INTRODUÇÃO:
A audição do latim auditione é um dos cinco sentidos dos animais. É a capacidade de reconhecer o som emitido pelo ambiente. O órgão responsável pela audição é o ouvido, capaz de captar sons até uma determinada distância.
Nenhum ser vivo pode sobreviver sem receptores sensoriais. Desde as formas mais rudimentares às mais complexas, verifica-se a existência de sensibilidade; pode afirmar que sensibilidade e vida são inseparáveis. A maioria dos animais possui várias classes de receptores de estímulos que proporcionam sensações conscientes, os órgãos dos sentidos. Somente no Homem se conhece razoavelmente bem a função destes órgãos, que são: a visão (sistema fotorreceptor que percebe as ondas luminosas), a audição (sistema fonorreceptor que percebe as vibrações do ar, da água e dos sólidos), o tato (sistema termo e mecanorreceptores que percebem respectivamente o calor, o frio, o contacto e a pressão), o gosto (sistema quimiorreceptor que percebe substâncias em dissolução) e o olfato (sistema quimiorreceptor que percebe substâncias químicas voláteis e gases no ar).
O ouvido é um órgão de audição, por excelência, capaz de converter ondas sonoras em sinais nervosos. Estes sinais são depois conduzidos às áreas auditivas do córtex cerebral onde irão ser descodificadas em sons. No ouvido podemos identificar três zonas: o ouvido externo, o ouvido médio, o ouvido interno.
ESTRUTURAS AUDITIVAS E SEU FUNCIONAMENTO
O ouvido divide-se em três partes: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno.
• OUVIDO EXTERNO:
O ouvido externo tem duas divisões: a orelha (chamada aurícula ou pavilhão auricular) e o canal que vai da aurícula para a membrana timpânica do ouvido médio (chamado meato auditivo externo ou meato acústico). À parte mais carnuda do ouvido externo, no exterior da cabeça; é formado pela cartilagem elástica coberta de pele, e a forma que apresenta facilita-lhe a recolha do som e orienta-o para o canal auditivo externo; Tem cerca de 2,5 cm de comprimento e este é pavimentado por pêlos ( barreira natural) que impedem a penetração de corpos estranhos no interior do ouvido, protegendo-o, e glândulas ceruminosas produzem a comum cera dos ouvidos – o sebo modificado – chamado cerúmen, e que produzido excessivamente tapa o meato.A membrana delgada, semitransparente, de forma mais ou menos oval constituída por três camadas dá-se o nome de membrana do tímpano é esta estrutura que separa o ouvido externo do ouvido médio.
Consiste num epitélio pavimentoso, de forma cúbica simples na parte interna, mais um fino epitélio pavimentoso estratificado na parte exterior e são separados (os dois epitélios) por uma camada de tecido conjuntivo.
As ondas sonoras que alcançam o tímpano, pelo canal auditivo externo, fazem-no vibrar.
• OUVIDO MÉDIO
O ouvido médio ou cavidade timpânica tem a forma de uma pequena caixa irregular e compreende duas cavidades, uma inferior que corresponde ao tímpano, a outra superior, onde se alojam os ossículos. Está separada do ouvido externo pela membrana do tímpano e do ouvido interno por duas aberturas cobertas, a janela redonda e a janela oval. Por cima da janela oval fica situada a 2ª porção do nervo facial, que separa a cavidade superior da cavidade timpânica. A passagem do ar para o ouvido médio é feita por duas aberturas, uma que abre nas células mastóideas da apófise mastóidea do osso temporal, a outra é a trompa de Eustáquio que abre na faringe e equaliza a pressão entre o ar exterior e a cavidade do ouvido médio. Uma pressão desigual entre o ouvido médio e o ambiente externo é susceptível de distorcer o tímpano, amortecer as suas vibrações, dificultar a audição e pode também estimular as fibras da dor que lhes estão associadas.
No ouvido médio encontram-se três pequenos ossos (ossículos) móveis e articulados entre si: o martelo, a bigorna e o estribo, que transmitem as vibrações do tímpano para a janela oval. O punho do martelo está ligado à superfície interior da membrana do tímpano, e a vibração do tímpano conduz à vibração do martelo. A cabeça do martelo está ligada por uma muito pequena articulação sinovial à bigorna, que por sua vez está ligada ao estribo por outra articulação sinovial muito pequena. A plataforma do pé do estribo encaixa na janela oval e é mantido no seu lugar por um ligamento anular flexível. Existem dois pequenos músculos esqueléticos ligados aos ossículos auditivos que amortecem reflexamente os sons excessivamente altos. Este reflexo de atenuação do som protege as delicadas estruturas do ouvido de serem lesadas por um grande volume de som. O músculo tensor do tímpano liga-se ao martelo e é enervado pelo trigêmeo. O músculo estapédio está ligado ao estribo e é enervado pelo facial.
A atenuação reflexa do som responde mais eficazmente a sons de baixa freqüência e é capaz de reduzir num fator de 100 a energia que atinge o tímpano. O reflexo é excessivamente lento para evitar o dano provocado por um ruído súbito, como um tiro, e não consegue funcionar eficazmente por um período superior a 10 minutos em resposta a um ruído prolongado.
• OUVIDO INTERNO
O ouvido interno, também denominado de labirinto, é a parte mais importante de todo o sistema auditivo, compreende duas partes: o labirinto ósseo e, dentro dele, o labirinto membranoso. É nele que se encontram alojados os receptores da audição e do equilíbrio. Tal como a caixa do tímpano, também o ouvido interno se aloja na espessura do osso temporal. Assim, este compreende duas partes, uma anterior, cóclea ou caracol, que serve para a audição, a outra posterior ou vestíbulo, que contém duas vesículas: o utrículo e o sáculo. A este último estão adjacentes os três canais semicirculares orientados nos três planos do espaço; este aparelho vestibular serve para o equilíbrio. O labirinto contém os líquidos labirínticos que estão em estreita relação com as células sensoriais, auditivas e vestibulares. O labirinto membranoso encontra-se dividido em 3 compartimentos.
O compartimento superior, ou canal vestibular que finda na janela oval; o compartimento inferior, ou canal inferior, ou canal timpânico, que finda na janela redonda. Estes dois compartimentos ligam-se no ápice da espiral. Ambos estes compartimentos contêm um líquido límpido, o perilinfa. O terceiro compartimento, o canal coclear, contém outro líquido límpido, o endolinfa, e está localizado entre os canais vestibular e timpânico. O canal coclear encontra-se separado do canal vestibular pela membrana vestibular e do canal timpânico pela membrana basilar. As células receptoras da audição estão no canal coclear, e consiste em várias filas de células ciliadas localizadas sobre a membrana basilar que em conjunto com as células de suporte e com a membrana, formam o órgão de audição, designado de órgão de corti.
Destas células partem os filetes nervosos que se reúnem para formar o nervo coclear, para a audição, e o nervo vestibular para o equilíbrio; estes dois nervos reúnem-se no canal auditivo interno para formar o nervo auditivo ou oitavo par craniano; acompanha o nervo facial.
O nevo auditivo dirige-se para a bulboprotuberância; os nervos cocleares e vestibulares afastam-se um do outro para se lançarem nos seus núcleos respectivos. Destes núcleos partem fibras que, após várias sinapses, se dirigem para os centros do córtex cerebral, que ficam situados no córtex temporal do cérebro.
VIAS NEURONAIS PARA A AUDIÇÃO
Os sentidos especiais da audição e do equilíbrio são ambos transmitidos pelo estato-acústico ou vestibulococlear ( VIII nervo craniano). O termo vestibular refere-se ao vestíbulo do ouvido interno, envolvido no equilíbrio. O termo coclear refere-se à cóclea e é a porção do ouvido interno envolvida na audição. Este nervo funciona como dois nervos separados transportando informação de duas estruturas distintas, mas relativamente próximas. As vias auditivas do SNC são muito complexas, com feixes cruzados e feixes não cruzados. Por isso a lesão unilateral do SNC tem pouco impacto na audição. Os neurônios do gânglio coclear sinapsam com neurônios do SNC no núcleo coclear dorsal ou ventral da parte superior do bulbo perto do pedúnculo cerebeloso inferior. Estes neurônios sinapsam por sua vez no núcleo olivar superior ou passam através dele. Os neurônios que terminam neste núcleo podem sinapsar com neurônios eferentes que regressam à cóclea de modo a modular a percepção da tonalidade.
As fibras nervosas provenientes do núcleo olivar superior também se projetam para os núcleos do trigêmeo (V nervo craniano) e facial (VII nervo craniano), controlando os músculos tensores do tímpano e estapédio, respectivamente. Estas vias reflexas amortecem os sons altos, desencadeando contrações desses músculos. Trata-se do reflexo de atenuação dos sons, previamente descrito. Os neurônios que sinapsam no núcleo olivar superior também se podem juntar a outros neurônios em ascensão para o córtex cerebral. Uma grande parte do ouvido interno é ocupada pelo vestíbulo, que não está relacionado com a percepção do som, mas possui a capacidade de controlar o equilíbrio postural do organismo. As células desprovidas de cílios (otólitos, células receptoras) do labirinto do vestíbulo proporcionam informações ao cérebro sobre a posição da cabeça relativamente à gravidade e também assinalam movimentos angulares e lineares da cabeça.
Os sinais nervosos passam do vestíbulo para o cérebro através do ramo vestibular do oitavo nervo craniano. As funções destes impulsos nervosos estão relacionadas com o controlo do equilíbrio e com a coordenação dos movimentos dos olhos e da cabeça, de modo a que a capacidade visual seja otimizada durante os movimentos da cabeça. As células ciliadas dos três canais semicirculares de cada ouvido são os principais detectores de variações na aceleração angular.
TIPOS DE SURDEZ
A surdez é geralmente dividida em dois tipos:
1-) Causada por lesão da cóclea ou do nervo auditivo, que é usualmente classificado como “ surdez neural “
2-) Causada por lesão dos mecanismos de transmissão do som para dentro da cóclea, que é usualmente chamada de “ surdez de condução”
Se a cóclea ou nervo auditivo forem destruídos, o individuo ficará permanentemente surdo.
Na surdez neural o individuo tem diminuição ou perda total da capacidade de ouvir sons testados tanto pela condução aérea como pela condução óssea. Este tipo de surdez ocorre, até certo ponto, em quase todos os indivíduos mais idosos.
Um tipo comum de surdez é causado pela fibrose do ouvido médio após infecções repetidas do ouvido médio ou pela fibrose que ocorre na doença hereditária. Neste caso, as ondas sonoras não podem ser transmitidas facilmente pelos ossículos da membrana do tímpano para a janela oval. Tem casos em que o individuo fica totalmente surdo para a condução aérea mais pode-se fazê-la escutar novamente, de modo quase normal, removendo-se o estribo e substituindo-o por uma diminuta prótese que transmite o som da bigorna para a janela oval.
AUDIÇÃO NAS ESPÉCIES
• Peixes: além da linha que acusa vibrações da água e alguns sons emitidos por outros animais, os peixes apresentam o ouvido interno, o qual está mais relacionado ao equilíbrio do que a audição. A bexiga natatória pode amplificar ou produzir sons em determinadas espécies. Presente na maioria dos peixes, consiste numa bexiga cheia de ar que infla e desinfla, permitindo ao peixe manter-se em vários níveis da água.
• Répteis:A audição é aguda, principalmente nos lagartos que ouvem sons transmitidos pelo ar, graças a abertura do ouvido externo. As serpentes ouvem através de ossos do crânio os quais transmitem vibrações do solo.
• Nos vertebrados terrestres: o ouvido possui a capacidade de amplificar sons. Nos anfíbios, a membrana timpânica ou tímpano amplia o som e transmite as vibrações para o ouvido médio.
• Nos répteis : ocorre o mesmo processo que nos anfíbios. A diferença está mais na parte externa, pois os répteis e as aves já apresentam um pavilhão auditivo externo rudimentar e o tímpano fica em uma depressão da cabeça: o ouvido médio. Jabutis, cágados e lagartos possuem aberturas timpânicas, que correspondem aos ouvidos humanos. Estas aberturas são estruturas simples, fechadas por uma escama. As cobras são surdas, mas identificam vibrações decorrentes do impacto no chão. Durante o acasalamento, os répteis crocodilianos emitem sons em várias freqüências para atraírem seus parceiros. Embora alguns autores discordem, há registros de que tartarugas e iguanas compreendam alguns sons, sendo capazes de atender pelo nome, dependendo do grau de relacionamento com o proprietário.
• Nos roedores: A audição é muito aguçada e sensivel a ruídos estranhos , habilidade muito importante devido ao hábito noturno. Os ratos podem adaptar-se aos ruídos e também aos ultra-sons.
• Nas aves: Algumas contam com uma ótima audição, apesar da óbvia falta de orelhas na maioria das espécies. As corujas têm uma excelente audição, e muitas espécies podem localizar e pegar um rato no escuro só pelo som, a uma distância de dezenas de metros. Outras aves localizam presas debaixo da terra, como minhocas ou besouros, por meio do som. Audição: o sentido da audição também é altamente desenvolvido nas aves. Elas conseguem uma amplitude de freqüência de 40 a 9.000 Hz, chegando a distinguir as diferentes notas sonoras melhor do que o homem. Tal fato deve-se à presença de uma quantidade dez vezes superior de células ciliadas por unidade de comprimento coclear do que a encontrada nos mamíferos (a cóclea do ouvido interno é um tubo curto que termina em fundo cego).
A anatomia do aparelho auditivo externo leva ao tímpano (ou membrana timpânica); desse, um osso, a columela auris, transmite as ondas sonoras através da cavidade do ouvido médio até a janela oval do ouvido interno (da mesma forma que acontece com os anfíbios e répteis). De cada ouvido médio, uma trompa de Eustáquio dirige-se até a faringe, sendo que os dias possuem uma abertura comum no palato. Também o olfato e a audição, embora não sendo sentidos muito apurados pelas aves, podem em alguns casos desempenhar um importante papel na sua orientação. Algumas aves marinhas desenvolveram um olfato apurado que lhes permite encontrar o ninho durante a noite e recentemente descobriu-se que as aves são sensíveis a ruídos de baixa freqüência, como o barulho das ondas, e suspeita-se que esta possa também ser igualmente uma ajuda importante. Os pássaros se comunicam através da vocalização, ou seja, o canto ou a imitação. É assim que os machos marcam seu território, avisando aos outros para se manterem distantes.
A audição é utilizada para reconhecimento dos cantos de invasores e combatentes. É essencial, pois a maioria dos cantos é desafiador. Os pássaros cantam também no acasalamento para atrair as fêmeas
ANIMAIS DOMÉSTICOS
• Gato:é um dos mais importantes sentidos do gato, depois da visão. Capazes de escutar sons no âmbito ultra-sônico, os gatos têm uma audição excelente, principalmente quando jovens. Seu ouvido possui formato irregular e assimétrico, com 30 músculos. As orelhas têm o poder de virar-se rapidamente e com precisão, em busca de sons. Em geral, os bichanos reconhecem palavras, como seu próprio nome. A partir dos cinco anos, o ouvido da maioria das raças perde sua percepção pronunciada. Há variedades brancas surdas de nascença.
• Cão: a audição desenvolvida, os cães captam sons imperceptíveis para o homem.
Os ruídos incômodos para o cão passam despercebidos para os humanos. Isso porque o aparelho auditivo dos cães é sensível a ondas sonoras de determinado comprimento que o ser humano é incapaz de registrar.
• Cavalo: Trata-se de uma onda de natureza longitudinal mecanica, portanto necessita de um meio material para propagar-se. O som de uma onda de pressão que caracteriza-se por causar regiões de compressão e rarefação no meio onde se propaga. Isso significa que o som transporta energia e NUNCA matéria. O homem é capaz de perceber ondas sonoras dentro do limite de aproximadamente 20.000Hz. Nas espécies animais os limites do campo de audição são diversos.
CURIOSIDADES
As funções primárias da audição para os animais são: a detecção de sons ambientais e a comunicação com a mesma espécie. A comunicação com outras espécies pode ser considerada como uma função secundária da audição. Vale lembrar que o som também desempenha importante função na sexualidade, nos avisos de perigo e na defesa do território.
Os cavalos possuem audição muito aguçada. Eles ouvem melhor quando estão atentos, orelhas ligeiramente ativas, que se movem rapidamente em todas as direções. As raças mais pesadas, com orelha ligeiramente inertes, quase cobertas de pelo, são naturalmente menos sensíveis ao estímulo sonoro.
A audição é bastante acentuada quando os sons são carregados pelo vento na direção do cavalo. Quando houver uma leve brisa, cavalos pastando responderam imediatamente mesmo á detonação de uma arma a quilômetros de distância.
A aparente habilidade que alguns animais tem para detectar a aproximação de humanos ou outros animais é freqüentemente difícil de ser avaliado, uma vez que eles muitas vezes, fazem uso não só de seus ouvidos, mais também das vibrações que os atingem pelo solo, subindo pelos ossos dos membros e sendo conduzidos através da estrutura óssea para o crânio e o ouvido médio.
Os cavalos contam com a vantagem de possuírem um pescoço longo, móvel em todos os sentidos, com orelhas côncavas e receptivas, capazes de se voltarem praticamente para qualquer direção. Tais orelhas não apenas captam os sons, mais pela virtude de seu poder de movimento, são capazes de definir de onde vem o som.
O cavalo responde mais prontamente a comandos verbais de alta vibração, como sussurros, do que a sons de grande intensidade. Por isso cuidado: gritar com um cavalo não dá melhor resultado do que afugentá-lo.
Um caso muito especial: as corujas:
Podemos afirmar que acusticamente, as corujas são as aves mais sensíveis; algumas espécies são diurnas e outras crepusculares (nesse caso sua atividade metabólica se dá com maior intensidade ao amanhecer e ao anoitecer). Para freqüências acima de 10quilo-hertz, a sensibilidade auditiva dessas aves pode ser comparada a de um gato. Isso só é possível por ser a anatomia das corujas adaptadas para tal, ou seja, possuem membranas timpânicas grandes e centros auditivos no encéfalo bastante desenvolvido.
Certas aranhas conseguem ouvir ondas infra-sônicas, permitindo esta capacidade detectar aproximação de presas ou predadores. Além de detectarem infra-sons podem ser sensíveis a ondas sonoras de freqüências acima dos 40.000 Hz.
Os golfinhos emitem ultra-sons que lhes permitem encontrar o seu caminho debaixo de água. Alguns são sensíveis a ultra-sons de freqüências superiores a 120.000Hz.
Muitas espécies de morcegos, essencialmente os que se alimentam de insetos, orientam-se por meio de ultra-sons para apanhar o seu alimento. Os morcegos conseguem ouvir sons com freqüências entre 1.000 Hz e 120.000 Hz.
A audição dos cães é muito superior ao dos seres humanos. Conseguem detectar um som quatro vezes mais distante que o homem. Alem disso o seu intervalo de freqüências auditivas é também, mais vasto. Os cães conseguem detectar freqüências que vão desde os 10 Hz até os 40.000Hz.
A audição dos gatos é muito apurada e é mais sensível aos sons agudos. Enquanto a freqüência de percepção humana vai até aos 20.000Hz, a dos gatos vai de 60 Hz até cerca dos 65.000Hz. É por esta razão que os gatos percebem o movimento humano a alguns metros de distancia.
CONCLUSÃO
Concluímos que as ondas sonoras chegam até o aparelho auditivo, fazem o tímpano vibrar que, por sua vez, faz os três ossos da orelha (martelo, bigorna e estribo) vibrarem; as vibrações são passadas para a cóclea, onde viram impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo auditivo. Após a realização deste trabalho, foi possível conhecer o mecanismo da audição bem como a sua importância. Ficamos “ impressionados” com a complexidade deste mecanismo, que nos permite, em segundos, ouvir e interpretar sons. Assim, o ouvido não é mais do que um labirinto ósseo e um sistema de canais localizado no osso temporal, o qual contém perilinfa e o labirinto membranoso (que contém endolinfa).
O ouvido externo consiste na orelha e no canal auditivo externo; o ouvido médio localiza-se entre o externo e interno e é constituído pela membrana do tímpano, o martelo, a bigorna, o estribo, a trompa de Eustáquio, estando em ligação com as células aéreas mastóideas; O ouvido interno tem três partes: os canais semicirculares, o vestíbulo (constituído pelo utrículo e o sáculo) e a cóclea. Esta, por sua vez, divide-se em membrana vestibular e basilar, rampa vestibular e rampa do tímpano, ducto coclear. Este assume também grande importância no equilíbrio estático, avalia a posição da cabeça em relação à gravidade, detectando ainda a aceleração e desaceleração linear.
BIBLIOGRAFIA
• STEPHENS, Trent D.; TATE, Philip – Anatomia & Fisiologia 1ª ed. Lisboa: Lusodidacta, 1997.
• WHITFIELD, Philip; STODDART, Mike – Os Sentidos Alfragide Ediclube Edição e promoção do livro, 1ª edição 1989.
• GUYTON & HALL – Tratado de Fisiologia Médica 9ª edição, RJ: editora Guanabara Koogan S/A 1997.