As cantigas de amor possuem vassalagem amorosa por parte do trovador, que na maioria dos casos fazia sempre estas “Poesias Cantadas” na mulher comprometida tornando-se um amor platônico. Este amor era inatingível, inacessível, idealizado e a dama, jamais corresponderia o amor cortês de determinado trovador, que também de fingimento poético por ser casada ou comprometida.
O eu lírico nas cantigas de amigo, através do trovador é a mulher do campo (pastora, camponesa) sofrendo ou lamentando-se a ausência do seu amigo, que na verdade não deixa de ser o seu namorado ou amante. Por isso, a mulher sofre expressando seu lamento e dor, cantando ou até mesmo conversando com a natureza e todos os seres habitados por ela, o quanto está triste com a falta do seu amor, que muitas das vezes foi embora e a deixou esperando com eternas saudades.
A Ordem Social Medieval possuía uma espécie de vassalagem a ordens superiores como o Clero, que tinha grande parte de força de poderes aquisitivo em nossa sociedade, como também a classe dominante rica.
As cantigas de amor e esta ordem social medieval estabelecem relações no fato de temor a Deus; as pessoas deviam sempre respeitar a normas pensando nas conseqüências dos seus atos em nome de Deus, como também a submissão da mulher, que não desempenhava papel algum a não ser criar os filhos; sempre a classe rica e a Igreja exerciam poder absoluto sobre pobres e quaisquer pessoa não importando as circunstâncias. Assim no caso de trovadores decadentes, serem rejeitados por seu amado devido ter se tornado uma pessoa falida de uma sociedade conservadora, onde poder esta acima de tudo.
Já quanto às crônicas de Fernão Lopes se relacionava de forma abrangente com todas esta cantigas de amor, amigo, ordem medieval retratando a igreja e ora vezes retratando a nobreza como reis em seus textos, pois suas crônicas possuem relevância principalmente, nos textos, que não só falem de reis como observando, visando a massa popular em suas pesquisas e mostrando a transição social do lado de cada pessoa agir. Tornando este lado humano, mais explicito de cada individuo inclusive, os próprios reis como sujeito normal e este fator, tornou-se um aspecto importante e interessante para época destes acontecimentos.
Biografia:
Fernão Lopes (1378 — 1459) foi funcionário do paço e notário, nomeado cronista pelo rei D. Duarte, escreveu as crónicas dos reis D. Pedro I, D. Fernando e D. João I (1.ª e 2.ª partes).
Do ponto de vista da forma, o seu estilo representa uma literatura de expressão oral e de raiz popular. Ele próprio diz que nas suas páginas não se encontra a formosura das palavras, mas a nudez da verdade. Era um autodidacta. Foi um dos legítimos representantes do saber popular, mas já no seu tempo um novo tipo de saber começava a surgir: de cunho erudito-acadêmico, humanista, classicizante.
Ocupa, entre a série dos cronistas gerais do Reino, um lugar de destaque, quer como artista quer pela sua maneira de interpretar os factos sociais. Fernão Lopes deve ter nascido entre 1378 e 1390, aproximadamente, visto que em 1418 já ocupava funções públicas de responsabilidade (era Guardião-mor das escrituras da Torre do Tombo). Pertencia portanto à geração seguinte à que viveu o cerco de Lisboa e na batalha de Aljubarrota.
A guerra com Castela acabou em 1411, pelo que Fernão Lopes pôde ainda acompanhar a sua fase, e conhecer pessoalmente alguns dos seus protagonistas, como D. João I, Nuno Álvares Pereira, os cidadãos de Lisboa que se rebeliaram contra D. Leonor Teles e elegeram o Mestre de Avis seu defensor em comício popular, alguns dos procuradores às Cortes de Coimbra de 1385 que, apoiando o dr. João das Regras declararam o trono vago e, chamando a si a soberania, elegeram um novo rei e fundaram uma nova dinastia.
Referências: