Definição:
Estado de progressiva deteriorização da articulação vertebral, caracterizando por erosão da cartilagem articular e neoformação óssea nas bordas articulares (osteófitos).
Etiopatogenia:
Há muitos anos atrás achava-se que a artrose era unicamente uma doença senil, isto é o indivíduo obrigatoriamente apresentaria essa doença a partir de certa idade e de forma mais ou menos severa. Segundo este conceito a artrose não representaria um processo mórbido, mais ao contrário, um processo fisiológico evolutivo do ser humano.
Através de estudos em autópsias descobriu-se que as primeiras alterações da artrose representam um envelhecimento sistêmico das cartilagens. Descobriu-se também através desses estudos que este processo pode ocorrer já a partir da terceira idade.
Alguns autores empregam o termo “envelhecimento da articulação” e expõem dois aspectos fundamentais da doença: a perda da capacidade de auto-duplicação dos condrócitos e alterações fisico-químicas da matriz da cartilagem que surgem independente das funções celulares.
Já outros autores consideram a ação de estresses mecânicos sobre a articulação como fatores causadores da artrose. Eles consideram as juntas como rolamentos, e explicam seu desgaste pela deficiência da lubrificação (líquido sinovial).
Patologia:
As primeiras alterações osteoartríticas consistem no aparecimento de irregulariedades (osteófitos) ou perda das camadas da superfície articular da cartilagem articular e fissuras nas zona tangencial.
Durante o processo evolutivo haverá uma crescente erosão da superfície e um aprofundamento das superfícies verticais (fibrilação), até atingirem a zona calcificada. Radiologicamente o osso subjacente revelará uma hipertrofia e um aumento de densidade.
No estágio final do processo a cartilagem desaparece quase completamente da superfície articular e a lâmina terminal óssea permanece em contato direto com o osso ou com a cartilagem da superfície da junta adjacente.
A artrose pode em algumas oportunidades produzir algias interescapsulares, dores pseudopleurais, algias dorsais em cinta, dores episgástricas, pseudovesiculres e pseudo apendiculares.
Ao Raio-X observa-se pinçamento discal principalmente anterior em várias alturas, explicando a cifose e osteofitose.
Pode acometer um grupo de articulações devido a sua permanente mobilidade e degeneração das cartilagens articulares e neoformação óssea.
Alterações Osteoartríticas (Doença articular degenerativa)
1- Quadro clínico:
a- Os sintomas de artrite são comuns em doenças degenerativas de disco ou em articulações continuamente expostas a trauma.
b- Podem se desenvolver osteófitos e invadir o canal espinhal e forame intervertebral, causando assim sinais neurológicos.
c- A articulação em degeneração é vulnerável a compressão de faceta, torção e inflamação, como é qualquer articulação artrítica.
d- Em alguns pacientes, o movimento alivia os sintomas; em outros, o movimento irrita as articulações e os sintomas dolorosos aumentam.
2- Manejo durante o período de dor aumentada:
a- Para reduzir a tensão
1- Exercícios de relaxamento.
2- Tração mantida com força suficiente para abrir o forame intervertebral e aliviar a pressão nas raízes nervosas. Se causar irritação, não deve ser usada.
b- Para aumentar a mobilidade use técnicas de amplitude de movimento e contração-relaxamento dentro da tolerância dos pacientes.
c- Ensine ao paciente medidas preventivas e posturas para aliviar as sobrecargas mecânicas.
d- Se o movimento agrava os sintomas, reduza o movimento com suporte passivo (colar cervical, colete dorsal ou lombar para diminuir o sintoma levando em conta a altura em que se encontram os osteófitos, e os pontos de dor), e aumente a força muscular começando com exercícios isométricos.
e- Precauções: Devido ao estreitamento do forame e canal espinhal, deve ser evitada inclinação para trás e inclinação para trás com rotação, já que esses movimentos estreitam ainda mais o forame.