O princípio ativo do ecstasy é o mesmo do LSD, a metilenodioxidometaanfetamina (MDMA). Sua forma de consumo é por via oral, através da ingestão de um comprimido. Os usuários normalmente consomem o ecstasy com bebidas alcoólicas, o que intensifica ainda mais o efeito e agrava os riscos.
O ecstasy é uma substância psicoativa designada como 3,4 metilenodioximetanfetamina. O Ecstasy foi sintetizada pela empresa Merck em 1914, a droga ainda possui diversos outros nomes como desenho entre outros, além de ter ação alucinógena, o Ecstasy pode ser consumido injetado, inalado, e por via oral.
Efeitos
A droga ecstasy possui efeitos devastadores como: taquicardia, secura da boca, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, dificuldade em caminhar, reflexos exaltados, aumento da pressão sanguínea, tremores, dores musculares e vontade de urinar.
Os principais efeitos do ecstasy são uma euforia e um bem-estar intensos, que chegam a durar 10 horas. A droga age no cérebro aumentando a concentração de duas substâncias: a dopamina, que alivia as dores, e a serotonina, que está ligada a sensações amorosas. Por isso, a pessoa sob efeito de ecstasy fica muito sociável, com uma vontade incontrolável de conversar e até de ter contato físico com as pessoas. O ecstasy provoca também alucinações, além disso, o ecstasy poderá causar uma perda de noção de espaço, grande euforia, despreocupação, entre outras sensações, a longo prazo a pessoa que faz uso desta droga poderá sofrer de depressão.
Os malefícios causados pela droga ao corpo do usuário são ressecamento da boca, perda de apetite, náuseas, coceiras, reações musculares como câimbras, contrações oculares, espasmo do maxilar, fadiga, depressão, dor de cabeça, visão turva, manchas roxas na pele, movimentos descontrolados de vários membros do corpo como os braços e as pernas, crises bulímicas e insônia.
A principal causa de óbitos dos consumidores da droga é o aumento da temperatura corpórea que ele provoca no usuário. A droga causa um descontrole da pressão sangüínea, que pode provocar febres de até 42 graus. A febre leva a uma intensa desidratação que pode causar a morte do usuário do ecstasy. Associado a bebidas alcoólicas, o ecstasy pode provocar um choque cárdio-respiratório.
Histórico
O ecstasy é uma droga relativamente nova e, diferentemente de drogas como a cocaína e a maconha, só foi sintetizada pela primeira vez já neste século. A primeira notícia que se tem da droga é de 1912, quando foi sintetizada pela primeira vez por um laboratório alemão. Sua primeira utilidade foi medicinal, em sessões de psicoterapia, e como um inibidor de apetite.
Curiosidade
O ecstasy é conhecido com a “Pílula do Amor”, já que aumenta a concentração de um neurotransmissor (substância responsável pela comunicação entre os neurônios) chamado serotonina. A serotonina está intimamente ligada às sensações amorosas.
Dependência
Ainda não há evidências de que o ecstasy provoque dependência física, contudo ainda é cedo para afirmar que isso não acontecerá. Mais estudos são necessários. Várias vezes na história da medicina uma substância inicialmente considerada inócua mostrou-se, com o tempo, que era na verdade nociva. Já encontramos na literatura específica relatos de casos compatíveis com dependência ao ecstasy.
Problemas clínicos resultantes
Há quatro tipos básicos de toxicidade física causada pelo ecstasy. A hipertermia, neurotoxicidade, cardiotoxicidade e hepatotoxicidade.
A hepatotoxicidade é a lesão hepática (fígado) provocada pelo ecstasy, que se manifesta clinicamente como uma leve hepatite viral na qual o paciente fica ictérico (amarelado) com o fígado aumentado e amolecido com uma tendência a sangramentos. A toxicidade, no entanto, pode ser bem mais grave evoluindo para uma hepatite fulminante que resulta em fatalidade caso não se possa fazer um transplante.
A cardiotoxicidade é caracterizada por aumento da pressão arterial e aceleração do ritmo cardíaco. Esses efeitos podem levar a sangramentos por ruptura dos vasos sanguíneos. Essas alterações têm sido registradas pelo quadro clínico e pela análise necropsial, encontrando-se petéquias no cérebro, hemorragias intracranianas, hemorragias retinianas, tromboses, sérias alterações elétricas no coração.
Toxicidade cerebral
Ainda não há estudos suficientes, mas parece que o ecstasy provoca elevação da temperatura corporal o que é agravado pela situação em que é usado, nas danceterias onde há grande atividade física. A exagerada elevação da temperatura corporal pode provocar diversas lesões pelo corpo de acordo com a sensibilidade de cada tecido. O próprio tecido cerebral é dos mais sensíveis podendo sofrer lesões desse superaquecimento. Convulsões também já foram relatadas pelo uso do ecstasy.
Hiperpirexia (hipertermia)
Este é provavelmente o pior efeito indesejável do ecstasy, apesar de ser parte da toxicidade cerebral, é relatada à parte para maior destaque de sua importância. O aquecimento do corpo pode levar a rabdomiólise (lesão dos tecidos musculares) que quando acontece de forma simultânea leva a um “entupimento” dos rins o que pode danificá-los permanentemente. Coagulação intravascular disseminada: é um efeito extremamente grave que geralmente leva a morte, mesmo quando o paciente já se encontra internado. O tratamento é feito com resfriamento rápido através de imersão em água gelada, infusão de solução salina resfriada e lavagem gástrica com líquidos frios.
Mais efeitos no corpo humano
Fígado – Causa mau funcionamento do fígado e excesso de bílis no sangue, o que deixa a pessoa amarelada.
Rins – Estimula um hormônio antidiurético chamado ADH. Apesar do aumento da sede, a pessoa pára de urinar e não consegue transpirar na mesma velocidade em que bebe água. É rara, mas a overdose de água pode levar à morte.
Cérebro – Depressão, ansiedade e síndrome do pânico por causa dos danos causados nas células nervosas. Se a pessoa tiver predisposição para esses males, a ocorrência pode ser imediata. Destruição de neurônios também pode causar problemas de memória e atenção.
Boca – Enquanto a droga faz efeito, há forte ranger de dentes. Em alguns casos, eles podem até quebrar. Se a pessoa usa freqüentemente a droga, pode desenvolver bruxismo, que é o ranger constante. Os dentes se desgastam.
Metabolismo – Há aumento excessivo da temperatura do corpo, o que destrói enzimas e prejudica o funcionamento de vários órgãos.
Músculos – A queda na concentração de sódio prejudica o funcionamento de músculos e neurônios. Isso ocorre porque, ao transpirar em excesso e só beber água, a pessoa não repõe os sais perdidos no suor.
Coração – Aumenta em até 40% os batimentos, o que pode desencadear problemas cardíacos.
Efeitos mais eufóricos em Mulheres do que Homens
E saiu mais uma pesquisa científica tendo o ecstasy como objeto de estudo. Dessa vez o estudo comparou os efeitos da droga em homens e mulheres e o resultado foi: mulheres que consomem ecstasy obtêm maior efeito eufórico em relação aos homens, mas também apresentam efeitos negativos mais severos nos dias seguintes ao uso da droga, além de correrem maior risco de entrar em coma.
Foi o que concluiu um estudo publicado pela revista “Neuroscience & Biobehavioral Reviews” e apresentado durante o Congresso Internacional sobre a Saúde Mental de Mulheres.
A pesquisa foi feita por Kelly Allott, do Centro de Estudos Psiquiátricos da Universidade de Melbourne e reuniu outros 29 estudos realizados em diversos países. “O que pudemos concluir com todas as evidências é que para as mulheres a euforia da droga é maior e mais intensa, mas os efeitos colaterais nos dias seguintes parecem ser também muito mais intensos”, disse. No entanto, ainda não está claro qual é o causador das diferentes reações. Segundo Kelly, existem diversas teorias.
“É possível que o hormônio sexual feminino estrogênio aumente a sensibilidade aos efeitos de algumas substâncias, como o MDMA, a substância base do ecstasy, que age no sistema de produção da serotonina e tem efeito sobre o humor”, disse a pesquisadora. As diferentes reações à droga podem também depender de características da estrutura cerebral ou do modo como homens e mulheres metabolizam a droga no organismo.
Importante
As informações disponíveis nesta página possuem apenas caráter educativo, sem a intenção de fazer apologia ao consumo de qualquer substância, lícita ou ilícita.