Hábito extremamente destrutivo adquirido inconscientemente, que consiste em raspar durante o sono as superfícies dos dentes superiores contra os inferiores. Conhecido também como briquismo. Considerado um hábito parafuncional de ranger os dentes; a dificuldade para sua resolução aumenta de acordo com a gravidade do desgaste produzido.
O termo bruxismo é derivado do Francês “la bruxomanie”principalmente utilizado por Marie & Pietkiewicz em 1907, também Frohman (1931), fez a utilização pioneira deste termo para identificar um problema dentário desencadeado pelo movimento anormal da mandíbula.
Sendo uma patologia de ocorrência comum o bruxismo, pode e é encontrado em todas as faixas etárias, com prevalência semelhante em ambos os sexos.
Já comprovado anteriormente em estudos, o bruxismo é uma das desordens funcionais dentárias mais prevalentes, destrutivas e complexas existentes, sendo tão antiga quanto o próprio homem.
O bruxismo causa um desgaste excessivo nos dentes, sendo o esmalte a primeira estrutura a ser envolvida por ele. Esta carga parafuncional do bruxismo, que resulta no desgaste anormal dos dentes, é o sinal mais freqüente desta patologia. Mais comumente severo nos dentes anteriores, não sendo um desgaste uniforme, isto quando se trata de dentes naturais. Já com os indivíduos portadores de prótese total, pode ocorrer o inverso, sendo maior o desgaste nos dentes posteriores, as pressões que são maiores na região posterior, permitindo assim uma maior estabilidade dentária.
O bruxismo pode ou não estar diretamente ligado à dor disfuncional muscular da articulação temporomandibular (ATM), dores de cabeça podendo até atingir o ouvido, dor muscular facial relacionados aos músculos mastigatórios, dor generalizada.
A freqüência e a severidade pode variar e aumentar a cada noite, está altamente associada ao stress emocional e físico. Quando noturno, o bruxismo envolve movimentos rítmicos semelhantes ao da mastigação, com longos períodos de contração dos músculos mandibulares. Esses movimentos, contrações, podem superar os realizados durante o esforço consciente, sendo a causa da dor muscular e fadiga.
Até hoje, não se conhece um método de tratamento para eliminar permanentemente o bruxismo.
A terapia mais empregada atualmente para o alívio dos sinais e sintomas de disfunção da articulação temporomandibular associados ao bruxismo, é a utilização de placas interoclusais. Essas placas reduzem a atividade dos músculos durante a noite logo após a sua inserção e protegem os dentes dos desgastes provocado pelo hábito.
A placa pode, e é normal, sofrer desgastes pelo uso constante, mas a sua reabilitação é menos problemática que a estrutura dentária quando afetada. É comum a recidiva do bruxismo após a suspensão de um tratamento a longo prazo com placa interoclusal.
Hábitos como, mascar chicletes, morder ou apertar objetos estranhos, devem ser considerados como um vício concomitante do bruxismo e portanto, devem ser eliminados durante o tratamento.
O indivíduo portador de bruxismo deve constantemente visitar seu dentista para que seja proservado pelo profissional.
Até o presente momento a cura permanente do bruxismo é desconhecida e sua etiologia ainda não esta suficientemente esclarecida.
O cirurgião dentista deverá escolher a terapia ideal para o tratamento, de acordo com o paciente.