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quarta-feira, novembro 6, 2024

CULTIVO EM AMBIENTE PROTEGIDO, HIDROPÔNICO E ORGÂNICO

CULTIVO EM AMBIENTE PROTEGIDO, HIDROPÔNICO E ORGÂNICO DE HORTALIÇAS.

Faculdade Católica do Tocantins
Campus: Ciência Agrária e Ambientais
Curso:Agronomia
Cultivo em Ambiente Protegido,Hidropônico,Orgânico de hortaliças.
Acadêmico:Guilherme J Rempel
Disciplina:Olericultura, 7° período,Orientador:Roberto de Oliveira Santos.
Palmas
2010

Introdução

Cultivo em Ambiente protegido
Desde o aparecimento da indústria petroquímica na década de 30 e com o crescimento da utilização do plástico em diversos setores, já a partir da segunda grande guerra, não ficaria o setor agrícola indiferente ao novo e promissor material que surgia em diferentes campos de aplicação. O plástico tem sido empregado nas atividades agropecuárias com maior participação na produção de alimentos, substituindo materiais tradicionais como madeira, vidro, ferro e cimento, com a finalidade de minimizar os custos de produção e inovar técnicas tradicionais, para se obter aumento de produtividade. Dessa forma, a plasticultura pode ser definida como a técnica da aplicação dos materiais plásticos na Agricultura.
No Brasil, a década de 1980 foi marcante para a área de plásticos na horticultura, quando se iniciou uma forte atuação das petroquímicas. Estas ampliavam seu enfoque na produção agrícola, investindo em tubos gotejadores, vasos, silos, impermeabilização de açudes, tanques e canais, mulching e filmes para a cobertura de túneis e estruturas de madeira ou metálicas, cuja finalidade era a utilização como abrigo, possibilitando a realização do cultivo protegido de plantas.Originalmente o cultivo protegido de plantas era feito em ambiente construído com vidro, devido às suas excelentes propriedades físicas. Atualmente, o polietileno de baixa densidade (PEBD) é o material mais utilizado para a cobertura de estufas agrícolas, porque além de possuir propriedades que permitem seu uso para essa finalidade como a transparência, são flexíveis facilitando seu manuseio e possuem menor custo quando comparados ao vidro.
Ainda hoje o manejo das culturas em ambiente protegido é um gargalo para o sucesso da atividade. A falta de conhecimento técnico limita os benefícios gerados por essa atividade e o sucesso do empreendimento. A importância da utilização do cultivo em ambiente protegido, O clima é um fator que influencia a produção de hortaliças. No verão, as chuvas demasiadas danificam as hortaliças e criam condições favoráveis para o aparecimento de doenças. Por outro lado, o frio e os ventos do inverno acabam prolongando o ciclo dessas culturas. Para auxiliar na resolução desse entrave podemos lançar mão do cultivo protegido, que se caracteriza pela construção de uma estrutura, para a proteção das plantas contra os agentes meteorológicos que permita a passagem da luz, já que essa é essencial a realização da fotossíntese. Este é um sistema de produção agrícola especializado, que possibilita certo controle das condições edafoclimáticas como: temperatura, umidade do ar, radiação, solo, vento e composição atmosférica. O ambiente protegido pode ser um túnel (baixo ou alto), uma estufa agrícola com ou sem pé direito ou até mesmo uma casa-de-vegetação, onde o controle do ambiente é intensificado.

Hidroponia

A palavra hidroponia vem do grego dos radicais gregos hydro = água e ponos = trabalho. Apesar de ser uma técnica relativamente muito antiga, o termo hidroponia só foi utilizado pela primeira vez pelo Dr. W. F. Gerke, em 1930. A Hidroponia é um sistema de cultivo, dentro de estufas sem uso de solo. Os nutrientes que a planta precisa para desenvolvimento e produção são fornecidos somente por água enriquecida (solução nutritiva) com os elementos necessários: nitrogênio, potássio, fósforo, magnésio etc., dissolvidos na forma de sais. Basicamente qualquer água potável para consumo humano serve para hidroponia. Existem diversos processos hidropônicos como: floating, aeroponia, NFT e outros.
No SISTEMA FLOATING (sistema flutuante), as plantas ficam flutuando numa espécie de piscina com solução nutritiva. Em geral, são apoiadas em placas de isopor com furinhos. Exige muita água e um excelente sistema de aeração. São próprios para regiões de clima de calor intenso. É difícil e caro fazer a troca total da solução.
No SISTEMA AEROPONIA, tem-se um tecnologia muito avançada. Exige maior investimento. A solução nutritiva é nebulizada na câmara escura onde as raízes estão simplesmente suspensas e expostas ao ar interior. No lado de fora da câmara, a parte aérea das plantas recebe luz solar e/ou artificial. É um sistema fechado e utiliza temporizador com sensibilidade de curtos intervalos de tempo. A falta de energia elétrica, pode ser fatal, por isso, exige gerador de reserva.
O SISTEMA NFT é o mais difundido atualmente. Um temporizador aciona a moto-bomba de forma intermitente, seja por exemplo, mantendo 10 min ligados e 10 min desligado enquanto houver luz do dia. Como não há substrato entre as raízes, a solução circula e volta rapidamente ao reservatório. Assim, um pequeno reservatório consegue atender uma grande quantidade de plantas.
O manejo do sistema é bastante simplificado: desinfecção do reservatório e dos tubos, troca total da solução, aeração. A grande desvantagem é que não pode arredar pé da estufa. Qualquer pane no sistema elétrico ou moto-bomba ou o esquecimento de um registro fechado (muito comum), pode comprometer ou até perder a produção, principalmente se for no período mais quente do dia. Como não há substrato, as raízes ressecam facilmente. As plantas são cultivadas em perfis específicos, 80 cm acima do solo, por onde circula uma solução nutritiva composta de água pura e de nutrientes dissolvidos de forma balanceada, de acordo com a necessidade de cada espécie vegetal. Esses perfis provêm o meio de sustentação para as plantas, sem necessidade de pedrinhas ou areia. A solução nutritiva tem um controle rigoroso para manter suas características. Periodicamente é feito um monitoramento do pH e da concentração de nutrientes, assim as plantas crescem sob as melhores condições possíveis. Essa solução fica guardada em reservatórios e é bombeada para os perfis, conforme a necessidade, retornando para o mesmo reservatório.
É o sistema de cultivo NFT (Nutrient Film Technique) — fluxo laminar de nutrientes. Produção orgânica de hortaliças. Com a produção orgânica de hortaliças o agricultor cultiva alimentos de melhor qualidade pois não utiliza agrotóxicos ou fertilizantes químicos. Esse sistema de produção, além de não prejudicar o meio ambiente, gera produtos mais valorizados no mercado por serem saudáveis, livres de contaminação química. Segundo o pesquisador da Embrapa Agropecuária a produção orgânica de hortaliças em escala familiar demanda pouco investimento. Neste caso, o principal fator limitante é a falta de conhecimento sobre de técnicas agrícolas que buscam o uso sustentável dos recursos naturais: solo, água, ar e biodiversidade (animais, vegetais e microorganismos). No sistema orgânico adotam-se práticas agroecológicas, como o uso de biofertilizantes e defensivos alternativos (caldas e extratos naturais de plantas), cultivos consorciados, adubação verde, rotação de culturas, plantio direto e de variedades resistentes. Para manter a boa qualidade das plantas o pesquisador explica que é importante fazer a proteção da área, cercando a horta com uma barreira vegetal, que pode ser feita com capim elefante ou com hibisco, entre outras espécies.
O manejo do solo e o combate a pragas e doenças na produção orgânica de hortaliças. Quem faz a opção de adota a produção orgânica de hortaliças. Tem a preocupação com a preservação do meio ambiente e também por saber que os produtos orgânicos trazem grande vantagem à saúde do consumidor, sendo mais valorizados na hora da comercialização. Em relação aos gastos, o produtor explica que a longo prazo, a gente consegue diminuir os custos de produção porque grande parte dos insumos a gente tira da própria propriedade. Além de proporcionar uma alimentação mais saudável para o produtor e sua família, a produção orgânica de hortaliças pode incrementar a renda do agricultor que obtém preços melhores ao comercializar o excedente.

Material e métodos

Cultura em ambiente protegida

O uso correto do ambiente protegido possibilita produtividades superiores às observadas em campo. Segundo Cermeño (1990) a produtividade dentro do ambiente protegido pode ser 2 – 3 vezes maior que as observadas no campo e com qualidade superior. Além do controle parcial das condições edafoclimáticas, o ambiente protegido permite a realização de cultivos em épocas que normalmente não seriam escolhidas para a produção ao ar livre. Esse sistema também auxilia na redução das necessidades hídricas (irrigação), através de uso mais eficiente da água pelas plantas. Um outro bom motivo para produzir em ambiente protegido é o melhor aproveitamento dos recursos de produção (nutrientes, luz solar e CO2), resultando em precocidade de produção (redução do ciclo da cultura) e redução do uso de insumos, como fertilizantes (fertirrigação) e defensivos. Um exemplo de diferença de produtividade atingida com e sem o uso de ambiente protegido em diferentes estações do ano, (Purquerio & Goto 2005 e Purquerio et al. 2005).
Seu manejo na cultivar hortaliças em ambiente protegido é necessário antes de tudo, conhecer muito bem as espécies que serão cultivadas, principalmente quanto às exigências ambientais e nutricionais, ou seja, conhecer as necessidades fisiológicas das hortaliças. Também, o ambiente em que serão plantadas, não só em termos de região, mas de localização, coletando informações sobre temperaturas reinantes (máxima e mínima), período de maior chuva, predominância de ventos, culturas adjacentes e permanência de uma mesma cultura. A radiação solar é o principal fator que limita o rendimento das espécies tanto no campo, como em ambientes protegidos, especialmente nos meses de inverno e em altas latitudes. As distintas regiões do Brasil, em geral, mostram uma redução da radiação solar incidente no interior do ambiente protegido com relação ao meio externo de 5 a 35%. Estes valores variam com o tipo de plástico (composição química e espessura), com o ângulo de elevação do sol (estação do ano e hora do dia) e também dependem da reflexão e absorção pelo material.
No ambiente protegido a fração difusa da radiação solar é maior que no meio externo evidenciando o efeito dispersante do plástico, que possibilita que essa radiação chegue com maior eficiência às folhas das hortaliças no seu interior, principalmente as conduzidas na vertical, ou cultivadas em densidade elevada onde uma folha tende a sombrear a outra. Qualquer que seja a região de produção, não se pode ter estruturas construídas ao lado de árvores ou construções que projetam sua sombra sobre o ambiente protegido, mesmo que seja apenas por algumas horas durante o dia. Estruturas geminadas, também geram faixas de sombreamento sobre as culturas em seu interior. Outro ponto a ser observado é a deposição de poeira sobre o filme plástico, que reduz a luminosidade no interior da estrutura, causando o estiolamento das plantas. Quando o filme plástico se encontra em boas condições é recomendável sua lavagem (com uma vassoura de cerdas macias ou com uma espuma que pode ser envolvida num rodo). Pode-se fazer a lavagem antes do período de inverno.Para os cultivos sensíveis ao excesso de luminosidade, o uso de malhas sintéticas de sombreamento, com 30 a 50% de sombra, colocadas no interior da estrutura à altura do pé direito, soluciona satisfatoriamente o problema.
O uso de iluminação artificial em ambiente protegido é uma prática cultural onerosa, sendo somente justificada para culturas de alto valor agregado e sensíveis ao fotoperíodo, como algumas flores e plantas ornamentais. Salienta-se que sempre que se altera a intensidade luminosa no interior do ambiente protegido, modificam-se, também outros parâmetros agrometeorológicos, como temperatura e umidade relativa do ar.
A temperatura é um fator agrometeorológico que exerce influência sobre as seguintes funções vitais das plantas: germinação, transpiração, respiração, fotossíntese, crescimento, floração e frutificação Nos países do hemisfério norte, caracterizados por clima temperado com invernos muito rigorosos o ambiente protegido possui a finalidade de aquecimento, tornando-se uma verdadeira estufa para que a produção seja possível. Porém, nas condições climáticas brasileiras, consideradas tropicais e subtropicais, onde o cultivo de hortaliças é possível durante o ano todo, o aquecimento natural demasiado do ambiente pode causar problemas no cultivo das plantas.
Para o manejo da temperatura do ar é indispensável a instalação de um termômetro de máxima e mínima a 1,5 m de altura, no centro do ambiente protegido, abrigado da luminosidade direta do sol. As leituras devem ser realizadas diariamente e sempre no mesmo horário. Atualmente, também se dispõe de equipamentos eletrônicos conhecidos como microllogers, que possuem sensores de temperatura e umidade do ar, que realizam automaticamente a leitura destas variáveis no momento desejado.
O manejo da temperatura do ambiente protegido começa pela escolha do tipo de ambiente a ser utilizado, que está muito relacionado ao tipo de hortaliça que vai se cultivar. Cada hortaliça possui uma necessidade fisiológica diferente de temperatura, a qual pode não ser atingida em função do tipo de ambiente utilizado. Deve-se então, prestar atenção em relação à altura do pé direito do ambiente quando se pensa em cultivar plantas com arquitetura mais alta como o tomateiro. Para estas culturas, recomenda-se um ambiente com no mínimo 3,0 a 3,5 m de altura, de pé direito. Esta deve ser de 0,50 a 1,00 m maior do que a máxima altura da cultura que será conduzida (Sade, 1997).
Na instalação do ambiente, deve-se observar a inclinação do terreno, principalmente para estufas do tipo londrina, pois esta facilita a passagem do ar quente pela estrutura, com sua saída pela lateral que estiver na parte mais alta do terreno. A estrutura deve sempre ser instalada com a menor dimensão (frente), no sentido da corrente do vento predominante. Outro ponto a ser observado é as cortinas laterais que devem ser sempre móveis, para serem fechadas no caso da necessidade de retenção da temperatura através do aquecimento do ar, ou abertas para a saída do ar quente, quando se deseja o resfriamento. Saídas para o ar quente, na parte superior das estruturas, conhecidas como lanternim e janelas zenitais, também possibilitam o resfriamento do interior do ambiente protegido. O uso de telas sintéticas de sombreamento (30 a 50%) e de pincelamento com tinta ou cal, embora sejam relativamente eficientes na diminuição da temperatura, também diminuem a luminosidade, o que nem sempre é desejado. No mercado também existe à disposição dos produtores uma tela aluminizada (40 ou 50%) que, instalada na altura do pé-direito de estruturas com 3,0 a 4,0 m de altura, proporciona redução da temperatura sem influir demasiadamente na luminosidade. Porém, se o objetivo for a redução da temperatura com telas sintéticas de sombreamento, estas devem ser colocadas de 0,5 a 0,8 m por cima da cumeeira da estrutura, nunca dentro do ambiente protegido. A nebulização é um outro recurso disponível para a redução da temperatura no interior dos ambientes protegidos. Para a água passar de seu estado líquido para o gasoso ela necessita de calor.
Dessa forma, através da pulverização de gotículas de água dentro do ambiente protegido, com auxílio de um sistema de nebulização ou fogger consegue-se a redução da temperatura do ar, pela mudança no estado físico da água. A utilização de nebulizadores como instrumento de controle de temperatura, também está relacionada com a umidade relativa do ar dentro do ambiente. Como exemplo, Andriolo, (1999) cita que um ambiente que se encontrava com temperatura do ar em torno de 35oC e umidade relativa do ar de 40%, quando teve sua umidade elevada para 100% apresentou uma queda na temperatura, chegando até 21oC. A umidade relativa do ar no interior de um ambiente protegido é determinada diretamente pela temperatura, numa relação inversa entre ambas. Ela pode variar num período de 24 horas de 30 a 100%, sendo que diminui durante o dia e aumenta durante a noite.Ela está vinculada ao equilíbrio hídrico das plantas, onde um déficit pode alterar a evapotranspiração, alterando a capacidade do sistema radicular de absorver a água e o nutriente. Dessa forma, o manejo da umidade do ar, também vai depender da cultura visando-se atender sua fisiologia de crescimento e desenvolvimento. Para o manejo da umidade dentro do ambiente protegido é necessária a instalação de um higrômetro ou um termo-higrômetro, cujas leituras deverão ser registradas diariamente ao meio dia (12h). A localização desse instrumento deve ser a mesma citada para o termômetro de máxima e mínima. Com o monitoramento, o produtor poderá previamente estabelecer as estratégias a serem adotadas no transcorrer da cultura para manter a umidade relativa dentro dos limites da faixa ideal de cada cultura.

Hidroponia

Os custos iniciais não são elevados em se falando de equipamentos, e o retorno é imediato e a curto prazo. É necessário prevenir-se contra a falta de energia elétrica. Exige conhecimentos técnicos e de fisiologia vegetal. Uma planta doente pode contaminar toda a produção. Requer rotinas regulares e periódicas de trabalho, Este é um aspecto sobre o qual gostaríamos de chamar sua atenção. O produtor de cultivos hidropônicos trabalha com uma tecnologia moderna, limpa e com muitas vantagens, veja:

Maiores higienização e controle da produção

A planta cresce mais saudável e, por estar longe, do solo menos sujeita a infestação de pragas
A produção se faz durante todo o ano por ser um cultivo protegido
Alta Produtividade: um único empregado pode cuidar de mais de 10.000 plantas. O custo de manutenção (empregado, água, luz, frete etc.) para o cultivo de alface, por exemplo, está em torno de R$ 0,15 por pé.
A ergonometria é muito melhor, pois se trabalha em bancadas. O trabalho é mais leve e mais limpo.
Não há desperdício de água e nutrientes. A economia de água em relação ao solo é de cerca de 70%.
A produtividade em relação ao solo aumenta em cerca de 30%
O retorno do investimento se dá entre 6 e 8 meses
Por ser colhida com raiz a sobrevida da planta hidropônica é muito maior que a da cortada no solo. Existem maiores qualidade e aceitação do produto.
Estão eliminadas operações como: aração, gradeação, coveamento, capina, bem como a manutenção dos equipamentos utilizados para estas operações.
A produtividade e a uniformidade da cultura são maiores.
Redução de pulverizações.
Pode ser realizada em qualquer local, mesmo onde o solo é ruim para a agricultura.
Um projeto comercial de 3.400 pés de alface/mês requer apenas 140m2.
Não há preocupação com a rotação de culturas e o replantio é imediato após a colheita.
Independendo da terra pode ser implantado mais perto do centro consumidor.
Praticamente tudo. Hoje em dia a alface ainda é a mais cultivada, mas pode-se plantar brócoli, feijão-vagem, repolho, couve, salsa, melão, agrião, pepino, beringela, pimentão, tomate, arroz, morango, forrageiras para alimentação animal, mudas de árvores, plantas ornamentais, entre outras espécies.O produto final cultivado em hidroponia é de qualidade superior, com aproveitamento total, pois é cultivado em estufa protegida e limpa, livre das variações do clima, dos insetos, animais e outros parasitas que vivem no solo. Na hidroponia os nutrientes são balanceados diariamente, conforme a necessidade do cultivo, fazendo com que as plantas recebam durante todo seu ciclo de crescimento, as quantidades ideais de nutrientes. As plantas não entram em contato com os contaminantes do solo como bactérias, fungos, lesmas, insetos e vermes.
As plantas são mais saudáveis, pois crescem em ambiente controlado procurando atender as exigências da cultura.
Todo produto hidropônico é vendido embalado, não entrando em contato direto com mãos, caixas, caminhões etc.
Ataque de pragas e doenças é quase inexistente, diminuindo ou eliminando a aplicação de defensivos.
Pela embalagem o consumidor pode identificar: marca, cidade da produção, nome do produtor ou responsável
técnico, características do produto e telefone de contato.
Os vegetais hidropônicos duram mais na geladeira e fora dela, pois permanecem com a raiz.
Produtos Orgânicos
O solo é a base do trabalho orgânico. Vários resíduos são reintegrados ao solo; esterco, restos de verduras, folhas, aparas, etc., são devolvidos aos canteiros para que sejam decompostos e transformados em nutrientes para as plantas. Essa fertilização ativará a vida no solo; os microorganismos além de transformar a matéria orgânica em alimento para as plantas, tornarão a terra porosa, solta, permeável à água e ao ar. O grande valor da horticultura orgânica é promover permanentemente o melhoramento do solo. Ao invés de mero suporte para a planta, o solo será sua fonte de nutrição. O selo é a sua garantia de estar consumindo produtos orgânicos. Com o crescente interesse pela agricultura orgânica, surge a necessidade de uma verificação segura, que garanta ao consumidor a certeza de estar adquirindo produtos orgânicos.
O IBD – INSTITUTO BIODINÂMICO DE DESENVOLVIMENTO RURAL, localizado em Botucatu, São Paulo, fiscaliza e certifica produtos orgânicos no Brasil de acordo com normas internacionais. Este selo só é conferido após rigorosos exames de controle de qualidade de solo, água, reciclagem de matéria orgânica, dentre outros. No Brasil existem 45 produtores com o selo orgânico fornecido pelo IBD. O IBD possui um corpo de inspetores e um comitê de certificação que verifica a conformidade dos produtos orgânicos e biodinâmicos com normas nacionais e internacionais. A certificação de uma produção vegetal, animal ou industrial, indica que foram realizados os seguintes trabalhos:
visitas periódicas de um inspetor no local de produção;
avaliação do relatório de inspeção por um conselho formado por agricultores, processadores, acadêmicos, técnicos e representantes de consumidores;
análise residual para verificar o nível de pureza do produto;
aprovação da unidade de produção, dentro dos padrões de qualidade orgânica ou biodinâmica.
O IBD é filiado à IFOAM (Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica) e seu certificado é também reconhecido na Europa, Estados Unidos e Japão.

Os produtos que são da cultura orgânica

Manga orgânica ,Cana-orgânica, Soja orgânica,Cacau orgânico, Citricultura orgânica, Gengibre orgânico, Guaraná orgânico, Morango orgânico, Pêssego orgânico, Rapadura orgânica, Tomate orgânico, Uva orgânica.
O desenvolver técnicas produtivas que empreguem insumos agrícolas de baixo impacto ambiental na área, zona de preservação que já cultiva o gengibre em escala comercial pelo sistema tradicional. Enquanto o método convencional utiliza grandes quantidades de agrotóxicos e adubos químicos NPK (como uréia, superfosfatos e cloreto de potássio), no método orgânico esses produtos dão lugar ao fosfato natural e pó de rocha, biofertilizantes (esterco, água e pó de rocha fermentados) e compostagem (resíduos vegetais e animais sobrepostos).

Consideração final

O cultivo protegido,mormente em casa de vegetação, tem contribuído para a solução de alguns dos problemas que limitam a eficiente e constante produção de hortaliças no Brasil, contudo outros problemas pode advim da má implantação. Da estrutura e do manejo inadequado. Têm se observado,ao longo do tempo,os efeitos negativos da má administração das casas de vegetação nas condições brasileiras,podem se destacar os principais problemas relacionados ao solo ,a atmosfera interna, á placa, ao mercado.alguns desses problemas podem ser solucionado por meio de assistência técnica agronômica de produção especializada,aplicada com competência e regularidade.O sucesso do agronegócio da plasticultura depende de meticuloso planejamento do projeto, bem como de aprimorada execução, desde a implantação do sistema.
Nos cultivos comerciais é comum ocorrer murcha mento de plantas nas horas mais quentes do dia. Para contornar tal problema, é importante manter o nível do reservatório próximo da capacidade adotada, principalmente para as culturas de ciclo rápido, pois em decorrência da maior absorção de água e aumento de temperatura, a condutividade elétrica real pode aumentar no decorrer do dia e atingir valores críticos para as plantas. Para regiões de clima quente, este sintoma pode ser resultado de aumento na concentração de sais na solução nutritiva pois sabe-se que, proporcionalmente, as plantas absorvem mais água que nutrientes. Vale ressaltar que nestes locais é conveniente trabalhar com soluções mais diluídas. Outra causa do murcha mento está relacionada com o apodrecimento do sistema radicular por patógenos e, ou, por falta de oxigênio na solução nutritiva, cujos sintomas iniciais causam escurecimento das raízes. Portanto, antes de qualquer decisão sobre a causa provável desse murcha mento, o produtor deve procurar identificá-la corretamente.
Ao consumir um produto orgânicos, os consumidores apesar de não sentirem ou terem consciência da sua ação benéfica para o meio ambiente, estão na verdade adquirindo, um conjunto de dois produtos: os alimentos em si e um produto ambiental (a proteção/regeneração do meio ambiente). E esse produto ambiental que parece abstrato à primeira vista, que apesar de adquirido, não é consumido fisicamente por quem o adquire, pode até ser quantificado e valorado. Basta que sejam medidas nos estabelecimentos agrícolas, a melhoria da qualidade da água, a intensificação da vida microbiológica do solo, o aumento da biodiversidade, o retorno dos pássaros e outros pequenos animais ao espaço agrícola, apesar de eventuais pequenos prejuízos que possam causar às atividades agrícolas no curto prazo.

REFERÊNCIAS

CERMEÑO, Z. S. Estufas instalação e maneio. Lisboa: Litexa. 1990. 355p.
WWW.htt:Embrapa Agropecuária Oeste.com.br acessado no dia 31do março 2010.
LUIS FELIPE, V.P.; WILSON T. S. Instituto Agronômico Centro de Horticultura IAC, Campinas, SP.
ANDRIOLO, J.L. Fisiologia das culturas protegidas. Santa Maria, Editora UFSM, 1999. 141p.
SADE, A. Curso de plasticultura e fertirrigação. Piracicaba: Departamento de Horticultura, ESALQ/USP, 1994. 351p. (Mimeogr.).
PURQUERIO, L.F.V.; GOTO, R.; DEMANT, L.A.R. Produção de rúcula cultivada com diferentes doses de nitrogênio em cobertura via fertirrigação e espaçamento entre plantas em campo e ambiente protegido no inverno. In: Anais do Congresso Brasileiro de Olericultura, 45. Horticultura Brasileira, v.23, agosto, 2005. Suplemento CD-ROM.
http://www.infobibos.com/Artigos/2009_2/hidroponiap2/index.htm

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