Nelson Rodrigues
O ex-covarde – Crítica à política, aos jovens e ao combate armado. Gostei muito da frase: “não trapaceio comigo, nem com os outros. Para ter coragem, sofri muito”.
O Hélio e o anti-Hélio – Nelson Rodrigues dá pinceladas de ficção e realidade, elas se misturam perfeitamente. Em todas as amizades existe o pró e o contra, mas o autor se irrita com o lado contra do amigo Hélio.
Os assassinados – Crítica à política de esquerda. Inicia falando da morte do irmão que o marcou muito e em apenas um parágrafo conta sobre o assassinato de um padre em Olinda. O autor se mostra saudosista e melancólico.
Os idiotas confessos – Os valores mudaram, os idiotas tomaram o poder. Crítica sobre um político que falou mal da igreja para imprensa. “Quadrúpede de 28 patas”.
Admirável defunto – fala um pouco sobre o “defunto vocacional” e logo conta sobre uma entrevista imaginária com um “jovem canalha”, aquele que tem “a razão da idade”.
Os centauros – O autor faz um relato sobre o festival da canção o qual assistiu pela TV em 1968 quando Caetano Veloso foi vaiado pela platéia e respondeu à altura. Nelson Rodrigues desaprova a juventude e o jovem rebelde.
O teatro dos loucos – é uma forma diferente de divulgar sua peça onde ele mesmo vai atuar. Apresenta o elenco e no fim divulga hora, local e data.
A asma ética – Comenta com humor que amigo Otto Lara Resende, creio que um dos seus personagens favoritos, tem asma ética e que ele só vai se curar quando acabar os crimes e a impunidade. Aproveita e explica o porquê a peça Bonitinha, mas ordinária tem o subtítulo Otto Lara Resende. Foi apenas uma homenagem para o amigo Otto.
O cachorro do Otto – Mais uma crônica sobre o amigo Otto. Conta agora que o cachorro do amigo Otto era muito bravo, mas quando sentiu medo se fingiu de gato e até miou. Qualquer coincidência com o povo brasileiro pode ser mera semelhança. Comenta ainda sobre o jogo Brasil X Uruguai de 1959, quando o Brasil não se fez de gato, não abaixou a cabeça e caiu na pancadaria. Ganhou o jogo e a briga.
Bandeiras caídas – Começa falando do teatro e das derrotas de um amigo e logo se vira para o futebol, ou melhor, para Garrincha e seu passa que custava 300 mil e para Arnaldo Nogueira que defendeu outra bandeira caída: a entrega do passe de Garrincha de graça.
A inteligente e a elegante: Comenta uma entrevista que a amiga Clarisse Lispector fez com Teresa de Souza Campos, onde a entrevistadora provocava e acuava a entrevistada. Nelson Rodrigues saiu em defesa da entrevistada.
De Otto a Brechet – Outra crônica sobre o amigo Otto. Mostra a amizade, o carinho e a consideração que tem pelo amigo. Poucos homens fariam isso. Um desabafo sobre a falta que o amigo faz.