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domingo, novembro 10, 2024

A Utilidade dos Relatórios Contábeis como meio de Informação no Processo de Tomada de Decisão

Este trabalho visa apresentar a importância dos relatórios contábeis nos processos decisórios de uma empresa e principalmente evidenciar a necessidade do conhecimento e das informações bem apresentadas, para que estes relatórios possam ser corretamente interpretadas e as tomadas de decisões neles fundamentada. O dia a dia das empresas esta cheia de decisões a serem tomadas, e uma simples decisão errada, ou mal tomada, pode trazer prejuízos incontáveis. Para evitar que isto aconteça as administrações utiliza os relatórios contábeis como embasamento para as suas decisões e para fornecer as mais variadas respostas aos empresários.

1.INTRODUÇÃO

Na sequência procura-se apresentar a exposição do tema, os objetivos gerais e específicos e a justificativa do presente trabalho.

1.1OBJETIVO

Este trabalho tem por objetivo demonstrar claramente a importância dos relatórios contábeis dentro do processo decisório, evidenciando a necessidade das informações estarem demonstradas de forma clara e transparente para o bom entendimento dos fatos. Analisando também os efeitos causados pelas interpretações deturpadas pela falta de conhecimento e de informações.

1.2.1 Objetivo geral

1.2.2 Objetivos específicos

1.3 JUSTIFICATIVA

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

A administração financeira preocupa-se com as finanças de empresas e organizações. A área de finanças preocupa-se com os processos, as instituições, os mercados e os instrumentos associados á transferência de dinheiro, entre indivíduos, empresas e órgãos governamentais. (GITMAN, 2006, p.4).
Os administradores financeiros desempenham tarefas variadas como planejamento, concessão de crédito, avaliação de projetos de investimentos e capacitação de fundos de financiamentos, essas tarefas aumentam a complexidade da atividade administrativa financeira. Isso gera a necessidade de integração entre as demais áreas de uma empresa com o setor financeiro, onde o porte e o tamanho desse setor dependerão do tamanho da organização. 
A administração financeira tem uma estreita relação com a economia e contabilidade uma vez que suas ações estão interligadas pelo processo decisório.
Quando falamos da relação entre as finanças e a economia estamos nos referindo as conseqüências das decisões tomadas na variação dos níveis de atividade econômica e política econômica de uma organização. Saber como utilizar as regras econômicas, lei de oferta, demanda, políticas econômicas, etc, é primordial a um bom administrador financeiro independentemente da área de atuação de sua empresa.
Já a relação com a contabilidade é ainda mais séria e estreita, elas estão intimamente relacionadas causando dificuldade muitas vezes para se desmembrar uma da outra. A grande diferença seria de que a contabilidade foca no fluxo de caixa e as finanças na tomada de decisão. Fica claro que 
A diferença básica entre finanças e contabilidade tem a ver com a tomada de decisões. Os contadores dedicam a maior parte de sua atenção á coleta e à apresentação de dados financeiros. Os administradores financeiros avaliam as demonstrações contábeis, produzem dados adicionais e tomam decisões (GITMAN, 2006, pag.11).
Salvo as denominações variadas pode-se resumir que os principais personagens da administração financeira giram em torno do Tesoureiro e Controller. O tesoureiro é basicamente responsável pelo planejamento, controle e movimentação de recursos financeiros enquanto o controller é responsável pelo planejamento, controle e analise das operações e investimentos, afirma HOJI (2004, pag. 26).

2.1.1Planejamento financeiro

Em tempos de economia global, o amadorismo e o improviso estão desaparecendo dentro das empresas, onde se torna indispensável à presença de um planejamento.
O planejamento financeiro é um fator importante dentro de uma empresa, pois através de dados concretos, permite que se tenha uma visão real da situação que a empresa se encontra e qual caminho poderá seguir. Segundo Gitman (2006, pag.93) o planejamento financeiro é um aspecto importante das atividades da empresa porque oferece orientação para a direção, a coordenação e o controle das providências tomadas pela organização para que atinja seus objetivos.
Dois aspectos chave do planejamento financeiro são os planejamentos de caixa e de lucros. O primeiro envolve o planejamento do orçamento de caixa da empresa; por sua vez, o planejamento de lucros é normalmente realizado por meio de demonstrativos financeiros projetados, que são úteis para fins de planejamento financeiros interno, como também comumente exigidos pelos credores atuais e futuros.
E ainda Ross (1995, pag. 25) menciona, o planejamento financeiro formaliza o método pelo quais as metas financeiras devem ser alcançadas, e novamente Ross (1995, pag. 25) diz que um planejamento é uma declaração formal do que deverá ser feito no futuro..
Um planejamento financeiro dever prever o que acontecerá caso o planejado não ocorra.
O planejamento financeiro divide-se em dois processos que são o planejamento de caixa, que envolve a elaboração do orçamento de caixa, e o planejamento de resultados, que refere-se a elaboração de demonstrações projetadas, ou seja, o planejamento financeiro divide-se em planejamento de curto e longo prazo, que são fundamentais para os processos de tomada de decisão dentro da empresa.
Martins, Assaf (1986, pag. 535) dizem: O planejamento financeiro de uma empresa é desenvolvido fundamentalmente através da projeção de suas demonstrações contábeis, como estimativa mais aproximada possível da posição econômica financeira esperada.

2.1.1.1 Planejamento Financeiro de Longo Prazo

Planejamento financeiro de longo prazo pode ser descrito como um planejamento estratégico, que tem como objetivo direcionar a empresa em prol de seus objetivos. 
Segundo Gitman (2006, pg. 93) os planos financeiros de longo prazo (estratégicos) estipulam as medidas financeiras planejadas da empresa e o impacto esperado dessas medidas para períodos de dois a dez anos. É comum a elaboração de planos estratégicos de cinco anos, revistos assim que novas informações importantes se tornam disponíveis. Em geral as empresas que estão sujeitas a elevada incerteza operacional, ciclos de produção relativamente curtos ou ambos tendem a adotar horizontes de planejamento mais curtos..
Os planejamentos em longo prazo devem estar aliados a outros planejamentos estratégicos da empresa como os de produção, marketing, que orientam a empresa para alcançarem suas metas.
A falta de um planejamento financeiro em longo prazo é o principal motivo de ocorrência de dificuldade e falência das empresas. Planos financeiros em longo prazo possuem tendências a serem custeados por planos financeiros em curto prazo.

2.1.1.2 Planejamento Financeiro de Curto Prazo.

Planejamento financeiro de curto prazo pode ser descrito como um planejamento operacional. Gitman (2006, pág. 93) diz: os planejamentos financeiros de curto prazo (operacionais) determinam as providencias financeiras em curto prazo e o impacto previsto. Esses planos quase sempre abrangem um período de uma a dois anos. Os dados básicos incluem a previsão de vendas e diversas espécies de dados operacionais e financeiros. Os produtos básicos incluem uma serie de orçamento operacional, o orçamento de caixa e as demonstrações financeiras projetadas.
Como nenhuma empresa é igual, o planejamento financeiro também segue esta linha, e segundo Ross (1995, pág. 526) os planos financeiros não são idênticos, entretanto há alguns elementos em comum, tais como previsão de vendas, demonstrações financeiras projetadas, necessidade de ativos, necessidade de financiamentos e fechamento, aspectos estes mencionados no decorrer do trabalho.
Desta forma pode-se concluir que o planejamento financeiro é essencial para a sobrevivência da empresa em qualquer cenário econômico.
Mas Ross (1995, pág. 531 e 532) alerta: O planejamento financeiro da empresa não deve se transformar numa atividade puramente mecânica. Se isso ocorrer, acabara focalizando sua atenção nas coisas erradas. Em particular é muito freqüente que os planos sejam formulados em termos de um objetivo de crescimento sem qualquer ligação explicita com a criação de valor. Não obstante, a alternativa ao planejamento financeiro é andar tropeçando no futuro.

2.1.2Administração de Contas a Receber

2.1.2.1 Análise e concessão de crédito

As contas a receber são geradas por compras a prazo, que é liberado após uma avaliação de crédito na qual o consumidor assume o compromisso em quitar sua dívida no prazo estipulado, este compromisso pode estar expresso em duplicatas a receber, cheque pré-datado, etc. Segundo Silva, Neto (1997, pg. 97) Num mercado de capitais eficiente não deveria existir a figura de concessão de crédito. As vendas a prazo trazem riscos de inadimplência e despesas com analistas, cobrança e recebimento, mas também aumentam as vendas consideravelmente, aumentando também os lucros. Conforme Hoji (2004, pg. 136) As vendas a prazo são necessárias para aumentar o nível de operações, o giro dos estoques e, assim, ganhar a escala e maximizar a rentabilidade.
Muito embora estas vendas apresentem riscos, por isso deve ser feita uma análise minuciosa e criteriosa dos dados cadastrais. As vendas a prazo que não passam por esse processo têm grande probabilidade de tornar um valor não recebível. Sendo que essa análise não deve ocorrer apenas na primeira venda. A situação do cliente deve ser monitorada e atualizada constantemente, para assim saber da capacidade de pagamento, a pontualidade e a situação financeira de cada cliente.
Essas informações podem ser obtidas através de algumas entidades, como Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou Centralização de Serviços Bancários S.A (SERASA).
Segundo Hoji (2004, pg. 137) A análise de crédito pode ser feita com base técnica conhecida como 5cs, que se refere aos seguintes aspectos: Caráter, Capacidade, Capital, Collateral e Condições…. Essas informações devem ser analisadas sempre em conjunto. O caráter se refere aos aspectos morais e éticos, pois vai depender da ética (honestidade) para saldar compromissos financeiros. Um levantamento de dados pode facilitar, pois assim tem como saber da pontualidade nos pagamentos, e identificar o caráter o cliente. Se o caráter do cliente não for aceitável, a análise fica prejudicada.
A capacidade decorre do desempenho econômico e da geração de recursos do cliente, ou seja, se o cliente tem potencial para saldar os compromissos financeiros, essas informações podem ser obtidas através do Serasa. Com essa análise pode-se ter informações sobre o índice de liquidez, índice de endividamentos, índices de investimentos, índice de rentabilidade, geração de caixa, etc. O que deve ser analisado também é o ramo em que o cliente atua, principalmente quando se trata de empresas, pois mesmo que a empresa apresente boa capacidade, se a perspectiva do setor não for boa, pode ser um fator de redução da capacidade de pagamento. Em condições os aspectos analisados para pessoas físicas são a relação trabalhista e a consistência da empresa no mercado em que atua e o tempo de emprego, seu relacionamento social e comercial. Já na parte jurídica tem que ser levado em consideração às condições econômicas atuais e o cenário econômico em que a empresa está inserida.
No capital, analisa-se o nível de imobilização em relação ao patrimônio líquido da empresa, o nível de investimentos em máquinas, equipamentos e tecnologia. Ou seja, se o cliente possui bens e outros recursos disponíveis para cobrir o valor exigido pela transação. Já o Collateral (palavra em inglês que significa garantia), é a garantia a ser oferecida pelo cliente por causa do seu patrimônio. Podem ser representadas por ativos tangíveis ou ativos financeiros, desde que cubram o período do crédito concedido. 
Em condições os aspectos analisados para pessoas físicas são a relação trabalhista e a consistência da empresa no mercado em que atua e o tempo de emprego, seu relacionamento social e comercial. Já na parte jurídica tem que ser levado em consideração às condições econômicas atuais e o cenário econômico em que a empresa está inserida.

2.1.2.2Políticas de Crédito

A política de crédito trata de alguns aspectos básicos para realização de vendas a prazo, dentre eles o prazo de crédito, seleção de clientes e limite de crédito. Existem dois tipos de política de crédito, a liberal e a rígida, onde a liberal aumenta consideravelmente o volume de vendas, mas também exige da empresa um investimento maior, pois o aumento gera problemas de recebimentos tendo que aumentar a rigidez na cobrança. 
Para Hoji, (2004, pg. 139) Uma política de crédito é composta por quatro elementos: padrão, prazo, desconto e cobrança, que são os requisitos mínimos para que seja concedido crédito ao cliente.
A política de cobrança envolve toda estratégia de uma empresa na questão do recebimento de crédito, no qual, esse recebimento pode ser feito por telefone, carta, entre outras. Já o desconto corresponde à redução no preço de venda quando o pagamento é efetuado à vista ou em um prazo menor. A determinação do prazo do crédito dependerá de diversos fatores, como a taxa de juros praticada no mercado, probabilidade de pagamento, quantidade de compras a prazo de um cliente, entre outros fatores.

2.1.2.3Políticas de Cobrança

Hoji (2004, pg. 141) ressalta que A política de cobrança existe para que as vendas já efetuadas se transformem em recebimentos, portanto a empresa não deve gastar mais com a cobrança do que tem a receber. Vale ressaltar que uma política de cobrança eficiente não reduz a inadimplência entre os clientes de uma empresa, apenas minimiza as perdas que a empresa poderá ter com estes clientes.
Os procedimentos de cobranças feitos por intermédio dos bancos tornam-se mais seguro, o custo é mais baixo e a eficiência é maior, pois se houver atrasos, o banco não dispensará os encargos moratórios, podendo assim encaminhar o título para protesto após o vencimento caso a empresa autorize. Além dos bancos essas cobranças podem ser feitas através de telefonemas, avisos de cobranças, entre outros modos.

2.1.3 Administração das Contas a Pagar

O sistema de contas a pagar tem o propósito de administrar toda retirada da empresa, garantindo segurança ao processo de pagamento, e desenvolvendo as informações do fluxo financeiro, servido de base para o planejamento controle da aplicação financeira.
Segundo Reis, Neto (2000, p. 112) existe cinco objetivos básicos das contas a pagar; 
A contratação é a fase em que, pela emissão de um pedido de compras ou e um contrato fica formalizada a compra; a efetivação corresponde ao momento em que o fornecedor entrega a mercadoria ou conclui o serviço, assim finalizando com a entrega o material ou conclui a prestação do serviço com o respectivo documento fiscal; a validação que é quando o setor recebe o material, ou a área que recebe o serviço prestado e confirma a compra (ou serviço) foi efetuada como acordado; o processo de contas a pagar é o processo em que o confronto dos dados acontece.
Pedido de compraXContratosXOrdem de serviço, com o comprovante de validação, e por fim o pagamento que é a efetivação e a comprovação do pagamento pela parte financeira de uma empresa que anexa os comprovantes quitados ao processo.
Podendo concluir que este processo é uma espécie de filtro, onde deverão passar todas as compras realizadas e validadas antes de serem efetuados os pagamentos. Podendo assim afirmar que, todos os pagamentos correspondentes às aquisições de recursos, sejam pago somente após a constatação da veracidade e exatidão de todas as fases da contratação, efetivação e validação.

2.1.4 Critérios de Avaliação de Estoques

2.1.4.1Primeiro que entra primeiro que sai PEPS

2.1.4.2Último que entre primeiro que sai – UEPS

2.2Gestão contábil

2.2.1 A importância da gestão contábil

2.2.1 Balanço Patrimonial de acordo com a Lei 11.638/07

Trata-se do reflexo da situação patrimonial de uma empresa em um dado momento. Evidencia claramente o que a empresa tem disponível para utilização na sua atividade bem como aquilo que ela deve a terceiros. Ludícibus; Marion, (2008, p.15), explicam que O balanço patrimonial reflete a posição financeira em determinado momento (normalmente, final do ano) de uma empresa.. Já de acordo com a Resolução nº 1.049/05 do CFC tem-se por balanço patrimonial (…) a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade., ou seja, de uma forma ou de outra o balanço patrimonial mostra uma fotografia de como esta a empresa.
Esse balanço compreende a uma demonstração resumida dos bens, direitos e obrigações dessa entidade, evidenciando as origens e aplicações, fontes e investimento e fontes de financiamento.
O termo balanço patrimonial vem de equilíbrio, onde os valores das origens devem ser os mesmo dos valores aplicados. O que nos reporta ao equilíbrio de uma balança de pratos.

O Balanço Patrimonial é dividido em grupos de contas orientados por duas regras básicas:
Prazo: curto até 12 meses e Longo mais de 12 meses. Grau de Liquidez: da maior liquidez para a menor liquidez corrente.
O Balanço Patrimonial é uma demonstração simples, pois é de uso de pessoas que não são especialistas em contabilidade. Divide-se em três contas básicas, logo dentro do balanço patrimonial devemos considerar o lado direito intitulado de Ativo onde constam todos os bens e direitos de propriedade da empresa, mensuráveis monetariamente e que tragam algum tipo de benefícios para a empresa, presentes ou futuros. Constitui o lado esquerdo do balanço patrimonial também chamado de aplicações ou ainda investimentos. Entende-se por bens, dinheiro (moeda), estoques, terrenos, máquinas, etc, e direitos, duplicatas, títulos, ações, depósitos em conta bancária, etc. Este ativo ainda se divide em circulante, que são itens de maior liquidez, ou seja, que possui maior facilidade em ser convertido em dinheiro. O grau de agilidade de conversão de um investimento sem perda significativa de seu valor mede sua liquidez. Assim itens de baixa liquidez são classificados como Realizável a Longo Prazo, usualmente são ativos que demorarão mais de 12 meses para serem convertidos em dinheiro. E por fim temos os itens permanentes, que são aqueles ativos que não se destinam a venda, seus valores não se alteram frequentemente, não há conotação de giro, conforme nos explica Marion, (2003, pag.65).
Por passivo, entendem-se obrigações, dívidas, contas a pagar, ou simplesmente financiamentos. É o capital de terceiros sendo investido na empresa através de contas, duplicatas, empréstimos, de curto e longo prazo, etc. O passivo desempenha um papel muito importante na constituição da analise financeira/econômica de uma empresa, pois evidencia o montante de capital próprio utilizado em relação ao capital de terceiros, nos possibilitando uma analise profunda do nível de endividamento da empresa e da qualidade dessa divida.
Ao fazermos essa analise ATIVO CIRCULANTE x PASSIVO CIRCULANTE terá o panorama da capacidade de pagamento de suas dividas que a empresa apresenta. 
Evidentemente, a opção por parte da empresa para contrair dívidas a longo prazo é mais confortável, uma vez que terá mais tempo para pagar a obrigação e, conseqüentemente, terá mais tempo para gerar recursos financeiros para saldar a dívida). (MARION, 2003, pag. 68)
Sem esquecer o Patrimônio Líquido que representa os investimentos dos proprietários, ou seja, o capital social da empresa e também as reservas, lucros não distribuídos e prejuízos acumulados.

2.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício DRE

A cada termino de um exercício social, período normalmente compreendido por doze meses, faz-se necessária a analise dos resultados, ou seja, se houve lucro ou prejuízo por parte da organização. Receitas e despesas são transpassadas para a DRE para que um novo exercício se inicie zerado, não havendo, portanto acúmulos.
Este relatório demonstra claramente o resultado obtido pela empresa, ele é o grande indicador global de eficiência: o retorno resultante do investimento dos donos da empresa (lucro ou prejuízo). nos explica Marion (2003, Pag.111).
Marion (2003, p.127) ainda nos esclarece que a DRE é extremamente relevante para avaliar desempenho da empresa e a eficiência dos gestores em obter resultado positivo. O lucro é o objetivo principal das empresas, com a comparação entre DRE e montante aplicado no ativo da empresa saberemos quão eficiente é a sua gestão.
A DRE apresenta-se através da subtração e da soma, ou seja, de forma vertical.
Nenhuma empresa sobrevive com prejuízos constantes, portanto, prejuízo é uma situação efêmera, passageira (…) enquanto o lucro assume característica permanente. MARION (2003. Pag.113).
Assim o lucro se apresenta de varias formas dentro da DRE, Lucro Operacional Bruto, Lucro Operacional Liquido, Lucro Antes do Imposto de Renda, Lucro Depois do Imposto de Renda, Lucro Líquido.

2.2.2.1Lucro Bruto

É a diferença entre a receita de vendas e o custo da mercadoria vendida sem levar em consideração os custos administrativos, de venda e de financiamentos. Essa diferença é importante, pois demonstra se a entidade está conseguindo vender seus produtos por um preço superior ao preço pelo qual foram adquiridos. Silva (2000, p. 154).
Somente após cobrir as despesas de produção ou de prestação de determinado serviço, é que este lucro se destina a remuneração das despesas de venda, financiamento e administrativas, bem como, pagamento de impostos e remuneração dos proprietários da empresa.
No que diz respeito aos impostos sobre vendas temos IPI, ICMS, ISS, que na verdade não formam uma receita real para a empresa uma vez que se destinam ao governo. 
Para termos acesso aos indicadores de eficiência e ineficiência da empresa é importante informar na receita bruta aspectos como devoluções, abatimentos, descontos, etc.

2.2.2.2Lucro Operacional

Antes de falarmos em Lucro Operacional precisamos deixar claro o que são Despesas Operacionais , que segundo Marion (2008, Pag. 57) são esforços/sacrifícios que a empresa faz, no período (ano/exercício) para obter receita.
Assim por despesas operacionais podemos entender todos os esforços necessários para vender produtos, administrar uma empresa, etc, tudo aquilo que mantém a organização funcionando.
São consideradas despesas operacionais: despesas de vendas (promoção do produto até sua colocação no mercado), despesas administrativas (gastos de escritório necessários para o funcionamento da empresa) e despesas financeiras (remuneração aos capitais de terceiros). 
Sendo assim Lucro Operacional é nada menos que a diferença entre o Lucro Bruto arrecadado e as despesas operacionais.

2.2.2.3Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)

Fazem parte da composição do LAIR despesas e receitas que não se relacionam de forma direta com a atividade fim da empresa. Ao vender uma obra de arte que faz parte do ativo permanente da empresa o lucro/prejuízo obtido com a venda não esta ligado a atividade que a empresa desempenha no mercado, dessa forma são classificadas como não-operacionais.

2.2.2.4Lucro Depois do Imposto de Renda (LDIR)

Antes de qualquer ponderação se faz necessário compreender o que é Imposto de Renda, tem-se por definição Segundo ADVFN que Imposto cobrado a pessoas físicas e jurídicas sobre os rendimentos recebidos durante um ano. (…) Para as empresas, o percentual do imposto depende do tipo da empresa e do regime de tributação no qual ela se enquadra. Assim o exercício social em que se obtém o lucro é considerado como Ano Base e o exercício em que se paga o imposto é denominado de Exercício Financeiro, a grande maioria das empresas recolhem esse importo de forma trimestral.

2.2.2.5Lucro Líquido

Após as apurações do Lucro Depois do Imposto de Renda, faz a dedução das participações, previstas nos estatutos (…) conforme nos elucida Marion (2008, Pág. 63). Assim feitas essas deduções, a sobra será o Lucro Líquido que estará a disposição dos sócios e acionista.

2.2.2.6Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPAC)

Marion (2003, Pag. 157 grifo nosso) nos traz a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados como o instrumento de integração entre o balanço e a Demonstração do Resultado do Exercício uma vez que o Lucro Líquido não é totalmente distribuído aos sócios e acionista ficando sua maior parcela em poder da empresa para que seja novamente investida. Essa distribuição e re-investimento serão evidenciados na DLPAC.
O lucro retido pela empresa pode ser utilizado de varias maneiras, seja para aumentar o capital da empresa ou ter um fim especifico e ai será tido como Reserva. Trabalha-se com 5 tipos de reservas: 
1.Reserva Legal onde 5 % do Lucro líquido é reservado para manter a integridade do capital social, sendo sua finalidade única e exclusivamente para cobrir prejuízos ou aumentar o Capital (Lei das S.A) 
2.Reserva Estatutária são reservas previstas pelo estatuto da empresa, para fins específicos.
3.Reserva para Contingências são reservas feitas pela empresa para compensar períodos de incertezas onde ocorra baixa nos lucros, conforme nos exemplifica Marion (2008)
A Cia. Adventista, por não conceder aos seus funcionários os aumentos salariais de costume, prevê, para o próximo período, greve geral por ocasião do dissídio coletivo. A diretoria planeja confidencialmente, suportar 30 dias de greve. Ultrapassando este limite, ela cederá as reivindicações dos seus funcionários. É prevista portanto para o mês de paralisação, uma diminuição de lucro em 17,0%. Então pode-se equalizar os lucros dos dois anos formando 8,5% de reserva. Assim o valor correspondente aos 8,5% será incorporado aos Lucros Acumulados no exercício para compensar a diminuição nos lucros prevista.
4.Reserva Orçamentária são aquelas reservas destinadas a expansão da empresa desde que aprovadas em Assembléia Geral e previstas em orçamento. MARION (2008).

2.2.3 Demonstrações de Origens e Aplicações de Recursos DOAR

Em 01 de janeiro do ano de 2008 foi extinta a referida demonstração por força da Lei 11.638/2007, sendo obrigatória para apresentação das demonstrações contábeis encerradas somente até 31.12.2007.
A DOAR evidencia as variações ocorridas no capital circulante líquido durante o exercício, permitindo ao analista das demonstrações contábeis o entendimento da situação de curto prazo da empresa FERREIRA (2009) .

2.2.4 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Com a Lei nº 11.638/07 a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto (…), de forma simplificada essa demonstração indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período. FERREIRA (2009)
O que seria melhor, em curto prazo, a empresa ter bom lucro ou dinheiro em sua conta bancaria para suprir as necessidades financeiras? A segunda opção certamente é maior o valor uma vez que lucro não significa necessariamente dinheiro em caixa, já que as vendas podem ser feitas com pagamento a prazo. Para tal é preciso saber exatamente as entradas e saídas de dinheiro das contas da empresa. Fazemos isso através da analise do Fluxo de Caixa.
Yoshitake e Hoji (1997, Pag. 149) vêm ratificar ao afirmarem que É sempre bom lembrar que as empresas quebram não por falta de lucro e sim por falta de caixa.
O fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação financeira da empresa. É imediato e pode ser atualizado diariamente, proporcionando ao gestor uma radiografia permanente das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa. O fluxo de caixa evidencia tanto o passado como o futuro, o que permite projetar, dia a dia de forma que se possam tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para enfrentar as mais diversas situações.
Para Zdanowicz (1992, p.33), o fluxo de caixa é o instrumento que permite demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela empresa, o que possibilita melhores análises e decisões quanto a aplicação dos recursos financeiros que a empresa dispõe.
Ludícibus e Marion (1999, p.218) afirmam que a DFC demonstra a origem e a aplicação de todo o dinheiro que transitou pelo caixa em um determinado período e o resultado desse fluxo.
Por sua vez, Thiesen (2000, p.10) complementa explicando que a DFC permite mostrar, de forma direta ou mesmo indireta, as mudanças que tiveram reflexo no caixa, suas origens e aplicações, ou seja decisões tomadas que impactaram diretamente no caixa da empresa.
Dentro do processo decisório informações do presente e projeções para o futuro dão uma margem de segurança para as ações, dessa forma um fluxo de caixa bem elaborado deve permitir ao gestor fazer previsões e articular ações de forma, a saber, seus riscos e possíveis resultados. 
Nesse caso dentro da DFC o gestor tem a sua disposição dois artifícios importantes pra essas analises, são eles Fluxo de caixa Realizado e Fluxo de caixa Projetado. O primeiro tem por finalidade mostrar como se comportaram as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa em determinado período, o segundo informar como se comportará o fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros em determinado período, podendo ser projetado a curto ou a longo prazo.
O fluxo de caixa realizado pode ser apresentado por meio de duas formas: o método direto e o método indireto.

Uma empresa que tem por habito manter seu fluxo de caixa sempre atualizado pode facilmente controlar o volume de entradas e saídas de seus recursos financeiros, embasando qualquer ação dentro do processo decisório. Assim ela terá informações, antes de agir, de grande parte dos riscos.

2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Os sistemas de informação têm por objetivo gerar informações para uma tomada de decisão eficaz, auxiliando a empresa a atingir suas metas fornecendo aos administradores uma visão ampla das operações da empresa. Para alcançar esses objetivos e ter uma tomada de decisão eficaz é necessário ter foco nas funções e atividades da empresa pois todos os dados do SIG estão dentro da empresa, que são; marketing, produção, administração financeira, administração de materiais, administração de recursos humanos, administração de serviços e gestão empresarial.
O Sistema de informações gerenciais dá suporte às funções básicas de controle, planejamento e organização básica de uma empresa ou seja, com a transformação dos dados em informação, a pessoa responsável por tomar decisões dentro da empresa poderá ter mais segurança na resolução de casos, sua decisão torna-se mais eficaz. O SIG é um instrumento básico de apoio à maximização dos resultados, mas não deixa de exigir uma extrema competência das pessoas que de fato o utilizarão.
Em relação ao armazenamento, as empresas hoje apostam na informática onde o armazenamento e tratamento de informação é possível, pois esse processo é visto como vital dentro de uma empresa, e pode afetar a produtividade, os lucros e a tomada de decisões.
Os benefícios para empresas são notáveis, como por exemplo, a praticidade de busca de informações e impressão de relatório para análise, que se torna mais ágil, assim melhorando todo o processo de produção, estrutura organizacional, tomada de decisão, tendo redução na centralização de decisões na empresa e uma melhoria na adaptação da empresa para enfrentar acontecimentos não previstos. 
As decisões vindas do SIG têm duas classificações, programadas e não programadas onde a decisões programadas caracterizam-se pela rotina e repetitividade, e pode-se assim estabelecer um procedimento padrão, e a não programada caracteriza-se pela novidade, estão incluídas no ambiente dinâmico na qual se modifica com o decorrer do tempo.

2.4 PROCESSOS DECISÓRIOS

2.3Demonstrações Financeiras

Temos por definição que Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade (…) que objetivam relatar as pessoas que utilizam os principais fatos registrados em determinado período. (LUDICIBUS; MARION, 2006, pag. 3) assim alguns são exigidos por lei, aos quais denominamos Demonstrações Financeiras. 
No Brasil são de forma geral, sem entrar nos pormenores, exigidos quatro tipos de relatórios, Balanço Patrimonial (BP), Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPAC) e a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). Além desses estaremos falando brevemente também da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), extinta pela Lei 11.638/2007 atualmente em vigor.

3Administração de Materiais

4Sistemas de Informações Gerenciais

REFERÊNCIAS

FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica:Finalmente você vai aprender Contabilidade. 7 ed. Rio de Janeiro. Ed. Ferreira, 2009. 
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiros. 5.ed. Porto Alegre: Sagra-DC Luzzatto, 1992.
THIESEN, João Arno de Oliveira. A demonstração do fluxo de caixa nas organizações e sua importância como instrumento na tomada de decisão. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, n.100, p.8-13, mai./2000.
SÁ, Carlos Alexandre de. Gerenciamento do fluxo de caixa. Apostila, São Paulo: Top Eventos, 1998.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: PERSON, 2006.
MARION, J.C; LUDICIBUS, Sérgio. Curso de Contabilidade Para não Contadores. 5 ed. São Paulo. Ed Atlas, 2008 .

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