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quarta-feira, novembro 20, 2024

Avaliação da Destreza e Agilidade Manual em Indivíduos

RESUMO

Este artigo tem como finalidade avaliar a destreza manual entre 5 indivíduos, sendo 2 sinistros e 3 destros, ambos do sexo feminino, onde 3 deles são trabalhadores e 2 não trabalhadores. Utilizou-se para a avaliação testes materiais como bolas de gude, pinos de ludo e pinos de madeira, utilizando sempre o tempo de movimento (tempo em segundos) para a avaliação. Em 80,71% dos testes notou-se agilidade maior nos indivíduos destros, independente de serem trabalhadores ou não. Ou seja, os sinistros levaram um tempo maior para realizar o teste, porem o desempenho foi menor.

ABSTRACT

This article has as purpose to evaluate the manual dexterity between 5 individuals, being been 2 accidents and 3 dexterous, both of the feminine sex, where 3 of them are diligent and 2 not diligent ones. One used for the evaluation material tests as balls of marble game, bolts of wooden ludo and bolts, using always the time of movement (time in seconds) for the evaluation. In 80,71% of the tests bigger agility in the dexterous individuals was noticed, independent to be diligent or not. Or either, the accidents had taken a bigger time to carry through the test, to put the performance were lesser.

PALAVRAS CHAVE: destreza, agilidade, sinistro, destro.

INTRODUÇÃO

Segundo Pardini “A mão é identificada como um importante componente da anatomia humana. Sua função e estrutura são únicas, incapazes de serem reproduzidos. A mão pertence exclusivamente ao homem, sensibilidade e movimentos transformaram-no do mais fraco ser da defesa natural ao comandante da natureza. As atividades comuns da vida diária tais como vestir, lavar e comer são dependentes da habilidade manual”.

A destreza manual é definida como a habilidade para usar as mãos com facilidade e precisão em seus movimentos.

Uma boa habilidade torna possível adaptar a mão à forma do objetivo agarrar. A habilidade da mão também envolve a destreza digital que é a habilidade para mover os dedos e manipular objetos pequenos de precisão.

Desta forma utilizou-se para realização do teste objetos pequenos de fácil acomodação na mão, avaliando a agilidade e destreza de cada indivíduo.

MATERIAL E MÉTODOS:

Para avaliação da destreza manual foram utilizados abjetos de tamanhos pequenos, como bola de gude, pinos de ludo e pinos de madeira.

Para realizar a avaliação foram selecionados cinco indivíduos formando duplas (sinistros e destros) nos quais foram aplicados testes distintos.

Para maior compreensão, abaixo descreveremos com detalhe cada teste, material e métodos utilizados.

Teste 1: Pinos de Ludo

(Dois voluntários: 1 destro e 1 sinistro, ambos não trabalhadores).

Colocou-se vários pinos de ludo dentro de um recipiente plástico e cada individuo deveria acomodar o numero máximo de pinos nas mãos. Este teste teve 3 momentos:

A) Com dedos presos:

Colocou-se uma fita envolvendo os dedos mínimo e anular.

O individuo sinistro acomodou 20 peças na mão em 43 segundos, levando em medeia 2,15 segundos para pegar cada pino.

O individuo destro acomodou 24 peças na mão em 50 segundos, levando em media 2,08 segundos para pegar cada pino.

B) Olhos vendados e dedos presos:

Colocou-se uma fita envolvendo os dedos mínimo e anular. Vendou-se os olhos no mesmo momento.

O individuo sinistro acomodou 16 peças na mão em 43 segundos, levando em media 2,68 segundos para pegar cada pino.

O individuo destro acomodou 14 peças em 25 segundos, levando em media 1,78 segundos para pegar cada pino.

C) Sem dedos presos e sem vendas nos olhos.

O individuo sinistro acomodou 20 peças nas mãos em 44 segundos, levando em media 2,2 segundos para pegar cada pino.

O individuo destro acomodou 26 peças em 47 segundos, levando em media 1,8 segundos para pegar cada pino.

Teste 2: Pinos de madeira – Resta Um

(Dois voluntários: 1 destro e 1 sinistro, sendo a destra trabalhadora e a sinistra não trabalhadora).

Colocou-se a tabuleiro de resta um com todos os pinos de madeira. Cada individuo deveria retirar pino por pino e acomodar na mão. Este teste teve dois momentos.

A) Sem vendas nos olhos:

Ambos (destro e sinistro) levaram 14 segundos para realizar o teste.

B) Olhos vendados e virar os pinos.

Colocou-se vendas nos olhos e o individuo deveria retirar cada pino, virar e colocar de volta no tabuleiro.

O individuo sinistro levou 28 segundos para realizar o teste.

O individuo destro levou 21 segundos para realizar o teste.

A diferença entre os dois indivíduos foi de 7 segundos, ou seja, o destro se sobressaiu.

Teste 3: Bolas de Gude

(Dois voluntários: 1destro e 1 sinistro, sendo a destra trabalhadora e a sinistra não trabalhadora).

Colocou-se varias bolinhas de gude dentro de um recipiente plástico, onde cada individuo deveria acomodar o máximo possível de bolinhas na mão. Este teste teve 2 momentos.

A) Dedos presos:

Colocou-se uma fita envolvendo os dedos anular e mínimo.

O individuo sinistro acomodou 9 bolinhas na mão em 23 segundos, levando em media 2,55 segundos para pegar cada bolinha.

O individuo destro acomodou 12 bolinhas na mão em 16 segundos, levando em media 1,33 segundos para pegar cada bolinha.

B) Olhos vendados e dedos presos:

Colocou-se uma fita envolvendo os dedos anular e mínimo. Vendou-se os olhos no mesmo momento.

O individuo sinistro acomodou 10 bolinhas em 37 segundos, levando em média 3,7 segundos para pegar cada bolinha.

O individuo destro acomodou 14 bolinhas em 34 segundos, levando em media 2,42 segundos para pegar cada bolinha.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

No teste que envolveu 2 voluntários que não trabalhavam, notou-se maior agilidade e destreza no indivíduo destro em todas a etapas do teste.

No primeiro teste realizado com um individuo destro trabalhador e o outro sinistro não trabalhador, observou-se que ambos tem a mesma agilidade e destreza no item que referia a retirada dos pinos e acomodação dos mesmos na mão, sem vendas nos olhos. Porém com os olhos vendados o individuo destro se destacou em 7 segundos de vantagem. No que se refere à coordenação olho-mão ambos apresentaram a mesma agilidade, em contrapartida o sinistro com os olhos fechados levou um tempo maior para realizar o teste.

No segundo teste realizado com outra dupla sendo da mesma forma um individuo destro trabalhador e outro sinistro não trabalhador, a mostra apresentou o mesmo resultado (apesar de números e tempos diferentes), ou seja, o individuo destro trabalhador se sobressaiu novamente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com Fleishman e Ellison (1962) “a destreza manual é capaz de realizar com precisão e controle a manipulação de objetos geralmente com o auxilio da visão (coordenação olho – mão)”.

Nos testes realizados houve etapas em que a coordenação olho-mão foi utilizada e de certa forma influenciou no resultado dos testes. Sendo que num dos testes o resultado foi igual entre destro e sinistro.

Pode-se observar que os indivíduos destros se sobressaíram mesmo com os olhos vendados e/ou dedos presos.

Observou-se também que independente de trabalhadores ou não trabalhadores nesta pesquisa os indivíduos destros demonstraram maior agilidade e destreza manual nos testes realizados.

Como o número de indivíduos avaliados foi pequeno, não se pode afirmar que em geral os destros possuem maior agilidade e destreza manual que os sinistros, e tão pouco o fato de trabalhar (usar as mãos, adquirir agilidade) tenha influenciado nos resultados e/ou faz o destro ser mais ágil. Para isso se faz necessário uma pesquisa ampla com um número maior de indivíduos. Desta forma, pode-se apenas alegar que nos três testes realizados (sete etapas), o individuo destro demonstrou maior destreza e agilidade, ou seja, em 80,71% dos testes.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PARDINI, Arlindo Junior. Traumatismo de mão. 3.ed. Rio de janeiro: MEDSI, 2000.

PARDINI, Arlindo Junior. Cirurgia da mão – Lesões não traumáticas. 3. ed. São Paulo: MEDSI, 1990.

LIANZA, Sergio. Medicina de reabilitação. Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação. Academia Brasileira de medicina e Reabilitação. 3. ed. Rio de Janeiro: GUANABARA , 2001.

ARAUJO Póla Maria Poli, FALLOPA Flavio, MASEIRO Danilo, ARAUJO Marco Poli. Avaliação da destreza manual pelo método funcional Minnesota – Estudo de 100 indivíduos. Revista Reabilitar. Pancast, Ano2, n.5., 4° Trimestre

Nos testes realizados houve etapas em que acoordenação olho-mão foi utilizada e de certaforma influenciou no resultado dos testes. Sendo que num dos testeso resultado foi igual entre destro e sinistro.

Pode-se observar que os indivíduos destros sesobressaíram mesmo com os olhos vendados e/ou dedospresos.

Observou-se também que independente detrabalhadores ou não trabalhadores nesta pesquisa osindivíduos destros demonstraram maior agilidade e destrezamanual nos testes realizados.

Como o número de indivíduos avaliados foipequeno, não se pode afirmar que em geral os destros possuemmaior agilidade e destreza manual que os sinistros, e tãopouco o fato de trabalhar (usar as mãos, adquirir agilidade)tenha influenciado nos resultados e/ou faz o destro ser maiságil. Para isso se faz necessário uma pesquisa amplacom um número maior de indivíduos. Desta forma,pode-se apenas alegar que nos três testes realizados (seteetapas), o individuo destro demonstrou maior destreza e agilidade,ou seja, em 80,71% dos testes.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PARDINI, Arlindo Junior. Traumatismo demão. 3.ed. Rio de janeiro: MEDSI, 2000.

PARDINI, Arlindo Junior. Cirurgia da mão– Lesões não traumáticas. 3. ed.São Paulo: MEDSI, 1990.

LIANZA, Sergio. Medicina dereabilitação. Sociedade Brasileira de MedicinaFísica e Reabilitação. Academia Brasileira demedicina e Reabilitação. 3.ed. Rio de Janeiro: GUANABARA , 2001.

ARAUJO Póla Maria Poli, FALLOPA Flavio, MASEIRODanilo, ARAUJO Marco Poli. Avaliação da destrezamanual pelo método funcional Minnesota – Estudo de 100indivíduos. Revista Reabilitar. Pancast,Ano2, n.5., 4° Trimestre

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