O diabetes mellitus tipo 2 é uma problema de saúde publica cuja a prevalência dessa doença é maior em pessoas acima dos 40 anos de idade, onde a sua causa esta relacionada a obesidade levando o indivíduo a um estado de resistência a insulina e conseqüentemente a um descontrole metabólico onde essa pessoa, uma vez descontrolada o seu estado de glicemia pode passar a sofrer vários problemas de origem oftalmológica, renal, problemas circulatórios entre outros. O pouco conhecimento sobre a doença faz com que muitos destes pacientes tenham essas seqüelas fazendo com que eles fiquem impossibilitados executarem algumas atividades. A educação em saúde para esses pacientes passa a ser um fator fundamental para que eles não venham ter prejuízo com a doença, alem disso nota-se a importância da participação da família no processo de saúde-doença para que o tratamento proposto seja estabelecido e por fim o paciente venha a ter uma qualidade de vida.
Com esse propósito foi realizado uma pesquisa com os pacientes diabéticos acima de 45 anos cadastrados na USF (unidade saúde da família) Nestor Guimarães no município de Vitória da conquista no ano de 2008, a fim de avaliar o grau de conhecimento teórico desses pacientes. Antes de realizar a entrevista, foi feito um levantamento bibliográfico com o objetivo de dar subsídio posteriormente a analise e discussão dos dados coletados a partir da realização da pesquisa, relacionando-os os conceitos científicos com a realidade encontrada. Para realizar essa pesquisa foi realizado um planejamento metodológico a fim de obter um resultado satisfatório do trabalho realizado, com isso foi possível avaliar o grau de informação desses pacientes sobre as seguintes questões: Higiene corporal, Exercício físico, automonitorização, alimentação e aspectos sociais. No final obteve-se um resultado onde o grau de informação desses pacientes é muito baixo, onde notou a importância de realizar ações educativas para esses pacientes.
LISTAS DE SIGLAS
CT – Colesterol total
DM – Diabetes Mellitus
DM2 – Diabetes Mellitus tipo 2
HDL- High density lipoprotein (lipoproteína de alta densidade)
LDL- low density (baixa densidade)
MAO- Mono Amino Oxidase
OMS- Organização Mundial de Saúde
PSF- Programa saúde da Família
PA- Pressão arterial
SU – Sulfonilureias
TTG – Teste de Tolerância a Glicose
TG – Triglicérides
USF – Unidade Saúde da Família
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 Referencial teórico
2.1 Diabetes mellitus: aspectos gerais
2.2 Diagnóstico
2.3 Complicações
2.3.1 Hipoglicemia e Hiperglicemia
1 INTRODUÇÃO
O Diabetes mellitus é uma doença sistêmica que envolve alterações no metabolismo de carboidratos, lipídios, proteínas e eletrólitos, de caráter crônico e evolutivo. Caracteriza-se por deficiência de secreção e/ou de ação da insulina com conseqüente hiperglicemia (AQUINO et al., 2003).
Tipo 1 – Também conhecido como diabetes mellitus insulino dependente (DMID) ou juvenil. Na maioria dos casos surge pela primeira vez antes dos 40 anos de idade, sendo freqüentemente diagnosticado na adolescência. Ocorre quando o pâncreas fabrica pouca ou nenhuma insulina. Em clientes geneticamente susceptíveis, um evento desencadeador (possivelmente uma infecção viral) causa a produção de anticorpos contra as células ß pancreáticas. A destruição resultante das células ß acarreta declínio e, por fim, ausência da secreção de insulina. A deficiência de insulina ocasiona hiperglicemia grave, aceleração da lipólise e catabolismo protéico, que ocorrem quando mais de 90% das células ß já tiverem sido destruídas.
Tipo 2 – Também conhecido como diabetes mellitus não insulino – dependente ou de inicio tardio, pois freqüentemente afeta pessoas com mais de 40 anos de idade. A resistência à insulina, associada freqüentemente com obesidade, submete as células ß a um estresse excessivo e estas poderão acabar falhando diante da necessidade persistente representada por um estado de hiperinsulinismo.
O Diabetes Mellitus Gestacional “consiste em qualquer grau de intolerância à glicose diagnosticada, pela primeira vez, na gestação, podendo ou não persistir após o parto” (BRASIL, 2002,).
O primeiro caso de diabetes foi constatado no Egito em1500 a.C, como uma doença desconhecida. A denominação diabetes foi usada pela primeira vez por Apolônio e Memphisem 250 a.C.
A justificativa de avaliar os conhecimentos dessas pessoas diabéticas do tipo 2 é mostra que a educação continuada é muito importante para esses pacientes afim de evitar as diversas complicações quando não controlada. Com isso torna-se importante o trabalho da equipe de saúde nos programas saúde e família.
O município de Vitória da conquista situado no sudoeste da Bahia, que 308 204 mil habitantes (IBGE, 2007) com 31 equipes de PSF (programa saúde família) sendo que na unidade de saúde Nestor Guimarães existe 81 diabéticos cadastrados sendo tipo 2 com idade acima de 45 anos sendo que em vitória da conquista não possui na sua rede básica de saúde um programa de acompanhamento para diabéticos. Isso faz com que os pacientes não tenham um acompanhamento ideal e uma forma de manter a educação continuada para que a pessoas possam saber sobre o conhecimento da doença e suas complicações, fazendo com que tenha um aumento no índice de internação hospitalar e um aumento de complicações decorrente desse não cuidado.
A atenção básica tem grande importância no processo educativo visando à prevenção primaria como seu foco para evitar complicações como: cegueira, amputação de membro inferior (pé diabético), nefropatias, o índice de internação e procura nas emergências hospitalares e diminuiria os gastos com esses pacientes diabéticos.
O objetivo geral dessa pesquisa é Analisar o grau de compreensão dos pacientes diabéticos tipo 2 residentes na área de abrangência unidade de saúde (USF) Nestor Guimarães , enfatizando os fatores de riscos, cuidados e complicações, visando assim obter resultados que possibilitarão nortear alternativas para a solução da problemática em questão.
Em relação aos objetivos específicos, visa identificar os conhecimentos dos portadores de diabetes mellitus tipo 2 sobre a patologia , fazer uma entrevista com os diabéticos afim de avaliar o seu grau de conhecimento através de perguntas abertas e fechadas e por fim verificar a eficácia do processo de educação em saúde a ponto de reduzir tais complicações.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Diabetes mellitus e aspectos gerais.
Estima-se que no Brasil, existiam cinco milhões de indivíduos portadores de diabetes, dos quais metade desconhece o diagnostico. Desse total, 90% são do tipo II ou não dependentes de insulina, 8% a 9% do tipo I ou dependentes de insulina, de origem auto-imune e 1 % a 2% secundário ou associado a outras síndromes (CHACRA; DIB 2003).
O Diabetes mellitus do tipo II apresenta um importante caráter hereditário.
Estima-se que mais de 90% dos casos de diabetes sejam do tipo II, e que essa forma se já a principal responsável pelo aumento quase epidêmico do número de portadores no mundo atual, em especial por estar associada à obesidade e ao sedentarismo. De início, a maior parte dos pacientes do diabetes tipo II apresenta redução do efeito da insulina em seus alvos (o tecido muscular e adiposo): eles ainda a produzem, mas em quantidade insuficiente para a demanda diária. Por isso, a maioria não precisa ser tratada com insulina (AITA, C. A. M SOGAYAR, M.C. ELIASCHEWITZ, 2004).
Zecchin e Saad, 2001, define o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) como uma doença que apresenta alterações etiopatogênicas e fisiopatológicas heterogêneas caracterizadas pela combinação da resistência á insulina (no músculo, Fígado e tecido adiposo), disfunção das células betas pancreáticas e aumento da produção endógena de glicose, induzidas por anormalidades genéticas e adquiridas.
O DM2 (diabetes mellitus tipo 2) pode ser definido como a falência, geneticamente programada, da célula beta, em compensar a resistência, herdada ou adquirida, à insulina. A prevalência é alta em indivíduos obesos com vida sedentária, pois a obesidade leva à resistência de insulina e, se existir uma disfunção herdada das células b com redução na secreção de insulina, ocorrerá o diabetes tipo II (CHACRA, 2003).
Grande parte das características patológicas do Diabetes mellitus pode ser atribuída a um dos três principais efeitos da deficiência de insulina: (1) utilização diminuída de glicose pelas células, com a conseqüente elevação do nível de glicemia, que pode atingir até 300 a 1.200 mg/dl; (2) mobilização acentuadamente aumentada das gorduras das áreas de armazenamento, com conseqüente anormalidade do metabolismo da gordura, bem como da deposição de colesterol nas paredes arteriais, causando aterosclerose; e (3) depleção das proteínas dos tecidos. Além disso, ocorrem alguns problemas fisiopatológicos especiais no Diabetes mellitus que não são facilmente aparentes (GUYTON; HALL, 2006).
A anormalidade primária do diabetes é a incapacidade de utilizar quantidades adequadas de glicose para energia, utilizando, pelo contrário, quantidades excessivas de gordura (GUYTON; HALL, 2006).
“Uma deficiência na ação da insulina foi primeiro sugerida após observação de que muitos pacientes com DM2 apresentavam níveis normais ou elevados de insulina plasmática em resposta á ingestão de glicose” (ZECCHUN; SAAD, 2001).
A incapacidade da pessoa diabética de utilizar a glicose para energia priva-a de parte importante da energia de seu alimento. Como resultado da deficiência nutricional do diabetes, a pessoa diabética sente habitualmente muita fome, de modo que come, na maioria das vezes, com grande voracidade, muito embora a fração de carboidratos do que ingere pouco contribua para sua nutrição (GUYTON; HALL, 2006).
Tudo começa com o aumento da gordura corporal, fato que acaba gerando uma situação em que a insulina passa a funcionar mal. O mau funcionamento da insulina (resistência à insulina) acarreta, portanto, uma diminuição da entrada de glicose nas células, de tal forma que esse açúcar fica “sobrando” no sangue (hiperglicemia), levando ao diabetes (ADA, 2000).
É muito importante que o nível de glicemia não sofra elevação demasiada, por três motivos: em primeiro lugar, a glicose exerce elevado grau de pressão osmótica no líquido extracelular, e, se a concentração de glicose atingir níveis excessivos, essa concentração elevada poderá ocasionar considerável desidratação celular. Em segundo lugar, níveis excessivamente elevados de glicemia resultam em perda de glicose na urina. Por fim, essa perda provoca diurese osmótica pelos rins, podendo causar depleção dos líquidos e eletrólitos corporais. (GUYTON; HALL, 2006 ).
Os indivíduos com diabetes tipo II estão mais sujeitos a ocorrência cardiovascular grave, cuja probabilidade é de duas vezes ou maior nesses indivíduos. O diabetes também está associado com um grande espectro de morbidade. Ele é causa principal de doenças renal terminais, a maurose (cegueira total ou parcial), neuropatia periférica e ulcerações de membros inferiores (CHAVES et al., 2002).
O estilo de vida sedentário, a alimentação rica em carboidratos e gorduras e o excesso de peso, invariavelmente, culminam com o estado de “resistência a insulina”, que pode associar-se ou não ao diabetes tipo II, na dependência dos genes diabetogênicos envolvidos (CHAVES et al., 2002).
A dificuldade no controle glicêmico dos indivíduos com diabetes tipo II envolve fundamentalmente aspectos educativos, que influenciam diretamente na adesão à terapêutica, limitações à atividade física, falta de acesso aos recursos terapêuticos disponíveis e deterioração progressiva da célula b durante a história natural da doença (CHAVES et al., 2002).
Estudos demonstraram que, fazendo-se um bom controle, muitas complicações do diabetes podem ser prevenidas ou adiadas, o controle eficaz inclui mudanças de estilo de vida, tais como adoção de dieta saudável, prática de atividade física, manutenção do peso adequado e abstenção do fumo, Normalmente, os medicamentos desempenham um papel importante, principalmente no controle da glicose no sangue, da pressão sangüínea e dos lipídios no sangue. A manutenção de um cuidado ideal com a saúde pode reduzir substancialmente o risco de desenvolvimento da DM. Ajudar as pessoas com diabetes a obter conhecimentos e adquirir habilidades para controlar sua própria doença é essencial para que ela desfrutem de uma vida plena e saudável.( BEGLEHOLE ; LEFEBWRE, 2003).
Segundo Guyton e Hall, 2006 ”Quando o nível de glicose é mal controlado, aumenta o risco de desenvolver cegueira, derrame, ataque cardíaco, doença renal, isquemia e gangrena nos membros”.
Os requisitos fundamentais de qualquer programa de prevenção são (1) a doença representa uma “carga” para o paciente e a sociedade, (2) os indivíduos de alto risco podem ser identificados com precisão (3) a causa da doença e/ou seus fatores desencadeantes podem ser identificados, (4) existe algum conhecimento da patogênese da doença, (5) o tratamento está disponível, é seguro e potencialmente efetivo. (SILVA; DIB, 2001)
Para Silva e Dib, 2001, a prevenção primaria visa evitar a doença em populações de alto risco, sendo esse programa iniciado antes do aparecimento da doença. Para isso é preciso identificar esses indivíduos de risco com baseada historia familiar e /ou imunogenetica.
Na prevenção terciária visa intervir os danos feitos pela doença, como por exemplo, no processo auto-imune que continua após o inicio da doença, com isso a importância do uso de imunossupressores potentes (ciclosporina), mostrou apenas eficácia transitória na prevenção terciária. (SILVA; DIB, 2001).
Zecchin e Saad, 2001, define o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) como uma doença que apresenta alterações etiopatogênicas e fisiopatológicas heterogêneas caracterizadas pela combinação da resistência á insulina( no músculo. Fígado e tecido adiposo), disfunção das células betas pancreáticas e aumento da produção endógena de glicose, induzidas por anormalidades genéticas e adquiridas.
2.2 Diagnóstico
O diagnóstico inicial de DM é obtido através da análise do sangue ou da urina do paciente, na busca da presença e quantidade de glicose ou acetona. Os exames laboratoriais mais utilizados são: glicemia de jejum, teste oral de tolerância à glicose (TTG-75g) e glicemia casual. (FISCHBACH, 2002).
O diagnóstico de diabetes pode ser feito em adultos, quando estiver presente um dos seguintes sinais: (1) sintomas clássicos de diabetes e hiperglicemia, com uma variação do nível de glicose no plasma de mais de 200mg/dl ou maior; (2) um nível de glicose no plasma venoso em jejum, no mínimo, igual a 140 mg/dl em duas ocasiões; (3) um nível elevado de glicose no plasma venoso, uma vez após a ingestão de glicose e antes de um período de duas horas, em um teste de tolerância à glicose oral (FISCHABACH, 2002).
2.3 Complicações crônicas
Mudanças macro ou microvasculares, distúrbios funcionais no sistema nervoso e infecção são as categorias principais de danos decorrentes do diabetes mellitus não-controlado ou em longo prazo. Uma síndrome chamada triopatia diabética é o resultado de graves mudanças patológicas que ocorrem nos nervos periféricos (neuropatia), nos olhos (retinopatia) e nos rins (nefropatia), Impotência sexual, Acidentes vasculares cerebrais (SMELTZER; BARE, 2006).
A Retinopatia Diabética é caracterizada por alterações vasculares. São lesões que aparecem na retina, podendo causar pequenos sangramentos e, como conseqüência, a perda da acuidade visual. Exames de rotina (como o “fundo de olho”) podem detectar anormalidades em estágios primários, o que possibilita o tratamento ainda na fase inicial do problema. Hoje, a Retinopatia é considerada uma das mais freqüentes complicações crônicas do diabetes, junto com a Catarata. O tratamento pode ser feito através de fotocoagulação, cricoaguloção e vitrectomia (NEHEMY, 2001).
“A presença de retinopatia é um marcador precoce de início das complicações microvasculares e do risco de comprometimento renal. (na presença de retinopatia deve-se avaliar e acompanhar sempre a função renal)” (NEHEMY, 2001).
“Outra complicação é a nefropatia diabética também é uma complicação comum em pacientes com diabetes, com uma freqüência pouco menor do que a retinopatia. Normalmente inicia por um estágio de nefropatia, com aumento da excreção urinária de albumina, chamada de microalbuminúria, em geral, após 5 anos da doença”(PRADO, RAMOS; VALLE, 2003).
Na fase inicial da Nefropatia Diabética, aparecem pequenas quantidades dessa proteína na urina (detectada através do exame de microalbuminúria). É comum que nesse estágio ocorra, também, o aumento da pressão arterial (hipertensão). Esta situação pode levar à insuficiência renal avançada. (PRADO, RAMOS; VALLE, 2003).
Na maior parte das pessoas com os diabetes, o bom controle das taxas de glicemia previne a Nefropatia. Mesmo Por isso, o tratamento adequado do diabetes e o controle da pressão arterial são considerados fundamentais para evitar esta complicação, podendo, em alguns casos, até regredir o processo. È recomendável, também, o controle do colesterol, parar de fumar, ter uma dieta mais balanceada e até mesmo o uso de algumas medicações (sempre receitadas por um especialista). Caso já exista perda importante da função renal (insuficiência renal avançada), entrará em ação a diálise ou transplante (LIMA, 2001).
O sistema nervoso é responsável pelo controle de praticamente tudo o que fazemos. Quando movimentamos os músculos, respiramos, pensamos ou digerimos a comida, os nervos são utilizados como circuitos elétricos orgânicos. São eles que emitem e recebem os sinais no cérebro, que comunicam às outras células as tarefas que devem ser realizadas.
Com a Neuropatia, os nervos podem ficar incapazes de emitir as mensagens, emití-las na hora errada ou muito lentamente. Os sintomas irão depender e variar conforme o tipo de complicação e quais os nervos afetados. De forma geral, podemos classificar os sintomas em sensitivos, motores e autonômicos. Exemplos: Sensitivos: formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos. Dores locais e desequilíbrio; Motores: estado de fraqueza e atrofia muscular; Autonômicos: ocorrência de pele seca, traumatismo dos pêlos, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência. (LIMA, 2001)
Infelizmente, o diabetes é a principal causa de Neuropatia. Sua incidência é alta e possui diferentes formas clínicas, tais como: Polineuropatia distal uma das formas mais comuns de Neuropatia, que acomete preferencialmente os nervos mais longos, localizados nas pernas e nos pés, causando dores, formigamento ou queimação nas pernas. Tende a ser pior à noite. (PRADO, RAMOS; VALLE).
2.3.1 Hipoglicemia e Hiperglicemia
“Reações hipoglicêmicas são causadas por muito pouca glicose em circulação, o que costuma ser secundária a muita insulina ou a muito exercício, e insuficiência de alimento. As reações podem ser muitos leves, ou muito graves”. (COSTA; NETO, 1994).
Os sintomas mais comuns são: uma sensação de tremor, transpiração abundante, irritabilidade e tontura. Sinais adicionais pode ser fraqueza muscular generalizada, dor de cabeça, sensações de formigamento nos lábios ou na língua, visão dobrada ou embaçada, uma instabilidade no andar, palpitações, palidez e fome.
Sem um tratamento imediato, o paciente pode ficar em estado de confusão e comatose, e ter convulsões. O tratamento imediato consiste em elevar o nível de glicose do sangue (GUYTON; HALL, 2006.).
“A causa imediata é, sempre, uma carência de insulina e o subseqüente acúmulo de glicose e desperdício de produtos, decorrentes do metabolismo aumentado de proteínas e gorduras”. (CÂNDIDO, 2001).
O início é gradativo, podendo ser ocasionado por qualquer acontecimento que resulte em redução da insulina disponível ou aumento das exigências da insulina.
“Os primeiros sintomas são poliúria, polidipsia e polifagia que podem permanecer sem serem percebidos, até que ocorram alguns outros sintomas, como náusea, vômito, perda de apetite, fraqueza, dor de cabeça, pele seca e face ruborizada”. (GUYTON; HALL, 2006)
Já a hiperglicemia pode levar a uma desidratação profunda e osmolalidade bastante alta, mas sem Cetose ou acidose. Isso acontece quando a hiperglicemia é (> 600mg/dL), osmolalidade serrica maior que 320 mos mol /kgm Ph sanguíneo>7,30. (COSSÔ; BRAGA, 2001)