Autor: Amélia Pacheco
O termo derrame cerebral é geralmente utilizado pelas pessoas para se referir ao que denominamos acidente vascular encefálico. Os acidentes vasculares encefálicos podem ser de tipo isquêmico ou hemorrágico. Acidente vascular isquêmico é aquele no qual , subitamente, uma região do encéfalo (cérebro, tronco cerebral ou cerebelo), fica sem receber a sua quota de sangue. Isso pode ocorrer seja pela obstrução de um vaso arterial por coágulo (trombose), seja pelo fato de que um fragmento de uma placa de aterosclerose na parede arterial cair na circulação e se deslocando junto com a corrente sanguínea , obstruir um vaso à distância. Às vêzes, este episódio, que é denominado de embolia, se deve a trombos da própria parede do coração, como por exemplo após infarto.
O acidente vascular hemorrágico é aquele no qual há uma rotura do vaso resultando num extravasamento do sangue para o tecido cerebral ou para um espaço existente entre o cérebro e a meninge chamado espaço subaracnóideo. O cérebro necessita para seu funcionamento normal do oxigênio e da glicose que são fornecidos pelo sangue circulante. Assim, a interrupção da corrente sanguínea num determinado setor do cérebro, seja pela trombose, pela embolia ou pela hemorragia do vaso, determina que as funções exercidas por aquela parte deixem de ocorrer. Assim, quando um paciente sofre um “derrame” fica geralmente com paralisia de uma parte do corpo, com dificuldade para falar ou então, quando são comprometidas as estruturas que mantém a consciência, entra em estado de coma.
O fato mais importante, na atualidade , no que concerne ao tratamento dos pacientes que sofrem de acidente vascular cerebral é que, para que as drogas que podem ser usadas tenham algum êxito, elas têm que ser empregadas nas primeiras horas após a instalação do processo. Assim é importante que qualquer pessoa que apresente subitamente sintomas neurológicos, como por exemplo : paralisias, convulsões, perda da visão, incapacidade para falar, desorientação, perda da sensibilidade etc… , seja logo levada ao setor de emergência do hospital mais próximo. Não se deve nunca, mesmo que os sintomas não pareçam graves, deixar de consultar URGENTEMENTE um médico.