descanso de pé ou usar outra parte do corpo que não as mãos, para obter vantagens, tais como frear ou manobrar a cadeira. A cobrança para a falta técnica é de 2 (dois) arremessos livres concedidos ao adversário. O capitão do time cobrador da falta designará o jogador que executará os arremessos

Falta antidesportiva

É aquela que é aplicada contra o atleta que a houver cometido intencionalmente. É quando o atleta despreza a bola e faz contato físico deliberado com o seu oponente ou sua cadeira. Anteriormente era mais conhecida como Falta Intencional.

Classificação funcional: A pontuação de cada atleta varia de 1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0, 3.5, 4.0 e 4.5 pontos, sendo que os pontos 1.0 são jogadores que normalmente apresentam uma lesão alta, podendo comprometer o seu equilíbrio de tronco e os seus membros superiores; o ponto 4.5 pode ser, por exemplo, aquele atleta que apresenta uma amputação do membro inferior (abaixo do joelho) lesão baixa. (www. add.com.br)

Técnicas de manejo em Cadeiras de Rodas

Durante a 1ª fase de ativação do futuro usuário de cadeira de rodas, o aprendizado e treinamento do manejo de cadeira de rodas representam uma função terapêutica importantíssima.Este aprendizado contribuirá para uma maior autonomia da pessoa.

Nesta fase, as técnicas de manejo, transferência e condicionamento físico básico são ministrados Por um fisioterapeuta, as demais, com aperfeiçoamento das técnicas de manejo, aprimoramento da condição física geral, iniciação desportiva e vivências de dinâmicas De grupo visando a reinserção social e melhor equilíbrio emocional.

O treinamento de manejo de cadeira de rodas conduz não apenas ao aprendizado e ao aperfeiçoamento de suas técnicas, mas também a ativação do sistema cardiovascular.

O treinamento do manejo de cadeira de rodas engloba outros aspectos.

Formas diversas de locomoção.

1 – As transferências de cadeira de rodas para uma cama , uma cadeira ou para um assento de carro .

2- O manejo de cadeira de rodas em pisos acidentados e nas ruas.

3- A locomoção mis veloz e mais resistente.

Fase preparatória: tem por finalidade o posicionamento dos braços e das mãos para que se possa efetuar a propulsão de maneira econômica, eficaz e segura.Sua maior característica se baseia nos movimentos de flexão dos cotovelos com o direcionamento dos braços para trás.

Pegadas: o apoio das mãos nas rodas é feito principalmente com a região tênar das mãos, região média, polegar e ponta dos dedos.

Sugestão de Educativos

Segundo NETTO E GONZALES (1996).

Quicar a bola ao chão, ao lado, um pouco mais à frente da cadeira, ora com uma mão, ora com outra mão.
Em coluna, os atletas deslocam-se na quadra, cada um com uma bola.
Andar na quadra, em linha reta na cadeira de rodas.
Andar na cadeira de rodas com velocidade, ficar com as duas mãos e depois com uma alternadamente.
Fazer movimentos de reversão para um lado e para o outro, até realizar o pivô.
Exercícios envolvendo destreza por entre os obstáculos
Trabalho específico de habilidade com a bola na cadeira de rodas: recepção, arremessos parados, em movimento, passes longos, recepção com uma só mão, passe c0om uma só mão parada e em movimento e, após desviando-se dos obstáculos.
Trabalhos de arremessos à cesta, parado e em deslocamento.
Com a cadeira em movimento, comprimir a bola contra os raios da roda, eixar a bola girar junto com a roda, segurando-a com leve pressão e trazendo-a para si.

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