INTRODUÇÃO
No Campeonato Mundial do Japão em 1998, o voleibol sofreu uma série de transformações de ordem técnica e tática devido e mudando as regras do jogo. Essas mudanças tornaram o jogo mais atrativo e dinâmico, para o público e para todos os envolvidos neste desporto. Uma da alteração significativa na regra foi a inserção do jogador líbero, que tem como desempenho dar mais dinâmica e aperfeiçoar a ação defensiva/ofensiva, aumentando as competências técnico-tácticos do jogo, tornando-se um fator principal na eficácia do contra-ataque, fase do jogo que tem como atributo concentrar maiores equívocos das ações do jogo anterior (BELLENDIER, 2008).
Segundo Manso (2004), a interferência defensiva do jogador líbero cria melhores condições de classificação e, portanto, melhora a ação dos ataques, sendo este fator principal para o sucesso ofensivo no voleibol.
O líbero não é mais do que um conhecedor com função de receber e defender. A sua inserção foi justamente para suprir as carências defensivas que este desporto sofria em algumas posições na quadra. É um elemento fundamental no contexto do voleibol moderno acarretando grande parte de responsabilidade nas manobras defensivas das equipes. (MESQUITA et.al. 2002).
Bellendier (2008) refere que o líbero é o jogador que tem o maior domínio das habilidades defensivas, contribuindo para o desenvolvimento do contra-ataque.
O mesmo autor em análise efetuada no Campeonato Mundial 2002 cita que a incorporação do jogador líbero provocou de forma substantiva melhoras na recepção, mais do que na defesa.
Segundo Freitas (2000) o aparecimento do líbero no jogo de voleibol melhorou qualidade na recepção, um aumento na pressão do jogador que serve, um crescimento do ataque de 2ª linha e um aumento do jogo ofensivo combinado.
No que refere às formas de substituição, as trocas envolvendo o jogador líbero não são contadas como uma substituição regular. Elas são ilimitadas, mas terão que ter um “rally” entre duas trocas com o líbero. O líbero somente pode ser trocado pelo jogador que com ele trocou. As trocas podem acontecer do apito para o saque.
O líbero e o jogador substituto somente podem entrar e deixar a quadra pela linha lateral compreendida entre as linhas de ataque e de fundo, em frente ao banco da sua equipe.
Dentre as funções do líbero, este jogador só pode realizar tarefas defensivas estando impedido de executar funções atacantes, de serviço ou de bloco. Se o líbero realizar um passe na zona atacante, a bola não pode ser atacada em remate. No entanto, se essa ação for realizada atrás da referida área o atacante pode atacar livremente. Este jogador tem a particularidade de, obrigatoriamente, ter que usar um equipamento diferente que o distingue dos restantes jogadores da mesma equipe podendo substituir qualquer jogador da defesa, em qualquer altura do jogo. Cada equipe pode optar por indicar de entre a lista dos 12 jogadores um jogador especializado na defesa (líbero).
Dentre às principais características, o líbero se destaca pela recepção da jogadas, armando um contra-ataque. Ele atua na defesa e no vôlei, seu forte mesmo é segurar os mísseis adversários e deixar a bola redonda para o levantador do time repassá-la em condições do atacante fulminar a outra equipe.
O líbero da equipe deverá ter as seguintes características: ser um bom passador, um bom defensor, um bom deslocamento rápido e agilidade. Suas capacidades físicas requerem: agilidade, flexibilidade, resistência, potência, força, coordenação dinâmica geral, velocidade de reação, coordenação viso-motora, velocidade de deslocamento, equilíbrio dinâmico e recuperado, forças excêntrica e isométrica de membros inferiores.
Podemos afirmar que desde a inclusão do líbero no jogo de voleibol, o mesmo tornou-se um elemento bastante importante nesse tipo de jogo, pois esse jogador possibilita maior dinamismo no jogo, proporcionando maior interesse do público.
CAPÍTULO 1: ABORDAGEM SOBRE O VOLEIBOL
1.1 Criação e Evolução do Voleibol
Segundo Borsari (2001. p. 17) o voleibol foi criado no ano de 1895 pelo americano William C. Morgan, diretor de educação física da Associação Cristã de Moços (ACM), na cidade de Holyoke, em Massachusets, nos Estados Unidos da América do Norte. O nome original do novo esporte era minonette. Nessa época, o esporte em moda era o basquetebol, que tinha sido instituído apenas há três anos pôr Nasmith e que rapidamente se difundira. A primeira bola usada no voleibol (câmara de bola de basquetebol) era muito pesada, e, pôr este motivo, Morgan solicitou a firma A.G. Stalding e. Brothers a fabricação de uma bola para o referido esporte. A citada firma, após várias experiências, acabou satisfazendo às exigências feitas pôr Morgan.
Shondell e Reynaud (2005), o voleibol era muito enérgico e cansativo para homens de idade. Por sugestão do Pastor Lawrece Rinder, Morgan idealizou um jogo menos fatigante que o basquetebol para os associados mais velhos da ACM e colocou uma rede semelhante a de tênis, a uma altura de 1,83cm, sobre a qual uma câmara de bola de basquetebol era batida surgindo assim o esporte que seria mais tarde denominado voleibol.
Crisóstomo (2005) no início o voleibol esporte ficou restrito a cidade de Holpoke e ao ginásio onde Morgan era o diretor. Numa conferência levada a efeito na Universidade de Springfield, entre diretores de educação Física dos Estados Unidos, duas equipes de Holyoke fizeram uma demonstração do esporte há pouco criado. Depois desta demonstração, o voleibol espalhou-se por Springfield e outras cidades de Massachusets e Nova Inglaterra. Nas últimas décadas, o esporte que mais se popularizou foi sem dúvida, o voleibol. As conquistas internacionais das nossas seleções, o espaço ocupado na mídia, o surgimento de novos ídolos e o sucesso em termos de marketing esportivo, tornaram o voleibol o segundo esporte dos brasileiros.
O primeiro artigo sobre o jogo apareceu publicado no número de julho de 1896 do Physical Education. Seu autor, J.Y. Cameron, de Búfalo, Nova York, escreveu: “O voleibol é um novo jogo, exatamente apropriado para o ginásio ou quadra coberta, mais que pode, também, ser praticado ao ar livre”. O voleibol surgiu na América do Sul, por intermédio do Peru, no ano de 1910, através de uma missão contratada pelo governo peruano, junto aos Estados Unidos, com a finalidade de organizar a instrução primária no país.
Os membros desta missão foram os senhores Joseph B. Lochey e José A, Macknight. Trabalharam de comum acordo na modificação dos programas de educação física para crianças, que surgiram nessa época e careciam de jogos. A Confederação Brasileira de Voleibol foi criada em 9 de agosto de 1954 e teve como seu primeiro presidente o Sr. Denis Hatthaway. A Federação Internacional de Volleyball foi fundada em 20 de abril de 1947, em Paris, França, sendo o primeiro presidente o Sr. Paul Libaud e fundadores os seguintes países: Brasil, Bélgica, Egito, França, Holanda, Hungria, Itália, Polônia, Portugal, Romênia, Checoslováquia, Iugoslávia, Estados Unidos e Uruguai (SHONDELL e REYNAUD, 2005).
1.2 Principais Fundamentos Técnicos
Segundo Costa (2003) 0s fundamentos técnicos no voleibol compreendem saque, manchete, toque, ataque, bloqueio e defesa. Mesmo que tenha um excelente preparo físico geral e específico e consciência técnica, sem o desenvolvimento correto do gesto técnico será impossível, tanto ao iniciante quanto ao atleta formado, manter uma performance ideal. aplicar e ensinar o desenvolvimento dos fundamentos não se tornam tão difíceis, mas observar as falhas, entendê-las porque ocorrem, e encontrar os melhores exercícios para que possam ser corrigidas e sanadas no movimento, tornam-se, na melhor das hipóteses, uma terrível dor de cabeça aos técnicos, e é este o principal componente de auxílio aos atletas no progresso de seu desenvolvimento, no caminho do gesto perfeito. Esta deve ser a maior preocupação de todos aqueles que desejam trabalhar com o voleibol, principalmente com os iniciantes, que devem entender as fases de cada gesto, conhecer seus detalhes, seja de cabeça para baixo, ou debaixo de água.
Borsari (2001) muito se discute sobre a forma ideal de se realizar cada um dos fundamentos técnicos. Alguns técnicos têm determinada preferência por este ou aquele estilo técnico, mas o que irá fazer a diferença, com certeza, será a individualidade do atleta, ou seja, sua melhor adaptação e performance dentro de um determinado estilo, sem que isso venha prejudicar seu organismo a curto ou a longo prazo. Sem este conhecimento, será impossível realizar um trabalho consciente e efetivo, pelo contrário, isto poderá levar os atletas à estagnação técnica e até à sua involução, ou causar-lhes algum trauma no organismo.
Crisóstomo (2005) graças à biomecânica, tem um auxílio notável para melhor entender e aplicar o desenvolvimento dos fundamentos nos atletas. Entender por que e como ocorre cada um dos movimentos é importante, senão de todo fundamental, ao processo de desenvolvimento dos fundamentos.
– Posição de expectativa
Caracteriza-se pela postura em que o jogador deve permanecer (quando fora da postura de bloqueio), aguardando a bola vinda do adversário, seja para a recepção do saque adversário ou para a defesa, Facilita os deslocamentos rápidos e as ações de mudança de todos os membros do corpo, nas diversas situações dentro da partida. Também chamada de posição inicial (BORSARI e SILVA, 1975).
– Posição inicial
Pernas semiflexionadas, afastadas um pouco além da abertura dos ombros; um pé ligeiramente à frente do outro; tronco inclinado à frente. Braços para fora e ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para dentro; cotovelos ligeiramente flexionados e voltados para baixo (MCARDIE et al, 2002).
– Desenvolvimento
Deve avaliar a trajetória, força e efeito da bola, saindo então da posição de expectativa,. Executando o melhor fundamento para a recuperação da bola (COSTA, 2003).
– Saque
O saque dá início ao rally, e é uma poderosa arma para se conquistar o ponto mais rapidamente, ou se quebrar a recepção adversária, facilitando-se assim o trabalho de bloqueio e defesa, pois um saque fraco facilita a recepção adversária e a sua conclusão ao ataque. Na regra atual, o erro do saque proporciona ponto ao adversário (SHALMANOV, 1998).
Atualmente, o saque por baixo é restringido à categoria pré-mirim, sendo primordial para a execução de outros saques, pois trabalha o controle da força, direção da bola e a base no trabalho de pernas (WEINBERG, 2001).
– Saque por baixo
– Posição inicial
Pernas semifexionadas, afastadas aproximadamente na abertura dos ombros, sendo uma à frente; tronco inclinado à frente; quadril encaixado; braço semiflexionado à frente do corpo, apoiando a bola na palma da mão (correspondente à perna que está à frente); o outro braço ao lado e atrás do corpo; mão aberta com os dedos estendidos e separados, mão espalmada (correspondente à perna que está atrás) (BORSARI e SILVA, 1975).
– Desenvolvimento
Na posição inicial, realizar um movimento pendular com o braço que ataca a bola, sendo acompanhado um menor intensidade pelo resto do corpo. Soltar a bola da mão, seguido simultaneamente pelo braço (contraído) que ataca a bola, impulsionando-a para frente, e terminando o movimento com o braço estendido à frente, na direção em que se deseja enviar a bola. Em auxílio, a fim de se obter maior força para impulsionar a bola, no contato com a palma da mão na bola, a transferência simultânea da perna que está atrás, para frente, voltando todo o corpo na posição ereta (MCARDIE et al., 2002).
– Saque por cima
O saque por cima (tipo tênis), por ser a base de estilo no aprendizado e aperfeiçoamento dos outros saques (balanceado, viagem etc). (SALMANOV, 1998).
• Posição inicial
Um pé à frente do outro no prolongamento da linha dos ombros; pernas semiflexionadas; tronco reto; braço à frente do corpo, segurando a bola na altura do peito, o outro braço semiflexionado (cotovelo alto) próximo à cabeça; palma da mão aberta e dedos estendidos e separados (mão espalmada) (WEINBERG, 2001).
• Desenvolvimento
Lançar a bola para cima (sendo este lançamento um pouco acima da extensão máxima dos braços), o braço que golpeia a bola vai ao encontro da mesma, tocando-a com a palma da mão e os dedos, no meio ou embaixo desta. No contato da bola, movimento simultâneo da transferência da perna que está atrás, para frente. Ao final do movimento, o braço que golpeou a bola termina estendido ao lado do corpo,enquanto o que lançou a bola permanecerá flexionado, próximo ao corpo (BORSARI e SILVA, 1975).
– Recepção de saque
• Manchete frontal
A manchete frontal destina-se a ser utilizada na recepção do saque adversáriom principalmente quando aplicada com iniciantes. Globalmente é um dos fundamentos técnicos mais difíceis de ser executado, pois exige, além de um alto domínio técnico, velocidade no deslocamento, equilíbrio e controle do corpo, avaliação exata da direção, queda, velocidade e efeito da bola, a fim de empurrá-la ao local exato (MCARDIE et al., 2002).
Sua execução imperfeita interfere diretamente no resultado da partida, comprometendo o levantamento e ataque. Nas equipes de alto nível competitivo apenas dois ou três jogadores ficam responsáveis por esse fundamento, para que possam atingir melhores índices na performance. Muitos técnicos a descrevem na utilização da defesa, realizando os ajustes de corpo necessário para adaptar-se à altura da bola (SHALMANOV, 1998
• Posição inicial
Pernas semiflexionadas e separadas um pouco mais que a abertura dos ombros, tendo um pé à frente do outro; tronco inclinado à frente; quadril encaixado; braços estendidos e unidos à frente do corpo e acima dos joelhos; mãos em empunhadura de manchete, com punhos flexionados para baixo (WEINBERG, 2001).
– Empunhadura de manchete
Com as palmas das mãos voltadas para cima, colocar os dedos sobre dedos, unido os polegares sobre os outros dedos, segurá-los firmes e apertados, tendo os punhos flexionados (BORSARI e SILVA, 1975).
• Desenvolvimento
Após posicionar-se no local exato à queda da bola, deve realizar a parada brusca. No contato com a bola, esta deve tocar os antebraços (acima dos punhos), que oferecem superfície para que a bola seja amortecida e não responsáveis pela direção e trajetória da bola, que deverá ser empurrada para frente com a transferência da perna de trás à frente (observar de que lado se está da quadra) e com a movimentação do quadril, mantendo-se a posição do tronco inclinado e quadril encaixado. Devem-se manter os braços estendidos e afastados do corpo. Ao finalizar o movimento, todo o corpo deve estar de frente ao local que se deseja enviar a bola (MCARDIE et al., 2002).
• Toque
• Toque de frente
Juntamente a manchete e o saque, forma os fundamentos básicos do voleibol. Utilizado para levantamentos diversos, e em virtude da nova regram, para a defesa e recepção do saque. Deve ser aplicado com eficiência e correção pelos técnicos, pois é a base de aprendizagem e aperfeiçoamento dos outros tipos de toque (SHALMANOV, 1998).
A especialização do fundamento forma o levantador, responsável pela distribuição das bolas no levantamento, que, além da perfeição técnica, deve ter visão panorâmica, liderança e inteligência. É o chamado mentor estratégico da equipe (WEINBERG, 2001).
• Posição inicial
Pernas afastadas, um pé à frente, no prolongamento da linha dos ombros, quadril encaixado; cabeça ligeiramente inclinada para trás; braços semiflexionados, naturalmente separados acima e à frente do rosto e punhos semiflexionados; dedos separados, com o polegar ligeiramente voltado para baixo, formando quase um triângulo entre os polegares e indicadores;mãos naturalmente afastadas. Com a palma da mão levemente voltada para cima e em côncavo (BORSARI e SILVA, 1975).
• Desenvolvimento
Ao contato com a bola, esta deve tocar os dedos (os dedos médios, indicadores e polegares são a base para tocar, e os anulares e mínimos servem de apoio) (MCARDIE et al., 2002).
Flexionar os braços e punhos, acompanhando a descida da bola em direção à testa. Para empurrar a bola, extensão simultânea de todos os membros do corpo, transferindo o apoio das pernas de trás para frente. A força maior é executada por ombros, braços e punhos. Devendo estes, no final do movimento, estar estendidos e as palmas das mãos voltadas ligeiramente para fora, e os braços próximos. A força das pernas é de fundamental auxílio (SHALMANOV, 1998).
• Toque de costas
É o toque mais difícil de ser executado, pela dificuldade de visualização atrás do corpo, requerendo de técnico e do aluno um empenho maior para o aprimoramento da sua coordenação (WEINBERG. 2001).
– Posição inicial
Pernas afastadas, um é à frente, no prolongamento da linha dos ombros; quadril encaixado; cabeça ligeiramente inclinada para trás; braços semiflexionados, naturalmente separados acima e à frente do rosto e punhos semiflexionados; dedos separados, com o polegar ligeiramente voltado para baixo, formando quase um triângulo entre os polegares e indicadores; mãos naturalmente afastadas, com a palma da mão levemente voltada para cima e em côncavo (WEINBERG, 2001).
– Desenvolvimento
O contato com a bola procede-se da mesma forma do toque de frente. Porém no início da extensão dos membros do corpo para empurrar a bola para cima, as palmas das mãos e os dedos devem voltar-se para cima e para trás, e assim facilitar o caminho da bola. No final da extensão dos membros do corpo, o quadril está ligeiramente à frente, tendo o corpo a possível forma de um arco e os braços acompanham o movimento, terminando-se a extensão acima da cabeça que sempre deverá acompanhar a trajetória da bola (COSTA, 2003).
• Toque lateral
– Posição inicial
Pernas afastadas, um é à frente, no prolongamento da linha dos ombros; quadril encaixado; cabeça ligeiramente inclinada para trás; braços semiflexionados, naturalmente separados acima e à frente do rosto e punhos semiflexionados; dedos separados, com o polegar ligeiramente voltado para baixo, formando quase um triângulo entre os polegares e indicadores; mãos naturalmente afastadas, com a palma da mão levemente voltada para cima e em côncavo (BORSARI e SILVA, 1975);
– Desenvolvimento
O contato com a bola procede-se da mesma forma do toque de frente, porém a perna da frente deve ser a mesma da direção em que se deseja realizar o toque. Quando for empurrar a bola, a extensão dos membros do corpo deve ocorrer lateralmente na direção objetivada, finalizando com o tronco um pouco inclinado lateralmente, e o braço oposto à direção da bola deve estar à frente do rosto. A força das pernas é realizada em maior parte pela perna em que está atrás (MCARDIE et al, 2002).
• Toque em suspensão
– Posição inicial
Pernas afastadas, um pé à frente, no prolongamento da linha dos ombros; quadril encaixado; cabeça ligeiramente inclinada para trás; braços semiflexionados, naturalmente separados acima e à frente do rosto e punhos semiflexionados; dedos separados, com o polegar ligeiramente voltado para baixo, formando quase um triângulo entre os polegares e indicadores; mãos naturalmente afastadas com a palma da mão levemente voltada para cima e em côncavo (SHALMANOV, 1998).
– Desenvolvimento
É o mesmo do toque de frente, lateral, de costas e com uma das mãos, porém deve ser executado sem o apoio dos pés no chão, em um salto, e o contato com a bola deve ser dado no ponto mais alto da sua impulsão. Nesse tipo de toque, devido ao contato da bola ser fora do chão, perde-se um pouco o auxílio da força das pernas, sendo este feito em maior parte pelos membros superiores. Utiliza-se flexionar as pernas depois do salto e no momento de executar o toque, estendê-las, e assim, utilizar parte desta força auxiliar (WEINBERG, 2001).
– Ataque
– Cortada
É o movimento técnico mais atrativo, tanto para quem pratica, como para quem se simpatiza com o voleibol, pois tem bonita plasticidade e possui alto poder dfe decisão dentro de uma competição. Nos iniciantes, a dedicação ao seu aprendizado é praticamente plena, requerendo do técnico bastante atenção, pois sua coordenação geral é lenta e dificultosa, podendo gerar posteriormente algumas falhas no seu desenvolvimento e aperfeiçoamento, vindo a limitar o atleta, caso estas não sejam corrigidas antecipadamente (BORSARI e SILVA, 1975).
– Posição inicial
Saindo da posição em pé, tendo-se um pé à frente do outro, desenvolve-se em cinco fases: corrida, parada/impulsão; armação; ataque e queda (COSTA, 2003).
– Desenvolvimento
1. Corrida: desenvolver a corrida, afastado cerca de quatro a cinco metros da rede, e de frente ao levantador; com seu pé esquerdo à frente, de dois passos rápidos à frente (direito/esquerdo; para ganhar velocidade; agora, num salto curto em extensão, quase simultâneo, uma ambos os pés e realize a parada. Nesta corrida, o trabalho coordenativo de balanço dos braços é fundamental para adquirir uma maior impulsão (MCARDIE et al, 2002).
2. Parada/impulsão: deve-se tocar o solo primeiramente com o calcanhar direito, vindo o esquerdo quase simultaneamente e um pouco à frente, colocando-se então a planta dos pés e dedos no solo, e dessa forma interrompendo-se então a planta dos pés e dedos no solo, e dessa forma interrompendo toda a corrida (parada brusca). Na união dos pés, as pernas estão flexionadas, tronco à frente, com o quadril atrás em relação aos calcanhares, cabeça em posição normal, braços para trás do corpo. Saltar em sentido vertical com extensão das pernas (empurrando o chão) e elevação simultânea dos braços à frente do rosto, mantendo o corpo paralelo com relação à rede (SHALMANOV, 1998).
3. Armação: ao iniciar o salto, arqueie o corpo e flexione as penas para trás; os braços que auxiliaram na subida devem parar em frente ao rosto, movimentando-os para a posição de ataque: o braço de equilíbrio se mantém à frente do Rosato e o de ataque é flexionado para trás da cabeça, mantendo a direção um pouco acima da linha dos ombros, e deve-se realizar uma pequena rotação do tronco à direita, tendo a palma da mão aberta com dedos separados (WEINBERG, 2001).
4. Ataque: no ponto mais alto da impulsão o contato com a bola procede-se, trazendo-se o braço de equilíbrio para baixo, e estendendo-se o outro braço, que golpeia acima da bola com flexão do punho, encaixando-a na palma da mão. O braço que golpeou a bola deve terminar, estendido atrás do corpo. No momento em que golpeia a bola, a inclinação do tronco a frente auxilia a obtenção de mais força, ou seja, deverá inverter a posição do arco (BORSARI e SILVA, 1975).
5. Queda: no contato com o solo, amortecer o impacto, primeiramente com as pontas dos pés, seguido da planta e calcanhar e, simultaneamente, flexionar as pernas, inclinando o tronco para frente e o quadril para trás, a fim de ter maior equilíbrio e amenizar o impacto com o solo. Os braços também auxiliam neste equilíbrio, ficando próximos do corpo (MCARDIE et al., 2002).
– Bloqueio
Um dos fundamentos que mais evoluíram com o passar dos anos, em detrimento do crescimento da potência dos atacantes e de suas habilidades individuais. Costa (2003) acredita que o ataque sempre se sobressairá sobre o bloqueio, mais um bom bloqueio não quer dizer somente bola no chão, o ponto direito, mas tem função principalmente técnica dentro da equipe, amortecendo a bola para a defesa, cobrindo determinado posicionamento da quadra onde o atacante adversário é mais eficaz etc. No vôlei atual, fica cada dia mais evidente a necessidade de uma boa formação e atuação do bloqueio para se ter êxito dentro de uma partida (SHALMANOV, 1998).
– Postura de salto
– Posição inicial
Em pe; pernas naturalmente afastadas (distância entre os ombros) e estendidas; tronco ereto; braços semiflexionados e separados, com o cotovelo um pouco acima da linha dos ombros; mãos espalmadas com os dedos separados e polegares voltados para cima (SHALMANOV, 1998).
– Desenvolvimento
Ao iniciar o salto, pernas semiflexionadas; braços semiflexionados (em bolas rápidas de primeiro tempo, braços estendidos). Executar o salto estendendo todo o corpo, e mantendo os braços estendidos acima e à frente da orelha, tendo a cabeça em posição normal e os olhos abertos. Mantêm-se a mão espalmada e os dedos separados. A distância entre as mãos dependerá da avaliação do bloqueador com relação à jogada, bem como a ligeira ou total flexão do punho dependerá do tipo de bloqueio a ser efetuado (WEINBERG, 2001).
– Deslocamentos
É muito difícil, dentro da competição, que ocorra a execução do bloqueio, sem que se tenha de ajustar-se rapidamente o corpo para tentar-se executá-lo com eficiência. Com a utilização correta dos deslocamentos, a tentativa de efetivar o bloqueio torna-se ainda mais próxima, pois se aumenta a velocidade de deslocar-se, e, com isso, aumenta-se a altura máxima de alcance, além de também auxiliar na coordenação dos deslocamentos de bloqueios duplos e triplos (BORSARI e SILVA, 1975).
São várias as formas de deslocamentos e, por isso, todas devem ser denominadas e somente depois se deve individualizá-las objetivando seu maior rendimento, pois o importante é o resultado, não a forma, isto implicando que, se somente uma fosse correta, as outras não existiriam e não veríamos exímios bloqueadores com diferentes deslocamentos para cada tipo de ataque. Sempre que possível, deve o técnico uniformizar os deslocamentos e treinar os alunos a bloquearem juntos, a fim de obterem melhores resultados na coordenação do movimento (MCARDIE et al., 2002).
– Tipos de deslocamentos
Podemos classificar em três tipos os deslocamentos:
Passada lateral: como o próprio nome diz, é realizada através de deslocamentos laterais, utilizando-se de um ou dois passos laterais, que variam, dependendo da distância que o atleta percorrer para posicionar-se para bloquear. É utilizada para percorrer distâncias curtas entre um e três metros. É mais utilizada por bloqueadores da extremidade da rede, ajustando-se mais facilmente ao local de bloquear. Deve ser realizada de forma paralela à rede, sem se perder a distância inicial com ela (SHALMANOV, 1998).
Passada mista: neste tipo de deslocamento, existe uma combinação do passo cruzado com o passo lateral, sendo utilizada para percorrer distâncias um pouco maiores de três metros. Inicia-se com uma passada lateral e, após, uma cruzada, sendo necessário após, mais uma passada lateral para se posicionar no local necessário após, mais uma passada lateral para se posicionar no local de bloqueio. Nas passadas laterais, existe uma variação da sua distância. Nesse tipo de deslocamento, deve-se preocupar em manter o corpo paralelo à rede, na relação com os ombros. É freqüentemente utilizada por bloqueadores de meio, nos deslocamentos para a extremidade da rede (BORSARI e SILVA, 1975).
Passada de frente: neste tipo de deslocamento, o atleta desloca-se perpendicularmente à rede, e no local exato de realizar o bloqueio salta, executando um giro de corpo e ficando novamente de frente com a rede. É bastante utilizada por atletas de meio, que têm de cobrir distâncias maiores e por atletas de baixa estatura, pós proporciona um alcance maior na altura do bloqueio. Na sua execução, existe uma dificuldade em se girar o corpo e posicioná-lo de frente para a rede, podendo vir a prejudicar a postura, no momento de realizar o bloqueio (MCARDIE et al., 2002).
• Defesa
Toda a base da defesa inicia-se no domínio da manchete (baixa, lateral, costas em suspensão) e do toque (espalmado). Os recursos incluem o golpe com um braço, soco acima da cabeça, rolamento de costas e pelos ombros, deslize e peixinho. Requer do aluno coragem, flexibilidade, agilidade e reflexo, a fim de sobressair-se sobre os ataques adversários que cada vez tornam-se mais potentes e quase indefensíveis. As suas maiores qualidades ainda são a coragem e o espírito de equipe (SHALMANOV, 1998).
– Manchete baixa
É a que deve ser mais utilizada, pois proporciona um melhor direcionamento e controle da bola atacada pelo adversário, mas nem sempre isso ocorre, em virtude de várias situações dentro da competição. Para sua melhor ação, deve-se procurar estar de frente ao local de maior incidência de bolas atacadas (WEINBERG, 2001).
– Posição inicial
Pernas semiflexionadas, afastadas um pouco além da abertura dos ombros; um pé ligeiramente à frente do outro; tronco inclinado à frente; braços fora e ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para dentro; cotovelo ligeiramente flexionados e voltados para baixo (BORSARI e SILVA, 1975).
– Desenvolvimento
Saindo da posição inicial, realizar a manchete, porém com o tronco inclinado mais acentuado para a frente, fazendo com que os braços estendidos estejam à frente e entre os joelhos (posição de empunhadura de manchete). Ao contato com a bola, amortecê-la nos antebraços com o auxílio do quadril, que se movimenta ligeiramente para frente e os braços vêm em direção ao corpo, realizando o movimento de semiflexão (MCARDIE et al., 2002).
– Manchete lateral
É freqüentemente utilizada, tendo em vista que normalmente a bola atacada não vem na frente do corpo, mas sim, à sua direita ou esquerda, necessitando-se então de rápidos ajustes. Atletas mais experientes a utilizam também na recepção do saque (SHALMANOV, 1998).
– Posição inicial
Pernas semiflexionadas, afastadas um pouco além da abertura dos ombros; um pé ligeiramente à frente do outro; tronco inclinado à frente; braços fora e ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltados para baixo (WEINBERG, 2001).
• Desenvolvimento
Saindo da posição inicial, estando próximo do local exato de defender a bola, fazer e rotação do tronco, estendendo o braço e unindo os antebraços (mãos em empunhadura de manchete) ajustando-os à altura da bola, tendo um braço mais alto que o outro, a fim de oferecer maior superfície à bola. No contato com a bola, amortecê-la com a semiflexão dos braços e/ou giro do quadril, pernas e pés para o mesmo lado, com possibilidade, se necessário, de um rolamento, deslize ou peixinho, para auxiliar a amortecer o impacto da bola ou o seu deslocamento (BORSARI e SILVA, 1975).
– Em suspensão: quando em uma bola mais alta, deverá ajustar-se saltando em uma das pernas (esta contrária à direção da bola) e, elevando e flexionando a outra lateralmente (esta na direção da bola), fazer a rotação do tronco, estendendo os braços e unindo os antebraços (mãos em empunhadura de manchete), ajustando-os à altura da bola, e assim, oferecendo maior superfície de contato. A elevação do joelho serve para auxiliar a amortecer a bola e dar equilíbrio. No contato com a bola, amortecê-la com a semiflexão dos braços e/ou giro do quadril, com possibilidade, se necessário, de um rolamento, deslize ou peixinho, para auxiliar a amortecer o impacto da bola ou seu deslocamento (MCARDIE et al., 2002).
– Manchete de costas
Este tipo de manchete é o mais utilizado na recuperação de bolas que se dirigem para fora da quadra e encobrem os defensores, normalmente após serem parcialmente amortecidas pelo bloqueio ou depois da primeira ação da defesa. Sua utilização dentro da competição sempre é aplaudida por todos, por representar espírito de luta (SHALMANAV, 1998).
– Posição inicial
Pernas semiflexionadas, afastadas um pouco além da abertura dos ombros; um pé ligeiramente à frente do outro; tronco inclinado à frente; braços fora e ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para dentro; cotovelos ligeiramente flexionados e voltados para baixo (WEINBERG, 2001).
– Desenvolvimento
Saindo da posição inicial, girar o corpo 180º (o eixo no pé poderá se realizar tanto no pé que está à frente quanto no que está um pouco mais atrás. Isso dependerá de para lado a bola se dirige com relação a seu posicionamento). Deslocar-se até a bola, mantendo o quadril baixo e tendo o contato com ela nos antebraços (as mãos estão em empunhadura de manchete) próximo à altura do peito, terminando o movimento com os braços ligeiramente acima da cabeça, que deve acompanhar a trajetória da bola para trás. Dependendo da necessidade, pode-se ou não flexionar o cotovelo (BORSARI e SILVA, 1975).
– Em suspensão: se necessitar saltar, deve-se ao fato de estar um pouco distante do ponto exato para recuperar a bola. Dessa forma, este salvo deve ser em extensão, e para melhor equilíbrio, as pernas devem estar separadas uma à frente da outra. Deverá ter o contato com a bola nos antebraços (as mãos estão em empunhadura de manchete), próximo à altura do peito, terminando o movimento com os braços ligeiramente acima da cabeça, que deve acompanhar a trajetória da bola para trás. Dependendo da necessidade, pode-se ou não flexionar o cotovelo (MCARDIE et al., 2002).
– Toque espalmado
Anteriormente utilizava-se a manchete invertida, mas após a liberação dos dois toques na defesa, tornou-se com ele muito mais fácil amortecer e direcionar as bolas que surpreendem o defensor, dirigindo-se próximo ao seu rosto, um pouco acima ou mesmo à direita ou à esquerda. É também utilizado quando o defensor entra demais para defender, e não pode se utilizar a manchete. Verifica-se mais facilmente na tentativa de defender as bolas de xeque (SHALMANOV, 1998).
– Posição inicial
Pernas semiflexionadas, afastadas um pouco além da abertura dos ombros; um pé ligeiramente à frente do outro; tronco inclinado à frente; braços fora e ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para dentro; cotovelos ligeiramente flexionados e voltados para baixo (WEINBERG, 2001).
– Desenvolvimento
Ao perceber que a bola dirige-se para próximo de seu rosto e não poderá ajustar-se com a manchete, utiliza-se então do movimento de toque, porém com as mãos espalmadas e mais unidas, como se as mãos lado a lado formassem uma barreira para parar a bola, fazendo com que a bola se encaixe em todos os dedos e em parte da palma das mãos, devendo flexionar o braço para amortecê-la. No momento de contato com a bola, as palmas das mãos devem estar voltadas para cima e a extensão dos braços, se necessário, ser feita também para cima. Pode utilizar-se do recurso do rolamento, no final do movimento, para auxiliar a amortecer o impacto da bola (BORSARI e SILVA, 1975).
– Soco acima da cabeça
Utilizado em ações em que o jogador não tem tempo de realizar a defesa com as duas mãos, principalmente quando na recuperação de bolas rápidas que encobrem o defensor, ou até mesmo pelo levantador, para reter a bola que venha a ultrapassar a rede (MCARDIE et al., 2002).
– Posição inicial
Pernas semiflexionadas, afastadas um pouco além da abertura dos ombros; um pé ligeiramente á frente do outro; tronco inclinado à frente; braços fora e ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para dentro; cotovelos ligeiramente flexionados e voltados para abaixo (SHALMANOV, 1998).
– Desenvolvimento
Ao perceber que será encoberto pela bola, sair da posição inicial, ajustar-se a ela e saltar, estendendo todo o corpo e um dos braços acima da cabeça, mantendo o punho cerrado, ligeiramente flexionado para trás. Ao contato com a bola, golpeá-la para cima (WEINBERG, 2001).
– Golpe com um braço
São muitas as situações de sua utilização, tais como bolas no contrapé, bolas que morrem na rede, bolas que se dirigem para o fundo da quadra sem tempo hábil para a recuperação com ambas as mãos etc. Na situação de bloqueio, é normalmente utilizado para a recuperação das bolas que são largadas nas suas costas. Seu domínio requer muito treinamento, habilidade e confiança, para se ter tranqüilidade em executá-lo (BORARI e SILVA, 1975).
– Posição inicial
Normalmente o jogador, quando na defesa, já saiu da posição inicial e está procurando ajustar-se à bola; na rede, está caindo depois de tentar o bloqueio, por isso, sua posição inicial é de difícil definição (MCARDIE et al, 2002).
– Desenvolvimento
Basicamente, define-se pela extensão do braço, indo para fora do corpo e ajustando-se à altura necessário para ter o contato com a bola, na parte interna do antebraço, a fim de oferecer maior superfície à bola (SHALMANOV, 1998).
Os punhos cerrados auxiliam a obter maior firmeza no movimento, podendo-se somente amortecer o impacto da bola ou empurrá-la com o movimento do braço para cima, flexionando-o ou não, utilizando-se ainda do rolamento, deslize ou peixinho, se necessário, para chegar à bola ou mesmo para amortecer seu deslocamento (WEINBERG, 2001).
– Rolamento lateral (costas)
Utilizado principalmente por atletas femininas. Seu aprendizado requer cuidados por parte dos iniciantes, pelo risco de contusões que passam a ocorrer. Inicialmente, a coragem e confiança devem ser trabalhadas, para que eles gostem de exercitá-los, devendo também ter intimidade com o solo para sua melhor desinibição dentro da partida (BORSARI e SILVA, 1975).
– Posição inicial
Pernas semi flexionadas, afastadas um pouco além da abertura dos ombros; um pé ligeiramente à frente do outro; tronco inclinado à frente; braços fora e ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para dentro; cotovelos ligeiramente flexionados e voltados para baixo (MCARDIE et al, 2002).
– Desenvolvimento
Saindo da posição inicial, deslocar-se abaixado. Na aproximação da bola, abrir a passada, recuperando a bola com o golpe com uma das mãos ou de manchete. Neste instante, girar o corpo, apoiando-se nos glúteos e na lateral das costas, impulsionando (chutando) as pernas para cima, que passarão por entre a cabeça e o ombro (lado oposto do braço que tocou o solo), devendo, neste instante, os braços estarem fora do corpo, sendo o braço do lado que tocou o solo apoiado no chão, terminando o rolamento, até ficar em pé (SHALMANOV, 1998).
– Peixinho
Muito utilizado por atletas masculinos, por não se ter o desconforto dos seios, e exigir maior força dos membros superiores. Possibilita a recuperação de bolas que estão longe do defensor e muito baixas. Sua aplicação na aprendizagem requer bastante atenção a fim de não gerar traumas e contusões, inibindo o seu aprendizado e o perfeito domínio da técnica, e a sua utilização entre treinos e competições. A coragem é fator predominante em sua aprendizagem (WEINBERG, 2001).
– Posição inicial
Pernas semiflexionadas, afastadas um pouco além da abertura dos ombros; um pé ligeiramente à frente do outro; tronco inclinado à frente; braços para fora e o lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para dentro; cotovelos ligeiramente flexionados e voltados para baixo (BORSARI e SILVA, 1975).
– Desenvolvimento
Saindo da posição inicial, desloca-se de frente para a bola com o quadril baixo. Executar um salto com uma das pernas, mergulhando para frente em decúbito ventral, tentando atingir a bola com uma das mãos ou com manchete, flexiona então as pernas elevando os pés e a cabeça para cima (forma aproximada de um arco) (MCARDIE et al, 2002).
Após a recuperação da bola, aterriza ao solo, com o apoio dos braços e das mãos simultaneamente, e um pouco à frente da cabeça, amortecendo a queda com o toque dos peitorais no solo e remando os braços para trás, enquanto os pés e a cabeça continuam elevados até perder a velocidade (SHALMANOV, 1998).
1.3 Análise da Prática do Voleibol
Nas ultimas décadas, o esporte que mais se popularizou foi o voleibol. Hoje o voleibol é o segundo esporte mais praticado no Brasil. As recentes conquistas das seleções brasileiras e o patrocínio de grandes empresas fizeram com que sua popularidade crescesse de maneira considerável na última década. Sua prática ocorre tanto na forma recreativa e de lazer, quanto profissional (BOJIKIAN, 1999).
Crisóstomo (2005) afirma que na atualidade o interesse pela atividade física é crescente na sociedade e a procura da prática esportiva é, conseqüentemente, cada vez maior. As conquistas internacionais das seleções, o espaço ocupado na mídia, o surgimento de novos ídolos e o sucesso em termos de marketing esportivo, tornaram o voleibol o segundo esporte dos brasileiros. O voleibol é um jogo facilmente adaptável a novas situações, quando praticado para lazer. Pode-se diminuir ou aumentar a quadra, jogar em um ginásio, em um gramado, na terra ou na areia. A rede pode ser substituída por uma corda e variar quanto à altura. Pode-se jogar 6 x 6, 2 x 2 ou 3 x 3 etc., e formar equipes mistas (homens e mulheres), mesclando jovens e adultos. Não há idade limite; todos podem praticá-lo de forma recreativa. As regras podem ser adaptadas de acordo com o nível dos praticantes, assim o jogo se torna mais interessante.
O voleibol constitui-se em um jogo adequado para pessoas pouco acostumadas com a prática da atividade física, pois a rede separa os adversários prevenindo encontrões que causam tantas lesões. Como em outros esportes, deve-se, porém, equiparar o nível técnico dos participantes com o intuito de tornar o jogo mais equilibrado e evitar acidentes. Poucos esportes atuam tanto a parte emocional dos praticantes e da torcida como o voleibol. Ambas as equipes que participam de um jogo, partem a cada set em busca do 25º ponto que dará a vitória a uma delas. A cada ponto conquistado, a sobrecarga emocional de todos é elevada. A equipe que se encontra cada vez mais próxima da vitória, torna-se mais ansiosa por isso, e aquela que está sendo derrotada também eleva seu grau de ansiedade devido ao receio do fracasso. Os mesmos sentimentos acompanham os torcedores de ambos os lados. Nos finais de sets disputados, principalmente nas partidas decisivas, há adrenalina pura.
Segundo Machado (1997), o esporte valoriza socialmente o homem, proporciona uma melhoria de auto-imagem, e a aprendizagem de uma modalidade esportiva constitui uma das mais significantes experiências que o ser humano pode viver com seu próprio corpo, a experiência vivida assume particularidades que determinam seu êxito resultante na medida em que vencidas as dificuldades, sendo essas criadas pelo próprio corpo e também pelas exigências do projeto assumido pelo indivíduo. Outro fator que contribuiu para que o voleibol se tornasse mais praticado é que, com o sucesso obtido pelo esporte junto à mídia e ao marketing esportivo, a sua prática passou a ser uma opção profissional, assim como a do futebol. As empresas patrocinadoras querem montar equipes fortes, sendo assim, os bons atletas passam a ser disputados por várias equipes e têm, portanto, seus salários aumentados. Os principais jogadores de voleibol recebem, hoje, tão bem quanto os de futebol.
Atletas de outros países, muitas vezes, vêm atuar no Brasil em busca de bons salários.
Borsari (2001) relata que o voleibol é um esporte de prática prazerosa, de fácil adaptação e com variações na forma de jogar que contribuem para ampliar o número de praticantes. Os locais de prática, as adaptações de regras, o número de praticantes e outras variações contribuíram para o aparecimento de vôlei de praia, do fut-vôlei, vôlei em quartetos, mini-vôlei, vôlei de rua e outros. O voleibol, por ter sido idealizado dentro de princípios de simplicidade, separação entre as equipes e participação equivalente de todos os praticantes, teve uma assimilação rápida por todos os povos, como lazer ou esporte atlético, o que facilitou sua evolução e destaque no plano olímpico. Por todos os continentes, o desenvolvimento foi rápido tanto no masculino como no feminino, porém com características peculiares a cada povo, segundo seu biótipo médio, seu nível atlético e filosofia de trabalho.
Inicialmente, destacaram-se características como a eficiência e a força, nos países socialistas europeus; a ação global da equipe, a movimentação e variação dos ataques, nos países asiáticos; a criatividade, envolvimento emocional e vibração nos latino-americanos, a técnica e o alto nível atlético nos europeus. Com a internacionalização das competições, o intercâmbio de atletas e técnicos e as grandes promoções de competições internacionais, houve assimilação das boas qualidades de cada um dos povos. Aliadas ao treinamento específico, com apoio de laboratórios, propiciaram uma grande evolução das equipes, atingindo-se alto nível atlético e de eficiência competitiva. No jogo de voleibol, “a criatividade, o apuro técnico tático e a ação coletiva definem o possível vencedor, pois o nível das equipes nacionais ou internacionais tem se apresentado dentro de um plano homogêneo altamente atlético, dificultando definir antecipadamente qualquer resultado.
Em função dos vários locais onde o voleibol passou a ser praticado, sofreu adaptações, criou características próprias, que desenvolveram estímulos diferenciados de lazer, treinamento e competitividade, ganhando grande destaque e adeptos”.
1.4 Caracterização do Jogo Voleibol
Conforme Crisóstomo (2005) atualmente, o voleibol é jogado entre duas equipes de seis jogadores de cada lado, um deles como capitão dentro da quadra; fora, um técnico e seis reservas. A quadra é retangular, plana, horizontal, medindo 18 metros de comprimento por 9 de largura, estando livre de qualquer obstáculo até 7 metros de altura. Somente aos atacantes é permitido bloquear ou atacar acima da linha da rede desta zona. Atrás, situa-se a linha dos três defensores, colocados na zona de defesa; é a parte maior do campo que vai da linha de ataque até a de fundo.
Cada equipe, em seu campo, é separada ao meio por uma linha no solo e uma rede suspensa que varia em altura, conforme a categoria dos praticantes: masculino, 2,43 metros; feminino, 2,24 metros. A equipe, em campo, coloca-se em duas linhas de três jogadores cada. A linha de frente, próxima à rede, é a dos atacantes que se colocam na zona de ataque. Esta é delimitada pela linha de ataque, paralela à central que se distancia daquela, a seis metros. A equipe faz um ponto, quando, de posse do saque, consegue, sem cometer falta, fazer a bola tocar dentro do campo adversário, ou então, quando o adversário não conseguiu devolver a bola ou cometeu falta. O voleibol é jogado em sets de 25 pontos cada um, desde que prevaleça uma vantagem de 2 pontos. No caso de empate em 24 pontos marcar 2 pontos de diferença será a vencedora do set. No set decisivo (5º set) no caso de empate de 2 sets para cada equipe, o set é disputado no tie-break em 15 pontos. Em caso de empate (14 a 14), o jogo prosseguirá até que uma equipe tenha vantagem de 2 pontos; não há limite de pontos. O voleibol pode ser disputado em melhor de três sets ou de cinco sets; oficialmente, em melhor de cinco sets. A evolução do nível das equipes no plano mundial tem privilegiado os atletas altos e ecléticos, em detrimento dos especialistas de estatura mediana e/ou de baixa estatura. Porém, com a introdução do líbero, atleta que independe da estrutura especialista em defesa, que pode jogar em situações especiais (na defesa), permitiu-se a um atleta habilidoso, mesmo de mediana ou baixa estatura, integrar a equipe em qualquer nível, iniciante ou olímpico (BORSARI, 2001).
Para Costa (2003) para as equipes menores (mirins, infantis e colegiais), a altura da rede deve estar ao nível das possibilidades dos jogadores, em função da idade, estatura e impulsão. Dessa forma, podem aprender a executar todos os fundamentos do jogo, sem encontrar uma barreira excessiva (ex.: altura demasiada da rede) que os leve a adquirir defeitos incorrigíveis e a perder a motivação por falta de sucesso.
Para esse mesmo autor, a prática nos permite sugerir:
Até 12 anos, feminino: 2,00 m; masculino: 2,10m.
Até 14 anos, feminino: 2,10 m; masculino: 2,24.
Até 16 anos, feminino: 2,20m; masculino: 2,40m.
Os jogadores recebem os nomes das posições com números de ordem de entrada para os que, em função do rodízio que fazem no sentido horário, obrigando-se a passar por todas as posições. A posição nº 1 é a de defesa direta (sacador); a nº 2, a de atacante direto (seguinte a entrar no saque); a nº 3 é a de atacante centro, a nº 4 é a de atacante esquerdo, a nº 5 é a de defesa esquerda; e a nº 6 é a de defesa centro. O jogo se inicia quando o jogador da posição nº 1, na zona de saque da equipe, de posse da bola (sorteada no início do jogo), executa o saque com uma das mãos, que consiste em enviar a bola por cima da rede para o campo adversário, tentando fazê-la trocar o solo ou o jogador adversário, antes de cair. A bola poderá ser roçada nitidamente por qualquer parte do corpo. Cada equipe poderá dar até três toques, devolvendo a bola ao campo adversário. Estes toques deverão ser alternados.
Só há uma exceção; no bloqueio, isto é, quando um jogador bloqueia a bola no ar junto à rede, é lhe permitido dar outro toque para o campo adversário. Ao receber uma bola, o jogador só poderá dar um toque imediato, sem possibilidades de manuseio, volta ou parada, tendo muitas vezes de decidir neste toque o set, e consecutivamente o jogo, fazendo valer sua inteligência, perspicácia e autocontrole. Tecnicamente, não é permitido ser mal jogador, pois as regras são rigorosas; deverá executar todos os fundamentos com perfeição e ser eclético, facilitando a preparação técnica e a finalização dos lances (COSTA, 2003).
Shondell e Reynaud (2005) com a evolução alcançada, o voleibol transformou-se num dos esportes mais atléticos, obrigando os jogadores a executarem movimentos rápidos e violentos, com muita habilidade e raciocínio. Fisicamente, o atleta deve ter estatura privilegiada, com muita coordenação, possibilitando ataques de bolas altas, rápidas e bloqueios nos vários pontos da rede, sem muito desgaste físico. Além da força, agilidade, raciocínio e reações rápidas, deve ser dotado de grande resistência, pois os jogos podem durar duas ou mais horas. Psicologicamente, é fundamental ser dotado de muita personalidade, equilíbrio e espírito de equipe, por ser um dos jogos coletivos mais exigentes em matéria de regras quanto a toques e análise dos lances.
CAPÍTULO 2: CARACTERÍSTICAS DO JOGADOR LÍBERO
2.1 Surgimento do Líbero
Introduzida no Grand Prix feminino em 1996, logo após a olimpíada de Atlanta, a posição da ao voleibol masculino, principalmente uma condição melhor, já que o ataque hoje domina totalmente a defesa, o ataque é preponderante em função do vigor físico da categoria. Essa função foi introduzida pela FIVB em 1998, este atleta especializado em fundamentos realizados, freqüentemente, no fundo de quadra utilizando recepção e defesa, sua função é permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo mais emocionante para a torcida. Os seus posicionamentos em quadra são nas posições 6, 1, 5, porque nessas posições é aonde que ocorre a maior incidência de ataques. Já que o Líbero foi criado há pouco tempo, não se tem muita informação teórica e gráfica do seu trabalho em quadra. O Líbero entra no fundo de quadra, qualquer instante no jogo, sem contar como substituição, saindo com a necessidade do técnico de se utilizar um atacante (BORSARI, 2001).
Segundo Machado (2006) observa-se que dificilmente o Líbero entra no lugar de algum atacante, a não ser o atacante de meio, devido este jogador ser mais alto e lento em relação aos jogadores de ponta, sem a necessidade de trocar com o levantador, ou do oposto, pois ele já defende bem. Auxiliando os atacantes, pois eles não terão preocupação com o passe, e assim podendo acelerar ou aumentar a sua potência em um ataque.
“Um jogador com liberdade de entrar, qualquer momento do jogo, no fundo da quadra e assumir a função de passador proporciona ao time a possibilidade de contar com atacantes mais fortes” ( BIZZOCCHI, 2000, p 123).
No entanto, Murphy (1999) não vê correlação entre a habilidade defensiva do líbero e o desempenho da equipe. O autor explica isto com os casos dos líberos do Japão e da Coreia no Campeonato Mundial de 1998. Na verdade, os líberos destas equipes foram escolhidos como os melhores defensores, e, no entanto, estas equipes não passaram à fase seguinte da competição.
2.2 Regra do Líbero
De acordo com o autor Borsari (2001) as regras do jogador líbero são:
• Cada equipe tem o direito de escolher entre os 12 jogadores um jogador defensivo especializado: o Líbero, o qual só pode realizar levantamentos de toque do fundo da quadra. Caso esteja pisando sobre a linha de três metros ou sobre a área por ela delimitada, deverá exercitar somente levantamentos de manchete, pois se o fizer de toque por cima (pontas dos dedos) o ataque deverá ser executado com a bola abaixo do bordo superior da rede.
• O Líbero deve estar registrado na súmula, antes do jogo em uma linha especial reservada para tal fim. Seu número deve também estar registrado no formulário de ordem de saque do 1º set.
• O Líbero não pode ser, nem o Capitão da equipe nem no jogo.
• O jogador Líbero deve usar um uniforme (ou jaleco para o seu substituto) cuja camisa, pelo menos, deve ser contrastante na cor, com os demais jogadores da equipe. O uniforme do Líbero pode ter um modelo diferente, porém deve estar numerado como os outros jogadores.
• O Líbero está autorizado a trocar com qualquer jogador de defesa.
• O Líbero está restrito a jogar como um jogador de defesa e não lhe é permitido completar um toque de ataque de qualquer lugar (incluindo a quadra de jogo e a zona livre) se, no momento deste contato, a bola estiver completamente acima do bordo superior da rede.
• Não pode sacar, bloquear ou participar de uma tentativa de bloqueio.
• Um jogador não poderá completar um toque de ataque, acima do bordo superior da rede, se está bola lhe tenha sido passada, através de um toque com os dedos, pelo Líbero dentro da zona de ataque. A bola poderá ser livremente atacada se o Líbero houver feito á mesma ação atrás da zona de ataque.
• A troca, envolvendo o Líbero não é computada como substituições normais. As trocas são ilimitadas, mas deve ocorrer um “rally” entre duas trocas com o Líbero.
• O Líbero, na quadra de jogo, só pode ser trocado pelo mesmo jogador com quem trocara.
• As trocas somente devem acontecer quando a bola esta fora de jogo e antes do apito autorizando o saque.
• No inicio de cada SET, o Líbero não pode entrar na quadra antes que o 2? árbitro tenha conferido a posição dos jogadores.
• Uma troca concluída após o apito para sacar, mas antes do toque na bola pelo sacador, não deverá ser rejeitada, porém será objeto para uma advertência verbal depois do final do “rally”.
• Subseqüentes demoras, na troca, estarão sujeitas às sanções por retardamento.
• O Líbero e o jogador com quem troca só poderão entrar ou sair da quadra de jogo pela linha lateral, localizada em frente ao banco de sua equipe, entre a linha de ataque e a linha de fundo.
• Caso ocorra um acidente com o Líbero, o técnico, com a aprovação prévia do 1º árbitro, poderá designar um novo Líbero. O novo Líbero poderá ser qualquer jogador que não esteja na quadra de jogo, no momento da designação. O Líbero acidentado não poderá retornar no restante do jogo. O jogador designado como novo Líbero, deverá permanecer como Líbero até o final do jogo.
• No caso da designação de um novo Líbero, o seu número deve ser registrado na súmula, no quadro de “observações”, como também no formulário de ordem de saque do SET seguinte (CBV, 2004-2005).
2.3 Função do Líbero
O jogador Líbero é um jogador especializado na recepção de saque e na defesa, portanto só joga no fundo de quadra, ou seja, na zona de defesa.
2.3.1 Recepção de saque
É quando o jogador recebe a bola decorrente de um saque adversário e efetua um passe para o levantador. O desempenho excelente na recepção resulta em um passe seguro e preciso e possibilita o direito a sacar, já uma recepção ruim possibilita um maior número de pontos para o adversário. Uma excelente recepção auxilia na retomada do jogo, privilegiando sobre tudo o ataque, essa recepção utilizando a manchete, auxilia no ataque, sobre tudo o ângulo de alcance do levantador com suas mãos. Existem também outros recursos que podem ser utilizados na recepção de saque, com a liberação dos dois toques o toque por cima também passou a ser utilizado. Com a eficácia do saque, e saques muito potentes, a recepção passou a ser o primeiro passo para a defesa, por isso houve a necessidade de implantar um jogador específico para isso, o Líbero (ROCHEFORT, 1998).
2.3.2 Defesa
Defesa é toda a ação que visa impedir o sucesso do ataque adversário”(BIZZOCHI, 2000).
Segundo Machado (2006), a defesa inclui na sua ação, deslocamento rápido, tempo de reação apurado, sentido de colocação e, principalmente, disposição e determinação do atleta em defender.
As defesas utilizadas eram com as mãos espalmadas como em jogos de principiantes. O voleibol evoluiu, e com isso surgiram outros recursos para a defesa. Uns foram descartados e outros diferenciados para a melhor técnica para atender às alterações regulamentares.
A defesa tem que ser feita com qualidade e precisão, mesmo em situações difíceis, e ataques bem forte, com isso propiciara um melhor contra-ataque.
Segundo Bizzochi (2000), as capacidades físicas envolvida são:
– Coordenação dinâmica geral e viso-motor;
– Agilidade, força isotônica e isométrica de membros superiores e inferiores, coluna dorsal e cintura escapular;
– Equilíbrio estático, dinâmico e recuperado;
– Força isométrica da musculatura que sustenta o impacto da bola.
Ainda existem as habilidades motoras fundamentais como rebater e volear, juntamente com as habilidades locomotoras.
O seu raio de ação, o defensor deverá avaliar e ocupar o seu lugar aonde a bola vai cair esperando-a para realizar a defesa.
2.3.3 Habilidades Utilizadas pelo Líbero para Realizar a Defesa
“A manchete é uma forma de receber e passar a bola; facilita a recepção do saque e da cortada” (MACHADO, 2006).
A defesa tem inicio com o domínio da manchete baixa, lateral, costas, em suspensão e toque espalmado. Outros recursos também utilizados são golpes com braço, soco acima da cabeça, rolamento de costas e pelos ombros, deslize e peixinho.
– Manchete Baixa
É muito utilizada porque proporciona um melhor direcionamento e controle da bola atacada pelo adversário. Para uma boa ação, deve se estar de frente ao local de maior incidência de bolas atacadas (COSTA, 2003).
– Manchete Lateral
È utilizada normalmente quando a bola não vem em frente ao corpo, precisando de ajustes rápidos. Atletas de alto nível utilizam em recepção de saque (COSTA, 2003).
– Manchete de Costas
É mais utilizada na recuperação de bola, que normalmente vão para fora de quadra (COSTA, 2003).
– Toque Espalmado
Após a liberação dos dois toques na defesa, passou-se a utilizar o toque espalmado, ficando mais fácil amortecer e direcionar as bolas (COSTA, 2003).
– Soco acima da Cabeça
É usado em ações que o jogador tem pouco tempo na realização de defesa (COSTA, 2003).
– Golpe com o braço
São varias situações para sua utilização, como bolas ao contrário, que param na rede, que se dão no fundo de quadra, do bloqueio, bolas largadas de costas (COSTA, 2003).
– Rolamento Lateral (costas)
Usados por atletas femininas principalmente. O aprendizado tem cuidados para principiantes, por causa de contusões que podem ocorrer (COSTA, 2003).
– Mergulho (Peixinho)
Mais usado por atletas masculinos, porque não sofrem o desconforto ocasionado por causa dos seios, por ser necessária mais força nos membros superiores (COSTA, 2003).
– Defesa com os pés
Esse estilo de defesa é um novo recurso que surgiu no voleibol, muito usado para a realização de defesa, quando a bola se dirige para o fundo de quadra, ou quando o recurso com as mãos se torna difícil para executar a defesa, muitos técnicos vêm treinando esse recurso para ser utilizado durante o jogo (COSTA, 2003).
CAPÍTULO 3: CAPACIDADES FÍSICAS DO LÍBERO
Figura 3 – Habilidade física do líbero
A identificação das qualidades físicas do esporte em treinamento é o primeiro passo a ser feito, e pode ser também considerado como o ponto fundamental para o êxito desejado. As qualidades físicas, também denominadas valências físicas, estão intimamente ligadas aos objetivos de treinamento.
A identificação das qualidades físicas do esporte em treinamento e a adequação dessas valências aos objetivos formulados é o passo fundamental para o êxito de uma preparação física. Sabe-se que mesmo na fase de planejamento do período pré-preparatório do treinamento, seria impossível uma adequação aos programas de preparação física, sem o reconhecimento prévio das qualidades físicas a serem visadas.
3.1 Agilidade
É a qualidade física que permite mudar a posição e/ou trajetória do corpo no menor tempo possível.
Tubino e Moreira (2003) a agilidade é outra qualidade física que, na maioria dos esportes, deve ser desenvolvida desde o período de preparação física geral. Viu-se no conceito de agilidade que o tempo é uma variável importante para essa valência, o que evidencia a presença implícita da velocidade nessa qualidade física. Por isso mesmo, a agilidade também é denominada de velocidade de mudança de direção. Além da velocidade, a flexibilidade também pode ser considerada como um pré-requisito para o desenvolvimento da agilidade
Outra observação necessária é o fato de que a agilidade é uma valência física específica da maioria das modalidades, o que a coloca como um alvo praticamente durante todo o período preparatório. Quanto à medição da agilidade, aparece um aspecto interessante, que é o fato de os testes envolverem também a coordenação.
A flexibilidade depende da mobilidade articular e da elasticidade muscular. A mobilidade articular é expressa pelas propriedades anatômicas das articulações,. E a elasticidade muscular é revelada pelo grau de alongamento dos músculos envolvidos.
3.2 Flexibilidade
É a qualidade física que condiciona a capacidade funcional das articulações a movimentarem-se dentro dos limites ideais de determinadas ações.
A flexibilidade é uma qualidade física que pode ser evidenciada pela amplitude dos movimentos das diferentes partes do corpo num determinado sentido.
Segundo Dantas (2001), a flexibilidade pode ser definida como a qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos e sem o risco de lesão.
Para Litwin e Fernández (1974) apud Tubino e Moreira (2003) a flexibilidade limita para mais ou para menos as possibilidades de movimentos de uma articulação, conforme as conformações articulares e a elasticidade dos músculos e ligamentos que envolvem essas articulações.
Tubino e Moreira (2003) para o estudo da flexibilidade, que é uma qualidade física imprescindível em quase todos os esportes, há uma quantidade bastante elevada de considerações, indicações e conclusões de investigações: os exercícios de flexibilidade devem exigir um alongamento muscular forçado. Um músculo assim alongado deve apresentar-se com uma extensão máxima entre sua origem e o ponto de inserção final (ALLERS, 1976) apud TUBINO e OREIRA, (2003). Nos exercícios de flexibilidade, que devem abranger um grande alongamento muscular, há necessidade de constatar-se a resistência ao final do movimento, isto é, quando se alcança o seu limite. Quanto mais lentos forem os exercícios, as resistências serão menores e haverá uma menor possibilidade de lesões nas fibras, que geralmente são ocasionados em movimentos rápidos.
1. Uma propriedade muscular importante no estudo da flexibilidade é a elasticidade. Hurton (1971) apud Tubino e Moreira (2003) explicou que existem vários fatores que podem influenciar a elasticidade muscular, tais como: a) o sistema nervoso central, que atua na coordenação dos músculos antagonistas e no tônus muscular; b) aspectos bioquímicos, como a presença da albumina estrutural nioestromina nos músculos e a eficácia da recomposição do ATP entre as contrações musculares; c) as características musculares, uma vez que a elasticidade muscular [e variável durante o dia, apresentando-se reduzida pela manhã, aumentando a seguir, para mais tarde voltar a diminuir. Este fenômeno está intimamente ligado à temperatura corporal, que também tem variações circadianas, em função do metabolismo. A idade também influi na diminuição da elasticidade, assim como na capacidade de aumentá-la.
2. A flexibilidade pode ser medida em unidades angulares ou lineares.
3. A flexibilidade determina a mobilidade geral das pessoas, pois soma todas as mobilidades parciais do corpo.
4. As mulheres costumam ser, em média, mais flexíveis do que os homens.
5. As crianças são mais flexíveis do que os adultos. Por esse motivo é que existe a imperiosa necessidade da aplicação de exercícios de preservação da flexibilidade desde a pequena idade, para que as crianças não sejam limitadas no processo físico do crescimento. Uma das vantagens dos países de cultura asiática no treinamento desportivo é justamente o fato de que os povos dessa região se utilizam de posturas especiais para orar, conversar ou fazer as refeições, solicitando mobilidade articular e hiper-extensão muscular e favorecendo, assim, a manutenção e o desenvolvimento da flexibilidade desde criança. Esse costume explica em parte as tendências desses países para alguns esportes em que a flexibilidade tem uma ponderabilidade considerável, como a ginástica, o judô, a natação e o voleibol.
6. Existem fatores constitucionais que pré-determinam a tendência das pessoas poderem ser classificadas em flexíveis ou não-flexíveis. Há, de fato, pessoas que nunca foram submetidas a programas de atividades físicas e que demonstram aptidões nos exercícios de flexibilidade, enquanto outros grupos mostram resultados negativos nesses exercícios. Os flexíveis e os não-flexíveis extremos apresentam essa característica em todos os níveis do aparelho locomotor, embora seja comum haver casos de hiper-mobilidade localizada em determinadas zonas musculares, devido à repetição sistemática de gestos específicos.
7. Estudos de Piorek (1973) apud Tubino e Moreira (2003) concluíram que os melhores resultados no treinamento de flexibilidade ocorrem na faixa etária entre 10 e 16 anos, embora reconheçam que a melhor mobilidade de algumas articulações corresponde a uma idade mais avançada. Devido a essas conclusões é que se aconselha a inclusão de exercícios de flexibilidade durante o período de crescimento das pessoas. Essa indicação de treinamento de flexibilidade visa fundamentalmente ampliar o limite de flexibilidade, tão relacionado com o crescimento ósseo e muscular dos indivíduos.
8. Krahembull e Martin (1977) apud Tubino e Moreira (2003) verificaram, após estudos com 187 escolares havaianos, que a amplitude de movimentos das articulações do ombro, do quadril e do joelho é significativamente reduzida com o aumento do tamanho corporal.
9. O trabalho de musculação pode limitar a flexibilidade. Esse prejuízo pode ser evitado, combinando-se o trabalho de força com sessões de flexibilidade. Há um consenso entre os estudiosos, que exercícios de soltura devem completar as sessões de musculação. Sabe-se que não há impedimentos para a coexistência entre a flexibilidade e hipertrofia muscular nas mesmas zonas corporais. Apenas é importante ressaltar que existem tipos de trabalho de musculação que causam prejuízos sérios à flexibilidade dos setores do corpo envolvidos nos exercícios, fato esse que exige uma atenção especial. Os exercícios de descontração indicados após as sessões de musculação visam restabelecer a extensão dos movimentos das articulações e músculos forçados.
10. Deve-se evitar aplicação, logo após as sessões de musculação, de exercícios de flexibilidade que impliquem em estiramentos musculares fortes, pois haverá um grande risco de lesões nas fibras musculares.
Piorek (1971) apud Tubino e Moreira (2003) confirmou que a flexibilidade depende muito da temperatura ambiente, apresentando melhores condições com o calor. E para o desenvolvimento da flexibilidade, sugeriu três etapas:
1ª etapa: com o objetivo de fortalecer as articulações específicas do esporte em treinamento, ao mesmo tempo de um trabalho concentrado nos músculos e nos tendões.
2ª etapa: com o objetivo de desenvolver a máxima amplitude articular em todos os gestos específicos da modalidade esportiva.
3ª etapa: é a etapa de manutenção, onde a dosagem das sessões de flexibilidade deve permitir conservar os atletas flexíveis.
Hurton (1971) apud Tubino e Moreira (2003) também fez algumas indicações para o treinamento da flexibilidade:
a) as sessões devem ser freqüentes;
b) o aquecimento precedente pé imprescindível;
c) os primeiros exercícios das sessões devem estimular a sudorese e ser executados descontraidamente;
d) são convenientes 3 a 4 séries de exercícios, cada um com 10 a 20 repetições;
e) as sessões de flexibilidade devem ser interrompidas por alguns dias, quando constatarem-se dores que denunciem possíveis lesões nos músculos exercitados;
f) as sessões de flexibilidade são contra-indicadas antes de treinos fortes, nem devem ser praticadas imediatamente antes ou depois das competições.
Existem diversas formas de trabalho para o desenvolvimento da flexibilidade, sendo muito usados o chamado treinamento estático de flexibilidade e o método 3-S (Scientific Stretching for Sports) de Holt (1975).
O desenvolvimento da flexibilidade em atletas apresenta os seguintes resultados:
Facilita o aperfeiçoamento nas técnicas do esporte em treinamento;
Dá condições para uma melhoria na agilidade, velocidade e força;
É fator preventivo contra acidentes esportivos (lesões, contusões, entorses e outros);
Provoca um aumento na capacidade mecânica dos músculos e articulações, permitindo em aproveitamento mais econômico da energia durante o esforço.
Tendo em vista que a flexibilidade exigida na performance esportiva é a flexibilidade ativam na qual os segmentos corporais são movimentados por seus próprios meios, deve-se ter sempre em conta que os testes de avaliação da flexibilidade passiva, embora tenham sua importância para diagnósticos da amplitude suportável de movimentos, não fornecem nenhuma informação sobre as possibilidades de realização desses mesmos movimentos sem um auxílio externo e, portanto, são a utilidade limitada na análise das possibilidades de performance atlética.
3.3 Resistência
Não há desenvolvimento da força correspondente a uma determinada capacidade de resistência, provavelmente em função da característica do recrutamento e do recrutamento e do padrão reuromuscular do movimento (WEINECK, 1999).
O volume de uma atividade máxima implicará uma intensidade relativa específica, recrutando diferentes unidades motoras para intensidades distintas. Esse padrão de recrutamento, bem como as reservas de energias, devem ser treinados conforme as exigências de cada atividade. Os esportistas com maior expressão da força máxima devem ter um desempenho melhor em cargas mais elevadas em valores absolutos, diminuindo para as cargas dimensionadas em valores relativos. Um treinamento que vise a aumentar a forca máxima parece diminuir a capacidade de resistência relativa (FLECK e KRAEMER, 1999).
Como a atividade física realizada na intensidade corresponde ao VO2max. Requer uma grande contribuição do metabolismo anaeróbico, em geral a PAM não consegue ser sustentada por mais de sete minutos ininterruptos.
Assim, é claro que numa potência aeróbia sustentada pode ser mantida será sempre inferior à PAM do atleta. Essa potência aeróbia sustentada pode ser expressa como vínhamos fazendo, em W, ou também em percentual da potência aeróbia máxima, e é conhecida como “Potência Aeróbia Relativa” (% PAM). Quanto maior for a duração de uma prova, menor será a % PAM utilizada (TUBINO e MOREIRA, 2003).
3.4 Potência
É a qualidade que permite produzir força ou energia na menor unidade de tempo possível. De acordo com a equação da Física, P = F x V, onde P é a potência, F é a força aplicada e V a velocidade de execução.
Mulak (1972) apud Tubino e Moreira (2003) preconizou um trabalho precedente de coordenação e de domínio do corpo. Após esse trabalho, recomendou o emprego de cargas pequenas (com medicinebol, sacos de areia ou pesos leves). Este procedimento, em forma metodológica, pode ser explicado pela necessidade de não perder-se velocidade nos movimentos e,m também, porque o trabalho com pequenas cargas possibilita um aumento no número de repetições do exercício.
Afinal qualquer potência anaeróbica só poderá ser produzida se houver capacidade anaeróbica para alimentar essa produção. E ao contrário do que acontece na parte aeróbica, a capacidade anaeróbica tem muito significado prático. Assim, podemos dizer que, com referência ao treinamento aeróbico deve0se trabalhar com a potência e desprezar a capacidade. No treinamento anaeróbico, contudo, é recomendável priorizar a capacidade e manter a potência anaeróbica em segundo plano (BADILLO; AYESTARÁN, 2001).
3.5 Força
É a qualidade física que permite a um músculo ou um grupo de músculos produzir uma tensão e se opor a uma resistência.
É uma qualidade que envolve as forças dos músculos nos membros em movimento ou então suportando o peso do corpo em movimentos repetidos, durante um período de tempo. Em outras palavras, é a força em movimento.
Para um entendimento melhor e conhecimento de aspectos característicos da força dinâmica, apresentam-se aqui estudos e indicações:
Buehrle (1971) apud Tubino e Moreira (2003) preconizou no treinamento de força dinâmica o sistema de 6 a 10 repetições com pesos, com aplicação de cargas sub-máximas, de modo que na última repetição o esforço seja realizado com dificuldade. Recomendou 3 a 4 séries de exercícios.
Mulak (1972) apud Tubino e Moreira (2003) indicou para o desenvolvimento da força dinâmica e da potência muscular, um trabalho de coordenação e de domínio do próprio corpo.
A força dinâmica pode ser medida pela carga (peso) que um atleta pode movimentar. Os aparelhos mais usados para essa medição são os dinamômetros.
Segundo Wazny (1974) apud Tubino e Moreira (2003), o valor da força dinâmica depende da coordenação das excitações nervosas relacionadas com a inibição com da atividade dos antagonistas, com a influência do sistema neurovegetativo e da regulação da atividade vegetativa do corpo inteiro (circulação, respiração e outras). Essas são as variáveis que provocam diferenças nos registros eletromiográficos de distintos atletas.
Zimkim (1965) e Wazny (1974) apud Tubino e Moreira (2003) concordaram quando afirmaram que no treinamento de força dinâmica, o aperfeiçoamento dos processos de coordenação neuromuscular contribui decisivamente para a economia de trabalho, permitindo alcançar as mesmas metas com uma dose menor de esforço.
A força dinâmica pode ser dividida em dois subtipos: a força absoluta e a força relativa. A força absoluta é o valor máximo de força que uma pessoa pode desenvolver num determinado movimento. A força relativa é o quociente entre a força absoluta e a massa corporal de uma mesma pessoa.
Kazniecov (1974) apud Tubino e Moreira (2003) dividiu a força dinâmica em três subtipos: força explosiva (potência muscular), força rápida e força lenta.
Outra pontuação importante de Wazny (1974) apud Tubino e Moreira (2003) é a colocação de que a maior relação entre a massa muscular e a força desenvolvida aparece nos casos em que a força de aproxima do máximo, e a velocidade de manifestação da força tem um papel secundário.
Vorobiev (1974) apud Tubino e Moreira (2003) estabeleceu uma fórmula que permite um estudo subjetivo da relação existente entre grau de preparação de um atleta, no que diz respeito à força dinâmica, e a massa corporal do mesmo: GP = F/MC2/3, onde GP é o grau de preparação, F a força dinâmica e MC a massa corporal.
3.6 Coordenação Dinâmica Geral
É a qualidade física que permite controlar a execução de movimentos, por meio de uma integração progressiva de cooperações intra e intermusculares, favorecendo uma ação com um máximo de eficiência e economia energética.
Para Tubino e Moreira (2003) algumas colocações sobre essa valência física são:
1. A coordenação é uma qualidade física considerada pré-requisito para que qualquer atleta atinja o alto nível.
2. O desenvolvimento da coordenação ocorre desde os primeiros anos de vida, e essa valência física estará sempre implícita nas destrezas específicas de qualquer esporte.
3. A coordenação não deve ser objetivada especificamente em programas de preparação física de alto nível, sendo considerada, para efeito de treinamento, nos exercícios técnicos da preparação técnico-técnica.
4. O sistema nervoso é a variável condicionante da coordenação.
3.7 Velocidade de Reação
Tubino e Moreira (2003) afirmam que é a qualidade física particular do músculo e das coordenações neuromusculares, que permite a execução de uma sucessão rápida de gestos que, em seu encadeamento, constituem uma só e mesma ação, de uma intensidade máxima e de uma duração breve ou muito breve. A velocidade de reação pode ser definida como a velocidade com a qual um atleta é capaz de responder a um estímulo com uma ação adequada. É uma qualidade física imprescindível para velocistas de um modo geral, goleiros, lutadores, voleibolistas, esgrimistas e outros. A base fisiológica da velocidade de reação é a coordenação entre as contrações e as atividades das funções neurológicas criadoras dos automatismos. Sabe-se que a capacidade de um atleta possuir mais velocidade de reação, ou qualquer outro tipo de velocidade, está diretamente ligada à predominância das chamadas fibras de contração rápida.
Desse modo, estabelece-se o preceito de que para criar-se a expectativa de altos resultados em trabalhos com esportistas que necessitam de uma evidente velocidade de reação, impõe-se a imprescindibilidade de uma busca inicial de talentos específicos para as ações rápidas, já que os programas de preparação a serem desenvolvidos, não terão condições de modificar substancialmente as possíveis predisposições naturais contrárias de atletas selecionados inadequadamente.
O rendimento de atletas velocistas, dentro de um enfoque específico da velocidade de reação, dependerá sempre da ação integrada entre músculos e nervos.
A melhor indicação para uma melhoria na velocidade de reação de atletas é o emprego de um número bem grande de repetições de exercícios de estímulo e rápida resposta, os quais poderão provocar automatismos nos gestos rápidos visados.
A velocidade de reação pode ser medida através de testes eletrônicos que registram o tempo que a pessoa leva para responder, com a ação desejada, a um determinado estímulos visual ou auditivo (TUBINO e MOREIRA, 2003).
3.8 Coordenação Viso-Motora
Para Tubino e Moreira (2003) é a qualidade física que permite controlar a execução de movimentos, por meio de uma integração progressiva de cooperações intra e intermusculares, favorecendo uma ação com um máximo de eficiência e economia energética.
3.9 Velocidade de Deslocamento
A velocidade de deslocamento é a capacidade máxima de um indivíduo deslocar-se de um ponto para outro. Também é chamada de velocidade de movimento.
Segundo Dobczynski (1971) apud Tubino e Moreira (2003), a velocidade de deslocamento depende em grande parte do dinamismo dos processos nervosos que atuam sobre o sistema motor. Evidentemente que as fibras de contração rápida serão as variáveis principais, dentro de um enfoque de estrutura muscular favorável para maiores possibilidades esportivas de atletas que necessitam de um aprimoramento específico na velocidade de deslocamento.
A velocidade de deslocamento é uma valência física específica em provas de velocidade de um modo geral (Atletismo, Natação, Ciclismo e Remo) e em esportes coletivos como Handebol, Futebol, Basquetebol, Pólo Aquático e Voleibol.
Para Tubino e Moreira (2003) para o treinamento de velocidade de deslocamento, apresentam-se a seguir alguns indicações e considerações:
1. Aplicação de um programa de percursos com variação de ritmo ( 1972; COUNSILMAN, 1977 apud TUBINO e MOREIRA, 2003).
2. Para o Atletismo, utilização do exercício denominado “Skipping”, que consiste num movimento rápido de corrida semi-estacionária, com acentuada elevação dos joelhos.
3. Ainda no Atletismo, segundo o treinador Bubwinter, um dos mais vitoriosos, considerava na obtenção de uma melhoria na velocidade de deslocamento, três componentes principais, a freqüência das passadas, a amplitude das passadas e a manutenção da velocidade máxima, em todo o percurso até a chegada. Assim, o treinamento de velocidade ministrado por Winter visava predominantes estímulos específicos nos três apresentados.
4. Kruczalak (1971) apud Tubino e Moreira (2003) preconizou, para o desenvolvimento da velocidade de deslocamento, a aplicação de exercícios destinados a aperfeiçoar a coordenação dos movimentos com a máxima soltura, isto é, com uma ótima descontração diferencial.
5. Para o desenvolvimento da velocidade de deslocamento, indica-se que a melhoria da força na musculatura agonista será um fator importante, desde que esta melhora seja construída gradativamente, sem prejudicar a coordenação.
6. Bober e Czabanski (1974) apud Tubino e Moreira (2003), em estudos específicos, opinaram que a modificação positiva da velocidade de deslocamento na modalidade é expressa com o tempo da duração do ciclo natatório, e relaciona-se, principalmente, com uma modificação da fase de deslizamento.
7. A aplicação de exercícios de flexibilidade tem sido uma indicação, de um número bem grande de treinadores, para aumentar a amplitude das passadas (no caso de corredores) e braçadas (nadadores).
8. A medicação da velocidade de deslocamento geralmente é feita através da cronometragem de um deslocamento curto.
3.10 Equilíbrio Dinâmico e Recuperado.
É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar controladamente a posição do corpo.
Tubino e Moreira (2003) afirmam que é a qualidade física que explica a recuperação do equilíbrio numa posição qualquer. O equilíbrio é uma valência física característica do final dos saltos em distância e triplo (atletismo), salto sobre o cavalo e saídas de barra fixa, trave de equilíbrio, cavalo com alças, argolas e saltos na ginástica de solo (Ginástica Olímpica), e ainda de várias situações especiais em esportes como esqui, judô, voleibol, basquetebol e outros. O equilíbrio recuperado, embora também deva ser treinado conjuntamente com os gestos técnicos que exigem a presença dessa qualidade física, muitas vezes pela evidência de uma deficiência grande dessa valência nos atletas, impõe um preparo especial paralelo O equilíbrio recuperado pode ser verificado por observações diretas nas situações esportivas que exijam essa valência física.
3.11 Força Isométrica de Membros Inferiores (manutenção da posição).
Dantas (2003) afirmam que é o tipo de força aplicada nas ações em que não ocorre movimento externo aparente. É também chamada força estética. Nem sempre é muito evidente, mas está presente em situações especiais das disputas esportivas, quando ocorrem reações contrárias de mesma intensidade para os gestos específicos de modalidade. Por esse motivo, é enfocada no treinamento de judô e outras especializações esportivas.
CAPÍTULO 4: AGILIDADE, VELOCIDADE E O LÍBERO
Figura 4 – Agilidade e velocidade do líbero
Alguns fatores são predominantes nos jogadores líberos como: velocidade de reação; velocidade de deslocamento; coordenação; agilidade; flexibilidade; resistência anaeróbia; força explosiva e potência dos membros inferiores, também conhecidas por características hereditárias hábeis e que graças ao treino podem modificar-se, ainda que dificilmente no que se refere à velocidade de reação, velocidade de deslocamento e coordenação, pelo que não é necessária uma procura dos níveis mais alto de seleção. Taticamente, agilidade técnica; bom domínio da técnica individual, tanto na defesa como na recepção do serviço; toque do antebraço para o distribuidor e domínio dos diferentes contatos.
Assim, podemos definir o jogador líbero como um jogador com inteligência, estudioso, exigente, que graças ao seu equilíbrio emocional, ainda que lutador e batalhador, tem capacidade resolutiva e oportuna para superar a intensidade e as dificuldades competitivas, conjugando o rigor, a ordem e a racionalidade em todas as suas ações (BORSARI, 2001).
Segundo as Regras de jogo, a implantação do líbero no voleibol ocorreu durante o Campeonato Mundial de 1998 no Japão. Sua função e sua ação são limitadas, sendo que cada equipe tem o direito a designá-lo dentre a lista de 12 jogadores como sendo um jogador especializado na defesa. Segundo as mesmas regras ele deverá ser inscrito no boletim de jogo antes do seu início. O seu número também deverá ser registrado na ficha de formação do primeiro set. Ele não pó ser nem capitão de equipe, nem capitão em jogo. O seu equipamento de jogo deverá ser no mínimo contrastante na cor com o dos outros membros da equipe. O seu equipamento pode ter ainda desenho diferente, mas deve ser numerado como o dos restantes membros da equipe. Como jogador de defesa não lhe é permitido completar qualquer ataque efetuado seja de onde for (terreno de jogo ou zona livre) se, no momento do contato, a bola estiver completamente acima da borda superior da rede. Ele não pode efetuar serviço, blocar ou tentar blocar. O jogador líbero não pode
completar uma ação de remate quando a bola está acima do bordo superior da rede. A bola pode ser livremente rematada se o líbero executar a ação de passe, atrás da sua zona de ataque. Se essa ação anterior acontecer dentro da zona de ataque os jogadores não poderão executar um ataque, tendo que passar a bola para o adversário de outra forma (BORSARI, 2001).
As trocas efetuadas com o líbero não constam como substituições regulamentares. São ilimitadas, devendo, no entanto, haver uma jogada entre duas trocas e essa troca só pode ocorrer pelo mesmo jogador que trocou anteriormente.
De acordo com Borsari (2001) a troca deve ser feita quando a bola está morta e antes do apito para o serviço e no início de cada set. O líbero só pode entrar em campo após o 2º árbitro ter verificado a ficha de formação. A troca efetuada depois do apito, mas antes do batimento da bola para servir, não deve ser rejeitada, mas será objeto de uma advertência verbal após o final da jogada. As trocas seguintes efetuadas com atraso serão objeto de sanção por demora. É o único jogador com que a troca pode ser executada pela linha lateral em frente ao banco da sua equipe, entre a linha de ataque e a linha de fundo. A equipe só pode redesignar um novo líbero em caso de lesão do que está em jogo e com prévia autorização do 1º árbitro. O treinador pode redesignar como novo líbero um dos jogadores que não esteja em campo no momento em que se procede à redesignação.
O líbero lesionado não pode voltar a jogar ater ao final do jogo. No caso de um líbero redesignado, o número desse jogador deve ser registrado no quadro de observação do boletim de jogo, e na ficha de formação do set seguinte. O líbero é um elemento de vital importância no voleibol moderno, acarretando grande parte das responsabilidades nas manobras defensivas da equipe. Juntamente com o novo sistema de pontuação, a inserção do jogador líbero, constitui as mais importantes alterações às regras do jogo de voleibol. As ações defensivas tornam o jogo mais atrativo e, conseqüentemente, torna accessível a esta modalidade jogadores de menor estatura (MESQUITA et al., 2002).
Segundo João (2004), existe uma elevada qualidade do efeito da recepção ao servi;o quando estas intervenções/ações são executadas pelo jogador líbero, possibilitando uma recepção de excelente qualidade, facilitando com isso a ação do distribuidor.
A intervenção defensiva do jogador líbero cria melhores condições de distribuição e conseqüentemente melhora a eficiência dos ataques, sendo este fator preponderante para o sucesso ofensivo no voleibol (MANSO, 2004).
O líbero não é mais do que um especialista com função de receber e defender. A sua inserção foi exatamente para suprir as deficiências defensivas que este desporto sofria em algumas posições na quadra. Ele é elemento fundamental no contexto do voleibol moderno acarretando grande parte de responsabilidade nas manobras defensivas das equipes. O líbero é um elemento de vital importância no voleibol moderno, acarretando grande parte das responsabilidades nas manobras defensivas da equipe (MESQUITA et al., 2002).
No entanto, Murphy (1999) refere que a habilidade defensiva do líbero não apresenta correlação com o desempenho da equipe. Esse mesmo autor explica isto com os casos dos líberos do Japão e da Coréia no Campeonato Mundial de 1998. Na verdade, os líberos destas equipes foram escolhidos como os melhores defensores e no entanto, estas equipes não passaram à fase seguinte da competição.
Bellendier (2008) refere que o líbero é o jogador que tem o maior domínio das habilidades defensivas, contribuindo para o desenvolvimento do contra-ataque. Em análise efetuada no Campeonato Mundial 2002 cita que a incorporação do jogador líbero provocou de forma substantiva melhoras na recepção, mais do que na defesa.
Segundo Freitas (2000) o aparecimento do líbero no jogo de voleibol veio provocar uma maior qualidade na recepção, um aumento na pressão do jogador que serve, um crescimento do ataque de segunda linha e um aumento do jogo ofensivo combinado.
Sob o ponto de vista tático, o líbero é colocado na zona cinco ou na zona 6. Na primeira situação, segundo Zimmermann (1999) ele assume uma posição defensiva baixa, sendo responsável pela maior área de defesa, como especial atenção aos ataque de segundo toque, isto é, “bola torta”
A colocação do líbero na zona 5 apresenta ainda uma outra vantagem, que se refere ä possibilidade de realização do ataque pela zona 6. A sua colocação na zona 6 justifica-se pela suas características de percepção e avaliação da situação que, aliado ä sua flexibilidade e rapidez, pode trazer vantagens quando a sua equipe não está desenvolvendo as suas ações defensivas com eficiência. A colocação do líbero na zona 6 se justifica pelas variáveis que se encontram em relação ä defesa: duas diagonais, bloco mal formado, bloco baixo, bolas que ressaltam do bloco, bloco aberto. (VELASCO, 2001).
O líbero não é mais do que apenas um especialista que tem como função única receber e defender. Este jogador foi introduzido no voleibol para suprir as deficiências defensivas que em algumas situações ocorriam anteriormente, como o objetivo de aumentar a eficácia do ataque e melhorando a recepção, que é o primeiro toque. O jogador líbero não pode completar uma ação de remate quando a bola está acima do bordo superior da rede. A bola pode ser livremente rematada se o líbero executar a ação de passe, atrás da sua zona de ataque os jogadores não poderão executar um ataque, tendo que passar a bola pro adversário de outra forma. As trocas efetuadas com o líbero não constam como substituições regulamentares. São ilimitadas, devendo, no entanto, haver uma jogada entre duas trocas e essa troca só pode ocorrer pelo mesmo jogador que trocou anteriormente. A troca deve ser feita quando a bola está morta e antes do apito para o serviço e no início de cada set. O líbero só pode entrar em campo após o segundo árbitro ter v
erificado a ficha de formação. A troca efetuada depois do apito, mas antes do batimento da bola para servir, não deve ser rejeitada, mas será objeto de uma advertência verbal após o final da jogada. As trocas seguintes efetuadas com atraso serão objeto de sanção por demora. É o único jogador com que a troca pode ser executada pela linha lateral em frente ao banco da sua equipe, entre a linha de ataque e a linha de fundo (LUCIANO, 2006).
Para Moutinho (1995) a integração da defesa nas ações defesa nas ações defensivas da equipe (distribuidor, atacante de segunda linha) é uma realidade do jogo, sendo que existem especializações funcionais ofensivas e defensivas definidas. O comportamento e a tarefa durante o jogo de cada jogador varia, conforme os tipos de jogadas e as rotações onde se desenvolvem, sendo determinantes no sistema defensivo as ações do jogador líbero.
O voleibol possui uma estrutura formal e uma outra funcional. A formal está relacionada com o objeto do jogo, as regras, os pontos obtidos, terreno do jogo, os companheiros de equipe e os adversários, sendo o jogador líbero um jogador elo entre o acontecimento na quadra e fora dela. A estrutura funcional engloba as relações técnico-técnicas, e a relação ataque-defesa e a relação oposição-cooperação (TAVARES, 1993).
O jogador líbero e outros jogadores da equipe executam várias ações individuais e coletivas de cooperação e de oposição, para a sustentação da bola em jogo. Estas estruturas de jogo são pertinentes a todos os desportos coletivos, contribuindo para o seu desenvolvimento (TAVARES e FARIA, 1996).
Dentro do contexto desportivo, a qualidade do jogador líbero, para a tomada de decisão, dependerá do conhecimento declarativo e processual específico, e das suas capacidades cognitivas e emocionais, juntamente com a orientação motivacional (TENENBAUM, 2003).
A agilidade é uma qualidade física que, na maioria dos esportes, deve ser desenvolvida desde o período de preparação física geral. No conceito de agilidade o tempo é uma variável importante para essa valência, o que evidencia a presença implícita da velocidade nessa qualidade física. Por isso mesmo, a agilidade também é denominada de velocidade de mudança de direção. Além da velocidade, a flexibilidade também pode ser considerada como um pré-requisito para o desenvolvimento da agilidade. Outra observação necessária é o fato de que a agilidade é uma valência física específica da maioria das modalidades, o que a coloca como um alvo praticamente durante todo o período preparatório. Quando à medição da agilidade, aparece um aspecto interessante, que é o fato dos testes envolverem também a coordenação (TUBINO e MOREIRA, 2003)
Conforme Marins e Giannichi (2003) com o desenrolar da competição os jogos se tornem mais equilibrados, devido ao fato das equipes que estão perdendo vão sendo eliminadas. Com isso, é natural que as equipes diversifiquem com relação às estratégias e passam a ter cuidados acrescidos na forma como administram o jogo, seja na defesa (melhor recuperação defensiva, maior oposição ao remate) seja no ataque (melhora na eficiência ofensiva com jogadas combinadas e aumento de velocidade de remate).
Como a decisão nos desportos coletivos está inserida no contexto do jogo, marcada pela disputa e pela manifestação de fatores múltiplos, que variam de uma situação para outra, o jogador líbero deve ser capaz de relacionar a velocidade com a precisão. Durante o jogo, o processo de tomada de decisão tem por objetivo subsidiar a ação, devendo aquela ser rápida e eficaz, de acordo com a solução escolhida pelo atleta, para a solução do problema. Fisicamente, o atleta deve ter estatura privilegiada, com muita coordenação, possibilitando ataques de bolas altas, rápidas e bloqueios nos vários pontos da rede, sem muito desgaste físico. Além de força, agilidade, raciocínio e reações rápidas, deve ser dotado de grande resistência, pois os jogos podem durar duas ou mais horas. O desenvolvimento físico deve ser estimulado no sentido de favorecer o alongamento muscular, a amplitude de movimentos, a movimentação natural e tecnicamente correta.
A ampliação do potencial de resistência geral, a resistência localizada, a mobilidade articular e a agilidade devem ser trabalhadas de forma repetitiva, objetivando-se a criação do hábito e ampliação da naturalidade (BORSARI, 2001).
CONCLUSÃO
Após a leitura dessa extensa revisão da literatura, concluímos que o voleibol é um esporte jogado entre duas equipes numa quadra dividida por uma rede. Existem diferentes sistemas específicos desse jogo.
O Voleibol hoje em dia no Brasil, nunca esteve em alta como se encontra no momento. Aqui se pratica o melhor voleibol do mundo, e as conquistas estão aí pra comprovar o que estamos aqui destacando.
O líbero é um atleta especializado nos fundamentos que são realizados com mais freqüência no fundo da quadra, isto é, recepção e defesa. Esta função foi introduzida pela FIVB em 1998, com o propósito de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste modo mais atraente para o público. Um conjunto específico de regras se aplica exclusivamente a este jogador.
Na posição de líbero é importante que os jogadores tenham bons fundamentos. Se o atleta tiver agilidade e velocidade compensa a falta de altura. A velocidade do líbero é uma capacidade múltipla, não depende somente de agir e reagir rápido, mas principalmente pelo reconhecimento e a utilização rápida de certa situação.
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