O âmago de todo o trabalho monográfico é produzido através da recolha da informação relevante e possível sobre um determinado assunto. Para isso, é necessário relacionar cientificamente tudo o que é exposto, através de uma correcta fundamentação dos dados implicados, designadamente, expondo citações e confrontando autores diversos.
Apenas as referências utilizadas no texto, e só estas, deverão constar na bibliografia final.
Apontamentos de aulas, conferências, etc., não têm admissibilidade científica, senão quando publicadas e devidamente referenciadas. Na eventual ausência de elementos comprovativos, os dados bibliográficos (ou outros) não deverão ser utilizados como parte integrante do trabalho. Deve-se evitar referenciar fontes cuja consulta seja difícil ou impossível, tais como comunicações pessoais, eventos sem actas, e documentos de circulação restrita ou temporária.
As fontes originais deverão ser referidas através da metodologia “autor-data” ou Sistema “Harvard”, junto da citação ou do(s) autor(es) referenciado(s). Caso se trate de uma citação directa, ou da reconstrução pessoal e precisa de uma determinada parte do texto original, as indicações serão acrescidas das páginas consultadas (ver exemplos seguintes).
Exemplo 1:
O primeiro autor a abordar este tema foi Aguilar (1967), num estudo sobre as formas pelas Quais os gestores obtêm informação relevante sobre os eventos que acontecem no ambiente geral (externo) da empresa.
Exemplo 2:
A investigação levada a cabo até hoje nesta área demonstra que a importância, que a análise estratégica externa tem para as empresas, pode ser inferida pela forma como as actividades de análise são integradas no processo de planeamento estratégico (Costa, 1997, p. 3).
As citações retiradas do texto original poderão ser de dois tipos: parafraseadas, ou directas. A citação directa consiste na transcrição fiel do texto do próprio autor, que, caso seja inferior a duas linhas de texto, aparecerá entre aspas no corpo do documento (exemplo 3). Caso a citação exceda as duas linhas de texto, será destacada e em letra de fonte menor (tamanho 10) conforme apresentado no Exemplo 4.
As citações, entre aspas, deverão possuir a sinalética “(…)” sempre que não se produza inteiramente um período ou um parágrafo (Exemplo 3).
Exemplo 3:
De facto, e conforme Costa (1997, p. 3) argumenta, “(…) à medida que as empresas crescem em tamanho e complexidade, as suas necessidades de planeamento estratégico formal aumentam.”
Exemplo 4:
O conhecimento destes eventos permite aos gestores a identificação das principais tendências na sua área de negócios, podendo orientar as acções das suas empresas de forma consonante. Com base nos resultados deste estudo, Aguilar (1967, p.VII) definiu análise estratégica externa como: A recolha e análise de informação sobre eventos no ambiente empresarial externo, cujo conhecimento assistirá os gestores na sua tarefa de programar e conduzir o futuro da empresa.
Quando se pretende citar um autor que foi inicialmente referido por outro – fonte indirecta – deverá utilizar-se os termos “cit. in”.
Exemplo 5:
De acordo com Jain (cit. in Costa 1997), a eficácia do planeamento estratégico está directamente relacionada com a capacidade de análise estratégica externa.
Exemplo 6:
A eficácia do planeamento estratégico está directamente relacionada com a capacidade de análise estratégica externa (Jain cit. in Costa 1997).
As interpretações ou resumos do autor da Monografia no interior das citações deverão estar assinaladas através de parênteses rectos “[ ]”.
Exemplo 7:
A eficácia do planeamento estratégico [como modo de desenvolvimento formal da estratégia] está directamente relacionada com a capacidade de análise estratégica externa (Jain, cit. in Costa 1997).
Nos casos de inclusão ou de referência textual de uma obra com três ou mais autores, no corpo do texto a referência aparecerá da seguinte forma: Smith et al. (1991), ou (Smith et al., 1991).
Exemplo 8:
Segundo Costa et al. (1997), para que se possam tomar decisões estratégicas informadas, é necessário que os gestores estejam bem documentados sobre o seu ambiente de negócios.
Para que se possam tomar decisões estratégicas informadas, é necessário que os gestores estejam bem documentados sobre o seu ambiente de negócios (Costa et al., 1997).
É cada vez mais frequente utilizar fontes de informação em forma digital ou na internet. Deve-se no entanto ter em conta que muitos desses documentos são temporários, e que o seu endereço muda frequentemente, pelo que se devem evitar se existirem alternativas. Deve-se ter em conta também que muita da informação na internet corresponde a publicações pessoais, isto é, não passam por um processo de revisão como as publicações escritas; a credibilidade a atribuir a essa informação deve ser pois devidamente avaliada. Note-se que muitas vezes não é necessário incluir as páginas citadas na bibliografia, podendo o endereço dessas páginas ser dado no próprio texto
Fonte:http://www.ufp.pt