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sábado, novembro 23, 2024

CLAUDE LOUIS BERTHOLLET

CLAUDE LOUIS BERTHOLLET


Químico francês
9 de novembro de 1748, Talloires (França)
6 de novembro de 1822, Paris (França)

Claude-Louis Berthollet colaborou com de Lavoisier na elaboração de uma nova nomenclatura química. Doutorou-se em medicina pela Universidade de Turim, em 1770. Dois anos depois foi para Paris, onde conviveu com os mais famosos químicos da época.

Em 1780, foi eleito membro da Academie Royale des Sciences. Participou de numerosas comissões científicas durante a de Revolução Francesa. Em 1796, foi enviado à Itália, junto com Gaspard Monge (1746-1818), a fim de selecionar objetos de arte para o Museu do Louvre.

Berthollet acompanhou de Napoleão na sua viagem ao Egito, em 1798. Durante o Diretório foi senador e, com o advento do império, recebeu o título de conde. Retirou-se para Arcueil, onde instalou um laboratório, que se tornou famoso pela concorrência de inúmeros e ilustres químicos.

COMBINAÇÕES QUÍMICAS
Em 1803 Berthollet publicou o Ensaio da estática química, no qual apresentou sua nova teoria das combinações químicas. Essa obra, porém, que constitui um verdadeiro tratado de química geral, não foi bem compreendida por seus contemporâneos.

Na realidade, os conceitos emitidos por Berthollet eram muito avançados para a época, e baseavam-se em experiências que ele vinha realizando havia mais de vinte anos.

Antes de Berthollet, os fenômenos químicos pareciam irreversíveis. Admitia-se que, se era possível isolar a prata quando se submetia um seu composto à ação do ácido sulfúrico, o mesmo deveria ocorrer sob a ação do ácido clorídrico. Como isso não ocorria, os químicos supunham tratar-se de uma exceção.

Berthollet, no entanto, demonstrou que as exceções a que aludiam seus antecessores constituem, ao contrário, a regra geral. Foi ele o primeiro a estabelecer que nas reações químicas há trocas parciais e recíprocas dos elementos dos compostos em ação. Suas teorias só foram compreendidas e utilizadas em meados do século 19.

Além da efetiva participação no estabelecimento de uma nova nomenclatura química e da teoria das combinações, devem-se a Berthollet várias observações importantes sobre o amoníaco, o ácido cianídrico e os hipocloritos.

Graças às experiências de Berthollet, foi introduzido na indústria o uso do cloro como descorante. Ele também descobriu o clorato de potássio e suas aplicações no preparo da pólvora e dos fogos de artifício.

Em oposição a J. L. Proust, Berthollet afirmava que a composição das substâncias não era fixa, fato mais tarde verificado em relação a certos compostos. O sulfato ferroso, FeS, por exemplo, varia ligeiramente de composição conforme a fonte de onde é extraído. Tais compostos, em homenagem a Berthollet, foram agrupados sob a designação geral de bertolídeos.

Berthollet concedeu à química um importante princípio, a regra de Berthollet: “A reação de um sal com um ácido ou uma base só ocorre quando o produto é mais volátil ou menos solúvel”.

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