A diarreia corresponde a um aumento da frequência das dejecções com eliminação de fezes líquidas ou pastosas em quantidade superior ao normal.
Para a provocar, concorrem fundamentalmente três factores que são responsáveis, ora um, ora outro, outra vezes em conjunto, pelo aumento das dejecções:
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- hipermotilidade intestinal, em particular do cólon;
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- aumento da secreção dos sucos intestinais;
- diminuição da absorção dos alimentos pela mucosa do intestino.
As diarreias podem distinguir-se em funcionais e sintomáticas: as primeiras são devidas a um peristaltismo intestinal alterado, as segundas são causadas por alterações da parede intestinal propriamente dita.
As formas funcionais podem derivar de desiquilíbrios neurovegetativos ou de estimulações reflexas por afecções extra-intestinais. São muitas as doenças entéricas que se apresentam como sintoma de diarreia – colites, cólera, disenterias bacterianas, por exemplo.
É também importante fazer uma distinção entre as formas agudas e as formas crónicas, que necessitam ambas, nos casos graves, de uma terapêutica reidratante para suprir as vultosas perdas de sais minerais.
Quando se suspeitar de qualquer doença de uma doença certa importância, o exame das fezes pode ser de valioso auxílio para determinar a proveniência (com sede intestinal) da lesão e a sua natureza.