INTRODUÇÃO
A água é uma substância única, sem ela a vida no nosso planeta seria impossível. No mundo há muita água, mas ela não está distribuída com igualdade, alguns lugares possuem em abundância e outros lugares há falta.
A superfície da Terra é constituída de três quartos de água, cerca de 70%, a maior parte está concentrada nos oceanos e mares, cerca de 97,5%, o restante 2,5% está concentrado em icebergs e geleiras, sendo que só 0,007% vai para os rios, lagos e reservatórios da superfície do planeta.
O oceano mais salgado da Terra é o Mar Morto, entre Israel e Jordânia, que apresenta nove vezes mais sal do que os demais oceanos. O Oceano Pacífico é o maior oceano existente com 166 milhões de Km2; O maior mar está situado no Sul da China que possui 3 milhões de Km2; O maior lago de água potável é o Lago Superior localizado na América do Norte a qual mede 82.103 Km2; O rio mais longo do planeta é o Rio Nilo na África, a qual possui a extensão de 6.670 Km até o mar. É o maior constituinte dos seres vivos, nosso corpo é constituído de 70%. Está presente nos menores movimentos do nosso corpo, em células, nos vasos sangüíneos e nos tecidos de sustentação.
As suas propriedades vem de sua polaridade, de sua não usual constante dielétrica, e das ligações de hidrogênio que faz consigo mesma. Devido essas propriedades faz com que a água carregue compostos dissolvidos, alguns bastante tóxicos e ainda vírus e bactérias. É composta de hidrogênio e oxigênio, sendo que uma molécula de água consiste de dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, representados pela fórmula H2O. Como substância, a água pura é incolor e inodora.
A água é um excelente condutor de corrente elétrica, no corpo humano a sua alta condutividade faz com que ela transforme a condutividade dos nervos num sensível e efetivo mecanismo para o corpo. A incrível habilidade de dissolver tantas substâncias permite às nossas células o uso de nutrientes valiosos e substâncias químicas no processo biológico. O transporte de íons de célula para a célula somente ocorre em função da presença da água.
Na natureza, encontramos diversos tipos de água, dependendo dos elementos que ela contém. Algumas são ideais para o consumo, enquanto que outras são prejudiciais á saúde. São elas:
1. Água potável: é o tipo ideal para o consumo, é fresca e sem impurezas;
2. Água poluída: é a água suja ou contaminada, isto é, contém impurezas, micróbios, vírus, etc;
3. Água doce: é a água dos rios, lagos e das fontes;
4. Água salgada: é a que contém muitos sais dissolvidos, como por exemplo a água do mar;
5. Água destilada: é constituída unicamente de hidrogênio e oxigênio, não há impurezas e nenhum tipo de sal dissolvido;
6. Águas minerais: são denominadas assim porque contêm uma grande quantidade de sais minerais dissolvidos, assim ela possui cheiro e sabor diferente da água que consumimos. Há diversos tipos de águas minerais, são elas:
Salobra: é levemente salgada e não forma espuma com o sabão;
Termal: além de apresentar sais minerais dissolvidos, ela possui uma temperatura mais elevada que a do ambiente em que se encontra, é utilizada para curar certas doenças de pele;
Acídula: contém gás carbônico, é também denominada de água gasosa, possui um sabor ácido e é usada para facilitar a digestão;
Magnesiana: nesse tipo de água predominam os sais de magnésios, é utilizada para ajudar o funcionamento do estômago e do intestino;
Alcalina: possui bicarbonato de sódio e combate a acidez do estômago;
Sulfurosa: contém substâncias à base de enxofre e é usada no tratamento da pele e das vias respiratórias;
Ferruginosa: possui ferro e ajuda no combate à anemia.
A água pode ser saudável ou nociva. Na natureza não encontramos água pura, devido à sua capacidade de dissolver elementos e compostos químicos. A água que encontramos nos rios ou em poços profundos contém várias substâncias dissolvidas, como o zinco, magnésio, cálcio e elementos radioativos. Dependendo do grau de concentração desses elementos, a água pode ser ou não nociva. Para que seja saudável, ela não pode conter substâncias tóxicas, vírus, bactérias e parasitos. Quando não tratada, a água é um importante veículo de transmissão de doenças, principalmente as do aparelho intestinal, como a cólera, a amebíase e a disenteria bacilar, além da esquistossomose, há também outras doenças como a febre tifóide, as cáries dentárias e hepatite infecciosa.
Ela é utilizada no nosso cotidiano, como no lar a utilizamos para higiene pessoal, para cozinhar, na limpeza da casa entre outras coisas. Na indústria ela é utilizada de várias formas, como por exemplo na fabricação de 1 tonelada de aço que é necessário cerca de 270 toneladas de água. Na agricultura é utilizada para irrigar as plantas, pois as plantas necessitam grande quantidade dela. Na hidrelétrica é utilizada como fonte de energia, para iluminação de casas e operação das fábricas. É utilizada ainda como via de transporte e recreação.
A água tem se tornado um elemento de disputa entre as nações. Hoje cerca de 250 milhões de pessoas, distribuídos em 26 países, já enfrentam escassez de água. Em 30 anos, o número aumentará para 3 bilhões em 52 países. Nesse período, a quantidade de água disponível por pessoa nos países do Oriente Médio e do norte da África estará reduzida em 80%. A projeção que se faz, é que nesse período, 8 bilhões de pessoas habitarão a Terra, em sua maioria concentradas nas grandes cidades. Assim será necessário aumentar a produção de comidas e energia, aumentando o consumo doméstico e industrial de água. Devido essa escassez de água, Israel utiliza de uma tecnologia de dessalinização, hoje o país tem mais da metade da área ocupada por desertos, é o principal exportador de produtos agrícolas do Oriente Médio. É a região que tem a menor taxa de água por pessoa no planeta, e é um exemplo que pode acontecer no resto do mundo.
O Brasil é um país privilegiado em relação à quantidade de água. Ele possui 13,7% de água doce do planeta, sendo que 7% encontra-se na região da bacia hidrográfica do rio Paraná, que inclui o rio Tietê, que está situado no Estado de São Paulo que possui 1,6 % de água doce em sua extensão. E 70% na Bacia Amazônica, sendo que o volume de água do rio Amazonas é o maior do globo, sendo considerado um rio essencial para o planeta. O restante está situado no Nordeste e Centro-Oeste, no rio São Francisco, mas, porém devido a super população, situadas nas grandes cidades o Brasil vem sofrendo problemas de escassez, isso já atinge os principais rios e represas das grandes cidades.
Em Porto Alegre, o rio Guaíba está comprometido pelo lançamento de resíduos domésticos e industriais, além de sofrer as conseqüências do uso inadequado de agrotóxicos e fertilizantes.
Na cidade de Brasília, além de enfrentar a escassez de água, tem problemas com a poluição do lago Paranoá.
A ocupação urbana de áreas de mananciais do Alto Iguaçu compromete a qualidade das águas para abastecimento de Curitiba.
O rio Paraíba do Sul, além de abastecer a região metropolitana do Rio de Janeiro, é manancial de outras importantes cidades de São Paulo e Minas Gerais, onde são graves os problemas devido ao garimpo, à erosão, aos desmatamentos e aos esgotos.
A cidade de Belo Horizonte já perdeu um manancial para abastecimento, a lagoa da Pampulha, que precisou ser substituído pelos rios Serra Azul e Manso, mais distantes do centro de consumo. Também no rio Doce, que atravessa os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a extração de ouro, o desmatamento e o mau uso do solo agrícola provocam prejuízos enormes à qualidade de suas águas.
O Estado de São Paulo sofre escassez de água e com problemas decorrentes de poluição em diversas regiões: no Alto Tietê junto à região metropolitana; no rio Turvo; no rio Sorocaba, entre outros.
CICLO DA ÁGUA
Pode admitir-se que a quantidade total de água existente na Terra, nas suas três fases, sólida, líquida e gasosa, se tem mantido constante, desde o aparecimento do Homem. A água da Terra, que constitui a hidrosfera, se distribui por três reservatórios principais, os oceanos, os continentes e a atmosfera, entre os quais existe uma circulação perpétua denominada ciclo da água ou ciclo hidrológico. O movimento da água no ciclo hidrológico é mantido pela energia radiante de origem solar e pela atração gravítica.
A energia solar esquenta a água dos oceanos, mares e massas terrestres, transferindo-as à atmosfera como vapor de água. Na atmosfera, o vapor forma as nuvens, essas são transportadas por patrões do clima, que recebe influência da topografia do terreno. Às vezes o vapor se condensa em forma de neblina ou nuvens e eventualmente desce à Terra como precipitação, acumulando-se em águas superficiais e sob o terreno. Ato contínuo, o processo de reciclagem, com o regresso da água para a atmosfera continua. Os principais processos desse ciclo são: evaporação, transpiração, precipitação, infiltração, respiração e a combustão.
Para seguir o movimento da água através deste ciclo, a energia do sol evapora a água do mar até a atmosfera. Enquanto o vapor ascende dos oceanos e do terreno, deixa atrás de si minerais, tais como sais, que podem converter em inóspita a terra. Mas nos oceanos, este é só uma parte de um processo natural, que não causa efeito na vida marinha.
O vapor de água invisível se une então a procissão de moléculas de água numa viajem que o levará de regresso ao solo ou à água, em forma de precipitação. A precipitação pode tomar uma das várias formas possíveis, mas sempre começará como água congelada.
As moléculas de água se juntam e se lançam até a superfície da Terra. Assim, a água termina como gota de chuva, cristal de neve ou granizo, o que depende da estação da ano, da localização e do clima.
Nem toda a água chegará a Terra. Alguma se evaporará no caminho entre as nuvens e a terra e então regressará a atmosfera para iniciar de novo o ciclo.
Quando chegar a Terra, correrá sobre a superfície da terreno, se infiltrará (enchendo os espaços porosos que existem entre as partículas que compõem o solo), ou cairá num corpo de água (riacho, rio ou lago).
Este caminho pode ser interceptado mediante práticas de conservação, como são a construção de pequenas represas, platôs, e canais revestidos de grama. Estas práticas permitem que a água se infiltre e se detenha como água superficial.
Pequenas quantidades de água são retidas e mantidas por plantas, edifícios, automóveis, maquinaria e outras estruturas até que se evaporam e regressam à atmosfera.
A medida que os motores fazem seu trabalho de gerar potência aos veículos, parte de seu descarte consiste de vapor de água que são lançados à atmosfera através do processo de combustão e queima. E os animais inalam vapor de água quando respiram.
A maior parte de água se infiltra no terreno. Parte de água será absorvida pelas raízes das plantas, para logo ser transpiradas ou expulsas ao ar através de suas folhas em forma de vapor de água. Outra porção de água se moverá lentamente até os aqüíferos subterrâneos, percolando através do solo até chegar ao leito de rocha. Eventualmente, por médio de poços ou drenagem, a água subterrânea pode ser extraída e usada.
Outra parte da água ascendera lentamente através do solo e do leito de rocha até chegar a superfície em forma de mananciais ou de poços artesianos.
O excesso de água correrá sobre a superfície do terreno até os corpos de água, arrastando terra valiosa e todo o que se adere às partículas de terra. Então, o processo de evaporação, assim como o da transpiração, respiração e combustão, começa de novo. E a interminável reciclagem da água continua.
POLUIÇÃO DAS ÁGUAS
É o lançamento ou infiltração de substâncias nocivas na água. Os efeitos da poluição e destruição da natureza estão sendo desastrosos, pois se um rio é contaminado, a população inteira sofre as conseqüências. A poluição está prejudicando os rios, mares e lagos, em poucos anos, o rio que é poluído pode estar completamente morto. Para se efetuar a despoluição é gasto muito dinheiro, tempo e ainda por cima uma enorme quantidade de água. Os mananciais também estão em constante ameaça, pois acabam recebendo as sujeiras da cidades, levadas pelas enxurradas junto com outros detritos. A impermeabilização do solo causada pelo asfalto e pelo cimento dificulta a infiltração da água da chuva e impede a recarga dos lençóis freáticos. As ocupações clandestinas de áreas de mananciais, acabam também poluindo as águas, pois seus moradores depositam lixo e esgoto no local. O homem é o maior causador de poluição e destruição da natureza, pois jogam lixos diretamente nos rios, sem nenhum tratamento, matando milhares de peixes. Devastam as árvores dos mananciais e de matas ciliares. As pessoas tem plena consciência de que os automóveis poluem e colaboram para o efeito estufa, mas devido a falta de opção ou por comodismo não abrem mão desse meio de transporte. Também sabem que os lixos contaminam e poluem o meio ambiente, porém mesmo assim, muitas pessoas continuam jogando-os nas ruas, praias e parques.
Agora, descreveremos as principais formas de poluição das águas, são elas:
1. POLUIÇÃO NOS SISTEMAS URBANOS
A poluição das águas nas grandes cidades assume proporções catastróficas, pois nelas se concentram o maior número de pessoas e a maioria das indústrias. Nas cidades, há um grande consumo de água, e, consequentemente, uma infinidade de fontes poluidoras, tanto na forma de esgoto doméstico com de efluentes industriais. O consumo doméstico de água é muito grande, cerca de 20% escoam pelos vasos sanitários, 39% alimentam os chuveiros, 22% vão para lavar roupas e louças, e 19% para comidas e bebidas.
As fábricas lançam no ar atmosférico gases tóxicos, pois não instalam filtros em suas chaminés. Na cidade de São Paulo, só 17% das indústrias tratam seus esgotos; 83% jogam nos rios toda a sujeira que produzem. Quem mais polui é também quem mais consome, cerca de 23% da água tratada é consumida pelas indústrias.
A solução para esses problemas da poluição nas grandes cidades é o tratamento dessas águas poluídas.
Dados estatísticos referente a água, nos demonstram que:
– 1200 milhões de seres humanos ainda não possuem acesso a água potável e encanada, sendo que no Brasil, 55,51% da população não possuem água encanada e nem saneamento básico em suas residências. Assim, essas pessoas estão sujeitas a se contaminarem com doenças como a desenteria, a amebíase, a esquistossomose, a malária, a leishmaniose, a cólera, entre várias outras;
– 20% das espécies aquáticas fresca já estão extintas ou em processo de extinção;
– Por ano, cerca de 330 milhões de metros cúbicos de água evaporam-se dos oceanos;
– Anualmente 100 milhões de metros cúbicos de água caem na Terra em forma de precipitação.
2. PROBLEMÁTICAS DOS ESGOTOS
Eutrofização das Águas
Essa é a forma mais comum de poluição das águas, é causada pelos lançamentos de dejetos humanos nos rios, lagos e mares, levando assim a um aumento da quantidade de nutrientes disponíveis nesses ambientes.
A eutrofização permite grande proliferação de bactérias aeróbicas que consomem rapidamente todo o oxigênio existente na água. Consequentemente, a maioria das formas de vida acabam morrendo, inclusive as próprias bactérias.
Devido essa eutrofização por esgotos humanos, os rios que banham as grandes cidades do mundo tiveram sua fauna e flora destruídas, tornando-se esgotos a céu aberto. Com esse lançamento de esgotos nos rios, acarreta ainda mais a propagação de doenças causadas por vírus, bactérias e vermes.
Marés Vermelhas
Em alguns casos a eutrofização dos mares podem levar a uma grande propagação de certos dinoflagelados (protistas fotossintetizantes), esse fenômeno é denominado com maré vermelha devido à coloração que esse animais conferem a água. Esses dinoflagelados, provocam a morte de peixes e de outros seres marinhos, pois competem com eles pelo gás oxigênio, além de liberarem substâncias tóxicas na água.
Para solucionarmos esse problemas dos esgotos, devem ser feitos tratamentos de modo que os microrganismos sejam mortos e as impurezas eliminadas.
3. POLUIÇÃO POR FOSFATOS DE NITRATOS
Na agricultura os adubos e fertilizantes usados, contém grande concentração de nitrogênio e fósforo. Esses poluentes orgânicos constituem nutrientes para as plantas aquáticas, especialmente as algas que transformam a água em algo semelhante a um caldo verde (floração das águas).
Em alguns casos, a superfície é recoberta por um tapete formado pelo entrelaçamento de algas filamentosas, assim, ocorre a desoxigenação da água, além de dificultar a penetração da luz, impossibilitando assim a fotossíntese nas zonas inferiores, reduzindo a produção de oxigênio e a morte de vegetais. A decomposição desses vegetais, aumenta o consumo de oxigênio, agravando assim a desoxigenação das águas.
4. POLUIÇÃO TÉRMICA
Consiste no aquecimento das águas naturais pela introdução de águas quentes utilizadas na refrigeração de refinarias, siderúrgicas e indústrias diversas. Quando a temperatura se eleva, a solubilidade de oxigênio na água é afetada, assim ocorre o dispersamento desse gás para a atmosfera, acarretando uma diminuição de sua disponibilidade na água, prejudicando assim diversas formas aeróbicas aquáticas. A poluição térmica combinada e reforçada com outras formas de poluição pode empobrecer o ambiente de forma imprevisível.
5. POLUIÇÃO POR MERCÚRIO
O mercúrio é um metal muito pesado e extremamente tóxico. No garimpo é usado para a separação do ouro do minério bruto. Grandes quantidades desse metal é lançado nas águas dos rios que servem para a lavagem do minério, envenenando e matando assim, diversas formas de vida. Peixes envenenados pelo metal se consumidos pelo homem podem causar sérios danos ao Sistema Nervoso.
6. POLUIÇÃO POR FERTILIZANTES E AGROTÓXICOS
O desenvolvimento da agricultura também tem contribuído para a poluição do solo e da água. Agrotóxicos e fertilizantes espalhados sobre as lavouras além de poluir o solo são levados pelas águas da chuva até os rios, onde intoxicam e matam diversos seres vivos dos ecossistemas.
7. POLUIÇÃO POR DETERGENTES
Os detergentes aparecem nas águas naturais como o resultado das diversas lavagens domésticas e industriais. Muitas vezes provocam a formação de espumas brancas conhecidas como “cisnes-de- detergentes” que reduzem a penetração de oxigênio na água afetando as formas aeróbicas aquáticas.
As penas das aves em contato com esse detergentes, podem remover-lhes a secreção oleosa que impermeabiliza as penas, impedindo-os que se molhe. Sem o óleo isolante, as penas das aves molham-se em contato com a água, fazendo com que as mesmas afunde e acabam morrendo afogadas.
Os detergentes podem enriquecer as águas naturais com substâncias fosfatadas, favorecendo assim o processo de eutrofização. Os detergentes biodegradáveis também podem causarem problemas ao ambiente, pois os mesmos contribuem para o aumento da população microbiana, reduzindo o oxigênio na água afetando as formas aeróbias aquáticas.
8. POLUIÇÃO DOS RIOS
As fontes de poluição das águas dos rios, resultam entre outros fatores, dos esgotos domésticos, dos despejos industriais, do escoamento da chuva das áreas urbanas e das águas de retorno de irrigação. Com o aumento da população e do desenvolvimento industrial, além do uso, cada vez maior, de fertilizantes químicos e inseticidas na lavouras tem causado sérios danos aos rios e a vida.
As grandes concentrações de nitrogênio e fósforo, utilizados em adubos e fertilizantes, constituem um tipo muito comum de poluição das águas. As enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos, estes nutrem as plantas aquáticas, as quais, multiplicando-se (especialmente algas), absorvem o oxigênio da água. A falta desse gás ocasiona a morte de muitas plantas e animais que, ao se decomporem aumentam a poluição.
Os principais rios brasileiros poluídos são:
– O Rio Tietê que atravessa várias cidades do Estado de São Paulo, na cidade de São Paulo ele é um esgoto a céu aberto;
– O Rio Pardo e Mogi, que recebem poluentes industriais das usinas;
– O Rio São Francisco, poluído, por receber metais pesados vindo de fábricas próximas e recebem agrotóxicos.
9. POLUIÇÃO DO LITORAL
Antigamente, acreditava-se que as substâncias residuais despejadas no mar se diluíam e desapareciam para sempre. Mas, essas substâncias continuam em movimento. As correntes deslocam os desperdícios de um lado para o outro, concentrando-os aqui e diluindo-os ali. As correntes ascendentes, nas áreas onde a água fria das profundezas sobe a superfície, podem trazer à luz resíduos perigosos, enterrados em locais que se pensava serem seguros.
Hoje em dia, muitas cidades despejam seus esgotos diretamente nos mares, sem tratamento prévio. Isso nos mostra, que na época do verão as praias constituem um risco para os banhistas, pois muitos organismos patogênicos, podem ser encontrados nas águas, proveniente de contaminações fecais. Nessa época se observa em cidades “a beira-mar, o aumento de casos de diarréias, de hepatite infecciosas, de micoses e até de poliomielite.
Um bom indicador do grau de poluição das águas pelos esgotos, consiste na dosagem da quantidade de bactérias como a E. Coli. Essa bactéria não é patogênica por si mesma, ela vive normalmente no intestino dos humanos sem causar sérios problemas. Porém, sua presença em grande concentração nas águas, mostra contaminações por fezes e indica a presença provável de outros microrganismos, esses patogênicos. Um grande passo para a resolução parcial desse problema, foi a construção de um “interceptor oceânico submarino”, cujo papel é levar esgotos a grande distância mar adentro. Vale a pena lembrar, que as águas dos mares possui uma capacidade autodepuradora, ou seja, as bactérias humanas acabam sendo destruídas, provavelmente por meio de vírus bacteriófagos, protozoários e substâncias antibióticas produzidas por organismos marinhos.
Um dos problemas mais sérios de poluição marinha, se refere àquele causado por derramamento de petróleo. Esse líquido, além de poluir as águas e a areia, impossibilita a utilização das praias. Possui efeitos terríveis sobre o meio ambiente marinho. Esses derramamentos ocorrem devido acidentes com navios petroleiros ou com a lavagem de seus motores e reservatórios diretamente na água.
O petróleo é menos denso do que a água, por isso flutua sobre ela. Essa camada impede a penetração de oxigênio do ar e da luz do sol. Sem oxigênio os peixes não podem viver e sem a luz as plantas não podem fazer a fotossíntese.
No mar as algas flutuantes são as maiores fornecedoras de alimentos para os primeiros elos da cadeia alimentar. Ao derramar o petróleo na água, ele reduz a entrada de luz na água, o que faz diminuir a taxa de fotossíntese das algas e em conseqüência a oxigenação na água.
Nos peixes, o petróleo adere as guelras (brânquias) dos peixes, impedindo-os de respirar, matando-os por asfixia. Ele também, gruda nas penas da aves aquáticas impedindo que as mesmas voem.
Os mangues também são afetados pelo petróleo, matando os filhotes de várias espécies, assim o mangue vai sendo destruído.
No mundo os desastres ecológicos pelo derramamento de petróleo acontecem freqüentemente, um dos mais graves acidentes com petroleiros ocorreu no Alasca em março de 1988, com o petroleiro americano Exxon Valdez. Esse chocou-se contra os recifes derramando 40 milhões de litros de óleo no oceano. Vários animais morreram aos milhares e os que sobreviveram ficaram intoxicados propagando os efeitos do acidente. Cientistas calculam, que pelo menos duas décadas serão necessárias para a recuperação do Alasca e muito difícil será restabelecida as condições ambientais anteriores. Em 1983, no Oriente Médio, durante a guerra do Irã com o Iraque, bombardeios a campos petrolíferos da plataforma continental provocaram o derrame no Golfo Pérsico de milhares de barris de óleo por dia. Em conseqüência, alguns países da região foram privados de seu abastecimento de água potável, obtida por dessalinização da água do mar.
No Brasil, ocorreram vários desastres com petroleiros, em janeiro de 2000, 1,29 milhões de litros de óleo vazaram de um dos navios cargueiros na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Seis meses depois, um novo acidente provocou o vazamento de 380 litros na mesma região. Em julho de 2000, 4 milhões de óleo vazaram da Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná, para o rio Iguaçu. No Ceará, houve um derramamento de aproximadamente 100 litros em duas plataformas de Paracuru. Em novembro de 2000, 86 mil litros de óleo foram derramados pelo canal de São Sebastião. Mais recentemente em março de 2001, ocorreu o pior acidente dos últimos anos, cerca de 1,5 milhões de litros de petróleo e diesel foram derramados devido uma explosão na plataforma, na Bacia de Campos no rio de Janeiro.
Para solucionar esse problema da poluição das águas, tem que ser tomadas algumas medidas, tais com:
– A existência de Leis mais rigorosas que obriguem as indústrias a tratarem seus resíduos antes de lançá-los nos rios e oceanos;
– Penalizações para as indústrias que não tiveram de acordo com as Leis. No caso de reincidência o seu fechamento é inevitável;
– Investimentos nas áreas de fiscalização dessas indústrias;
– Ampliação da rede de esgotos;
– Saneamento básico para todos;
– Investimentos nas construções de navios mais seguros para o transporte de combustíveis;
– Melhoramentos no sistema de coleta de lixos;
– Implantação de novas estações de tratamentos de esgotos;
– Campanhas publicitárias, buscando a explicação de técnicas de saneamento para a população carente;
– Campanhas de conscientização da população para os riscos de poluição;
– Criação de produtos químicos mais seguros para a agricultura;
– Cooperação com as entidades de proteção ambiental.
TRATAMENTO DE ÁGUA DE ABASTECIMENTO
O tratamento de água tem por finalidade melhorar a qualidade da água de abastecimento ao público, tendo os seguintes objetivos:
1. Higiene: Remoção de bactérias, elementos nocivos (tóxicos), compostos orgânicos, protozoários, etc.
2. Estética: Remoção da cor, turbidez, odor e sabor.
3. Economia: Redução da corrosividade.
A região metropolitana de São Paulo, possui sete grandes sistemas de tratamento de água, são elas: Cantareira, Guarapiranga, Alto e Baixo Cotia, Alto do Tietê, Rio Claro e Rio Grande. O maior deles é o da Cantareira, que é responsável por 33 mil litros de água por segundo. A água que é produzida nos sete sistemas chega aos consumidores através de 1200 quilômetros de grandes tubulações ou adutoras, reservatórios e 23 mil quilômetros de redes de distribuição.
A Estação de Tratamento de Água (ETA), é instalada quando a água bruta utilizada pela população, está imprópria para o consumo.
Geralmente esse sistema é instalado próximo de um manancial, que pode ser um rio ou represa, muitas vezes necessitando de uma Estação Elevatória para bombear a água até a entrada da Estação de Tratamento de Abastecimento.
Na entrada do sistema há um gradeamento que tem por finalidade deter os materiais flutuantes de maiores dimensões, evitando assim o desgaste e destruição dos esquipamentos.
A Estação de Tratamento é composta das seguintes fases:
1) Coagulação e Floculação
Essa etapa tem o objetivo de transformar as impurezas que se concentram em suspensão (partículas finas, bactérias, etc), materiais colidais (cor, ferro, manganês oxidado, etc) e alguns materiais dissolvidos em partículas gelatinosas (flocos). No processo de coagulação, é utilizado o coagulante químico sulfato de alumínio, que, após determinação em laboratório da dosagem ótima, é adicionada à água bruta em zona de grande turbulência. Após essa mistura, a água escoa para o floculador (zona de mistura lenta) para uma boa constituição e agregação das impurezas.
A água floculada passa, através de canais, para a fase seguinte que é a decantação.
2) Decantação
A água floculada escoa por gravidade para o decantador onde ocorre a separação das fases líquidas (água) e sólida (flocos), em virtude da velocidade da água ser bem moderada nesta etapa.
A qualidade da água decantada é excelente em relação à água bruta, mas não é suficiente para distribuí-la à população. Assim é necessário que haja à eliminação das partículas finas ainda existente na terceira etapa do tratamento, que é a filtração.
3) Filtração
Nessa etapa, a água passa nos filtros através de leitos de areia, com granulométrica variando entre 0,50 a 0,65 mm, sustentada por camadas de seixos (cascalhos, pedras de diversos tamanhos), sob as quais existe um sistema de drenos.
A água, após a filtração, encontra-se tratada no ponto de vista físico químico sendo, então, necessário realizar-se a desinfecção.
4) Fluoretação
Após a filtração, é realizado esse processo, que através da adição de ácido fluossilício, que tem como objetivo prevenir o aparecimento da cárie dentária, na áreas mais carentes.
5) Desenfecção por Cloração
A desinfecção é realizada através da dosagem de cloro gasoso. Para que esse processo ocorra adequadamente, é preciso que a água apresente um pH ácido, o que provavelmente é atingido com a adição de sulfato de alumínio, na etapa de coagulação e adição de ácido fluossilícico após a filtração.
Além disso, é preciso um tempo de contato na faixa de 2 a 4 horas, para se realizar no reservatório da Estação de tratamento.
Caso o comprimento das redes adutoras seja muito longo, é necessário a recloração em alguns pontos da rede de distribuição.
6) Alcalinização
Esse processo tem por finalidade, corrigir o pH da água que será distribuída a população, através da adição de cal (hidróxido de cálcio), evitando assim que a água fique ácida, causando sérios danos não só a população, mas também nas tubulações que a água percorre até chegar nas residências.
Após ter atingido, finalmente as condições ideais de consumo, essa água é bombeada para um reservatório superior, de onde será distribuída à população.
O padrão de potabilidade da água tratada e consumida pela população de São Paulo, segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde, garantindo assim a inexistência de bactérias e partículas nocivas à saúde humana. Dessa forma, evita-se o surgimento de grandes surtos de epidemias, como a cólera e o tifo.
CONCLUSÃO
Concluímos que a água é essencial a vida dos seres, pois sem ela não teríamos vida em nosso planeta. Nosso planeta e nosso corpo é constituído de 70%, sendo que sua distribuição no planeta não é por igualdade, pois em muitos lugares há excesso e em outros escassez.
Devido a super população do mundo, a terceira guerra pode ser devido a falta de água em alguns países. O Brasil é o país mais privilegiado do mundo devido a sua abundância em água, mas devido aos homens isso pode tudo acabar, pois desmatam as florestas, poluem os rios, lagos, com poluentes tóxicos, químicos, entre outros, jogam esgotos, lixos, sem um tratamento prévio, assim as pessoas que tem contato com essa água poluída pode adquirir várias doenças como a disinteria, cáries dentárias, esquitossomose e outras.
Para se adquirir uma água potável, essa tem que ser tratada em estações de tratamento utilizando os seguintes processos: Coagulação e Floculação; Decantação, Filtração, Fluoretação, Desenfecção por Cloração e Alcalinização.
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