Autor: Clarice Nunes
Os novos materiais produzidos pelas indústrias, foram a principal contribuição para o nascimento da arquitetura moderna, pois permitiram a criação de novas formas arquitetônicas.
Podemos dizer que a arquitetura moderna teve início na segunda metade do séc. XIX, quando apareceram as primeiras grandes construções com estrutura metálica. Como exemplo A Torre Eiffel projetada por A.G. Eiffel em 1889.
O Art Nouveau na Arquitetura
Este movimento procurou promover uma integração entre as chamadas artes aplicadas e a arquitetura, mantendo a tendência decorativista. Foi possível desenvolver novas formas através do ferro e do vidro.
Na Bélgica, Van de Velde projetou edifícios simples mas não eram imitação das formas preexistentes.
Na França, Hector Guimard empregou o ferro e o vidro o que o levou a um excessivo floralismo decorativista.
Na Espanha, Antonio Gaudí surpreendeu a todos pelo inusitado das formas e decoração.
A Arquitetura Moderna do Séc. XX
O movimento Art Nouveau e seus excessos ornamentais foi superado por uma nova tendência arquitetônica denominado racionalismo. Bauhaus, a arquitetura orgânica e a planta livre de Lê Corbusier deram novos rumos a arquitetura deste século.
A Arquitetura Racionalista
Na América, a concepção racionalista de arquitetura toma forma nos modernos arranha-céus, criação típica dos Estados Unidos, que posteriormente se espalha por todas as grandes metrópoles
Essas construções, muito altas, tornaram-se possíveis graças a um progresso técnico: a estrutura dos edifícios passou a ser feita em ferro, e, conseqüentemente, as paredes laterais perderam a função de sustentar o teto.
Walter Gropius e a Bauhaus
Com o arquiteto Alemão Walter Groupius (1883-1969) Têm início novos tempos para a arquitetura moderna, principalmente por causa da sua iniciativa em criar a escola Bauhaus, em 1919, na cidade Alemã de Weimar.
Para Groupius, nas escolas de arte não deveria existir um rígida separação entre as chamadas “belas-artes” e as “artes decorativas”.
Segundo o critíco Michel Ragon, o objetivo da Bauhaus era “reunir pintura, escultura, arquitetura, desenho industrial, numa mesma ação; reconciliar as artes e os ofícios, as artes e a técnica”.
Frank Lloyd Wrigth e a arquitetura orgânica
Frank Lloyd Wright, um engenheiro nascido nos EUA, também é uma figura importante no surgimento da arquitetura do Séc. XX, Wright formulou novos princípios arquitetônicos que constituíram a tendência chamada organicismo.
Para a arquitetura orgânica, dois pontos foram fundamentais: um deles é a integração do edifício na natureza, daí ter valorizado materiais como a madeira e a pedra; o outro, a humanização da arquitetura, principalmente como resposta ao utilitarismo excessivo, que tinha como único critério para a forma do espaço a utilidade ou função a que ele se destinava.
Dentre os edifícios construídos segundo os princípios orgânicos, o mais conhecido é a Falling Water (Casa da Cascata), projetada por Wright e construída em 1936, na Pensilvânia.
Le Corbusier e a planta livre
Le Corbusier aos 28 anos já era autor de projetos para casas em série. Mas foi com as obras Vila Savoy, em Poissy, e o Pavilhão Suíço, na Cidade Universitária de Paris, que se colocou entre os mestres da arquitetura moderna.
No seu trabalho em Poissy, já apareceram seus famosos pilotis – um conjunto de colunas que sustentam as edificações, deixando uma área livre para circulação.
A construção separada do solo por meio de pilotis, o jardim passando por baixo da casa e o sistema de janelas horizontais são as características mais marcantes da arquitetura de Le Corbusier.
Essas idéias de Le Corbusier exerceram forte influência na arquitetura moderna brasileira, principalmente nos projetos de Lúcio Costa e Oscar Niemayer para a construção de Brasília.