A Amnésia é um défice de memória que pode ser difuso, parcial ou lacunar e que respeita quer à fixação, quer à reevocação.
Na amnésia difusa ou total, há perda de todas as recordações. É típica dos velhos e dos estados de demência.
Na amnésia parcial há perda de uma só categoria de recordações (esquecimento de uma língua, de alguns nomes próprios).
As amnésias lacunares dizem respeito a certos períodos da existência individual, sobretudo aqueles em que o indivíduo esteve em condições de abolição ou modificação da consciência (coma, epilepsia, narcose, estado emocional, etc).
Na amnésia de fixação, é impossível relembrar factos recentes (amnésia dos velhos e dos dementes); na amnésia de reevocação verifica-se perda das recordações de factos antigos. As amnésias retrógradas são as que dizem respeito ao período que antecedeu a perda de consciência; as amnésias anterógradas são as que compreendem o período que se segue à perda de consciência.
As amnésias selectivas de alguns lugares, acontecimentos, pessoas, são, em geral, consideradas de natureza psicogénica. Neste caso, factores emocionais inibem algumas recordações.
Por fim, as grandes amnésias respeitantes à própria pessoa, identidade, etc, são também consideradas de natureza psicogénica e aparecem às vezes no síndromas histéricos. Na idade evolutiva as amnésias aparecem após grave compromisso orgânico cerebral (traumatismos cranianos, epilepsia grave, coma, confusão mental, etc..) e, às vezes, após doenças febris agudas.