Exames de colonoscopia para diagnóstico precoce são fundamentais.
Estudo americano mostra que, apesar disso, eles são pouco difundidos.
Segundo pesquisadores norte-americanos, menos da metade dos cidadãos com mais de 50 anos já foram submetidos a uma colonoscopia. A colonoscopia é um exame endoscópico que permite a detecção precoce dos tumores do intestino grosso, aumentando as possibilidades de tratamento curativo.
O câncer do intestino grosso, ou cólon, é muito comum em homens e mulheres e causa milhares de morte todos os anos. No Brasil, esses tumores respondem por cerca de 8% das mortes por neoplasias malignas a cada ano.
Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas com o diagnóstico precoce. A taxa de sobrevivência das pessoas diagnosticadas e tratadas na fase inicial é de mais de 90% nos primeiros cinco anos. Infelizmente, mesmo nos Estados Unidos, somente 39% doas tumores são descobertos nessa fase.
A colonoscopia faz parte das diretrizes internacionais de prevenção e está indicada em todos os indivíduos acima dos 50 anos de idade. Nos casos de pessoas com história familiar para câncer do intestino, o exame deverá ser realizado mais cedo, a critério do médico que acompanha o paciente.
A colonoscopia que permite a visualização direta de todo o intestino grosso é um dos poucos métodos-diagnóstico que também é terapêutico, já que os pólipos ou pequenos tumores, descobertos durante o procedimento, podem ser retirados de pronto.
A baixa utilização do método de diagnósticos se repete no Brasil, onde o Ministério da Saúde registrou de janeiro a outubro de 2007 a realização de apenas 74 mil colonoscopias, em um universo de mais de 15 milhões de brasileiros acima dos 60 anos. E, desse grupo, 77% foram feitas nas regiões Sul e Sudeste.
Somente com a implementação de políticas de prevenção efetivas e abrangentes poderemos diminuir o impacto dessa doença que mata mais de 10 mil pessoas por ano em nosso país.