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sábado, dezembro 21, 2024

APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN 1/2

APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN 2/2

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Faculdades Integradas da Terra de Brasília
2005
A Família no Processo de Desenvolvimento na Aprendizagem da Criança com Síndrome de Down

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
1. SÍNDROME DE DOWN
1.1 Definições e tipos
1.2 Contexto histórico
1.3 Características físicas
2. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
2.1 Desenvolvimento e aprendizagem da criança com Síndrome de Down.
2.2 Dificuldades de aprendizagem da criança com Síndrome de Down.
3. A FAMILIA DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN
3.1 A família no processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança com Síndrome de Down.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SANTOS, Helena Jesus. “A família no processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança com Síndrome de Down.” Monografia apresentada na conclusão do curso de Pedagogia – OE, das Faculdades Integradas da Terra de Brasília – DF, 2005.

RESUMO

O presente trabalho essencialmente bibliográfico tem por finalidade analisar o papel da família no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança com Síndrome de Down. Abordará a definição da Síndrome e os tipos existentes, apresentará seu contexto histórico e as características físicas da criança. Apontará o seu desenvolvimento e aprendizagem dando enfoque as dificuldades da criança nesse processo, e busca apresentar a importância da família, observando-se que nela se estabelece as interações iniciais, através de vínculos constituídos entre seus membros, que se constituem os primeiros ensinantes.

Palavras-chaves: Síndrome de Down, desenvolvimento, aprendizagem, família.

INTRODUÇÃO

Os primeiros estudos sobre Síndrome de Down surgiram há muitos anos, por volta do século XIX, e a cada dia novas descobertas trazem discussões inovadores sobre o assunto. No entanto, através de pesquisas realizadas sobre a evolução dos estudos sobre a Síndrome, encontramos um fato muito interessante que é a imagem que a sociedade por muitos anos postulou aos portadores desta Síndrome.

Por muitos anos a criança Down era considerada como a retardada, e a incapaz e em algumas sociedades era até mesmo considerado como monstro. Infelizmente, atualmente, ainda, encontramos algumas confusões sobre o conceito de Síndrome de Down. “A Síndrome de Down é decorrente de um erro genético presente desde o momento da concepção ou imediatamente após”, segundo Schwartzman, (2003, p. 3). No entanto, como descreve Schwartzman (2003), sabemos atualmente que a Síndrome se trata de uma alteração genética e que as pessoas com a Síndrome, embora apresentem algumas dificuldades podem ter uma vida normal e realizar atividades diárias da mesma forma que qualquer outra pessoa. Não negamos a afirmação de que o Down apresenta algumas limitações e até mesmo precise de condições especiais para aprendizagem, mais enfatizamos, que estes através de estimulações adequadas podem se desenvolver.

De cada 700/900 bebês nascidos, um é portador de Síndrome de Down. E, apesar dessa alta incidência, grande parte da população ainda ignora que essas crianças podem se tornar produtivas e independentes. A família é a primeira integradora, o amor, a compreensão, confiança, comunicação e estímulos que permeiam a relação, são formas de proteção utilizadas para facilitar o processo de integração, aprendizagem, desenvolvimento e participação do indivíduo nos diferentes grupos sociais da sociedade. Nela é que o indivíduo tem a oportunidade de aprender através de experiências positivas e mesmo negativas, ambas de grande importância para a formação de sua personalidade.

Evidencia-se, desta forma, a importância de realizar uma pesquisa sobre a seguinte problemática: Qual o papel da família no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança com Síndrome de Down?

Esta questão é de grande interesse, motivo pelo qual foi escolhida como tema de estudo e de investigação do presente trabalho.

E a partir de leituras e pesquisas bibliográficas este trabalho, propõe reflexões a cerca do entendimento das questões que envolve as crianças com Síndrome de Down e as interferências em sua aprendizagem e desenvolvimento, mediante as relações estabelecidas na família e com o meio.

Esta pesquisa foi estruturada em três capítulos, nos quais o primeiro apresenta a Síndrome sua definição e os tipos de trissomia, seu contexto histórico e as características físicas da pessoa com a Síndrome. O segundo aborda a aprendizagem e o desenvolvimento enfatizando as dificuldades de aprendizagem neste processo e o terceiro traz a reflexão sobre a família e a sua importância no processo de aprendizagem e desenvolvimento deste sujeito.

1- SÍDROME DE DOWN

Para um melhor entendimento do trabalho que se segue é necessário fornecer algumas noções sobre o que é a Síndrome de Down, a existência dos diferentes tipos de trissomia do cromossomo 21, seu contexto histórico e as características da criança que possui esta Síndrome.

1.1- Definições e Tipos

Todos os seres humanos são formados por células. Essas células possuem em sua parte central um conjunto de pequeninas estruturas que determinam as características de cada um, como: cor de cabelo, cor da pele, altura etc. Essas estruturas são denominadas cromossomos. Os cromossomos são pequeníssimas estruturas que contêm nossos “fatores hereditários” ou genes. Cada cromossomo tem milhares de genes e este material genético é absolutamente crítico para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer organismo O número de cromossomos presente nas células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da mãe), e estes se dispõem em pares, formando 23 pares. No caso da Síndrome de Down, ocorre um erro na distribuição e, ao invés de 46, as células recebem 47 cromossomos. O elemento extra fica unido ao par número 21. Denominando-se de Trissomia do 21.

A Síndrome de Down é uma anomalia que compromete não apenas o desenvolvimento mental, como também o desenvolvimento motor em diferentes níveis.

Segundo Werneck (1993 p. 52), a Síndrome é definida por “conjunto de sinais e sintomas que caracterizam um determinado quadro clínico”. Podendo ter inúmeras causas. A mesma autora acrescenta que, a Síndrome de Down ocorre por um acidente genético, e que nenhuma atitude tomada durante a gravidez ou antes dela poderia evitar o aparecimento da trissomia.

Schwartzman (2003) diz que a Síndrome de Down é decorrente de um erro genético presente desde o momento da concepção ou imediatamente após e que este erro ocorre de modo bastante regular na espécie humana afetando um em cada 700/900 nascidos vivos. Estas incidências são mais ou menos constantes em todas as partes do mundo e não são afetadas pela classe social, raça, credo ou clima.

Bee (1996) define a Síndrome de Down como sendo uma anomalia genética em que todas as células contêm três cópias de cromossomo 21 ao invés de duas. As crianças nascidas com este padrão genético normalmente apresentam retardo mental e características físicas específicas.

Podemos observar que há um consenso entre os autores no que se refere a definição da Síndrome de Down.

Os tipos de Sídrome de Down mais conhecidos e suas prováveis origens genéticas, detectadas por um exame chamado cariótipo, são:

Trissomia simples – 2 cromossomos (pai e mãe) e o 3o. extra. Observa-se um cromossomo 21 extra em todas as células, resultando num cariótipo constituído por 47 cromossomos, devido à trissomia do 21. Corresponde a 96% dos casos da síndrome. Os pais possuem 46 cromossomos cada um, e a síndrome ocorre por acidente genético de causa desconhecida.

Trissomia por translocação – Corresponde a 2% dos casos. O 3o. cromossomo está bandeado em outro par, freqüentemente ao 14. O cariótipo, neste caso, apresenta 46 cromossomos e a translocação é representada como t (14;21) ou t (14q21q). A letra q refere-se ao braço longo dos cromossomos envolvidos. Clinicamente a pessoa com a Síndrome por translocação é igual a por trissomia simples. Existe a trissomia por translocação herdada pelo pai ou mãe e a causada por acidente genético. Sempre que uma criança apresentar Sídrome de Down devido a translocação é indicada a realização do cariótipo dos pais.

Mosaicismo – Corresponde a 2% dos casos estes apresentam dois tipos de células, um com número normal de cromossomos 46 e outro com 47 cromossomos devido à trissomia do cromossomo 21.

O termo trissomia refere-se, sempre, à presença de um cromossomo a mais no cariótipo de uma pessoa, e os cromossomos são designados por números. Assim, os indivíduos do sexo masculino são 46,XY e as mulheres são 46,XX

Independente do tipo, quer seja trissomia simples, translocação ou mosaicismo, é sempre o cromossomo 21 o responsável pelos traços físicos específicos e a função intelectual limitada observados na grande maioria dos portadores desta Síndrome.

1.2 – Contexto Histórico

Muitos pais se questionam se a Síndrome de Down esteve presente na humanidade desde os primórdios da civilização ou se surgiu apenas em tempos recentes. Embora não haja respostas definitivas a essa pergunta, supõe que no decorrer da história biológica e da evolução da humanidade ocorreram numerosas mudanças de genes e modificações cromossômicas. Assim, muitas doenças genéticas e desordens cromossômicas conhecidas, inclusive a Síndrome de Down, provavelmente ocorreram em épocas passadas.

Segundo Pueschel (2003), o registro antropológico mais antigo da Sídrome de Down deriva das escavações de um crânio saxônico, datado do século VII, apresentando modificações estruturais vistas com freqüência em crianças com Sídrome de Down.

Algumas pessoas acreditam que a Sídrome de Down tenha sido representada no passado em esculturas e pictografias. Os traços faciais de estatuetas esculpidas pela cultura Olmecas, tribo que viveu na região que hoje conhecemos como Golfo do México, há quase 3.000 anos foram considerados semelhantes aos de pessoas com Sídrome de Down. O exame cuidadoso dessas estatuetas, porém, gera dúvidas sobre essa afirmação.

O artista plástico italiano Andréa Mantegna (1430-1506), pintou “A virgem Maria”, no qual retrata “O menino Jesus”, apresentando traços comuns entre as pessoas que nasceram com a Síndrome de Down como o formato dos olhos, o tamanho do pescoço, a posição das orelhas e, principalmente, a distância maior entre o dedão do pé dos demais dedos. A obra está no museu de Boston (WERNECK 1993).

Apesar das suposições históricas, nenhum relatório bem documentado sobre pessoas com Sídrome de Down foi publicado antes do século XIX. Há algumas razões para isso como: havia poucas revistas médicas disponíveis; poucos pesquisadores estavam interessados em crianças com problemas genéticos e deficiência mental; outros doenças como infecções e desnutrição predominavam naquela época.

A primeira descrição de uma criança que presume-se tinha Sídrome de Down foi fornecida por Jean Esquirol em 1838. Logo a seguir, em 1846, Edouard Seguin descreveu um paciente com feições que sugeriam Sídrome de Down, denominando a condição de “idiotia furfurácea”. Em 1866, Duncan (apud SCHWARTZMAN, 2003, p. 28) registrou uma menina “com uma cabeça pequena e redonda, olhos parecidos com os chineses, projetando uma grande língua e que só conhecia algumas palavras”. Neste mesmo ano, John Langdon Down (cientista inglês), descreveu alguns dos traços característicos da Síndrome, como: cabelos amarronzados, ralos e lisos, traços semelhantes aos da raça mongólica, dotadas de uma notável capacidade de imitar, além de serem muito parecidas entre si. A denominação dada por ele foi “mongolian idiots”, porque acreditava que a Síndrome de Down representava uma “regressão, por degeneração, a uma raça mais primitiva” (os mongóis, no caso).

Esta denominação, prejudicou a imagem do portador da Sídrome, a qual achamos pejorativa e ajudou as pessoas a criarem certos preconceitos até os dias atuais.

A grande contribuição de Down foi o reconhecimento das característica físicas da Síndrome que hoje leva o seu nome, distiguindo estas crianças de outras com deficiência mental.

Ao final do século XIX outros cientistas, pela Europa, acrescentaram novas constatações ao diagnóstico da Síndrome, como incidências de problemas cardíacos e a ligeira curvatura do dedo mínimo.

Com os avanços tecnológicos, na área genética, o cientista francês Jerome Lejeune em 1958, pode descobrir a verdadeira causa da Sídrome de Down: 47 cromossomos agrupados em 23 pares sendo 1 par de 3 cromossomos, mais precisamente o par 21. Daí ser considerado um acidente genético.

Todas as pessoas estão sujeitas a ter um filho com Síndrome de Down, independente da raça ou condição sócio-econômica. No Brasil, acredita-se que ocorra um caso em cada 700 nascimentos, isso quer dizer que nascem cerca de 8 mil bebês com Síndrome de Down por ano.

1.3 – Características Físicas

As características físicas da criança com Sídrome de Down são formadas por influência de seu material genético. As crianças herdam os genes tanto da mãe quanto do pai, e por isso são parecidas nos aspectos como estrutura corporal, cor de cabelos, olhos, etc. As crianças com Sídrome de Down apresentam características diferentes de seus pais, em virtude do material genético adicional no cromossomo 21 extra. Este cromossomos 21 encontra-se nas células de toda criança com Sindrome de Down, influenciando na formação de seu corpo. Assim, estas crianças apresentam muitas características em comum.

Segundo Pueschel (2003) as características são: a cabeça da criança com Sídrome de Down é um pouco menor comparada com as das crianças “normais”. A parte posterior da cabeça é levemente achatada (braquicefalia) na maioria das crianças, o que dá uma aparência arredondada à cabeça. Em algumas crianças, pode haver áreas com falhas de cabelo (alopecia parcial), ou, em casos raros, todo o cabelo pode ter caído (alopecia total).

O rosto apresenta um perfil achatado, devido, principalmente, aos ossos faciais pouco desenvolvidos e ao nariz pequeno. Geralmente, o osso nasal é afundado. Em muitas crianças, as passagens são estreitas.

Os olhos são normais, quanto ao formato. As pálpebras são estreitas e levemente oblíquas. A dobra de pele (dobra palpebral) pode ser vista em muitos bebês nos cantos internos dos olhos.

A boca é pequena. Algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua pode projetar-se um pouco. À medida que a criança com Sídrome de Down fica mais velha, a língua pode ficar com estrias. O céu da boca (palato) é mais estreito do que nas crianças que não possuem esta anomalia. As mandíbulas são pequenas, o que leva, muitas vezes, ao apinhamento dos dentes permanentes.

As orelhas são pequenas, às vezes, e a borda superior da orelha (hélix) é muitas vezes dobrada. A estrutura da orelha é ocasionalmente, alterada. Os canais do ouvido são estreitos.

O pescoço da pessoa com Sídrome de Down pode ter uma aparência larga e grossa. No bebê, dobras soltas de pele são observadas, muitas vezes, em ambos os lados da parte posterior do pescoço, os quais se tornam menos evidentes, podendo desaparecer, à medida que a criança cresce.

As mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos e o quinto dedo é muitas vezes levemente curvado para dentro, formado com apenas uma articulação. Em cerca de 50% das crianças com Sídrome de Down, uma única dobra é observada atravessando a palma em uma ou ambas as mãos.

Os dedos dos pés são geralmente curtos. Na maioria das crianças, há um espaço grande entre o dedão e o segundo dedo, com uma dobra entre eles na sola do pé.

A pele é geralmente clara e pode ter uma aparência manchada durante a primeira infância. Nas crianças mais velhas e nos adultos com Sídrome de Down, a pele pode ser áspera.

Os órgãos genitais de meninos e meninas não são afetados na maioria das crianças. Às vezes, podem ser pequenos. Em alguns casos, os testículos não se encontram no saco escrotal durante os primeiros anos de vida, mas podem estar na região da virilha ou dentro do abdômen.

É importante enfatizar que nem todas as crianças com Sídrome de Down apresentam todas as características citadas acima. Além disso, algumas características são mais acentuadas em algumas crianças do que em outras. Assim, embora as crianças com Sídrome de Down possam ser reconhecidas por sua aparência física semelhante, nem todas essas crianças parecem iguais.

2 – DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

Do nascimento a idade adulta o ser humano passa por um processo de evolução que denominamos desenvolvimento. O processo de desenvolvimento humano abrange todos os aspectos do indivíduo, crescimento físico, afetivo, emocional, intelectual e etc. Sabemos que o crescimento e o desenvolvimento possuem características muito próprias variando de pessoa para pessoa, mas que normalmente seguem em ritmos e seqüências semelhantes a todos da espécie humana, uma vez que alguns fatores como: a família, a escola, o ambiente podem influenciar para o aceleramento desde processo.

Piaget (1990), diz que o desenvolvimento das pessoas, tem uma dinâmica interna. Isto é possível devido às interações sociais estabelecidas entre o indivíduo e os diferentes agentes que atuam como mediadores da cultura, família e escola (VYGOTSKY, 1991).

A criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo momento interage com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas. Essa interação com o ambiente faz com que construa estruturas mentais e adquira maneiras de fazê-las funcionar.

Existem, pelo menos dois níveis de desenvolvimento identificados por Vygotsky (1988a): um real, já adquirido ou formado, que determina o que a criança já é capaz de fazer por si própria, e um potencial, ou seja, a capacidade de aprender com outra pessoa.

A aprendizagem interage com o desenvolvimento, produzindo abertura nas zonas de desenvolvimento proximal que é a distância entre o desenvolvimento real e o potencial, que está próximo mas ainda não foi atingido, onde interações sociais são centrais, estando então, ambos os processos, aprendizagem e desenvolvimento, inter-relacionados desde o primeiro dia de vida da criança.

A aprendizagem não parte do zero, pois a formação de novos hábitos consiste sempre numa diferenciação dos esquemas anteriores.

Para Vygotsky (1988b), a atividade do sujeito refere-se ao domínio dos instrumentos de mediação, inclusive sua transformação por uma atividade mental. Para ele, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência.

Para Rodrigues (1976, p.16), a aprendizagem “refere-se às alterações no comportamento em decorrência de influências externas, o que, evidentemente, dará ao desenvolvimento de cada indivíduo o seu caráter particular, dada a diversidade histórica de cada um”. A mesma autora define desenvolvimento como o “conjunto de variações que se manifestam em um indivíduo por força de disposições interiores e da ação do ambiente”.

A aprendizagem é um processo de construção individual através do qual se faz uma interpretação pessoal e única da tal cultura. Segundo Magill (1984, p. 251), “a aprendizagem é o centro de toda educação”. Para Gallahue (1982), a educação não deve buscar um fim, não deve buscar tampouco a imagem de um homem ideal. Deve perseguir o propósito que o homem possa vivenciar e experimentar para que possa conhecer, selecionar, eleger, decidir e modificar seus caminhos. A partir desta perspectiva, os processos de aprendizagem não são uma mera associação de estímulos e respostas ou de acumulação de conhecimentos; são mudanças qualitativas nas estruturas e esquemas existentes de complexidade crescente, (PIAGET, 1990). A aprendizagem é um processo interno. Ninguém pode aprender por nós. A aprendizagem está diretamente relacionada à conduta. É aprendendo que reformulamos nossa maneira de atuar no mundo e sobre ele. (SOARES, 2003).

Os processos de desenvolvimento e aprendizagem caminham juntos, ou seja, as estruturas estabelecidas constituem a capacidade básica para a aprendizagem. Dessa forma, a aprendizagem depende do nível de desenvolvimento no sentido de as novas aquisições necessitarem de um referencial precedente. Por outro lado, a aprendizagem deve visar ao maior grau de desenvolvimento possível, já que a competência intelectual está relacionada às estruturas cognitivas disponíveis. Isso não significa que os conceitos e noções que caracterizam as etapas de desenvolvimento seja ensinados, pois isso seria confundir o processo de ensino-aprendizagem como o processo de desenvolvimento e a metodologia com técnica de estimulação evolutiva.

2.1 – Desenvolvimento e aprendizagem da criança com Síndrome de Down.

Toda criança necessita de pessoas ao seu lado, para satisfazer suas necessidades físicas e psicológicas. Através de um contato carinhoso, vão transmitindo e comunicando diversos sinais: um olhar, um sorriso, que o bebê percebe e tenta imitar, repetir e até responder ao gesto; espontaneamente ele também emite sons, que são reforçados e repetidos pelas pessoas, criando assim as bases para o processo de comunicação e desenvolvimento.

Segundo Vygotsky (1994) no processo de desenvolvimento, a criança começa usando as mesmas formas de comportamento que outras pessoas inicialmente usaram em relação a ela. Isto ocorre porque, desde os primeiros dias de vida, as atividades da criança adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social, refratadas através de seu ambiente humano, que a auxilia a atender seus objetivos.

A seqüência de desenvolvimento da criança com Síndrome de Down geralmente é bastante semelhante à de crianças sem a Síndrome, embora em um ritmo mais lento. Esta demora para adquirir determinadas habilidades pode prejudicar as expectativas que a família e a sociedade tenham da pessoa com esta Síndrome, favorecendo o aparecimento de estigmas em relação ao seu desempenho. Durante muito tempo estes indivíduos foram privados de experiências fundamentais para o seu desenvolvimento porque não se acreditava que eram capazes. Todavia, atualmente já é comprovado que crianças e jovens com Síndrome de Down podem alcançar estágios muito mais avançados de raciocínio e de desenvolvimento. O que lhes falta, muitas vezes, são as oportunidades e estímulos que viabilizem seu desenvolvimento e aprendizagem.

A Síndrome de Down freqüentemente acarreta complicações clínicas que acabam por interferir no desenvolvimento global da criança, sendo que as mais encontradas são alterações cardíacas, hipotonia, complicações respiratórias e alterações sensoriais, principalmente relacionadas à visão e à audição.

Segundo Pueschel (2003) uma das características principais da Síndrome de Down, e que afeta diretamente o desenvolvimento psicomotor, é a hipotonia (tônus muscular reduzido). Esta hipotonia origina-se no sistema nervoso central, e afeta toda a musculatura e a parte ligamentar da criança. Com o passar do tempo, a hipotonia tende a diminuir espontaneamente, mas ela permanecerá presente por toda a vida, em graus diferentes.

Gusman & Torre citado por Schwatzman (2003, p.176) enfatizam neste sentido:

A hipotonia interfere nas aquisições do desenvolvimento motor da criança; nas habilidades, nas suas interações com o ambiente, retarda ou bloqueia sua exploração, diminuindo ou produzindo déficit de sensações e vivências, dificultando o desenvolvimento cognitivo. Limita suas habilidades físicas, tanto motora grossa como fina.

O tônus é uma característica individual, por isso há uma variação entre as crianças com esta Síndrome. A criança que nasceu com Síndrome de Down vai controlar a cabeça, rolar, sentar, arrastar, engatinhar, andar e correr, exceto se houver algum comprometimento além da Síndrome.

Zausmer (apud PUESCHEL 2003, p. 118) comenta que “muitas vezes o bebê com Síndrome de Down apresenta atraso na iniciação de habilidades motoras…” a autora enfatiza que para a criança com Síndrome de Down, é importante vivenciar desde muito cedo o maior número possível de movimentos prazerosos e eficientes, pois estes serão essenciais para o desenvolvimento de habilidades mais complexas no futuro.

Segundo Pueschel (2003), o peso da criança com Síndrome de Down merece atenção especial pois na primeira infância o ganho de peso é menor devido a dificuldades na alimentação, porém, no segundo e terceiro anos de vida, ocorre um aumento de peso e a partir daí a criança pode tornar-se obesa. Pesquisas comprovaram que a maioria das crianças com Síndrome de Down têm um desempenho na faixa entre leve e moderada de deficiência mental.

Segundo descreve Ferreira (2002, p. 2005) na obra Miniaurélio, o termo deficiência significa “falta, carência ou insuficiência”. Assim podemos entender por deficiência mental a insuficiência funcional das funções neurológicas. O cérebro da criança Down não atingir seu pleno desenvolvimento e assim todas suas funções estão alteradas:

O conceito de deficiência mental apoia-se, basicamente, em três idéias que tem sido utilizadas para definir este termo. É essencial examina-las do ponto de vista interativo. A primeira diz respeito ao binômio de desenvolvimento-aprendizagem (…) A segunda idéia se refere aos fatores biológicos (…) A última tem a ver com o ambiente físico e social (…). SCHWARTZMAN (2003 p. 243).

Os três conceitos a que o autor citado acima se refere podem ser explicados como bases das atividades mentais. Na verdade o cérebro de uma criança recém-nascida possui capacidades de aprendizagem, no entanto, estas serão desenvolvidas através da internalização de estímulos que está também associada aos fatores biológicos, como integridade orgânica e influências diretas dos fatores ambientais e sociais. A afirmação feita por Schwartzman (2003), é muito aceita e podemos observar inúmeros trabalhos de outros autores coerentes a esta abordagem. Um exemplo é Piaget (1990), que afirma, que os indivíduos nascem apenas com potencialidades (capacidade inata) a capacidade de aprender. Todo conhecimento e todo o desenvolvimento da criança depende de exposição ao meio e dos estímulos advindos deste.

A pessoa com Síndrome Down possui certa dificuldade de aprendizagem que na grande maioria dos casos são dificuldades generalizadas, que afetam todas as capacidades: linguagem, autonomia, motricidade e integração social. Estas podem se manifestar em maior ou menor graus.

Embora a Síndrome de Down seja classificada como uma deficiência mental, não se pode nunca predeterminar qual será o limite de desenvolvimento e aprendizagem do indivíduo. Historicamente, a pessoa com Síndrome de Down foi rotulada como deficiente mental severa e em decorrência deste rótulo acabou sendo privada de oportunidades de aprendizagem. A antiga classificação da deficiência mental nos grupos profundos (severos), treináveis e educáveis é bastante questionada hoje em dia. Estes diagnósticos, determinados a partir de testes de QI (Medida do Quociente da Inteligência), nem sempre condizem com a real capacidade intelectual do indivíduo.

Segundo Schwatzman (2003), há um inevitável atraso em todas as áreas do desenvolvimento e um estado permanente de deficiência mental. Porém, segundo o mesmo autor, não há um padrão previsível de desenvolvimento em todas as crianças afetadas, uma vez que o desenvolvimento da inteligência não depende exclusivamente da alteração cromossômica, mas também do restante do potencial genético, bem como das importantes influências do meio.

A criança com Síndrome de Down, desde o início, apresenta reações mais lentas do que as outras crianças; provavelmente isso altera sua ligação com o ambiente. O desenvolvimento cognitivo é não somente mais lento, mas também se processa de forma diferente. O desenvolvimento mais lento pode ser consequência dos transtornos de aprendizagem. A medida que a criança cresce, as diferenças mostram-se maiores, já que as dificuldades da aprendizagem alteram o curso do desenvolvimento. A criança demora mais tempo para ler, escrever e fazer contas. No entanto, a maioria das pessoas com esta Síndrome tem condições para ser alfabetizada e realizar operações lógico-matemáticas. Segundo Fonseca (1995), o que a criança grava mais rapidamente é o material que vê impresso, porque tem memória visual mais efetiva do que a memória auditiva.

A linguagem representa um dos aspectos mais importantes a ser desenvolvido por qualquer criança, para que possa se relacionar com as demais pessoas e se integrar no seu meio social.

Antes de a criança começar a falar, existe uma etapa importante que é a da preparação para a linguagem. Assim, a interação, as trocas afetivas que ocorrem entre a mãe e a criança, os ruídos emitidos no primeiro ano de vida, considerados por alguns estudiosos como um treinamento com a boca e a língua, e as tentativas de repetir sílabas, tudo isso são fatores que facilitam o desenvolvimento da linguagem.

Segundo Puesche (2003), a criança com Sídrome de Down apresenta hipotonia muscular e atraso no desenvolvimento intelectual, ela deve ser auxiliada no desenvolvimento da fala e linguagem e a família pode ajudar a estimular o seu desenvolvimento. A hipotonia muscular faz com que haja um desequilíbrio de força nos músculos da boca e face, ocasionando alterações na arcada dentária, projeção no maxilar inferior e posição inadequada da língua e lábios, com a boca aberta e a língua sempre para fora, a criança respira pela boca, o que acaba alterando a forma do palato. Esses fatores, dentre outros, fazem com que os movimentos fiquem mal coordenados e a articulação dos fonemas fique imprecisa e prejudicada. O desenvolvimento intelectual mais lento implica num atraso da linguagem, já que ela depende entre outros fatores, de um desenvolvimento intelectual normal.

O atraso na aquisição da fala e da linguagem constitui um dos maiores problemas encontrados pelos pais de crianças com Sídrome de Down. A assistência de um fonoaudiólogo é muito importante para auxiliar a família a verificar as dificuldades da criança e orientar quanto a melhor forma de estimulá-la em casa. De fato, muitos pesquisadores observaram que os cuidados e a estimulação que a criança recebe no ambiente familiar são muito importantes no aprendizado da fala e na aquisição da linguagem, pois a maior parte de seu tempo a criança está com a família. Cada peça do organismo, audição, visão, tato, o corpo inteiro, age no trabalho de receber, interpretar, assimilar e armazenar os conhecimentos elaborados dentro do próprio indivíduo e os que adquire do meio ambiente.

2.2 – Dificuldades de aprendizagem da criança com Síndrome de Down.

Antes de falarmos das dificuldades de aprendizagem da criança com Síndrome de Down, gostaríamos de conceituar dificuldades de aprendizagem.

Numa perspectiva orgânica, as dificuldades de aprendizagem são desordens neurológicas que interferem com a recepção, integração ou expressão de informações, caracterizando-se, em geral, por uma discordância acentuada entre o potencial estimando da criança e a sua realização escolar.

Numa perspectiva educacional, as dificuldades de aprendizagem refletem uma incapacidade ou impedimento para a aprendizagem da leitura, da escrita, ou do cálculo ou para a aquisição de aptidões sociais.

Dificuldades de aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio matemático. FONSECA (1995, p.71)

As crianças com dificuldades de aprendizagem podem apresentar problemas na resolução de algumas tarefas escolares e serem “brilhantes” na resolução de outras. Em termos de inteligência, estes alunos geralmente estão na média ou acima da média.

Pain (apud RUBINSTEIN, 1996) considera a dificuldade para aprender como um sintoma, que cumpre uma função positiva tão integrativa como o aprender, e que pode ser determinado por:

1. Fatores orgânicos: caracteriza-se pelo aspectos do funcionamento anatômico, como o funcionamento dos órgãos dos sentidos e do sistema nervoso central;

2. Fatores específicos: relaciona-se à dificuldades específicas do indivíduo, os quais não são passíveis de constatação orgânica, mas que se manifestam na área da linguagem ou na organização espacial e temporal, dentre outros;

3. Fatores ambientais: estão relacionados às condições objetivas ambientais que podem favorecer ou não a aprendizagem do indivíduo.

Fernández (1991), também considera as dificuldades de aprendizagem como sintomas ou “fraturas” no processo de aprendizagem, onde necessariamente estão em jogo quatro níveis: o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo. A dificuldade para aprender, segundo a autora, seria o resultado da anulação das capacidades e do bloqueamento das possibilidades de aprendizagem de um indivíduo. Para a autora, a origem das dificuldades ou problemas de aprendizagem não se relacionam apenas à estrutura individual da criança, mas também à estrutura familiar a que a criança está vinculada, como no caso da criança com Síndrome de Down.

Para reconhecer em uma criança a dificuldade de aprendizagem, se faz necessário primeiramente entender o que é aprendizagem e quais os fatores que nela interferem. Pode-se dizer que a aprendizagem é um processo complexo que se realiza no interior do indivíduo e se manifesta em uma mudança de comportamento.

Pode-se destacar algumas das principais causas das dificuldades de aprendizagem, como: causas físicas, sensoriais, neurológicas, intelectuais ou cognitivas, sócio econômicas e emocionais, sendo esta última uma das principais causas que podem dificultar a aprendizagem. Como resultado, as crianças com dificuldades de aprendizagem têm muitas vezes baixos níveis de auto-estima e de autoconfiança, o que pode conduzir à falta de motivação, afastamento, crises de ansiedades e estresse e até mesmo depressão.

Não devemos tratar as dificuldades de aprendizagem como se fossem problemas insolúveis, mas, antes disso, como desafios que fazem parte do próprio processo da aprendizagem, a qual pode ser normal ou não-normal. Também parece ser consensual a necessidade imperiosa de se identificar e prevenir o mais precocemente possível as dificuldades de aprendizagem, de preferência ainda na pré-escola.

A dificuldade de aprendizagem é um tema que deve ser estudado levando-se em conta todas as esferas em que o indivíduo participa (família, escola, sociedade, etc. ) Sabe-se que nunca há uma causa única para o fracasso escolar e que também um aluno com dificuldade de aprendizagem não é um aluno que tem deficiência mental ou distúrbios relativos. Na verdade, existem aspectos fundamentais que precisam ser trabalhados para obter-se um melhor rendimento em todos os níveis de aprendizagem e conhecimento. Quando falamos de aprendizagem e conhecimento não estamos nos referindo somente a conteúdos disciplinares, mas também a conhecimento e desenvolvimento vital que são tão importantes quanto.

A criança com Síndrome de Down têm idade cronológica diferente de idade funcional, desta forma, não se pode esperar uma resposta idêntica, comparada com as crianças que não apresentam alterações de aprendizagem. As dificuldades de aprendizagem da criança com Síndrome de Down, decorre de lesões cerebrais e desajustes funcionais do sistema nervoso:

O fato de a criança não ter desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, comparativamente a outras com idêntica condição genética, não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é possível que madure lentamente. SCHWARTZMAN (2003, p. 246).

Segundo Schwartzman (2003), a prontidão para a aprendizagem depende da complexa integração dos processos neurológicos e da harmoniosa evolução de funções específicas como linguagem, percepção, esquema corporal, orientação têmporo-espacial e lateralidade e etc. É comum observarmos na criança com a Síndrome de Down, alterações severas de internalizações de conceitos de tempo e espaço, que dificultarão muitas aquisições e refletirão especialmente em memória e planificação, além de dificultarem muito a aquisição da linguagem. Crianças com Síndrome de Down, não desenvolvem estratégias espontâneas e este é um fato que deve ser considerado em seu processo de aquisição de aprendizagem, já que esta terá muitas dificuldades em resolver problemas e encontrar soluções sozinhas.

De acordo com Schwartzman (2003), outros comprometimentos que afetam a criança com Síndrome de Down implicam em dificuldades ao desenvolvimento da aprendizagem são: alterações auditivas e visuais; incapacidade de organizar atos cognitivos e condutas, debilidades de associar e programar seqüências. Estas dificuldades ocorrem principalmente porque a imaturidade nervosa e não mielinização das fibras pode dificultar funções mentais como: habilidade para usar conceitos abstratos, memória, percepção geral, habilidades que incluam imaginação, relações espaciais, esquema corporal, habilidade no raciocínio, estocagem do material aprendido e transferência na aprendizagem. As deficiências e debilidades destas funções dificultam principalmente as atividades escolares:

Entre outras deficiências que acarretam repercussão sobre o desenvolvimento neuropsicológico da criança com síndrome de Down, podemos determinar dificuldades na tomada de decisões e iniciação de uma ação; na elaboração do pensamento abstrato; no calculo; na seleção e eliminação de determinadas fontes informativas; no bloqueio das funções perceptivas (atenção e percepção); nas funções motoras e alterações da emoção e do afeto. SCHWARTZMAN, (2003, p. 247).

No entanto, a criança com Síndrome de Down têm possibilidades de se desenvolver e executar atividades diárias e até mesmo adquirir formação profissional e no enfoque evolutivo, a linguagem e as atividades como leitura e escrita podem ser desenvolvidas a partir das experiências da própria criança.

Para que a criança com Síndrome de Down, possa desenvolver suas habilidades, no que se refere ao seu desenvolvimento e a aprendizagem é de suma importância que desde os seus primeiros dias de vida, seja estimulada através de um programa de estimulação, onde haja a participação efetiva da família.

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