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quarta-feira, dezembro 25, 2024

Agrotóxicos

Autoria: Flaviana Ernandes

Os agrotóxicos começaram a ser usados em escalas mundial após a 2° guerra. Vários serviram de armas químicas nas guerras da Coréia e do Vietnã., como o Agente Laranja, desfoliante que dizimou milhares de soldados civis.
Os países que tinham a agricultura como principal base de sustentação econômica, sofreram pressões de organismos financiadores internacionais para adquirir essas substâncias químicas.Com o inofensivo nome de “defensivos agrícolas”, eles eram incluídos compulsoriamente, junto com adubos e fertilizantes químicos nos financiamentos agrícolas.
Infelizmente, pouco se faz para controlar os impactos sobre a saúde dos que produzem e dos que consomem os alimentos impregnados por essas substâncias.
O DDT (inseticida organoclorado) foi banido em vários países, a partir da década de 70, quando estudos revelaram que os resíduos clorados persistiam ao longo da cadeia alimentar. Estudos demonstraram também contaminação do leite materno. No Brasil, apenas em 1992, após intensas pressões sociais, foram todas as fórmulas á base de cloro (como BHC, Aldrin, Líbano, etc).Várias outras substâncias como o Amitraz, foram proibidas.
Já os perigosos fungicidas – Maneb, Zineb e Dithane – embora proibidos em vários países, são usados aqui. Os dois primeiros podem provocar doença de Parkinson. O Dithane pode causar câncer, mutação e malformações no feto.O Gramoxone (mata rato) ,também proibido em vários países, é usado largamente no combate a ervas daninhas. A contaminação pode provocar fibrose pulmonar, lesões no fígado e intoxicação em crianças.
Vários estudos feitos com trabalhadores demonstram que há relação entre a exposição crônica a agrotóxicos e doença. E os riscos não se limitam ao homem do campo.Os resíduos das aplicações atingem os mananciais de água e o solo.Além disso, os alimentos comercializados nas cidades podem apresentar resíduos tóxicos.

A questão da Contaminação ambiental e Biomagnificação dos agrotóxicos

Quando os agrotóxicos são aplicados nos agroecossistemas, eles sofrem uma séria de reações e redistribuem-se nos diversos componentes deste ambiente, contaminando-os.
O grupo de agrotóxicos organoclorados foi o primeiro que despertou opinião pública devido a sua elevada estabilidade química que lhes confere prolongada persistência no ambiente.
O termo biomagnificação expressa o acúmulo dos agrotóxicos nos diversos níveis tróficos das cadeias ecológicas dos ecossistemas.O homem, por estar no topo de diversas cadeias alimentares, assim como os pássaros predadores, são os organismos que mais concentram os compostos organoclorados, com maiores riscos de intoxicação e morte.
A biomagnificação nos agrotóxicos nos organismos e a contaminação pode ser apresentada da seguinte maneira:
-Resíduos em água;
-Resíduos em ecossistemas aquáticos;
-Resíduos no solo;
-Resíduos em organismos terrestres e
-Resíduos na atmosfera.
São dois os processos de biomagnificação:
-Biomagnificação em certo nível trófico e biotransferência de um nível trófico para outro.
São duas as formas como ocorre a biomagnificação:
-Absorção direta do meio através da osmose e assimilação direta via oral através de alimentos.
A característica de um praguicida para sofrer magnificação biológica é persistência no meio ambiente, na forma disponível e no sistema biológico.

Manejo de Resíduos Tóxicos

O controle efetivo do armazenamento, do tratamento, da reciclagem e reutilização, do transporte, da recuperação e do deposito dos resíduos perigosos é de extrema importância para a saúde do homem, a proteção do meio ambiente, o manejo dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável. Isto requer a cooperação e participação ativa da comunidade internacional, dos Governos e da indústria..
A prevenção da geração de resíduos perigosos e a reabilitação dos locais contaminados são elementos essenciais e ambos exigem conhecimentos, pessoal qualificado, instalações, recursos financeiros e capacidades técnicas e científicas.
Vários programas relacionados a manejo têm como objetivo geral impedir, tanto quanto possível, e reduzir a produção de resíduos perigosos e submeter esses resíduos a um manejo que impeça que provoquem danos ao meio ambiente e a saúde humana.
1. Objetivos dos programas
• Promover a prevenção e a redução ao mínimo dos resíduos perigosos;
• Promover e fortalecer a capacidade institucional d manejo de resíduos perigosos;
• Prevenir o trafico ilícito dos resíduos perigosos
• Estratégias de recuperação de resíduos perigosos para convertê-los em materiais úteis.

2. Cuidados com embalagens vazias
– Embalagens e vasilhames contaminados com agrotóxicos nunca devem ser queimados, enterrados, despejados no solo, jogadas na água ou deixadas nas beiras de rios ou estradas. Esse cuidado evitará a contaminação das águas, lagos e rios, e também de animais e pessoas.
– As embalagens de agrotóxicos vazias devem ser lavadas três vezes e serem guardadas em local seguro, até irem para um centro de recepção e coleta para reciclagem e destinação final sem riscos.
– O usuário de agrotóxicos deve consultar o fabricante e o revendedor para saber quais os centro de recepção e coleta de embalagens vazias que existem na sua região.
– A água da lavagem dos vasilhames deve ser colocada no tanque do equipamento de aplicação para ser reutilizada nas áreas de lavoura recém-tratadas.
Para conhecer o grau de risco dos agrotóxicos, observar as informações do rótulo que indicam a classe toxicológica dos produtos.

3. Regulamentação do manejo de resíduos tóxicos

Na seção I da resolução 44/226, de 22 de dezembro de 1989, a Assembléia Geral solicitou a cada uma das comissões regionais que, dentro dos recursos existentes, contribuíssem para a prevenção do tráfico ilícito de produtos e resíduos tóxicos e perigosos, por meio de monitoramento e avaliações regionais desse tráfico e de suas repercussões sobre o meio ambiente e a saúde. A Assembléia solicitou também às comissões regionais que atuassem em conjunto e cooperassem com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) tendo em vista manter o monitoramento e a avaliação eficazes e coordenadas do tráfico ilícito de produtos e resíduos tóxicos e perigosos

A saúde humana e a qualidade do meio ambiente se degradam constantemente devido a quantidade cada vez maior de resíduos tóxicos que são produzidos.Estão aumentando os custos diretos e indiretos que representam para a sociedade e para os cidadãos a produção, manipulação e depósitos desses resíduos.

Controle de Pragas e o Uso de Pesticidas

1. Necessidade do controle de pragas

Produtos químicos como pesticidas ou praguicidas são utilizados contra pragas animais ou vegetais prejudiciais ao ser humano e a plantas cultivadas.
Combatem a endemias, como o controle da dengue, febre amarela, controle de chagas; e a pragas na lavoura.
Usualmente se diz que determinada praga está controlada, quando se mantém sua densidade populacional abaixo do chamado “nível de dano econômico”, no caso de pragas agrícolas; ou, abaixo do “nível de transmissão”, no caso de doenças transmitidas por vetores, em saúde publica.

2. Perdas agrícolas devido a pragas

Desde tempos mais remotos, os problemas fitossanitários têm causado inúmeros prejuízos à agricultura. Indubitavelmente, esta batalha persistirá, pois homem, pragas, patógenos e plantas invasoras têm em comum um princípio básico de busca: o alimento, sem o qual não sobrevivem.
A maior expansão demográfica ocorrida no início deste século, a maior demanda de alimentos, o monocultivo, a abertura de novas fronteiras agrícolas em áreas tropicais e sub-tropicais, bem como as significativas modificações nos ecossistemas fizeram com que estes agentes biológicos e seus subseqüentes danos abalassem a economia de diversos países, com enormes prejuízos.Pragas introduzidas em novas áreas estão custando atualmente à sociedade moderna direta e indiretamente US$ 6 bilhões/ano em perdas na produção e produtividade, adoções de medidas de controle, desemprego, citando apenas alguns fatores. Em estimativas feitas pelo governo americano, 43 insetos invasores exóticos, no período de 1906 a 1991, causaram prejuízos de US$ 925 bilhões aos cofres públicos. Nos últimos anos, apenas cinco grupos de insetos, foram os responsáveis por US$ 3 bilhões/ano. Para as associações de cotonicultura americanas, no sistema produtivo de algodão, no ano de 2002, os prejuízos somaram US$ 1,2 bilhão/ano provocados por alguns poucos insetos. As perdas totais nessa cultura causadas por esses insetos foram de 4,79%, o que provocou aumentos de US$ 60,67 por acre na adoção de medidas de controle e de US$ 88,80 por acre, considerando custos e perdas.
A introdução do bicudo do algodoeiro, na década de 1980, levou à queda de produção de algodão, principalmente na região nordeste do país, gerando uma catástrofe social. O desenvolvimento de cultivares pela Embrapa adaptadas a outras condições climáticas, associado ao manejo integrado de pragas, está fazendo com que o país, ainda que timidamente, volte a exportar esse produto.
A entrada e dispersão recente da sigatoka negra da bananeira, que entrou pela Venezuela ou pela Colômbia, a mosca-da-carambola vinda, provavelmente da Guiana Francesa, a mosca-negra-dos-citros proveniente do Caribe, a ferrugem asiática da soja, proveniente do Paraguai, além de outros exemplos já ocorridos no Brasil, como a mosca-branca, nematóide do cisto da soja, vírus da tristeza do citros, cancro-cítrico, ferrugem do cafeeiro, vespa-da-madeira, são apenas alguns dos organismos presentes, atualmente, nos sistemas agrícolas de forma localizada ou dispersos nos sistemas agrícolas.
Outro exemplo a ser dado e que não deve ser esquecido de introdução e conseqüente estabelecimento da praga, é o da vassoura-de-bruxa. O Brasil passou do segundo produtor mundial de cacau, em 1985, com uma produção de 500.000 toneladas para um quarto da produção da Costa do Marfim, no ano de 2000. Da mesma forma, o psilídeo de concha que afeta o setor florestal e foi introduzido recentemente poderá ter seu efeito diminuído pela descoberta de um inimigo natural dessa praga, em solo brasileiro. A criação massal desse agente de controle por parte da Embrapa, para liberação em áreas infestadas pelo psilídeo já se iniciou.
Apesar de inúmeras pragas já terem sido introduzidas no Brasil, outras centenas, ainda podem entrar e estabelecer. Em levantamentos recentes realizados pelo Laboratório de Quarentena Vegetal (LQV), da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, observou-se que aproximadamente 1.000 insetos podem colocar em risco a agricultura brasileira. Essas e outras pragas ou espécies invasoras exóticas podem afetar o valor agronômico e florestal de produtos, elevar custos de controle, diminuir a qualidade e quantidade de alimentos disponíveis a sociedade, contaminar o meio-ambiente, entre outros fatores, tirando o país da competição do comércio internacional.

3. Promessas e problemas das soluções químicas

A utilização de pesticidas químicos é e continuará a ser importante para a redução dos prejuízos das colheitas causados por pragas, nos próximos anos. O mercado de pesticidas registra, atualmente, um volume de receitas de US $30 bilhões por ano, sendo 80% dos pesticidas utilizados nos países desenvolvidos. Espera-se que a procura dos pesticidas aumentará à medida que os países em desenvolvimento forem aumentando a sua produção agrícola para satisfazer as necessidades nacionais. Essa tendência será, provavelmente, impulsionada por muitas das forças responsáveis pela aceleração do crescimento no passado: a ênfase sobre soluções “químicas” para os problemas agrícolas; a promoção do uso de pesticidas pelos serviços de extensão rural, as campanhas de vendas agressivas dos distribuidores de pesticidas; a quase ausência de investimento em métodos alternativos dos pesticidas para proteger as colheitas, especialmente nos países em desenvolvimento; e uma maior resistência das plantas, o que leva cada vez mais ao uso intensivo de pesticidas com o fim de minorar as perdas.
Assiste-se a uma contínua controvérsia acerca da extensão dos efeitos nocivos dos pesticidas químicos. Devido à criação de uma legislação mais rigorosa sobre o uso de alguns pesticidas e a proibição de outros, as principais sociedades transnacionais que dominam o mercado dos pesticidas estão a investir em novos produtos de pequeno espectro, menos tóxicos e de efeito menos persistentes, a fim de cumprirem as normas mais rigorosas nos seus principais mercados.
Esses novos e melhores produtos, que são mais caros enfrentam a concorrência dos pesticidas mais antigos sem patentes e sem alvos definidos, que contêm compostos perigosos proibidos, mas a fiscalização do cumprimento da legislação é muito pouco rigorosa.

4. Problemas originados do uso de inseticidas

Os inseticidas produzidos nas décadas de 50 e 60 foram muito eficientes e baratos, no entanto trouxeram vários efeitos indesejáveis:
• A resistência das pragas;
• Destruição de organismos não-alvos;
• Ressurgência de pragas como conseqüências dos fatores a cima;
• Surgimento de pragas secundárias;
• Efeitos adversos ao meio ambiente através da contaminação do solo e da água.

Soluções Alternativas Para o Controle de Pestes

1. Cultivo sem agrotóxicos

Núcleos de agricultura natural ou orgânica (sem o uso de agrotóxicos) surgem como alternativa ao modelo das monoculturas, que privilegia a produtividade a custa da saúde dos lavradores e dos consumidores. Os produtores orgânicos estão ganhando cada vez mais espaço junto aos consumidores.
Os produtos orgânicos, em geral, são de menor tamanho e levam mais tempo para serem produzidos e colhidos. O fato é que quanto mais bonita a fruta ou hortaliça, mais se deve desconfiar do uso abusivo de agrotóxicos.

2. Gestão integrada do controle de pragas (Integrated Pest Manegement-IPM)

Promover a Gestão Integrada do Controlo de Pragas (“IPM”) seria uma forma de reduzir o uso de pesticidas. Alguns especialistas vêem a IPM como uma componente de um processo mais amplo para uma agricultura “isenta de produtos químicos”, ao passo que outros a vêem como um sistema que proporciona o uso mais eficiente de pesticidas químicos. Todos eles, porém, concordam que devem ser escolhidas alternativas de controlo das pragas sem o uso de produtos químicos.
Dada a atual situação de prevalência dos pesticidas químicos, além das incertezas quanto aos resultados de métodos isentos de produtos químicos, é pouco provável que venha a existir uma agricultura totalmente sem pesticidas nas próximas décadas. É sim, muito provável, que as versões GIP que serão promovidas adotem métodos biológicos, mas com o emprego judicioso de alguns pesticidas químicos. Terá o cuidado em aplicar as quantidades certas de pesticidas em épocas do ano adequadas, sem a destruição dos organismos predadores naturais das pragas.
Atualmente, varias praticas e métodos permitem controlar pragas e doenças sem o uso de produtos tóxicos, o uso de variedades de plantas resistentes a pragas; rotação de cultura; distribuição de resíduos de colheitas; adubação adequada e outras boas práticas agrícolas.Os principais métodos recomendados são, utilização de inimigos naturais das pragas (controle biológico), controle físico (calor, frio e umidade) e uso de armadilhas e barreiras.

3. Aumento da resistência

O uso abusivo de inseticidas tem propiciado a seleção de inúmeras linhagens de insetos resistentes, alguns dos quais já estão sendo chamados de “superinsetos” devido à grande dificuldade de sua erradicação por via química.
A resistência é o resultado da seleção de indivíduos geneticamente predispostos a sobreviver aos efeitos dos inseticidas.
Tolerância é a habilidade que um indivíduo tem de sobreviver aos efeitos dos inseticidas.
A resistência múltipla ocorre quando uma população desenvolve mais de um mecanismo de resistência contra determinados compostos.

4. Controle biológico

Esse método consiste em introduzir no ecossistema um inimigo natural (predador, parasita ou competidor) da espécie nociva ao interesse humano, para manter sua densidade populacional em níveis em que os prejuízos provocados sejam toleráveis. Quando bem planejado, acarreta evidentes vantagens em relação ao uso de agentes químico, uma vez que não polui o ambiente e não causa desequilíbrios ecológicos.
Exemplos de alguns seres vivos que atuam no controle biológico no Brasil:
• Metarhizium anisoplive: Fungo que parasita insetos diversos como lagartas, besouros, cigarrinhas etc. O micélio do fungo envolve o inseto, mumificando-o.
• Apenteles flavipes; Pequena vespa, que injeta ovos em lagartas diversas (parasitas da cana-de-açúcar, milho etc). Dos ovos eclodem larvas que destroem o inseto parasitado.
• Coccinella septempunetata: Inseto conhecido como joaninha, que atua como predador de diversas espécies de pulgões.
• Boculovirus anticorsia: Vírus utilizado no combate a largata-da-soja.

5. Biotecnologia

Futuramente a biotecnologia será utilizada no controle de pragas, fazendo modificações genéticas nas plantas. Essas plantas receberiam os herbicidas mas somente as ervas daninhas seriam destruídas. Já outras plantas foram criadas para resistir a pragas sem uso de pesticidas e outros seriam resistentes tanto a herbicidas como a insetos. Existe porém, uma preocupação de que as variedades melhoradas poderão causar mais resistência às pragas, e uma possível transferência das propriedades genéticas de plantas modificadas para ervas daninhas resistentes aos herbicidas. E não se sabe os efeitos de longo prazo do consumo dessas plantas geneticamente alteradas, tanto em seres humanos como em animais.

6. Bioinseticidas para o controle de insetos

O mosquito urbano, também conhecido por muriçoca, carapanã e pernilongo, com sua picada dolorida e um barulho incômodo, está presente em todas as regiões do Brasil. Algumas raças transmitem doenças como a malária e a dengue.
A Embrapa desenvolveu um inseticida biológico a partir de uma bactéria existente no meio ambiente, que tem se mostrado muito eficaz no combate ao mosquito, eliminando diretamente suas larvas. Mortal para os insetos, o bioinseticida é inofensivo ao homem e aos animais.
As pesquisas avançam e em breve serão lançados novos bioinseticidas, a partir de bactérias específicas, para combater o mosquito da dengue, borrachudos e lagartas.

7. Feromônios

Feromônios são definidos, como substâncias liberadas por insetos e ácaros – e, pelos animais – as quais exercem influência sobre indivíduos da mesma espécie. Ou seja, são substâncias que possuem ou carregam uma excitação ou estímulo.
Nos programas de controle de pragas, os feromônios, chamados como “atraentes sexuais”, agem atraindo o sexo oposto. Têm sido estudados, quanto à sua eventual aplicação nos programas de combate às pragas da lavoura, diferentes aspectos:
• Como monitor, ou seja, para determinação do nível populacional de diferentes pragas, do que resulta orientação segura sobre a ocasião oportuna para a aplicação dos tratamentos químicos.
• Poderão ter também aplicação nos estudos bio-ecológicos como, por exemplo: levantamentos, curvas de flutuações, alcance e altura de vôo, hábitos (diurnos e noturnos), horas de maior atividade dos insetos, etc.
• Um outro aspecto do emprego é o de “controle massal”, isto é, controle direto das populações de insetos. O feromônio é colocado em armadilhas, atraindo as pragas de maneira específica, sendo então capturadas em grande número, promovendo queda de população e como conseqüência, de prejuízos.
• Existem, ainda, sistemas denominados de “confusão dos machos” , em que doses maiores de feromônios sexuais, promovem o desnorteamento na procura das fêmeas, pois são atraídos em todas as direções, sem detectar o ponto zero (ausência de feromônio), permanecendo então, como que inertes até sobrevir à morte.

8. Gama-radiação

A energia nuclear já vem sendo utilizada em diversas partes do mundo na desinfestação de larvas em frutas. O método consiste em expor as frutas à radiação em ambiente fechado, garantindo a conservação e a qualidade dos produtos.
Outro uso da tecnologia que começa a ser desenvolvido no Brasil é a energia nuclear para a esterilização de insetos-praga. “Os machos são irradiados e liberados no ambiente para competirem com os reprodutores da espécie-praga”.

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