4.1Características Sócio-Demográficas e Reprodutivas das Gestantes
Em relação às características sócio-demográficas apresentadas na Tabela 1, encontramos mulheres com idade entre 17 e 43 anos tanto no setor privado como no setor público, sendo 10% com menos de 19 anos, 70% entre 20 e 34 anos e 20% com mais de 35 anos. Quanto à etnia, 70% eram brancas e 30% pardas nas duas instituições.
Quanto à escolaridade, 14 gestantes entrevistadas apresentavam ensino fundamental completo; entretanto, observou-se 50% com fundamental incompleto do setor público e somente gestantes do setor privado apresentaram ensino superior.
Para Haidar et al., (2001), a escolaridade materna está associada ao tipo de parto, sendo que as mães com maior escolarização apresentam uma chance seis vezes maior de terem filhos de parto cesáreo. Esse tipo de parto é decorrente tanto da opção da mãe como opção médica, pois, sendo que a cesariana tem um custo maior, as mães com maior escolaridade costumam ter melhores condições econômicas, podendo optar por ele. Relatam também que o número de consultas no pré-natal é maior nas gestantes que possuem maior instrução.
Em nosso estudo observamos que, nas gestantes com menor escolaridade o índice de abortos foi maior, fator constatado somente entre as usuárias do serviço público (50% das gestantes). Já no setor privado, em que as gestantes possuíam maior grau de instrução (ensino médio e/ou ensino superior) não houve relato de aborto.
Das entrevistadas, 80% responderam estar vivendo em algum tipo de união no momento da entrevista. No entanto, houve um maior percentual de solteiras no setor público (20%), em contraste com as gestantes do setor privado, que apresentaram o maior percentual de casadas: 80%.
Mais de 90% das entrevistadas do setor privado declararam ter ocupação remunerada, e 60% do setor público declararam serem do lar. Observou-se que a maior parte das mulheres do setor privado declarou renda familiar entre quatro e 12 salários mínimos (70%). Entretanto, 100% das mulheres do setor público informaram uma renda familiar inferior a três salários mínimos.
No Chile, Murray (apud FAISAL CURY; MENEZES, 2006) realizou um estudo retrospectivo com 540 puérperas e constatou que as mulheres que dispunham de assistência particular, ou seja, de maior nível socioeconômico, tinham maior chance de serem submetidas à cesariana do que as mulheres atendidas em serviços públicos. As possíveis explicações para esse fato incluem o tipo de cuidados médicos e de serviço hospitalar, bem como o modo de participação da mulher no processo decisório sobre o tipo de parto. No nosso estudo, o índice de cesáreas foi maior no setor privado do que no público, no entanto devido à pequena amostra de gestantes nos dois setores, não foi possível a associação entre motivação para cesariana e hospital (ou médico privado) no parto prévio.
A expectativa em relação ao parto está ligada à experiência vivida culturalmente por essa mulher. Sabe-se que a experiência do parto é influenciada por fatores como procedimentos obstétricos, os cursos de preparação para gestantes, a história obstétrica anterior, o desfecho de uma gravidez prévia e a experiência pessoal, ou familiar, que essa mulher tem em relação aos diferentes tipos de parto (LOPES et al., 2005).
Além disso, fatores ligados à assistência médica, à precária educação e orientação às gestantes, assim como causas de natureza econômica, têm, provavelmente, proporcionado elevado número de parto cesariano em detrimento do parto normal (FABRI; MURTA, 1999).
Com relação à idade gestacional três mulheres do setor particular se encontravam no primeiro trimestre de gestação e sete, entre o segundo e o terceiro trimestre de gestação, enquanto no setor público todas estavam entre o segundo e o terceiro trimestre de gestação.
No tocante ao número de consultas até o momento da entrevista, 40% das mulheres mencionaram ter realizado seis consultas de pré-natal. Entretanto, verificou-se uma diferença importante: enquanto no setor público cerca de 60% das mulheres referiram ter tido mais de seis consultas de pré-natal, no setor particular apenas 20% das mulheres alcançaram esse patamar.
No setor público, observou-se maior proporção de multíparas (acima de três gestações) (50%), contra 20% no setor privado
Para aquelas mulheres com história de partos anteriores, verificou-se uma mesma proporção de cesáreas entre os dois setores, no entanto foi observada maior proporção de parto normal no setor público.
4.2Determinantes para a escolha do tipo de parto
É importante destacar que o desejo pelo parto normal foi manifestado em 45% das entrevistadas. No tocante no parto operatório este índice aumentou para 55%, sendo que no setor privado sete gestantes preferiram cesárea e três, o parto normal. Já no setor público, seis gestantes escolheram o parto normal e quatro, cesárea, o que confirma a literatura estudada em relação ao aumento de cesáreas no Brasil, principalmente nas instituições privadas. Entre as primíparas, as usuárias do setor público preferiram o parto normal, enquanto que no setor privado, das cinco primíparas entrevistadas, duas preferiram o parto normal e três o parto cesáreo.
Tendo em vista as conclusões do Simpósio Cesariana: incidências de fatores que a determinam e consequências maternas e perinatais, realizado na Universidade de Campinas, (UNICAMP, 1983), os dados corroboram com nosso estudo confirmando-os quando dizem que, o aumento na incidência de cesariana é, porém diferenciado, observando-se ser relativamente menor nas camadas sócio-econômicas mais desfavorecidas e maior nas camadas mais favorecidas, que constituem a clientela particular.
A análise dos dados sobre o tipo de parto sugerido pelo médico no setor privado foi de dois partos cesáreos e dois partos normais, e um onde a gestante teve que aguardar o desenvolvimento da gestação. O restante das entrevistadas alegou não ter recebido sugestão do profissional. Já no setor público as gestantes mencionaram que houve sugestão para o parto normal.
Quanto às expectativas das gestantes entrevistadas acerca da via de parto, as narrativas foram agrupadas pela similaridade e analisadas sob uma perspectiva qualitativa, para melhor compreensão do conteúdo, respeitando-se as particularidades de cada pessoa, indicando assim as igualdades e as diferenças existentes em cada indivíduo.
A análise das falas das gestantes permitiu a construção de unidades temáticas expostas a seguir, contendo trechos das entrevistas feitas para melhor clarificar a idéia do conceito.
4.2.1 Dor e medo: o medo da dor
Nesta pesquisa, encontramos o medo como um fator sócio-cultural altamente contribuinte do parto cesáreo, confirmando os achados na revisão da literatura estudada de que a cultura influencia nos fatores emocionais contribuindo para o medo e a angustia relacionados à gestação e a parturição.
É comum as gestantes manifestarem medo do parto. Para Lopes et al. (2005), a realidade desse medo está presente, geralmente, pela sensação de dor inerente ao trabalho de parto, ou seja, as contrações.
Na realidade, pode-se dizer que o medo do parto pode ser considerado a expressão de vários sentimentos de ansiedade alimentados durante a gestação e que está estreitamente vinculado a elevação do risco de uma experiência negativa do parto.
As colocações feitas pelas gestantes ilustram bem a presença do medo da dor e sua correlação com o parto, especialmente para o parto normal.
[…] eu tenho medo de ficar sofrendo, minha mãe teve normal, e ela sentiu a dor e falou que dói muito, mas meu marido quer normal, mas eu não, não quero sentir dor (G6 particular).
[…] Quando eu fiquei sabendo que estava grávida eu queria normal, por causa da recuperação depois que é mais rápida, mas eu fui ficando com medo, com medo, com medo e ai eu optei por cesárea. Por que fiquei com medo da dor na hora, minha mãe, minha avó falaram que parto normal dói muito (G3 particular).
Mesmo as gestantes que tiveram parto normal anterior referem medo e ansiedade frente à vivência de uma nova experiência com relação ao parto.
[…] vai ser normal, mas eu to com medo de sofrer, porque eu tenho um casal e tive eles tudo normal e sofri muito, quase perdi um […] (G10 público).
Outro fator importante observado nas entrevistas aponta que a família também é determinante na escolha do tipo de parto pelas gestantes.
[…] minha família que falou como é o parto normal (…). Normal a gente sente uma dor (…) a cesárea a gente sente dor também na hora e depois, mas tenho muito medo do parto normal, morro de medo (G7 público).
[…] Eu recebi informações de um monte de pessoas de dentro de casa, porque na minha casa tem crianças. Falavam que o parto normal é bem melhor […] (G8 público).
[…] fiquei com medo da dor na hora, minha mãe, minha avó falaram que parto normal dói muito […] (G3 particular).
[…] Quero cesárea, eu tenho medo de ficar sofrendo, porque minha mãe teve normal, e ela sentiu a dor e falou que dói muito… não quero sentir dor (G6 particular).
4.2.2 Parto normal e rápido
O fato de o parto normal ser mais rápido foi uma expectativa citada nas falas, ligada à unidade anterior, já que a experiência de vivenciar a dor traz o interesse na evolução rápida do parto.
[…] quero normal. Espero que seja rápido igual ao outro (G7 particular).
[…] não sofrer muito, e que (o médico) tire o bebê rápido (G5 particular).
[…] Espero que na hora seja bom, que não demore muito, porque a dor é na hora […] (G3 público).
4.2.3 Tipo de parto
A expectativa em relação ao parto está ligada à experiência vivida culturalmente por essa mulher. Sabe-se que a experiência do parto é influenciada por fatores como procedimentos obstétricos, os cursos de preparação para gestantes, a história obstétrica anterior, o desfecho de uma gravidez prévia e a experiência pessoal, ou familiar, que essa mulher tem em relação aos diferentes tipos de parto (LOPES et al., 2005).
Além disso, fatores ligados à assistência médica, à precária educação e orientação às gestantes, assim como causas de natureza econômica, têm, provavelmente, proporcionado elevado número de parto cesariano em detrimento do parto normal (FABRI; MURTA, 1999).
4.2.3.1 Parto normal
Entre as gestantes que preferiram o parto normal, os motivos apontados foram: a recuperação pós-parto mais rápida, o medo de um parto cirúrgico e suas possíveis sequelas (hemorragia pós-parto, infecção dos pontos, entre outros).
Nas bibliografias editadas pelo Ministério da Saúde, para serem trabalhadas no contexto do PAISM, podemos colocá-las como responsáveis pelo aumento da preferência das gestantes pelo parto normal. No Brasil se abusa muito da cesárea, muitas vezes de maneira desnecessária. Na literatura são encontrados dados de que as cesáreas e abortos mal feitos são as principais causas da mortalidade materna (BRASIL, 1997). Algumas falas confirmam o exposto:
Eu quero normal… Tenho medo da cesárea, da cirurgia e daquela agulha que eles colocam nas costas da gente, e eu sei que é bem grande. Tenho medo de abrir os pontos também […] (G7 particular).
[…] Era cesárea, agora quero normal, porque o parto normal é mais rápido e recupera mais rápido para eu poder fazer as coisas e não precisar depender dos outros (G1 público).
[…] o parto normal é melhor mesmo, para nós mulheres, porque não pega nenhum tipo de doença… no parto cesáreo é perigoso a gente pegar alguma infecção por causa dos pontos […] (G3 público).
[…] a recuperação é mais rápida, não fica dependendo dos outros… a cesárea a gente depende praticamente 90 dias […] (G4 público).
[…] Quero normal, porque a dor é só na hora e depois que ganha pára, a recuperação é mais rápida e é melhor para o bebê porque é natural e é melhor pra ele (G5 público).
[…] Eu quero normal, porque é só àquela hora ali e depois em dois, três dias você já está boa, já pode andar e tudo mais (G9 público).
Entre as multíparas, as experiências anteriores de partos normais que lhes foram, em alguma medida, satisfatórias, fizeram com que escolhessem novamente o parto normal.
[…] o meu primeiro foi parto normal, então parto normal é bem melhor… eu me senti mais segura, foi rápido, não doeu muito e a recuperação é mais rápida, não fica dependendo dos outros […] (G4 público).
Eu quero normal, porque o meu primeiro foi normal e eu não senti muita dor, foi só àquela hora ali que estourou a bolsa e pronto, foi o tempo de chegar ao hospital e ganhar […] (G7 particular).
Um ponto interessante a ser destacado nas entrevistas foi a escolha do parto normal para incentivo de outras pessoas da família e o nível de informação acerca do parto, mesmo não sendo o parto normal sua escolha preferencial.
[…] normal, só para incentivar os filhos, porque para mim não dá certo, eu sei que é bom tanto para mãe quanto para o neném, é a recuperação, o leite para amamentação, que o leite aparece mais rápido, e o parto cesariano corre o risco durante a anestesia, e em minha opinião o parto normal é melhor (G4 particular).
4.2.3.2 Parto cesáreo
Segundo Siqueira et al., (1981), pesquisas realizadas na região sul e sudeste do Brasil demonstram um predomínio de partos cesarianos entre pacientes particulares e conveniadas em relação às demais. Do mesmo modo, no levantamento dos dados das entrevistas das duas instituições de níveis sócio-econômicos diferentes, também foi encontrada uma maior proporção de parto cesariano na instituição privada.
Autores como Rattner (1996) e Yazlle et al., (2001), mencionam que as principais indicações não médicas para o parto operatório são: a conveniência do médico, o fato da cirurgia ser vista pela população como um bem de consumo, o desejo de aproveitar o procedimento cirúrgico para fazer laqueadura e o medo da dor e lacerações vaginais que podem aparecer no parto vaginal.
G6, usuária do serviço público, comenta sobre a preocupação com o parto normal por complicações clínicas, como mostra a fala a seguir:
[…] falaram que o parto melhor é o normal, mas pra mim não, quero cesárea… eu tenho varizes na vagina então tem que ser o parto cesáreo, porque da outra que tive foi o parto normal e ela nem estava encaixada, o médico me fez ficar até ela sair, então por isso eu não quero mais para não ter a mesma experiência da outra.
Os dados encontrados nessa pesquisa mostram que a maioria das mulheres entrevistadas, tanto da instituição privada como da pública, fazem a opção inicial pelo parto normal. Entretanto verificou-se maior influência do médico, na preferência pela cesárea na instituição privada o que confirma o que foi exposto anteriormente.
O médico me falou na primeira consulta que normal não era muito bom… porque o bebe sofre mais, ele disse que cesárea era melhor… eu queria normal, por causa da recuperação que é mais rápida, mas fui ficando com medo e optei por cesárea. […] (G3 particular).
[…] O médico me disse que cesárea é melhor, porque eu posso escolher o dia e a hora de ganhar, sem dor. […] (G9 particular).
Vianna (2004) também cita a cesárea como bem de consumo nas regiões mais desenvolvidas, visto que em clínicas particulares o número de cesáreas é bem maior, pois na prática a parturiente acaba tendo maior direito de escolha e os médicos não são obrigados a se submeter a protocolos internos como no setor público.
Não recebi informações. Quero cesárea. Porque cesárea não sente dor, é mais prático […] (G5 particular).
No caso das multíparas, a escolha pela cesárea como facilitador para um método contraceptivo definitivo, a laqueadura, e experiências reprodutivas anteriores favoráveis à cesariana também estiveram associados à escolha desse tipo de parto.
[…] como tive pré-eclâmpsia na gravidez anterior e quero fazer laqueadura, então eu quero cesárea […] (G1 particular).
[…] Minha preferência inicial seria normal, mas como eu vou laquear então não tenho muita escolha, vou fazer cesárea (G2 particular).
4.2.4 A realização do Pré-Natal
OBA (1996) expõe que a consulta de enfermagem e as outras atividades educativas desenvolvidas pelo Enfermeiro parecem ser preenchedoras das lacunas deixadas pela consulta médica, que na maioria das vezes enfatiza unicamente os aspectos biológicos. Assim, a consulta de enfermagem associada a atividades educativas torna-se um espaço importante de discussão e orientação para as gestantes.
O acesso à informação durante a gestação também foi bastante diferenciado nos dois setores (público e privado). As mulheres do setor público relataram se sentirem mais informadas sobre as vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de parto (60%) em comparação às mulheres do setor privado (40%).
Pelos depoimentos a seguir, pode-se observar que durante as consultas no pré-natal muitas dúvidas não foram esclarecidas.
O médico falou que ainda não é hora para eu escolher o parto… que ainda não é o momento para eu saber (G6 particular).
Eu quero normal agora, porque antes eu queria cesárea, tinha medo de sentir dor, mas o médico me disse que tenho tudo pra ser normal e que eu não iria fazer cesárea, de jeito nenhum… (G8 particular).
Ninguém me disse nada no consultório, eu fui atrás para saber na internet. Porque eu perguntava para meu ginecologista e ele dizia que era cedo para eu saber que parto escolher, que eu tinha que me preocupar com minha saúde e do bebê, porque o parto depende disso […] (G10 particular).
A Enfermeira falou que parto normal é melhor porque não fica muito deitada, é mais rápido, é melhor para gente e para o bebê […] (G3 público).
Na consulta ele (o médico) não conversa com a gente sobre os tipos de parto, ele conversa sobre de como está o bebê, como eu estou, se sente dor, mais voltado para o bebê (G4 público).
[…] a Enfermeira me falou que é melhor o parto normal porque o bebê não tem sequela, e é mais rápido, é só àquela hora e pronto… (G9 público).
Os dados permitem concluir que o parto normal era o tipo de parto esperado pela maioria das mulheres do setor público (60%), sendo que essa expectativa diminui dentre aquelas do setor particular (30%) que preferiram o parto normal. A principal justificativa para preferir a via vaginal para o parto foi a recuperação mais rápida e para a escolha da cesárea, o medo da dor. Com isso, fica claro a importância da assistência pré-natal como dimensão educativa para contribuir com o acréscimo de informações que as mulheres possuem sobre seu corpo e valorizar suas experiências de vida. No entanto, infelizmente, essa dimensão educativa foi, na maior parte, observada através das falas das gestantes do setor público.
Rios e Vieira (2007) acreditam que o processo educativo (educação em saúde) é fundamental não só para a aquisição de conhecimentos sobre o processo de gestar e parir, mas também para o fortalecimento da gestante como ser e cidadã. Desta forma, o pré-natal é um espaço adequado para que a mulher se prepare para viver o parto de forma positiva, integradora, enriquecedora e feliz.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este estudo de trabalho de conclusão de curso, procuramos identificar as expectativas de gestantes com relação ao tipo de parto preferido por elas, bem como os motivos de sua escolha. Foi desenvolvido com gestantes atendidas em uma ESF e no ambulatório de um hospital privado.
Fizeram parte da pesquisa 20 gestantes, com idade entre 17 e 43 anos, a maioria é branca. Ainda, grande número das entrevistadas disse estar vivendo algum tipo de relação conjugal e apenas duas disseram ser solteiras. A maior parte apresentava ensino fundamental completo, e apenas gestantes do setor privado relataram ter o ensino superior. Quanto à renda, todas do setor público mencionaram receber menos de três salários mínimos, já no setor privado a maioria disseram receber mais de quatros salários mínimos. Quase todas as entrevistadas do setor particular exercem atividade profissional, sendo que no setor público mais da metade são do lar. Quanto ao número de gestações, houve maior multiparidade no setor público, e também presença de abortos entre usuárias do setor público. Com relação ao tipo de parto escolhido, a maioria relatou preferir o parto normal, no entanto no setor privado houve maior preferência pela cesariana.
A pesquisa mostrou que há divergencias entre a percepção dos médicos a respeito da opinião das mulheres e a real opinião/preferência das mesmas sobre a via do parto. Isso nos leva a concluir de que a percepção do profissional nem sempre é a mesma das preferências das mulheres. Buscar uma melhor comunicação e orientação às gestantes poderia diminuir os altos índices de cesárea e evitar mortes desnecessárias relacionadas às suas complicações como, por exemplo, maior risco de hemorragia e infecção.
Conforme ressalta o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001), na orientação sobre o melhor tipo de parto estão implicados necessidades, riscos e benefícios, complicações e repercussões futuras, sendo importante à informação e formação de opinião entre as mulheres, para que elas possam reivindicar aquilo que é melhor para a sua saúde e a de seus filhos, pois, embora profissionais e mulheres possam fazer a opção antecipada do tipo de parto, esse fato não pode ser visto como uma simples questão de preferência (OLIVEIRA et al., 2002).
Balan e Serafim (1996) apontam que a assistência pré-natal adequada durante a gestação realizada por uma equipe multiprofissional é medida essencial para preservar a saúde da gestante e do feto. Pelos resultados de nosso estudo concordamos com este mesmo autor quando ele cita que a participação do Enfermeiro no atendimento às gestantes de baixo risco é de fundamental importância para a orientação das queixas comuns destas mulheres, educação à saúde, discussão dos temores próprios desta fase e de atitudes que favoreçam a evolução fisiológica do período gestacional e do parto. Salientamos que, nossa vivencia na área da obstetrícia enquanto acadêmica de um curso de Graduação em Enfermagem nos mostrou que a ausência de um atendimento pré-natal que prepare a gestante para o parto vaginal está entre um dos fatores agravantes dos índices de cesarianas.
Com relação às expectativas para o tipo de parto encontrado junto às gestantes entrevistadas, o medo de sentir dor foi o mais referido. Nesse caso, as colocações foram feitas de diferentes formas, a maioria referindo o medo do próprio trabalho de parto, outras com relação ao pós-parto, devido a histórias pregressas e familiares de vivência de dor nessa fase. Esses dados são corroborados por outras pesquisas como a de Lopes et al., (2005), nas quais visualizaram a mesma preocupação por parte de gestantes entrevistadas.
Com os resultados de nosso estudo, sentimos a necessidade de mudança nas filosofias institucionais (tanto no serviço público como no privado), para que recebam a gestante com respeito, ética e dignidade, além de serem incentivadas para o exercício de sua autonomia no resgate do papel ativo da mulher no processo parturitivo, para que esta tenha o direito de escolha sobre a preferência do tipo de parto, bem como ser ouvida e esclarecida de suas dúvidas e temores em relação ao mesmo.
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