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terça-feira, novembro 19, 2024

DIVERSIDADE E ADIVERSIDADES NA SALA DE AULA 2/2

3.3 Docência de melhor qualidade

O ensino competente é um ensino de boa qualidade, ao explorar a expressão boa qualidade, vamos ter a possibilidade de fazer a conexão estreita entre as dimensões técnica, política, ética e estética da atividade docente.
Segundo Chaui(2000, p. 07)
Da mesma maneira que é preciso superar a retórica da qualidade, é preciso denunciar e evitar o discurso competente. Esse é um discurso instituído, não é qualquer um que pode dizer a qualquer outro qualquer coisa em qualquer lugar e em qualquer circunstancias.
A competência se reveste de um caráter ideológico, que tem o papel de dissimular a existência da dominação na sociedade dividida e hierarquizada em que vivemos. Ela ganha a feição de uma competência privada, identificada como um modelo sustentado pela linguagem do especialista que detém os segredos da realidade vivida e que, indulgentemente, permite ao não especialista a ilusão de participar do saber(Chaui, 2000, p. 13).
Ir contra o caráter ideológico do discurso da competência e da retórica da qualidade significa procurar trazer, para os sujeitos sociais e suas relações, as idéias e os valores que parecem ter sido deslocados para o espaço de uma racionalidade cientificista, de um a suposta neutralidade, em que os homens se encontram reduzidos à condição de objetos sociais e não sujeitos históricos.
Ir contra o caráter ideológico do discurso da competência e da retórica da qualidade significa procurar trazer, para os sujeitos sociais e suas relações, as idéias e os valores que parecem ter sido deslocados para o espaço de uma racionalidade, em que os homens se encontram reduzidos à condição de objetos sociais e não sujeitos históricos.
Em busca da significação dos conceitos: o recurso à lógica foi chamada por Aristóteles de organon, instrumento cuja presença é necessária em todos os campos do conhecimento para verificar a correção do pensamento. A lógica formal ocupa-se com a forma do pensamento, expressa pela linguagem, o núcleo da investigação da lógica é o juízo, operação mental que afirma ou nega algo, que atribui um predicado a um sujeito. Na indução, temos um raciocínio no sentido inverso: partimos de proposições que tem um caráter particular e chegamos a uma conclusão de caráter geral, universal. Quando raciocinamos, trabalhamos sempre com um encadeamento de proposições, mesmo que sua seqüência não seja explicita, a lógica encarrega-se de investigar a correção do pensamento, estabelecimento princípios e regras para se chegar a verdade. Os conceitos se expressam em termos ou categorias. Os termos possuem duas propriedades lógicas: a extensão e a compreensão. Assim, vamos encontrar o termo competência usado freqüentemente para designar múltiplos conceitos: capacidade, saber, habilidade, conjunto de habilidades, especificidade. O que efetivamente interessa e retomar o tratamento que os conceitos ganham na educação.
O termo qualidade já carrega em sua compreensão uma idéia de algo bom, entretanto, quando se fala em educação de qualidade, esta se pensando em uma serie de atributos que teria essa educação. A qualidade, então, não seria um atributo, uma propriedade, mas consistiria num conjunto de qualidades. O importante é chamar atenção para o fato de que se entendemos a qualidade como uma propriedade dos seres, teremos que considerar que algumas propriedades não tem apenas um caráter positivo, não são somente boas.
Qualidades são propriedades que se encontram nos seres. Dizemos que a educação é um processo de socialização da cultura, no qual se constroem, se mantêm e se transformam os conhecimentos e os valores. Se esse processo de socialização se faz com a imposição de conhecimentos e valores, diremos que é uma má educação. Se tem, ao contrario, o dialogo, a construção da cidadania, como propriedade, nós a chamaremos de uma boa educação, desejamos e lutamos pela qual, é uma educação cujas qualidades carregam um valor positivo, a boa educação é, na verdade, extremamente variável nas inúmeras sociedades e culturas, em virtude dos valores que as sustentam, é preciso perguntar criticamente: de qual educação se fala quando se fala numa educação de boa qualidade?
Parece haver necessidade de efetivamente se adjetivar a qualidade. Pra se contrapor a uma concepção que desqualifica, não se faz referencia a uma qualidade sócio-cultural, esta idéia de qualidade sócio-cultural se coloca exatamente em oposição à concepção de qualidade veiculada nos programas de Qualidade Total.
O Programa de Qualidade Total, que teve seu inicio em empresas do Japão, na década de 50, e traz uma proposta denominada novo paradigma em administração, tem sido implantado em organizações do mundo inteiro. As palavras de ordem do Programa são: eficiência, controle e competitividade.
È principalmente na segunda metade da década de 80 que o Programa Qualidade Total de instala no Brasil, ganhando espaço em diversas organizações escolares e estendendo-se as instituições escolares.
À medida que os processos desenvolvidos pelas organizações asiáticas começaram a ser estudadas, foi crescendo o interesse pela gerencia de qualidade total. O colário que se adotou foi: o que é bom para a empresa, é bom para a escola. Em sua investida no campo da Educação, o Programa alcançou primeiramente as escolas particulares, mas ganhou também atenção de sistemas públicos de ensino, apresentando-se como uma alternativa para a superação dos problemas enfrentados nas escolas.
Falar em qualidade total, é pois, fazer referencia a algo que se cristaliza, fica preso num modelo. O que se deseja para a sociedade não é uma educação de qualidade total, mas uma educação da melhor qualidade, que se coloca sempre à frente, como algo a ser construído e buscado pelos sujeitos que a constroem.
Para Cortella( 1998, p. 14-15), em uma democracia plena, quantidade é sinal de qualidade social e, se não se tem a quantidade total entendida, não se pode falar em qualidade, associado ao conceito de democracia, a qualidade que se adjetiva de social é indicadora da presença, na escola, especialmente, na escola publica, de uma solida base cientifica, formação critica de cidadania e solidariedade de classe social, carece de tradução em qualidade de ensino. Tem múltiplos sentidos, ele
Perrenoud(1997, p. 07) reconhece que a noção de competência tem múltiplos sentidos, ele se refere, inicialmente, à competência como uma orquestração de recursos cognitivos e afetivos diversos para enfrentar um conjunto de situações complexas. Assim, as competências utilizam, integram, mobilizam conhecimentos para enfrentar um conjunto de situações complexas.
Verificamos assim, que o termo competência é usado ora como sinônimo de outros termos como capacidade, conhecimento, saber etc, ora contendo esses mesmos termos em sua significação. Na medida em que os conceitos de capacidade, conhecimento, saber apontam para algo desejável, pode-se perceber a relação entre a idéia de competência e a idéia de qualidade, considerada esta como portadora de um sentido positivo. Se retomarmos o que vimos nos PCNs, podemos afirmar que se supõe que o desenvolvimento de competências conduz a formação de um individuo qualificado.
Verifica-se que, quando se recorre ao termo competências para explorar a idéia de qualificação, esta também corre o risco de sofrer uma modificação em seu significado, principalmente no que diz respeito à formação profissional. Qualificar, portando, é mais que definem o profissional eficiente em cada área. A competência guarda o sentido de saber fazer bemo dever, ela se refere sempre a um fazer que requer um conjunto de saberes e implica num posicionamento diante daquilo que se apresenta como desejável e necessário. O conjunto de propriedades, de caráter técnico, ético, político e estético é o que define a competência.
Entretanto, é possível falar de uma competência específica do professor, que alem dos saberes a ensinar, necessita dominar saberes para ensinar.
Qualidade implica conotação de valor e valor não tem caráter individual, a competência se amplia na construção coletiva, na partilha de experiências, de reflexão. A articulação com a qualidade aponta na competência a presença de uma dimensão ainda não explorada, a estética.

4 HISTÓRICO DE SOLEDADE-PB

O Município de Soledade está localizado na microrregião do Curimataú Ocidental, Estado da Paraíba, mas que na verdade apresenta características da região denominada de Cariri. Apesar do clima quente e seco, não apresenta uniformidade climática. Clima predominante é o semi-árido, com temperatura oscilante entre 20° e 387° com precipitação pluviométrica anual de 320,44mm; as temperaturas mais baixas ocorrem entre os meses de junho e agosto. Os dias são quentes e as noites têm temperatura agradável. Pelos dados da SUDENE (Superintendência Nacional do Desenvolvimento do Nordeste) as chuvas caem no período de janeiro a abril, chegando até a pequenas quedas pluviométricas nos meses de junho a agosto. Embora tenha se mantido estável, considerando-se os índices registrados nos anos passados. A medida pluviométrica sofreu vertiginosa queda, se para isso levarmos em consideração as precipitações ocorridas durante os últimos anos. Os limites de Soledade-PB são: ao norte com os municípios de São Vicente do Seridó-PB, Cubati-PB e Olivedos-PB; ao sul com Gurjão-PB; ao leste com Pocinhos-PB; e ao oeste com Juazeirinho-PB.
A cidade tem uma infra-estrutura de transporte, pois é servida pela BR-230 e pela Rede Ferroviária Federal, no sentido leste, a oeste ainda, as rodovias estaduais: PB 177, que liga a Região Curimataú ao Sul, situa-se a 168 KM da Capital da Paraíba João Pessoa e a 54KM de Campina Grande e próximo a importantes cidades do Sertão Paraibano, tais como Patos-PB, Cajazeiras-PB e Souza-PB.
A área do município de Soledade-PB é de 634,7 KM que equivale a 16,02% da área da microrregião do Curimataú Ocidental, e 1,12% da superfície total do Estado da Paraíba. Tem altitude média de 521 metros acima do nível do mar devido a sua localização no Planalto da Borborema.
A população soledadense variou muito no que diz respeito ao número de habitantes. Isso ocorre porque a estiagem prolongada reduziu o nível produtivo da agricultura assim como o de emprego no campo que cai consideravelmente, ocasionando um maior deslocamento para as grandes cidades e com isso o aumento do êxodo rural e sua população e de 12.716 habitantes, segundo dados do Censo Demográfico de 2000.
Soledade apesar de estar localizada em uma região marcada pelas demais cidade circunvizinha, ela é cortada pela BR-230na qual transitam constantemente quantidades consideradas de veículos, que propicia renda ao comércio local através de prestações de serviços como bares e lanchonetes; ponto de parada obrigatória para algumas empresas de ônibus, que fazem o trajeto para o sertão (Transnacional, Guanabara e Jardinense, e outros carros alternativos), e ainda local de descanso para os caminhoneiros que pernoitam nos alojamentos, nos postos de combustíveis e nos dormitórios.
O comércio soledadense é beneficiado com a venda de seus produtos e serviços para cidades vizinhas, que não possuem um comércio tão desenvolvido e por serem mais distantes de Campina Grande-PB (Centro Comercial) a maioria das pessoas dessas localidades se deslocam para Soledade-PB com o propósito de fazerem suas compras e consultas médicas.
A renda que circula no município é proveniente de do Funcionalismo Público, Estadual e Federal, Agricultura e Empregos gerados nas fábricas e indústrias ali instaladas, que propicia o desenvolvimento do comércio local; aposentadorias e comércio informal.
A cidade também é bem dotada de comércio varejista, com dezoito lojas de artigos para presentes e confecções que abrem para clientes de varias cidades circunvizinhas (Cubatí-PB, Gurjão-PB, Juazeirinho-PB, Olivedos-PB e Séridó-PB). O grande contingente de clientela faz com que os donos de lojas estejam sempre em busca de novidades.

5 CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Dr. TRAJANO NÓBREGA

5.1 Dados Gerais

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Dr. Trajano Nóbrega está localizada na Rua José Rufino de Carvalho s/n no município de Soledade, PB, tem entidade mantenedora o governo estadual e recebe recursos do Programa Dinheiro Direito da Escola (PDDE). Administrada atualmente pela Sra. Maria e Fatima Arruda(diretora escolar) e o Sr. Faustino Anízio Gomes Costa(diretor adjunto). Ambos mantêm um bom relacionamento com a comunidade escolar como um todo.

5.2 Aspecto Histórico

A Escola Trajano Nóbrega como é chamada por todos, foi construída em 1972, pela Prefeitura Municipal de Soledade na administração de José Joaquim de Araújo, que, sentindo necessidade de uma escola publica para atender as necessidades da juventude e do município, ele iniciou com recursos próprios municipais a construção de um prédio na Rua José Francisco de Araújo, 62. Devido a escassez de recursos a obra foi paralisada, tendo continuidade na gestão do prefeito José Manoel de Araújo no ano de 1974, vindo a funcionar em março do referido ano, atendendo um total de alunos2 na 5ª série e um corpo docente de 9 professores3.
A escola recebeu o nome Educandário Municipal Dr. Trajano Nóbrega em homenagem a Trajano Pires da Nóbrega4 um filho da terra considerado ilustre respeitado e amado por toda a comunidade. No segundo semestre de 1974, a instituição foi estadualizada pelo governador Ernani Sátiro, através de encaminhamento dos deputados Evaldo Gonçalves (estadual) e Álvaro Gaudêncio Filho (federal) passando a denominar-se Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Dr. Trajano Nóbrega, entretanto funcionando no prédio do município.
A escola iniciou suas atividades tendo apenas a 5ª série ginasial (atual Fundamental II) divididos em duas turmas para um total de nove professores que se organizavam para atendê-los. Esses professores, alguns graduados, outros ainda estudando, mas nem todos atuavam nas áreas correspondentes ao curso. Quanto as disciplinas a escola atendia: português, inglês, educação física e educação musical. Só em 1978 foi implantado o curso cientifico, o atual fundamental médio no governo Ivan Bichara.

5.3 Legislação

Em 2001, no governo de José Targino Maranhão teve inicio a construção de um prédio para a escola na Rua José Rufino de Carvalho s/n neste município, com recursos do Projeto Alvorada juntamente com a Escola Jovem e o Banco Mundial (G.A. M-41 anos diretora). Sendo concluído no governo de Cássio Cunha Lima em 2003, passando a instituição a realizar as atividades em seu próprio prédio, estando atualmente em bom estado de conservação.
Apesar de a escola ter começando a funcionar em 1974, o carimbo existente nela apresenta o decreto de criação 7546-27/03/1987 e uma resolução 372/82, não sendo possível ter obtido explicações sobre esse fato, visto que não foi localizado o referido decreto. Ela segue o regimento estadual, uma vez que não dispõe de regimento escolar, o mesmo foi iniciado, mas não foi concluído, estando ainda em articulação. Cássio Cunha Lima em 2003, passando a instituição a Escola Jovem e o Banco Mundial”.

5.4 Estrutura Física

A Escola Estadual Dr. Trajano Nóbrega na atualidade tem a seguinte estrutura: um único andar, disposto de 11 salas de aula, 01 sala de professores, 01 diretoria, 01 secretaria, 08 sanitários dentro e fora da escola (anexo ao ginásio), 01 ginásio de esporte, 01 biblioteca, 01 cozinha, 01 refeitório, 01 depósito para merenda, 01 sala de vídeo, 01 laboratório de informática, estacionamento, além de rampas para deficientes físicos. A escola dispõe de apoio didático através de antena parabólica, 03 televisores, 01 vídeo cassete, 01 DVD, 01 computador, 01 retro projeto. A maioria desses equipamentos em perfeito estado de conservação, necessitando aquisição de telefones. Recentemente foi iniciada a construção de uma sala de informática para atender os alunos deste estabelecimento, estando em fase de conclusão. A escola também desenvolve vários projetos, um na área ambiental, projeto de inclusão digital e atualmente o Projeto de Diversidade e Gênero implantado n segundo semestre de 2009 que esta em andamento.

5.5 Funcionamento

Atualmente a escola atende ao número 1.120 alunos desde a Educação Infantil ao Ensino Médio funcionando nos turnos manhã, tarde e noite, com uma carga horária de 800 horas, no total de 204 dias no turno noturno. Esses alunos estão distribuídos em 27 turmas com um total variando entre 35 e 40 alunos por turma tem um corpo docente composto de 39 professores, sendo um para cada série do Ensino Infantil e Fundamental I, II, Ensino Médio e Eja.
Por ter um espaço amplo e um ginásio de esportes a escola cede seu prédio para eventos como: retiros religiosos, semanas pedagógicos realizada pelo município, seminário estaduais, atividades esportivas diversas, além de aos finais de semana, os jovens da comunidade utilizar-se do ginásio para prática de laser.
Apesar de ser ampla, a escola dispõe de um número reduzido de pessoal de apoio, sendo duas pessoas com serviços de secretaria pela manhã, três á tarde e três a noite, duas auxiliares de serviços gerais para os três turnos, e uma pessoa por turno na cozinha e cantina se organizando entre si conciliando as tarefas para atender as necessidades da escola. Ultimamente uma das grandes preocupações dessa entidade é a falta de vigilância.

5.6 Gestão

A Escola Dr. Trajano Nóbrega teve 13 gestores e atualmente é composta das seguintes pessoas: Maria de Fatima Arruda(diretora geral), com Licenciatura em Geografia e Faustino Anízio Gomes(diretor-adjunto), com Licenciatura em Historia. Ambos foram nomeadas por indicação.
Esses gestores mantêm com o Conselho Escolar, formado através de pais, alunos, professores, direção, funcionários e comunidade, uma relação de perfeita harmonia, realizando reuniões esporádicas nas quais são discutidos temas diversos como: verbas da merenda, destino dos recursos do Programa Dinheiro na Escola (PDDE), manutenção, eventos, além de desempenho dos alunos.

5.7 Ação Pedagógica

A Escola Trajano Nóbrega, dispõe de Coordenação Pedagógica, auxiliando assim, o trabalho dos professores que se reúnem bimestralmente para planejar por conta própria, tentando adequar os temas propostos por cada um a realidade dos alunos. A escola organiza o seu currículo com as disciplinas obrigatórias como Língua Portuguesa (Gramática, Redação e Literatura), Matemática, Artes, Ciências, Química, Física, Geografia, História, Língua Inglesa, Educação Física, adotando um sistema de ensino por séries. A escola também dispõe de um Projeto Político Pedagógico que segundo a diretora. Isto mostra que a escola está de acordo com a LDB que faz essa exigência há dez anos.

6 – FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

As relações das instituições sociedade, cultura e família se dão de modo interativo, pois estas não podem viver ou se manterem sem uma inter-relação entre ambas, assim é preciso que os valores e conhecimentos dentro das circunstâncias e a objetivação dos sujeitos estão dentro de cada realidade. A escola é o espaço de transmissão sistemática do saber historicamente acumulado pela sociedade, com o objetivo de formar os indivíduos, capacitando-os a participar como agentes na construção desta sociedade. (RIOS, 1989, p.14)
A escola é o espaço de sistematização do saber por isso é que ela é fonte de assimilação das inteligências adquiridas e repassadas culturalmente pela sociedade que a compõe. Assim a escola tem uma relação com todas as outras dimensões da vida de um ser, e por isso é que ela forma cidadãos capazes de se transformarem em seres pensantes. Em relação a isto notemos o que Rios enfatiza a este assunto, pois a especificidade do processo educativo que se desenvolve na escola reside no fato de que ele tem como objetivo a socialização do conhecimento elaborado __ a transmissão do saber historicamente acumulado pela sociedade, que leva à criação de novos saberes.
A eficiência e a eficácia da escola estão em questionamentos, pois não está sendo feito uma reflexão sobre os diversos caminhos que levam um ser a ela, com isso é preciso fazer uma reestruturação nos outros seguimentos sociais. Com intuito de refletir sobre realidade escolar é necessário buscar saber o que é ser professor?; O que a educação contribui para a melhoria social? Para responder tais questões são necessárias reflexões filosóficas nas quais busquem a melhoria da realidade sócio-cultural.
As várias concepções sobre as relações sociedade e escola busca dá uma autonomia relativa de modo que é necessário buscar uma relação dialética entre escola e sociedade. Com isso é preciso construir coletivamente espaços efetivos de inovação na prática educativa que cada um desenvolve na sua própria instituição. (CORTELA, 2002, p.33)
Um ser cujas atividades estão associadas a outros seres tem um meio social. O que ele faz e o que ele pode fazer dependem das expectativas, exigências, aprovações e condenações dos outros. Um ser relacionado com outros seres não pode desenvolver as suas atividades próprias sem ter em conta as atividades dos outros. Porque elas são as condições indispensáveis à realização das suas tendências. Quando ele se move faz mexer os outros e reciprocamente. Conceber como possível definir as atividades de um indivíduo em termos das suas ações isoladamente, é o mesmo que tentar imaginar um homem de negócios a fazer negócios de compra e venda completamente sozinho. O dono de uma fábrica, que faz planos na privacidade do seu gabinete, está, na verdade, a ter uma atividade mais orientada socialmente do que quando está a comprar matéria prima ou a vender o seu produto final. Pensamentos ou sentimentos que estão relacionados com ações associadas a outros são formas de comportamento tão sociais como a maior parte dos atos manifestamente cooperativos ou hostis. Como é que o meio social educa os seus membros imaturos é o que temos mais especialmente que mostrar. Não é muito difícil ver como é que ele molda os hábitos externos de ação. Até os cães e os cavalos modificam as suas ações quando se associam a seres humanos; eles adquirem hábitos diferentes porque os seres humanos se interessam pelo que eles fazem. Os seres humanos controlam os animais através do controle dos estímulos naturais que os influenciam; por outras palavras, criando um determinado meio. A comida, os freios e as rédeas, os barulhos, as carroças, são usados para dirigir o modo como as respostas naturais ou instintivas dos cavalos ocorrem.
Procedendo sistematicamente de forma a provocar certas ações, criam-se hábitos que funcionam com a mesma uniformidade que com o estímulo original. Se um rato é colocado num labirinto e encontra comida ao dar certo número de voltas numa determinada seqüência, a sua atividade é modificada gradualmente até ele fazer esse percurso habitualmente, e não outro, quando sente fome a importância principal desta constatação precedente sobre o processo educativo que avança de bom ou de mau grado, é conduzir-nos à observação de que o único modo pelo qual os adultos controlam conscientemente o tipo de educação que os imaturos recebem é controlando o meio em que atual, e, portanto pensam e sentem. Nunca educamos diretamente, mas sim indiretamente através do meio. Há uma grande diferença entre permitir que meios aleatórios façam esse trabalho, ou concebermos os meios para os nossos propósitos.
E qualquer meio é um meio aleatório no que diz respeito à influência educativa que exerce, a menos que tenha sido deliberadamente regulado relativamente ao seu efeito educativo. Um lar inteligente difere de um não inteligente essencialmente no fato de os hábitos de vida e de comunicação que prevalecem serem escolhidos, ou pelo menos alterados, pela consideração das suas conseqüências no desenvolvimento da criança. Mas as escolas continuam a ser, evidentemente, o caso típico de meios moldados com a preocupação expressa de influenciar as disposições mentais e morais dos seus membros.
De acordo com textos já lidos podemos sintetizar que a função social da escola é preparar o indivíduo como um ser pensante de uma sociedade crítica(CORTELLA, 2006).
As pessoas que compõem a Escola Estadual de Ensino Infantil, Fundamental e Médio Dr. Trajano Nóbrega estar realmente cientes do seu papel na função social da escola, como elaborando um projeto pedagógico, procurando criar oportunidades de ampliação dos conhecimentos adquiridos nas vidas diárias dos alunos deixando que eles sejam capazes de desenvolver suas capacidades de se comunicar de modo eficaz, e que sejam críticos através da fala e da escrita, interagindo no contexto social e participarem de um posicionamento crítico e responsável capaz de ser agente dependente e transformador e não receptor de conhecimentos.
Se o conhecimento produzido pela humanidade é uma espécie de herança, então todos deveriam ter direito a ela, igualmente. O que acontece é que o que se torna saber escolar na escola de uma determinada classe social não é o mesmo que se torna saber escolar para outra classe social. Além disso, as condições concretas de acesso a esse conhecimento fora da escola também é diferenciado. Outra questão a ser pensada é que quando definimos o conteúdo escolar definimos métodos positivistas para lidar com eles, limitando a possibilidade de torná-lo instrumento para uma compreensão ampliada e profunda das relações sociais e da situação de sujeito. Que método então deveríamos adotar?
Mesmo dentro da escola pública temos que verificar se todos têm acesso ao conhecimento. Às vezes pensamos que ele deve ser destinado a quem ocupa o espaço de aluno e acabamos tendo em nosso quadros funcionários totalmente analfabetos ou analfabetos funcionais.
Quando organizamos o saber escolar temos também que ter clareza sobre sua não neutralidade e que quando informamos, formamos! A forma e conteúdo da informação têm uma direção, uma intenção, um propósito, portanto não são neutros.
Precisamos superar o discurso de que o governo quer um povo ignorante porque mantê-lo sem instrução representa a garantia de manipulá-lo. Não é verdade que a classe dominante ou o seu gerente de plantão, o Estado, assim agem. Hoje, há uma necessidade de instrução mínima. Nossa sociedade apresenta uma complexidade tecnológica maior do que há três décadas e exige um consumidor instruído. Não poderíamos, por exemplo, trabalhar de graça para os donos de bancos (quando operamos sozinhos os serviços prestados) se fôssemos totalmente analfabetos. Mas é claro que esta instrução está condicionada pelo limite do pragmatismo capitalista.
É comum encontrar pessoas que ainda pensam na escola como forma de obter sucesso através do saber reproduzido e domesticado em detrimento da busca da solidariedade, da transmissão do patrimônio cultural, do despertar das potencialidades e reflexão do que se vive. Dentro desta situação, criam-se entraves que dificultam a vivência de uma dimensão plena da escola. Espera-se que o processo de escolarização construa conhecimentos embasados na vivência e que este seja aplicado na vida. Outro ponto importante, é que este processo de aquisição de conhecimentos, possa dar subsídios para minimizar as diferenças, dando ao aluno, das classes menos favorecidas, a oportunidade de inserir-se na sociedade, com chances de concorrer em iguais condições.
A escola e a sociedade caminham juntas uma dependendo da outra politicamente e essa relação passa por vários momentos: O otimismo ingênuo atribui à escola uma missão de desenvolvimento da humanidade. Enquanto o pessimismo ingênuo diz que a escola é um instrumento de dominação que passa a reproduzir as desigualdades, o otimismo crítico acredita que a escola é útil para o desenvolvimento a transformação Social. Esses conceitos permanecem de forma consciente ou inconsciente dentro de cada um, e isto é demonstrado no cotidiano através das funções exercidas por representantes na sociedade.
A escola hoje não dispõe de uma função social, ela tornou-se como uma rede produtiva e mostra-se preocupada com a questão burocrática. A direção preocupa-se com a organização a documentação necessária para o funcionamento da mesma; o professor por sua vez é cobrado pelo plano de aula e pela carga horária(CORTELLA, 2006).
É hora da escola adequar a ação pedagógica à nova realidade tecnológica e cultural. Ela ainda é um dos poucos espaços em que a sociedade pode se comprometer com a democratização do acesso às linguagens que, constroem o pensamento e o cidadão. E o espaço escolar tem o compromisso de formar cidadãos autônomos e conscientes, tem que contribuir para as pessoas se posicionem criticamente frente ao universo de informações a que são expostos diariamente.
A escola pode realizar sim, várias funções, mas não pode deixar de realizar sua função de construir uma escola pública que ofereça um processo educativo popular.

6.1 O Cotidiano Escolar

Estudando o texto O Significado do Cotidiano de Maria Isabel da Cunha na coletânea de textos didáticos III do componente curricular Prática II. Vejo que o estudo do cotidiano vem em busca do conhecimento real e potencial que acontece.
A vida cotidiana se reduz aos conhecimentos de situações circunstanciais e apenas a este nível da realidade (PENIN 1989: P. 13)
Para compreensão da ação docente encontram-se impregnados os outros momentos sociais que entrelaça-se continuamente com ele. Isso faz com que o cotidiano seja muitas vezes orientado e vivido por meio de significados atribuídos a determinadas tarefas dentro de sua prática docente de comportamentos assimilados.
E reelaborando nas relações estabelecidas, não apenas no espaço escolar, mais em todos os outros como é dito por HELLER (1989: p.17); Mesmo que não tenham conhecimento de que, além do cotidiano, nada substitui os grandes acontecimentos, pois todos os dias ocorrem mudanças tanto na prática como na teoria que nascem através do cotidiano intuitivamente e que não se constitui apenas da rotina. E no fazer de todos os dias que surgem se modificam ou desaparecem idéias, atos e relações.
O cotidiano escolar foi analisado, partindo da realidade da Escola Estadual de Ensino Infantil, Fundamental e Médio Dr. Trajano Nóbrega através de pesquisas com a intenção de realizar uma investigação do cotidiano com o objetivo de perceber, no espaço da mesma, elementos que me indicassem as formas próprias dos alunos(as) tecerem conhecimentos e que conhecimentos eram estes nos diversos contextos de suas vidas, a fim de buscar compreender a organização do currículo escolar numa perspectiva que ultrapasse os limites dos documentos oficiais e planejamentos elaborados a partir de livros didáticos.
No que se refere a observação, é importante lembrar que se a intenção era a de aprender o movimento do cotidiano em toda a sua minúcia, identificando as táticas que alunos praticantes(CERTEAU, 1994) deixou transparecer nas suas ações, não poderia haver esquemas predeterminadas que me dirigisse o olhar para pontos fixos, enquadrados em hipóteses tomadas a priori. Pelo contrario: foi necessário chegar a escola com os sentidos todos em alertas atentos para que captassem tudo aquilo que se oferecesse a eles, desde os sons até os cheiros, desde luzes e cores ate as texturas. E como a memória costuma nos trair, foi preciso ao observar, notar tudo para que o movimento de ida e volta da teoria a pratica e desta aquela não me pegasse a surpresa , apontando que o que ficou esquecido pudesse a vir fazer a diferença.
Isto por que como pesquisadora do cotidiano da Escola Estadual de Ensino Infantil, Fundamental e Médio Dr. Trajano Nóbrega fui aprendendo que este nos dedica possibilidades que escapam e são vistas em um determinado momento. Precisamos, assim guardar com carinho tudo o que vamos entendendo ou criando, mesmo que pareça não ser importante, em determinado momento.

6.2 O Cotidiano da Escola Trajano Nóbrega

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Dr. Trajano Nóbrega SoledadePB funciona nos turnos manhã, tarde e noite. Apresento aqui o seu cotidiano, mas especificamente o turno manhã, onde trabalho como docente. Neste horário (07h às 11h) a escola atende alunos de 1º ao 9º Ano. Às 05h30min da manhã chega à escola a pessoa que vai cuidar da limpeza (M.L. 42 anos). É ela que várias vezes é quem abre o portão da escola às 07h para alunos e professores entrarem, ou então esse trabalho é feito por algumas das gestoras, já que o número de pessoal de apoio é escasso. Os alunos vão para as salas de aula, enquanto os professores seguem para a sala dos professores, onde pegam alguns materiais (giz, cadernetas, livros) e posteriormente direcionam-se para as salas de aula. Esse mesmo ritual acontece nos turnos tarde e noite. Às 09h15min é o intervalo, momento esperado com muita expectativa por alguns alunos, pois se percebe imediatamente o quanto a merenda é importante, pois quando falta à merenda, alguns alunos reclamam muito e outros ficam tristes, já que muitos alunos sobrevivem com a Bolsa Família. Às 09h30min os alunos e professores retornam as salas de aula, onde permanecem até 11h.
A escola participa de alguns eventos como datas comemorativas: dia das mães, festas juninas, dia das crianças, desfile de 7 de setembro, com a participação da banda da escola a Banda Marcial Fábio Nery, formada por alunos e ex-alunos da escola, e por outras pessoas da comunidade. A banda também participa de outros eventos na cidade, como, por exemplo, a festa da emancipação do município, além de eventos em outras cidades.
A Escola Dr. Trajano Nóbrega tem como evento principal a feira de Ciências, evento este que tem a participação não só dos professores, mas onde o alunado tem a oportunidade de mostrar para a comunidade o seu potencial, nesse período a escola recebe aproximadamente 1.500 pessoas.
Na última feira de Ciências (setembro de 2009), os alunos do 1º ao 5º Ano, apresentaram o projeto A educação no trânsito começa na escola, onde conseguimos trazer para a escola as coordenadoras Pedagógicas do DETRAN de João Pessoa as senhoras Eliana Abrantes e Fátima, que além de palestras com os alunos sobre a importância da educação no trânsito, ainda tivemos em outro dia, a culminância do projeto juntamente com elas na praça da cidade com, direito a passeios nos carrinhos Mini-bugue, com a participação de mais de 10 escolas do município, além da distribuição de panfletos, informativos sobre o trânsito para todos os participantes. A escola desenvolveu também o projeto Jogometria, onde inseria nas aulas de matemática as possibilidades de jogos educativos, trazendo para as aulas a parte lúdica envolvendo os alunos.
Assim a escola busca proporcionar uma interação entre escola e comunidade visando sempre contribuir para o processo ensino aprendizagem.

7 METODOLOGIA

Muitas vezes pedras no caminho demarcam os limites de nossa vida, mas até onde poderemos ir, de quais espaços sociais poderemos usufruir ou , onde desejamos chegar. Os padrões sociais estabelecidos como politicamente corretos, legítimos, podem se pedras no caminho de outros. Assim, e preciso retirar as pedras do caminho para que todos cheguem onde querem. Entendo que toda ação tem seu valor pedagógico, se reconhecermos que somos todos diferentes, necessariamente precisamos reconhecer a existência de diversidades. Fazer de uma forma só, ou ensinar de uma forma só, não cabe mais no perfil do professor. È preciso reconhecer os processos de construção do conhecimento utilizados pelos diversos alunos que se encontram na sala de aula, é descobrir um jeito de ensinar que comunica a todos, Cabe ao professor em primeiro lugar conhecer seus alunos, sua historia acadêmica, as estratégias desenvolvidas para construção do conhecimento. O primeiro passo é dialogar como mostra Paulo Freire.
Se faz necessário aprender a aceitar as diferenças, para compartilhar os diferentes tipos de saberes na busca de condições mais adequadas ao desenvolvimento das potencialidades presentes em cada aluno.
Após detectar as particularidades da escola e perceber os problemas diretamente relacionados ao aprendizado , e apartir daí foi possível elaborar planos de ações que buscasse minimizá-los. Onde será trabalhado através de debates, entrevistas, seminários, trabalhos em sala de aula, trabalhou extra-classe, cartazes, folderes, reuniões com alunos, professores, coordenadores e todos ligados ao processo de aprendizado, exibição de filmes, e por fim palestras; tudo enfocando os temas de cada plano de ação, a diversidade de gênero, étnico, religioso, sexualidade e orientação sexual. Também é importante incluir nesse processo a participação dos pais, pois eles precisam estar envolvidos e formar parcerias nesse processo educacional, visando o desenvolvimento do aluno.
Sobre as entrevistas, vale destacar que também elas não aconteceram a partir de questionários pré-estabelecidos, com perguntas fechadas que viessem limitar aquilo que desejassem, com base no trabalho desenvolvido, percebo que só é possível analisar e começar a mudar o mundo através do diálogo entre todos, através de um grande mergulho na realidade cotidiana da escola e nunca se deixar levar pelo olhar distante e neutro que me ensinaram e reformulei.

8 Considerações Finais

Podemos perceber na fala dos educadores que falta uma formação intercultural, uma vez que em todas as entrevistas os professores afirmaram não se sentirem devidamente preparados para discutirem a temática. Isso é desastroso para toda a sociedade, se entendemos, como pontuamos ao longo do texto, a escola como um dos espaços privilegiados para a desconstrução de idéias preconceituosas e que as diferenças e as identidades são construções históricas que, se não forem ressignificadas, continuarão veiculando preconceitos, racismo, ódio, etc.
A discussão da temática racial na escola, com professores preparados, formados e informados sobre o conteúdo implícito e explícito da discriminação, segundo os autores que discutem essa temática, é uma das estratégias para que a escola trabalhe no sentido de desconstruir essas práticas discriminatórias, contribuindo para a construção de uma educação intercultural.
Quem acha que o papel do professor e só passar conhecimentos, talvez seja a aprendizagem ativa e interativa como um devaneio teórico ou como ilusões de certas propostas pedagógicas. Essa visão leva a prática em que só o professor tem a palavra e a interação dos estudantes é desprezada, o que PE deixado de lado, e o fato que na sala de aula, esta sendo formado o futuro e que estamos trabalho com seres humanos, muito embora sejam crianças, adolescentes e ate mesmo adultos, trata-se de pessoas, e pessoas que a cada dia se modificam, temos planos, pensamentos, algo que esta sendo constantemente mudado, não podemos falar que alguém hoje será a mesma pessoa que de amanha. Partindo dessa premissa, nos professores devemos trabalhar de forma vencer as adversidades, e ensinar e aprender a conviver com as diversidades existentes, valorizando a autonomia de cada um e aceitando.
A escola como forma mais democrática de fornecer conhecimento, deve oferecer opções e ações que possam fazer a diferença para que todos sintam que somos realmente iguais, todos. A escola tem que incluir em seu projeto pedagógico métodos para garantir um convívio saudável com o que alguns acham adverso.
Mas como superar os obstáculos? Inicialmente detectar os problemas existentes, tudo que pode acarretar negativamente para o aprendizado dos alunos; para um segundo momento estabelecer e implantar ações que visem combater a discriminação e o preconceito, tanto relação aos gêneros, quanto as diversidades existentes na escola.
Homens e mulheres apresentam as mesmas capacidades de aprendizagem, muito embora alguns sejam melhores em determinas disciplinas, devemos trabalhar suas potencialidades e tentar superar suas dificuldades, afinal, de acordo com Vygostski professor é um desenvolvimentista, e deve oferecer subsídios para que o aluno desenvolva seu lado cognitivo.
Algo que também se faz necessário e a comunicação entre professores e demais funcionários, afinal boa parte do tempo os alunos passam na escola, e todos estão envolvidos nesse processo.
A escola é o lugar onde a criança e o adolescente aprende a pensar, onde é formado o caráter, e onde é acrescentado algo a consciência do aluno sobre vida, sociedade, ética, e interação. Afinal, o aluno é um ser humano, que tem angústias, dúvidas, e é imprescindível fornecer conhecimentos dos valores e virtudes que devem presidir a vida de um futuro cidadão. Que valores? Que virtudes devem estar presentes na formação de nosso alunos? Isto vai além do conhecimento específico de cada disciplina. A cada dia os alunos tem acesso a uma gama de informações, que passam a associar mais e mais a sua capacidade intelecta, por outro lado, apesar dessa quantidade enorme de informações, eles tem cada vez mais uma menor capacidade de reflexão, pois temos também a carência de uma formação ética, de valores, e de homens capazes de pensar e examinar os valores maiores de suas vidas.
As ações estabelecidas nos planos de ações mostrados nesse trabalho visam vencer essas barreiras, barreiras estas construídas na formação inicial dos alunos, idéias que se formaram desde suas infância, devemos traçar o caráter que queremos ver desenvolvidos em nosso jovens e tentar mudar o mundo.
Esperamos com este projeto estimular os alunos a raciocinar e a trabalhar suas regras que foram pré-estabelecidas e desenvolver uma mentalidade ética própria para nossa época. Pois acredito que o aluno deve ir a escola para aprender por conta própria, inclusive com relaçao a vida em sociedade, e não aprender as regras prontas que lhe são impostas.
Atualmente se faz necessário disseminar a cultura da paz para o desenvolvimento de uma sociedade mais humana, justa e igualitária, fundamentada em valores universais, respeitando as diferenças, E é na escola que a diversidade encontra lugar garantido. As ações apresentadas nesta trabalho ainda estão em andamento, mas espero alcançar os objetivos de cada uma delas.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Formação de Professoras/es em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais
CURSO GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA
Aluno(a): Ruth Fragoso Mamede da Silva

PLANO DE AÇÃO DE GÊNERO :
1. Introdução:
O presente plano visa diminuir ou até mesmo acabar com os problemas educacionais no que tange as diversidades de gêneros na escola, problemas tais como os causas devido as diferença no tratamento na sala de aula com relação aos meninos e meninas, algo que vem desestimulando o aprendizado e levando a uma queda no aproveitamento escolar , principalmente meninos.
a. Descrever as evidências da ocorrência do problema relacionado às relações de Gênero .
Só após ter ingressado neste curso pude perceber que estava agindo de forma errada na sala e assim percebi os problemas causados até mesmo por mim devido a separação durante as aulas dois meninos e meninas, eles por serem mais agressivos, elétricos, etc, e elas por apresentarem mais interesse; percebo a importância de incentivar o entrosamento entre alunos dos dois sexos.
Qual o problema e Quais fatos ou situações você observou que mostram que isso é realmente um problema na escola?
Em pesquisa feito entre meus alunos, na qual leciono matemática, é possível notar o rendimento escolar dos meninos muito abaixo da média, algo que nas meninas mostra um aproveitamento considerável. Até mesmo com relação ao comportamento, notei uma certa discriminação por parte dos outros professores com relação aos alunos do sexo masculino.
b. Apontar a origem ou causas do problema a partir dos atores e integrantes da comunidade escolar [professores, alunos, pais, gestão];
De certa forma a origem está nos fatos observados no cotidiano escolar, onde meninos e meninas apresentam diferenças gritantes quanto ao modo de se comportarem, nas qualidades que cada um apresentam, tais como a linguagem de cada um, a agressividade, a grafia, a solidariedade, a emotividade, a disciplina, a amabilidade, a perseverança, até mesma a limpeza pessoal. As meninas apresentam-se mais cuidadosas com algumas dessas características, fazendo assim com que os professores aja de forma diferenciada.
c. Avaliar os efeitos e implicações pedagógicas
Para um melhor aprendizado e na busca de um ensino-aprendizado mais satisfatória esta deve ser uma prática combatida, pois torna esta levando uma queda no rendimentos escolar, prejudicando assim os alunos diretamente.
2. Objetivos:
O que pretendendo com este plano?, combater esse tipo de discriminação, e assim tornar o aprendizado, o dia-a-dia escolar, o ensinar e o aprender prazeroso e que isto traga frutos futuramente, formado assim pessoas com caráter e que não apresentem resquícios de uma infância meio conturbada.
3. Ação:
Estabelecer uma metodologia de ensino onde todos(meninos e meninas) possam interagir de modo igual, todos permaneçam juntos durante as aulas, e todos tenham vez e voz.
4. Detalhamento: Atividades, etapas, tarefas.
Dinâmicas, atividades esportivas em grupo, debates, feira de ciências
5. Estrutura, recursos materiais e humanos necessários.
6. Responsáveis pelo Plano.
Professores, recreadores e coordenadores
7. Prazo.
Cronograma:

8. Resultados esperados
Melhorar a auto-estima de todos os alunos e também o aproveitamento escolar.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Formação de Professoras/es em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais
CURSO GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA
Aluno(a): Ruth Fragoso Mamede da Silva

PLANO DE AÇÃO DE SEXUALIDADE E ORIENTAÇÃO SEXUAL
Introdução:
A Sociedade esta constantemente passando por transformações, é isto traz consigo vários problemas. Com o avanço das mídias e o efeito principalmente da internet, que a cada dia ocupa mais espaço na sociedade e pelo fato de estar tornando mais acessível, principalmente ao público jovem. Podemos perceber o crescente número de gravidez indesejada e que a cada dia as jovens começam mais cedo sua atividades sexuais, também podemos perceber o aumento do número de pessoas com doenças sexualmente transmitidas. Outro problema e com relação a discriminação sexual como os tidos diferentes, estes problemas refletem diretamente não apenas na escola, mas também na sociedade em geral. O presente plano de trabalho visa tentar amenizar estes problemas e suas conseqüências.
Objetivo:
Conscientizar os alunos que diversidade existe e devemos respeitar as escolhas de cada um, e que afinal somos todos iguais, é que conviver com essas diferenças e algo benéfico para toda sociedade.
Público Alvo
8º e 9º ano do Ensino Fundamental II.
Ação:
Aulas expositivas e mostrar através de filmes, palestras e ate conversas paralelas entre as aulas que atos discriminatórios e excludentes são impróprios e errados no tratamento uns com os outros.
A partir daí montaremos um ciclo de palestras que possa atingir não apenas os alunos, professores e funcionários da escola, mas que possa abranger toda a sociedade. Onde teremos painéis, folders, depoimentos e veiculação de filmes que tratem do assunto.
Recursos:
Aulas Expositivas
Filmes: O Segredo de Brokeback Mountain; I Love You, Phillip Morris, Matadores de vampiros lésbicas, Juno, Meninas.
Palestra com a orientadora educacional; professores e voluntários.
Cronograma:

Mídias utilizadas:
Mídias impressas livros, revistas, filmes (DVD), internet, folders.
Culminância:
Ciclo de palestras, depoimentos, exposição de trabalho que envolvam o assunto.
Resultados previstos:
Conscientizar acerca das diferenças e melhorar o tratamento uns com os outros, respeitando-os e valorizando-os enquanto cidadãos.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Formação de Professoras/ES em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais
CURSO GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA
Aluno (a): Ruth Fragoso Mamede da Silva
PLANO DE AÇÃO ETNIA
INTRODUÇÃO:
Atualmente os jovens e adolescentes sofrem influência das mídias e do mundo em geral, algumas deixando de lado até mesmo os princípios e valores que foram criados com isto fazem valer a lei do que esta na moda e quem se sobressaem mais, recaindo sobre os diferentes o pesado fardo de agir corretamente, mas pagam um preço alto por fugirem dos padrões… é com isto algumas jovens deixando seus princípios de lado ou até mesmo por fraqueza de caráter , fazem sexo sem se prevenir ocorrendo no melhor das hipóteses uma gravidez indesejada.
Isto ocorrendo à vítima sofrerá com os xingamentos e o descaso que afeta no desempenho escolar, na formação do caráter, diminuindo a auto estima do aluno atingido.
Com isto algumas vezes é freqüente escutarmos expressões tais como: Dizer que brasileiro tem sangue fraco porque a maioria do povo é mestiça; fazer comparação, usando a cor branca como símbolo do que é limpo, bom puro e, em contrapartida, usar açor preta representando o que é sujo, feio, ruim; anúncio de emprego exigindo boa aparência, negros de alma branca; é negro, mas é bonito; piadas de mau gosto: coisa de preto, serviço de preto; limpar sangue; melhorar a raça; usar eufemismo: escurinho, moreninho; pessoas de cor. Ele não é totalmente negro; é de raça apurada
OBJETIVO:
Mostrar que todos são iguais apesar de serem de cor ou posição sociais, que as diferenças dão essenciais para vivermos no mundo, pois se todos fossem iguais não teria a miscigenação. Todos devem concorrer no mercado de trabalho mediante a capacidade intelectual, podendo atuar em todas as ramos e camadas sociais de forma positiva e proveitosa, capaz de realizarem atividades com perfeição.
Turmas:
8º e 9º ano do fundamental II fase.
Ação:
Observar em filmes roda de conversa, e ou palestras que atos discriminatórios e excludentes são impróprios e errados no tratamento uns com os outros.
Com isto sugeri a montagem de uma peça teatral onde, uma turma de farão a encenação de fatos cotidianos onde uma moça atraída por um rapaz da moda se entrega a ele sexualmente, e ele não a aceita mais alegando que nunca ficaria com uma negra, não sendo aceita por ele e pelos colegas de escola… (a turma terá que produzir um o final da história).. Em seguida os alunos terão de assistir o filme Escritores da Liberdade, onde a história retrata uma escola recheada de discriminações raciais e religiosas.
Recursos:
Filme: Escritores da Liberdade
Palestra com a psicóloga (se possível);
Cronograma:

PROCEDIMENTOS:

Português:
* Apresentação do projeto a turma, que irá envolver todos os alunos, e será realizado em quatro meses, com estudo de textos, interpretação e análise de gráficos, estudo de fatos históricos relacionados com preconceito ao longo dos anos em diversos países.
* Leitura, interpretação e reescritura de um artigo da revista que trata desse assunto Cidades que comemoraram o dia da consciência negra e o texto Racismo e preconceito.
Escrita do final do texto da peça teatral e criação do título.
Matemática:
*Análise de interpretação de gráficos. Construção de gráficos, pesquisa junto ao alunado da escola;
Artes:
*Pintura de tela (utilizando papel madeira e tinta guache). Preconceito- Nunca
Uso de mídias:
Mídias impressas livros, revista informativa Mundo Jovem, filme (DVD), internet, bola.

Culminância:

Postagem de um blog criado pelos alunos onde os mesmos irão postar suas reflexões sobre os temas estudados em cada disciplina que se envolveu no projeto;
Apresentação da peça teatral.
Resultados previstos:
Conscientizar acerca das diferenças e melhorar o tratamento uns com os outros, respeitando-os e valorizando-os enquanto cidadãos.

10 Referências Bibliográficas

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