DEPRESSÃO
Uma pessoa deprimida sofre de distúrbios do sono, como é o caso da insônia, pensamentos negativos de suicídio e morte, baixa auto-estima, perda de vontade, hipotonia muscular, agitação, irritabilidade, cansaço, desânimo, falta de cuidados, fala letificada e baixa, isola-se de tudo e todos, chora facilmente, não tem motivação para levantar da cama, abandona as responsabilidades e tem alterações de apetite. A depressão pode ser endógena, quando se trata de um problema orgânico, de alteração hormonal. Este tipo de problema tem que ser tratado com medicação e geralmente a pessoa tem que fazer o tratamento durante a vida inteira. O outro tipo de depressão é a exógena, que é causada por motivos externos que geralmente dizem respeito à perda de fontes de reforçamento, que ocorrem com a morte de alguém, desemprego e outros problemas.
O deprimido passa por situações de incontrolabilidade, onde nada que ele faça pode modificar a situação que gera depressão. O stress, conflitos e a punição em excesso também podem causar depressão. A ausência de repertório pode ser confundida com depressão, que é o que pode ocorrer com pessoas que passam por uma mudança brusca de ambiente ou de situação de vida e ficam sem saber como se comportar diante disso. Existe um tipo de depressão que alguns psicólogos chamam de depressão do bem sucedido e é o caso de pessoas que podem fazer qualquer coisa que todos acham maravilhoso, ótimo, e isso começa a independer de sua produção. Ninguém presta atenção nas coisas que a pessoa faz, a fama garante que a pessoa seja sempre aprovada por todos. Quando o bem sucedido perde o controle das situações de reforço de sua vida, pode acontecer a depressão. Esta é a explicação para alguns casos de suicídio que acontecem com pessoas que, aparentemente, tinham tudo de bom e que se davam bem em tudo que faziam. As diversas teorias psicológicas entendem a depressão, assim como outros problemas em psicologia, de formas diferentes.
Sintomas de Depressão:
- Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
- Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
- Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
- Desinteresse, falta de motivação e apatia
- Falta de vontade e indecisão
- Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
- Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
- A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
- Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e o seu mundo
- Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
- Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
- Perda ou aumento do apetite e do peso
- Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
- Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
Medicamentos:
Os antidepressivos mais usados no tratamento da depressão são os Inibidores seletivos da recaptação da serotonina como a Fluoxetina, a Paroxetina e a Sertralina.
Outros antidepressivos usados são os Antidepressivos tricíclicos, Inibidores da MAO, Inibidores da recaptação de dopamina, Inibidores da recaptação de noradrenalina-dopamina, Inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina e Antidepressivos tetracíclicos.
O principal mecanismo de ação dos antidepressivos é provocando o aumento de neurotransmissores, como as aminas biogênicas (serotonina, dopamina e noradrenalina). Apesar do nome, alguns antidepressivos também são usados com sucesso em tratamento de diversos outros transtornos, como os de ansiedade, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo e migrânea.
Quanto mais específicos em sua ação, menos efeitos colaterais eles apresentam.