THE LONG TAIL: A TEORIA DA CAUDA LONGA
1.O SURGIMENTO
Chris Anderson 44 anos, casado, jornalista formado em física, mora na cidade de Berkeley na Califórnia, em 2002 no trabalho notou que, no lado esquerdo do seu gráfico de distribuição a curva do e-commerce começava lá em cima, à esquerda, com poucos itens, e ia descendo para a direita, em direção aos produtos que vendiam menos. Na linha do lado esquerdo chamou a atenção do jornalista, ela seguia descendo, e continuava assim por muito tempo, sempre à direita, sem encostar no zero. Percebeu que calculando o volume de vendas dos itens que mais vendiam, dos blockbusters, e calculando também o volume de vendas dos itens que menos vendiam, tendendo a zero lá no infinito, era muito significativa no total geral das vendas. Com essa distribuição lembrava uma longa e quase infinita cauda e chamou-a de The Long Tail, coisa que fora da internet nunca aconteceu assim.
A teoria surgiu com a Internet, pois antes dela a oferta de produtos era feita única e exclusivamente através de meios físicos distribuído através de um modelo de distribuição, exposto em lojas físicas, que atendiam os consumidores de determinada região. Nesse modelo, os custos de armazenagem, distribuição e exposição dos produtos são altos, o que torna economicamente viável apenas a oferta de produtos populares, para o consumo de massa.
Com o surgimento do mundo virtual, estamos cada vez mais transformando em bits o que antes era matéria. E é justamente o rompimento dessas barreiras físicas que se torna possível criações de modelos de negócios de Cauda Longa, em que a oferta de produtos é praticamente ilimitada, uma vez que os custos de armazenagem e distribuição digitais são inferiores. Consumidores que antes tinham acesso a um número reduzido de conteúdos, passaram a ter uma variedade quase que infinita de novas opções. E passaram a experimentar mais, consumir produtos que desconheciam. É essa variedade e essa nova experimentação que proporcionam as alterações no consumo tradicional. Conseqüentemente com custos inferiores com exposição de produtos os sites conseguem oferecer valores baixos pelo mesmo, no qual a procura aumenta, outro ponto positivo da compra pela Internet é a comodidade de não sair de casa para comprar um produto, algo visto pelos consumidores como maravilhoso, pois, vivemos em um mundo globalizado e capitalista que o tempo se torna cada vez mais escasso.
Em suma o nome surgiu a partir de gráficos que relacionam o ranking dos produtos mais vendidos e o número de vendas pela internet. Nele, há uma curva que começa no topo à esquerda, representando os produtos que vendem muito, e que desce e segue indefinidamente representando milhões de produtos que vendem pouco, facilitou para os estoques das empresas que à medida que os custos de produção e distribuição caem no comércio online, diminui a necessidade de grandes investimentos em estoques.
2.A TEORIA DA CAUDA LONGA
Do inglês The Long Tail é um termo utilizado na Estatística para identificar distribuições de dados da teoria de Pareto, onde volume de dados estão classificados de forma decrescente.
No mercado do consumo de bens é normal encontrar curvas deste tipo para mostrar a procura dos consumidores, elevada para um conjunto pequeno de produtos e procura muito reduzida para um conjunto elevado de produtos. Na Economia Tradicional, os custos fixos de manutenção de estoques e catálogos, permitem calcular o valor para a procura que define o lucro e o prejuízo.
A Teoria da Cauda Longa é a mudança do modelo atual de mercado de massa “popular”, através do crescimento dos “mercados de nicho”. Esta mudança é dada pelo barateamento das tecnologias que permitem que todo cidadão produza seu material, e distribua-o para um grande número de pessoas.
A teoria da Cauda Longa é uma forma das diversas que existem para explicar as mudanças o mercado passa. Possuímos uma artimanha maravilhosa, pois estamos como o professor Tichs pronunciou: “Hoje temos acesso a praticamente tudo o que desejamos a poucos cliques de distância”
3.O LIVRO CAUDA LONGA
Surgiu a partir de um artigo de Chris Anderson para a revista Wired em outubro de 2004, no qual ele era o editor-chefe, no artigo analisou as alterações no comportamento dos consumidores e do próprio mercado, a partir da era digital e da Internet.
Foi publicado nos EUA em 2006 e no Brasil foi lançado em maio de 2006 pela Editora Campos com 256 páginas no valor de R$ 57,50 com o título “A Cauda Longa – Do Mercado de Massa para o Mercado de Nicho”.
4.EMPRESAS QUE UTILIZAM A TEORIA DA CAUDA LONGA
O fenômeno da Cauda Longa sendo muito discutido atualmente porque a internet está crescendo e possibilitando a exploração do consumo. Apostar na Cauda Longa torna-se economicamente interessante, ao contrário do que acontecia antes.
No Brasil, a Rain Network criou uma plataforma de comunicação baseada no conceito de Cauda Longa, cuja distribuição digital de filmes para cinema tem aumentado o acesso a conteúdos até então indisponíveis para o consumo no país.
Na Amazon.com é possível encontrar livros que são procurados por milhares de consumidores, mas também livros que são procurados apenas pontualmente por nichos pequenos de consumidores. Ao contrário do que acontece numa livraria real, os custos associados à manutenção em exposição de produtos muito pouco procurados são iguais.
Lojas online de Moveis, eletrodomésticos, eletros e supermercados como Walmart, Carrefour, Lojas Americanas, Casas Bahia, Lojas Renner entre outras utilizam a Internet também para vendas, a principal vantagem dos serviços online é que reduz drasticamente custos de distribuição e promoção.
Muitas empresas obtêm grandes índices de lucro com a comercialização de material, como o Google, YouTube e Amazon.com sites de comercialização via internet.