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sexta-feira, dezembro 20, 2024

A Educação Ambiental e a Inclusão Local

Há séculos o ser humano vem destruindo a casa onde vive, ou seja, o planeta Terra, destruindo o meio ambiente, mas, nas ultimas décadas isso tem tomado proporções imensuráveis. Os educadores-professores possuem uma grande ferramenta para estar interferindo nesse processo através da educação ambiental dentro da sala de aula e através desta estar conscientizando seus alunos-comunidade e sociedade a respeito da preservação do meio ambiente em seus vários aspectos. É uma tarefa árdua, mas que precisa ser realizada com afinco e persistência para se alcançar resultados a longo prazo. 
Palavras-chave: Meio Ambiente, Educação ambiental, Sociedade, Comunidade, Professores e Educadores.
Chagas,IVALDIR DONIZETI DAS CHAGAS. ENVIRONMENTAL EDUCATION AND INCLUSION LOCAL:2009. Number leaves f18. Trabalho de Conclusão de Curso () Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Campus Muzambinho, Muzambinho, 2009.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
1.1 Problema
1.2 Justificativa
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
1.3.2 Objetivo Específico
2 REVISÃO DE LITERATURA
2. 1 Educação Ambiental
2.2 A Escola na Educação Ambiental 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 INTRODUÇÃO

A interação entre os homens e o ambiente superou a questão da simples sobrevivência. No decorrer deste século, para se atender as necessidades humanas foi-se desenhando uma equação desbalanceada: retirar, consumir e descartar. Ao contrário de outros seres vivos que, para sobreviverem, estabelecem naturalmente o limite de seu crescimento e consequentemente o equilíbrio com outros seres e o ecossistema onde vivem a espécie humana tem dificuldade em estabelecer o seu limite de crescimento, assim como para relacionar-se com outras espécies e com o planeta. Essa é a fronteira entre o conhecimento e a ignorância humana sobre sua própria casa, o Planeta Terra. 
Fica cada vez mais evidente a importância de que os homens ajam de modo responsável e com extrema consciência, conservando o ambiente que está cada vez mais degradado. Partindo deste ponto se espera encontrar na educação a ferramenta de transformação e conscientização para o ser humano nas mais diversas faixas etárias, partindo da sala de aula, e em seguida alcançar a sociedade e comunidade em geral através de palestras, movimentos como passeatas, panfletagens, programas de rádios e TVs, ou seja, mecanismos de comunicação.
A educação ambiental é aquela destinada a desenvolver nas pessoas conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a preservação do meio ambiente.
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na implementação destas atividades. A escola dentro da Educação Ambiental deve sensibilizar o aluno a buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. Tendo a clareza que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital.
A educação é um processo dinâmico em permanente construção. Deve-se, portanto, propiciar a reflexão, o debate e a sua própria modificação. As pessoas de todas as partes do mundo, principalmente educadores comprometidos com a proteção do meio ambiente reconhecem o papel central da educação na formação de valores e na ação social. 
Nesse contexto inserimos o educador-professor como sendo o principal agente dessa mudança em evolução, pois o mesmo como formador de opinião tem uma grande massa de seres humanos para serem trabalhados e o professor é um canal de ligação entre alunos e sociedade-comunidade.

1.1 Problema

Qual a melhor estratégia para educar sobre as questões ambientais na sala de aula de forma a refletir na sociedade futura como um todo?

1.2 Justificativa

O estudo tem como justificativa estar buscando a quebra de paradigmas, outrora discutidos e não colocados em praticas, vividos somente em discursos de políticos e pseudos ambientalistas buscando no problema o poder. O mesmo quer mostrar como uma discussão aberta, moderna e com ação, principalmente dos educadores e educandos, podem gerar uma reação em cadeia que consiga levar a conscientização de todos dentro de nossas comunidades e sociedades. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na teoria e na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis, felizes e reflexivos.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Mostrar que a educação ambiental tem uma importância fundamental, tendo em vista, os acontecimentos atuais como efeito estufa, alterações climáticas em todo o planeta, enchentes, secas, desequilíbrio ecológico, queda da produção agrícola, tempestades.

1.3.2 Objetivo Específico

Destacar a importância da Educação Ambiental;
Desenvolver nos leitores a consciência dos problemas ambientais e estimula-los a tentar buscar soluções para estes problemas;
Mostrar os problemas causados ao ambiente devido à ação do homem.

2 REVISÃO DE LITERATURA

As estratégias de enfrentamento da problemática ambiental, para surtirem o efeito desejável na construção de sociedades sustentáveis, envolvem uma articulação coordenada entre todos os tipos de intervenção ambiental direta, incluindo nesse contexto as ações em educação ambiental. Dessa forma, assim como as medidas políticas, jurídicas institucionais e econômicas voltadas à proteção, recuperação e melhoria sócias ambiental, despontam também as atividades no âmbito educativo (ProNea).

2. 1 Educação Ambiental

Para MININI (2000), a Educação Ambiental deve propiciar às pessoas uma compreensão crítica e global do ambiente. Esclarecer valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição consciente e participativa dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema e do consumismo desenfreado. DIAS (2000), acredita que Educação Ambiental seja um processo onde as pessoas apreendam como funciona o ambiente, como dependemos dele, como o afetamos e como promovemos a sua sustentabilidade.
Para VASCONCELLOS (1997), a presença, em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra.
Um tema que deve ser discutido na escola é o crescimento da população humana, principalmente em grandes regiões metropolitanas e nos países menos desenvolvidos, isso exerce forte conseqüência sobre o meio ambiente em geral e sobre os recursos naturais em particular. Sabe-se que a legislação ambiental exige cada vez mais respeito e cuidado com o meio ambiente, exigência essa que conduz coercitivamente a uma maior preocupação ambiental, principalmente dentro das instituições escolares. (SILVA, 2007). 
Acredita-se que crianças conseguem absorver com maior facilidade idéias novas quando comparadas com adultos que já estão com as idéias cristalizadas e engessadas
Existem também pressões públicas de cunho local, nacionais e mesmo internacionais que exigem cada vez mais responsabilidades ambientais das empresas. Bancos, financiadores e seguradoras dão privilégios a empresas ambientalmente sadias ou exigem taxas financeiras e valores de apólices mais elevadas de firmas poluidoras. 
A sociedade em geral e a vizinhança em particular está cada vez mais exigente e crítica no que diz respeito a danos ambientais e à poluição provenientes de empresas e atividades. 
Compradores de produtos intermediários estão exigindo cada vez mais produtos que sejam produzidos em condições ambientais favoráveis. A imagem de empresas ambientalmente saudáveis é mais aceita por acionistas, consumidores, fornecedores e autoridades públicas.

2.2 A Escola na Educação Ambiental

De acordo com Sato (1997) as preocupações com as questões ambientais em um aspecto formal surgiram no Brasil recentemente. Neste sentido, pode-se perceber que a estrutura educacional e os professores ainda sentem dificuldade no desenvolvimento de atividades e estratégias para efetivar uma educação ambiental com qualidade e solidez.
Pode-se notar, segundo Sato (1997) que os limites e os conflitos são observáveis e é preciso compreender a importância da educação ambiental, só assim, ela pode acontecer de fato na realidade brasileira e despertar a conscientização nas crianças em período escolar.
Atualmente, pode-se perceber que diferentes públicos como empresários, pessoas da área artística, professores universitários e de ensino fundamental, consideram que a conscientização nas escolas sobre o meio ambiente é importante. 
De acordo com Sato (1997), a maioria das pessoas dos grupos citados se interessa pelo tema e o consideram tão relevante quanto sério, pois a qualidade ambiental é fundamental para a sobrevivência de todos os seres vivos e do planeta, e acredita-se que pode ser possível conciliar meio ambiente saudável com um desenvolvimento sustentável. 
Considerando toda essa importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em projetos e em processos de participação que levem à autoconfiança, a atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar (DIAS, 1992). Ressaltado que as gerações que forem assim formadas crescerão dentro de um novo modelo de educação criando novas visões do que é o planeta Terra.
Entretanto, não raramente a escola atua como mantedora e reprodutora de uma cultura que é predatória ao ambiente, ou se limita a ser somente uma repassadora de informações. Nesse caso, as reflexões que dão início a implementação da Educação Ambiental devem contemplar aspectos que não apenas possam gerar alternativas para a superação desse quadro, mas que o invertam, de modo a produzir conseqüências benéficas (ANDRADE, 2000), favorecendo a paulatina compreensão global da fundamental importância de todas as formas de vida coexistentes em nosso planeta, do meio em que estão inseridas, e o desenvolvimento do respeito mútuo entre todos os diferentes membros de nossa espécie (CURRIE, 1998).
Dentro da escola deveremos encontrar meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.
A escola dentro da Educação Ambiental deve sensibilizar o aluno a buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. Tendo a clareza que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital. Que as demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência. E, principalmente, que é necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais.
Esse processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais residam alunos, professores e funcionários. SOUZA (2000) afirma, inclusive, que o estreitamento das relações intra e extra-escolar é bastante útil na conservação do ambiente, principalmente o ambiente da escola. Os participantes do Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para a Educação Ambiental (MEC/SEMAM, 1991) sugeriram, entre outras propostas, que os trabalhos relacionados à Educação Ambiental na escola devem ter, como objetivos, a sensibilização e a conscientização; buscar uma mudança comportamental; formar um cidadão mais atuante; (…) sensibilizar o professor, principal agente promotor da Educação Ambiental; (…) criar condições para que, no ensino formal, a Educação Ambiental seja um processo contínuo e permanente, através de ações interdisciplinares globalizantes e da instrumentação dos professores; procurar a integração entre escola e comunidade, objetivando a proteção ambiental em harmonia com o desenvolvimento sustentado. (DIAS, 1992).
Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.
Assim sendo a escola é o espaço social e o local onde o aluno será sensibilizado para as ações ambientais e fora do âmbito escolar ele será capaz de dar seqüência ao seu processo de socialização. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
A metodologia teórica e prática dos projetos ocorrerão por intermédio do estudo de temas geradores que englobam aulas críticas, palestras, oficinas e saídas a campo. Esse processo oferece possibilidades para os professores atuarem de maneira a englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de intervenção.
Nesse contexto a educação ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação de professores e educando.
Uma forma interessante de se perceber a diversidade e complementaridade que trabalhamos em educação ambiental foi proposta por uma professora canadense chamada Sauvé (citada por Layrargues), utilizando apenas algumas preposições significativas: Implementar a Educação Ambiental nas escolas tem se mostrado uma tarefa exaustiva. Existem grandes dificuldades nas atividades de sensibilização e formação, na implantação de atividades e projetos e, principalmente, na manutenção e continuidade dos já existentes. Segundo ANDRADE (2000), … fatores como o tamanho da escola, número de alunos e de professores, predisposição destes professores em passar por um processo de treinamento, vontade da diretoria de realmente implementar um projeto ambiental que irá alterar a rotina na escola, além de fatores resultantes da integração dos acima citados e ainda outros, podem servir como obstáculos à implementação da Educação Ambiental.
Dado que a Educação Ambiental não se dá por atividades pontuais, mas por toda uma mudança de paradigmas que exige uma contínua reflexão e apropriação dos valores que remetem a ela, as dificuldades enfrentadas assumem 
características ainda mais contundentes. A Conferência de Tbilisi (1977) já demonstrava as preocupações existentes a esse respeito, mencionando, em um dos pontos da recomendação nº. 21, que deveriam ser efetuadas pesquisas sobre os obstáculos, inerentes ao comportamento ambiental, que se opõem às modificações dos conceitos, valores e atitudes das pessoas. (DIAS, 1992)
Segundo OLIVEIRA (2000) tem-se três dificuldades a serem vencidas na processo da efetiva implementação da Educação Ambiental no âmbito escolar:
1. A busca de alternativas metodológicas que façam convergir o enfoque disciplinar para indisciplinar;
2. A barreira rígida da estrutura curricular no que se refere à conteúdos mínimos, avaliação, etc;
3. A sensibilização do corpo docente para a mudança de uma pratica estabelecida, frente às dificuldades de novos desafios e reformulações que exigem trabalho e criatividade.
Segundo ANDRADE 2000 a escola deve posicionar-se por um processo de implementação que não seja hierárquico, agressivo, competitivo e exclusivista, mas que seja levado adiante fundamentado pela cooperação, participação e pela geração de autonomia dos atores envolvidos. Projetos impostos por pequenos grupos ou atividades isoladas, gerenciadas por apenas alguns indivíduos da comunidade escolar como um projeto de coleta seletiva no qual a única participação dos discentes seja jogar o lixo em latões separados, envolvendo apenas um professor coordenador não são capazes de produzir a mudança de mentalidade necessária para que a atitude de reduzir o consumo, reutilizar e reciclar resíduos sólidos se estabeleça e transcenda para além do ambiente escolar.
Portanto, devem-se buscar alternativas que promovam uma contínua reflexão que culmine na metanóia (mudança de mentalidade); apenas dessa forma, conseguiremos implementar, em nossas escolas, a verdadeira Educação Ambiental, com atividades e projetos não meramente ilustrativos, mas fruto da ânsia de toda a comunidade escolar em construir um futuro no qual possamos viver em um ambiente equilibrado, em harmonia com o meio, com os outros seres vivos e com nossos semelhantes.
OLIVEIRA (2000) Sugere os seguintes passos, para a busca de alternativas na escola, de planejamento escolar, com equipes de coordenação multidisciplinar:
” Formulação de um projeto pedagógico para a escola que reflita o espaço sóciopolítico econômico- cultural que ela se insere;
” Levantamento de situações-problemas relevantes, referente à realidade em que a escola está inserida, a partir das quais se busca a formulação de temas para estudo, analise e reflexão;
” Estruturação de uma matriz de conteúdos inter-cruzandos conteúdos/disciplina x situações problemas/temas;
” Realização de seminários, encontros, debate entre professores, para compatibilizar as abordagens dos conteúdos/disciplinas x situações-problema/temas, buscando sobre situações-problemas a serem trabalhadas. (OLIVEIRA, 2000)
Após a reorganização pedagógica da escola podemos partir para ações práticas nas mesmas, tais como :
” Levantamento do perfil ambiental da escola (se possui área verde, horta, separação de lixo, etc.);” Levantamento dos projetos que estão sendo desenvolvidos na escola;
” Acompanhamento de projetos específicos na escola que serão desenvolvidos pelos professores ou pelo Grêmio Estudantil (horta comunitária, reciclagem de lixo, bacia hidrográfica como unidade de estudo, trilhas ecológicas, plantio de árvores, recuperação de nascentes, etc.);
” Mobilização de toda a comunidade escolar para o desenvolvimento de atividades durante a semana do meio ambiente, com finalidade de conscientizar a população sobre as questões ambientais;
” Realização de campanhas educativas utilizando os meios de comunicação disponíveis, imprensa falada e escrita, distribuição de panfletos, folder, cartazes, a fim de informar e incentivar a população em relação à problemática ambiental; 
” Promover a integração entre as organizações que trabalham nas diversas dimensões da cidadania, com o objetivo de ampliar o conhecimento e efetivar a implementação dos direitos de cidadania no cotidiano da população.
Com o intuito de levar às escolas e à comunidade o conhecimento necessário para a construção da cidadania será necessário o envolvimento de diferentes órgãos que asseguram os direitos e deveres de cada indivíduo na sociedade, entre esses órgãos podemos citar a polícia militar, o corpo de bombeiros, a vigilância sanitária, IAP, etc. Serão trabalhados temas relacionados à melhoria da qualidade de vida da população, por exemplo:
” Lixo (redução, reutilização e reciclagem);
” Lixo hospitalar (destinação);
” Água (consumo, desperdício, poluição);
” Florestas (por que preservá-las?);
” Fogo (prevenção, efeitos negativos ao meio ambiente);
” Agrotóxicos (riscos para a saúde, danos ambientais);
” Caça ilegal;
” Respeito aos animais silvestres e domésticos;
” Drogas (Proerdi);
” DST Doenças sexualmente transmissíveis;
” Respeito ao próximo;
” Noções de saúde (higiene, prevenção de doenças);
” Cidadania (direitos do cidadão);
” Voto consciente;
” Promover a dimensão ambiental 5R Reduzir, Reutilizar,
Reciclar, Reeducar e Replanejar.
Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta. Desenvolveremos assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.
Como o aluno irá aprender a propósito do ambiente, os conteúdos programáticos lecionados, tornar-se-ão uma das formas de tomada de consciência, tornando-se, mais agradáveis e de maior interesse para o aluno.
Tendo a capacidade de tornar nossos alunos conscientes e sensibilizados a essa nova visão sobre o ambiente, eles próprios se tornarão educadores ambientais em suas casas em seu meio de convívio. Transformando o processo em um ciclo de ações benéficas, a vida, a natureza e ao futuro.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É preciso que todos os professores se envolvam e trabalhem numa postura transdisciplinar com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão integral do mundo em que vive. Para isso, a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.
Para que a educação ambiental seja bem sucedida é necessário que ocorram mudanças nas atitudes, nos padrões de comportamento e na própria cultura das instituições, cidadãos, empresários, professores e alunos. A educação ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania.
Cada cidadão deve atuar na causa e não somente na conseqüência em relação ao meio ambiente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, D. F. Implementação da Educação Ambiental em escolas: uma reflexão. In: Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 4.out/nov/dez 2000.
CURRIE, K. L. Meio ambiente interdisplinaridade na prática. Campinas,Papirus, 1998.
DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992.
MININI, apud DIAS, Genebaldo Freire Dias. Educação Ambiental Princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992.
OLIVEIRA, E.M. O Que fazer Interdisciplinar. In: A Educação Ambiental uma possível abordagem.Brasília, Edições IBAMA, 2000.
SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos, Rima, 2002.
SILVA, Marina. É hora de cuidar do Brasil. http: www.ambientebrasil.gov.br. Acesso em 12/09/2009.
SOUZA, A. K. A relação escola-comunidade e a conservação ambiental. Monografia. João Pessoa, Universidade Federal da Paraíba, 2000.
VASCONCELLOS, H. S. R. A pesquisa-ação em projetos de Educação Ambiental. In: PEDRINI, A. G. (org). Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. Petrópolis, Vozes, 1997
AGENDA 21. COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getulio Vargas, 1991. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) (www.esalq.usp.br) 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais. Brasília, 1998. 
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BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. 
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CURY, Jamil. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de Jovens e Adultos. São Paulo: AEC, 2000. 
DIAS, G.F. Atividades interdisciplinares de Educação Ambiental. São Paulo: Gaia, 1994. 
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ECOFUTURO, Instituto. A vida que a gente quer depende do que a gente faz:propostas de sustentabilidade para o planeta. 2007. 
FREIRE, Paulo & SHOR, Ira. Medo e ousadia o cotidiano do professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, tradução de Adriana Lopez, 1992, 224 p.
KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. A Universidade do Século XXI Rumo ao Desenvolvimento Sustentável. http: www.ambientebrasil.gov.br. Acesso em 28/08/2008. 
SATO, Michele. Educação para o Ambiente Amazônico. São Carlos: Tese de Doutorado, PPG-ERN/UFSCar, 1997, 235 p. 
MEIRA, Rômulo Lima. Educação e Conhecimento em Ciências Ambientais. http: www.ambientebrasil.gov.br. Acesso em 20/08/2008. 
SILVA, Marina. É hora de cuidar do Brasil. http: www.ambientebrasil.gov.br. Acesso em 12/09/2008.

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