A Dengue é uma doença causada por um vírus denominado Flaviviridae e tem grande chance de cura, porém, se não tratada, pode levar a óbito
Essa patologia surgiu por volta do século XVIII, no Sudoeste da Ásia e Estados Unidos, porém, somente no século atual, foi oficialmente considerada doença pelo Ministério Mundial da Saúde (OMS).
A transmissão da dengue se processa através do mosquito Aedes aegypti, que tem sua origem na África e é também o transmissor da Febre Amarela. É importante ressaltar que apenas a fêmea do mosquito é hematófaga, ou seja, se alimenta de sangue, portanto, que contamina os seres humanos. O macho é herbívoro, alimentando-se somente de seiva de plantas.
Muitas vezes essa doença não tem sintomas, podendo então ser confundida com uma gripe forte, sarampo, rubéola etc. Quando aparecem, geralmente, os sintomas são: dores pelo corpo; febre; que dura cerca de sete dias; manchas vermelhas; fraqueza; falta de apetite; cefaléia e dores nos olhos.
O diagnóstico da dengue pode ser conseguido através de testes laboratoriais, onde se analisa o sangue do paciente para se conseguir uma resposta.
O tempo de vida de um mosquito Aedes aegypti é, geralmente, de 45 dias e ele só transmite a doença a partir do 30º dia. Depois de contaminado, o homem passa a sentir os sintomas da doença depois de 02 a 25 dias e, curiosamente, o mosquito só consegue contaminar um indivíduo cerca de 08 dias após ter picado outro.
O ciclo da dengue consiste na transformação dos ovos deixados na água parada em larvas, que, posteriormente irão desenvolver-se, formando mosquitos, que funcionam como veículos de transmissão do vírus difusor da doença nos seres humanos.
O mosquito Aedes possui hábitos diurnos e é capaz de provocar dói tipos de dengue:
Dengue Clássica: ocorre geralmente quando o indivíduo é picado pela primeira vez, tendo os sintomas comuns, relatados anteriormente;
Dengue Hemorrágica: é mais usual ocorrer em uma segunda contaminação, sendo de gravidade bem maior, podendo causar hemorragias por deficiência na coagulação sanguínea da pessoa contaminada, levando algumas vezes à morte.
O mosquito possui hábitos urbanos, mas também pode ser encontrado em áreas rurais, podendo sobreviver em casas, apartamentos, depósitos etc. Ele se desenvolve na presença de água parada – utilizando-a para pôr seus ovos -, suja ou limpa, que fica acumulada em vasos, garrafas, pneus, caixas d’água, cisternas, tonéis, latas, enfim em quaisquer recipiente que possa manter água estagnada em sua superfície. Existem também determinados tipos de plantas, como a bromélia, que pode acumular água em suas folhas, facilitando a proliferação do mosquito, devendo, portanto, merecer uma atenção especial do seu proprietário.
Os ovos do mosquito aderem-se à superfície dos recipientes onde são deixados, portanto, não adianta apenas retirar a água contida nos mesmos e sim, lavá-los, esfregando com uma escova ou esponja para eliminar esses ovos de suas paredes.
É comum, durante as epidemias, a utilização do “carro fumacê” nas ruas para matar os mosquitos com uma substância a base de inseticida, disseminada no ar. Entretanto, somente essa medida não é suficiente, pois isso só elimina os mosquitos. As larvas e ovos só serão exterminados com medidas como:
Lavar bem pratos de plantas e xaxins, passando um pano ou uma bucha para eliminar completamente os ovos dos mosquitos. Trocar a água dos recipientes por areia;
Limpar as calhas e as lajes das casas;
Guardar as garrafas vazias de cabeça para baixo;
Jogar no lixo copos descartáveis, tampinhas de garrafas, latas e tudo o que acumula água. Deixar o lixo sempre fechado.
O tratamento da dengue deve ser operacionalizado juntamente com a ingestão de bastante líquido. Em caso de suspeita da doença, devem-se evitar medicamentos a base de Ácido Acetil Salicílico (AAS), pois estes podem auxiliar na ocorrência de sangramentos.
O Paracetamol é a medicação mais utilizada nestes casos, devendo ser administrada somente de acordo com orientação médica.
O doente deve manter repouso, mas antes, procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima para fazer a notificação da patologia e ser orientado para seu tratamento.