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sábado, novembro 23, 2024

DOENÇAS BUCAIS

Nos últimos anos, podemos verificar importantesavanços no que diz respeito à saúde bucal.Tendo nas últimas décadas um declínio dasprincipais doenças bucais, que está se consolidandojuntamente com os importantes trabalhos realizados em escolas e nasociedade como um todo. Mas este é somente o iníciode uma luta que ainda tem muito para mudar o conceito decárie que está longe de ser considerada sob controle,o mesmo pode-se dizer da doença periodontal.

Ainda deve-se estudar o chamado grupo de”polarização”, onde 20% da populaçãosão responsáveis por 80% do número total dedoenças bucais, não se sabe ao certo se estestornam-se “resistentes” aos tratamentos, ou se estes nãorecebem as informações necessárias para manterum boa higiene bucal. Muitas vezes, pode-se ter um índicemaior de doenças bucais, justamente por ainda haver umaconcepção retrógrada de que os portadoresdestas estão “menos doentes” do que aqueles que apresentamoutro sintoma em “áreas mais nobres”, mas esta idéiajá está a ponto de ser exterminada.

Em um exame mais aprofundado do assunto, mostra quehá inúmeros sinais na prática, de que asaúde bucal é considerada uma parte separada noSistema de Saúde no Brasil. Por exemplo, os planos desaúde de Seguro-Saúde no Brasil, compouquíssimas exceções, excluem completamente otratamento odontológico da sua cobertura. E essasituação não é boa nem para apopulação, nem para a Medicina e a Odontologia. Omoderno conhecimento científico disponível nãodá suporte à idéia dominante de que a maisimportante missão na Odontologia é “tratar os dentesdas pessoas”. Essa visão “dentária daprofissão é definitivamente incompatível com aresponsabilidade e as atribuições atuais do dentista,como membro da equipe de saúde e frente às demandasda sociedade, concorda também neste aspecto C. Everett Koop1”.

Em crianças e adolescentes foi grande aredução de dentes ostentando cavidades cariosas assimcomo uma acentuada melhoria nas condiçõesperiodontais. Embora as razões para esse fato aindanão foram esclarecidas, certamente guardamrelação direta com o aumento e auniversalização da exposição daspessoas ao flúor, posto na água de abastecimento e osdentifrícios fluoretados. Além disso, algunsacreditam que, embora o consumo de sacarose não tenhadeclinado, está em marcha uma mudança no perfil deconsumo de açúcar por crianças e adolescentes,o que significa que provavelmente temos uma dieta menoscariogênica. De acordo com alguns autores, a ingestãode açúcar só continua como um fator de riscopara o grupo mais suscetível, que é composto porcrianças que apresentavam 2 ou mais cavidades cariosasinterproximais.

Está sendo observada uma granderedução do número de dentes extraídosentre os adultos, além de uma grandediminuição na prevalência de cáries erestaurações.

Porém, as mudanças surgiramdefinitivamente na odontologia quando mostrou-se que a cárieera uma doença bacteriana infecciosa e transmissívelpois as lesões cariosas e periodontais eram resultantes dedoenças infecciosas, que por sua vez dependiam dapresença e dominância de certas bactériasodontopatogênicas nas placas.

Constatou-se também que inúmeros fatoresestão ligados à cárie, como por exemplo onível de atividade metabólica das bactérias, oph da saliva, a higiene bucal e, tendo como pano de fundo ascondições sócio-econômico a que aspessoas estão submetidas, assim concluiu-se que acárie é uma doença multifatorial.

É importante salientar que os futuros dentistasdevem mudar essa concepção “dentocêntrica”ainda tão arcaica. È preciso ampliar a visãodesta profissão, não deve-se analisar somente odente, mas o indivíduo como um todo. È importantemanter um diálogo aberto e amplo com o paciente, para que odiagnóstico seja ainda mais preciso. Um exemplo sãoos pacientes hipertensos, que com seus medicamentos temxerostomia2 e assim tem-se um risco maior de obter adoença da cárie.

Assim, em um futuro próximo, o dentistamudará sua imagem, e será definitivamente umprofissional da saúde, este deixará de “tratardentes” para “tratar de gente”. “Gente que tem dentes”, assim aOdontologia irá ampliar seus compromissos éticos coma sociedade e com o social.

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