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quarta-feira, novembro 20, 2024

A INFORMÁTICA EDUCATIVA NAS ESCOLAS RURAIS

A INFORMÁTICA EDUCATIVA COMO SUPORTE NO ENSINO E APRENDIZAGEM DAS ESCOLAS DE ZONA RURAL

Resumo: Esse artigo tem como pressuposto mostrar a importância da informática educativa no desenvolvimento do ser humano, em especial na educação da zona rural. Propõe a modernização de um caminho para o desenvolvimento tecnológico incorporado as tecnologias na prática pedagógica como instrumento mediador no aprendizado e valorização do homem do campo. Nosso país apresenta amplas e promissoras condições de produzir e fornecer gêneros alimentícios da mais alta qualidade. Uma produção rural bem administrada e aliada a recursos tecnológicos é um ótimo investimento, sendo fator essencial profissionais habilitados com conhecimentos em informatização de forma a incrementar a produção em função da demanda da cidade. É a escola o veículo essencial no aprimoramento, qualificação profissional e transmissão desses conhecimentos tecnológicos de forma aplicável ao meio rural.

Palavras chave: Informática educativa, aprendizagem e desenvolvimento tecnológico.

Abstract: That article has as presupposition to show the importance of the educational computer science in the human being’s development, especially in the education of the rural area. he/she intends the modernization of a road for the incorporate technological development the technologies in practice pedagogic as instruments mediators in the learning and the man’s of the field valorization. our country presents wide and promising conditions of to produce and to supply nutritious goods of the highest quality. a production rural good administered and allied to technological resources it is a great investment, being factor essential qualified professionals with knowledge in form informatização to increase the production in function of the demand of the city. it is the school the essential vehicle in the aprimoramento, professional qualification and transmission of those technological knowledge in an applicable way to the rural way.

Introdução:

A grande disseminação da informática, em segmentos importantes da sociedade, revoluciona formas tradicionais de equilíbrio e institui um novo paradigma que alcança e modifica a comunicação, os modos de aprendizagem, as relações humanas e as organizacionais. com as mudanças ocorridas na organização das sociedades através das inovações técnicas e científicas que configuram a chamada revolução tecnológica, a educação escolar não pode ficar à margem dessa evolução, contudo, as concepções sobre o uso das tecnologias precisam estar claras e direcionadas ao atendimento não só das grandes cidades, mas também da maioria esquecida como é o caso do homem do campo em nosso país,

Na área das comunicações ocorre a popularização dos recursos da informática, antes restrita a pequenos setores privilegiados; atualmente novos instrumentos permitem acesso mais ágil às fontes de conhecimento e recursos que cada vez mais, favorecem avanço cultural, e meios para adquirir conhecimentos. Neste contexto a escola é a principal condutora desse processo. Torna-se necessário o homem do campo se adequar e acompanhar essa evolução das técnicas de produção e informatização, como uma nova visão desses processos tecnológicos e culturais que vistos no seu conjunto moldam e recriam a sociedade atual.

Mas, pensar em inovações tecnológicas educacionais é antes de tudo repensar os ambientes de aprendizagem e a capacitação dos profissionais da educação e não apenas a aplicação da técnica pela técnica. Ambientes de aprendizagem abertos e motivadores através da multimídia devem contribuir para promover as competências nos alunos de aprender a aprender.

A tecnologia da informática deverá ser instrumento para desenvolver habilidades nos alunos, de forma que, os conteúdos trabalhados na escola sejam significativos socialmente e provoquem mudanças individuais e coletivas. Deverá promover a democratização do ensino no Brasil e instituir a formação de cidadãos participativos para a construção de uma sociedade mais justa e melhor.

A forma de utilização do computador no ensino, a que permite a realização de atividades pedagógicas por seu intermédio encontra nos aplicativos que envolvem processamento de texto, planilhas, manipulação de banco de dados, construção e transformação de gráficos, sistemas de autoria, etc., mas que também possibilite ao aluno do campo criar ambientes de aprendizagem que façam surgir novas formas de pensar e aprender de acordo com sua realidade e aplicação no seu dia a dia. A escola da zona rural não pode desconhecer essa realidade, precisa ser pensada como sendo uma instituição que, efetivamente, possa trabalhar com uma multiplicidade de visões de mundo, numa perspectiva mais integral dada a sua importância no contexto de transformação social. A informática para os trabalhadores do meio Rural é tão vital para a sobrevivência da atividade quanto à do meio urbano. Segundo dados avaliados pelo (Anuário do Cooperativismo Brasileiro em sua 6ª edição- pág. 57), para 11 brasileiros que consomem alimentos, temos apenas um produzindo no campo.

Neste cenário de avanços tecnológicos, a introdução da informática nas escolas da zona rural torna-se imprescindível para acompanhar este aumento da carga de informações e desenvolvimento no setor agropecuário, na valorização do profissional e fixação do homem no campo.

Em termos de ensino, embora o Brasil tenha uma razoável produção teórica em educação, além de educadores internacionalmente reconhecidos, capazes de fundamentar um projeto pedagógico inovador, a concretização de um novo projeto educacional tem encontrado sérias dificuldades para se estabelecer, em virtude de inúmeros problemas que se apresentam. Dentre eles, estão as dificuldades na transposição para a área rural essa prática educacional do novo paradigma científico, pois, ainda que já são conhecidos a sua importância desde a primeira metade do século XX, muito pouco foi feito no sentido de encontrar uma prática educacional coerente com o modelo científico ideal para a atualidade rural. Dessa forma, continuam oferecendo uma educação fechada, centralizada, estável, destinada a uma pequena parcela da população, totalmente amorfa, descuidando das diferenças e das necessidades individuais de cada região.

De acordo com Moraes (Novas Tendências para o Uso das Tecnologias da Informação na Educação, pág. 68, 1997), embora se encontre numa nova etapa de desenvolvimento científico, intelectual, político e social, continua-se oferecendo uma educação dissociada da vida, desconectada da realidade do indivíduo, descontextualizada, Ignorando-se ainda a grande importância da agropecuária no desenvolvimento do país e as suas potencialidades.

Pretende-se aqui analisar a possibilidade da utilização de tecnologia da Informação como um instrumento de diminuição de desigualdades oportunizar ao aluno da zona rural utilizar a tecnologia da informação dentro de uma visão sistêmica priorizando a formação do cidadão, a valorização profissional e a fixação do homem no campo. Para tanto se faz necessário questionar a utilização da tecnologia da informação como um exercício da cidadania e como a utilização da Informática como processo transformador e de apoio na construção do conhecimento através de uma metodologia que permita aos participantes aprenderem a buscar e selecionar as informações, a trabalhar as múltiplas inteligências e a desenvolver as habilidades e competências em computação tendo em vista a sua realidade e modo de vida.

Contudo, Winner (mitos e realidades. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998), denuncia os românticos e utópicos do computador, que vêem nas Tecnologias de Informação e Comunicação a solução para todos os problemas sociais. Estes autores descrevem uma era onde a riqueza das nações, que dependia da terra, do trabalho e do capital nas fases agrícola e industrial, passa a depender de informação, conhecimento e inteligência. Atualmente o acesso ao computador, amplamente disseminado, produz uma sociedade mais democrática, igualitária e diversificada.

De acordo com Barreto (Os Agregados de informação – Memórias esquecimento e estoques de informação, v 1 nº 3 ,2000,), a informatização generalizada de todas as atividades humanas trouxe à discussão, desde a década de 1970, questões referentes a dois temas importantes: a violação de privacidade e o desemprego causado pela automação dos processos industriais. Porém essa mesma revolução tecnológica que causou o desemprego exige paralelamente a incorporação ao mercado de trabalho de mão-de-obra cada vez mais especializada.

Dentro desta situação, a informática é o centro básico o qual giram todas as demais atividades e especializações. Hoje a oferta de um trabalho de nível médio requer conhecimento operacional em informática pelo aspirante, ademais da própria ciência e arte, o que implica que todos devem saber manejar ferramentas informáticas a tal ponto tem chegado tal exigência, que em níveis médios tem-se exigido o requerimento de manejo de idiomas distintos do nativo com vistas a facilitar a operacionalização dos meios informáticos.

Toda tecnologia é utilizada como uma das ferramentas de trabalho que permite seu usuário alcançar algum objetivo. Como exemplo, pode-se citar: o trator, colheitadeiras sofisticadas e computadores para criação de dados e programas para acesso, manuseio, manipulação e troca de informações elementos hoje indispensáveis para o homem do campo. Contudo essas ferramentas devem ser facilitadoras e não se tornar mais um empecilho na execução de alguma tarefa. É claro a necessidade de qualificação do usuário em relação a esta tecnologia, pois caso contrário, ele se tornará submisso e não crítico em relação a ela.

Portanto é preciso que a escola colabore simplifique e instrumentalize mecanismo que favoreçam as escolas de zona rural uma informática educativa que capacite e forme alunos com conceitos e habilidades direcionadas a investigação, criticidade, liderança e principalmente aberto a mudanças e inovações empreendedoras para a valorização do meio rural , aliando conhecimento, progresso sempre respeitando o meio ambiente e o seu desenvolvimento sustentável .

Referências Bibliográficas

Anuário do Cooperativismo Brasileiro (6ª edição, 1999)

BRANDÃO, E. J. R. Informática e Educação: uma difícil aliança. Passo Fundo: EDIUPF, 1995. BRASIL.

BARRETO, Aldo de Albuquerque. Os Agregados de informação – Memórias, esquecimento e estoques de informação. DataGramaZero – Revista de Ciência da Informação – v.1 n.3 jun/2000.

CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura – Volume I:A Sociedade em Rede. Tradução de Roneide Venâncio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

COSTA, Olga Maria Soares da. CELEPAR

WINNER, E. mitos e realidades. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

LITWIN, Edith – organizadora. Tecnologia Educacional – Política, Histórias e propostas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

MORAES, Maria Cândida. Novas Tendências para o Uso das Tecnologias da Informação na Educação. Brasília, 1998.

Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução dos parâmetros curriculares nacionais/Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.

OLIVEIRA, Ramon de. Informática educativa: Dos planos e discursos à sala de aula. Campinas, SP: Papirus,1997. (Coleção magistério: Formação e trabalho pedagógico).

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