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segunda-feira, dezembro 2, 2024

EDUCAÇÃO INFANTIL

Os textos apresentados neste fascículo, remetem a uma reflexão sobre aspectos importantes que ajudam a concretizar a pedagogia da infância que considera a criança, desde o nascimento, como produtora de conhecimento e cultura, apartir das múltiplas interações sociais e das relações que estabelece com o mundo, influenciando e sendo influenciada por ele e construindo significados apartir dele.

Considera-se que a Educação infantil se faz por diversos atores: os (as) educadores, as crianças, sas famílias e toda a comunidade educativa. Porém o Protagonista principal é a criança.

O ambiente de atendimento a criança de 0 a 6 anos e a concepção de criança.

Ao ingressar na escola e antes mesmo de poder enfrentar a peculiar situação de ensino-aprendizagem que caracteriza a instituição, a criança depara-se com um ambiente único e até então inesperado transformador do sujeito e da sua ótica sobre o mundo. A passagem do meio familiar, geralmente afetivo e protetor, ao ambiente institucionalizado da escola, implicam na descoberta de uma estrutura social que, em maior ou menor grau, impõe ao aluno:

a ampliação da convivência social;
a convivência, concorrência e competição entre iguais (os colegas);
a reconstituição do Eu no grupo, reafirmando seus limites e potencialidades;
novos vínculos de relacionamento entre adultos e crianças (em relação à vida familiar);
a compreensão dos diferentes papéis sociais e suas implicações na regulação de tarefas, no delineamento de direitos e deveres e nas relações pessoais;
a hierarquia de pessoal e das “leis” de força e poder;
a cobrança mais ou menos implícita sobre os alunos em diretas ou indiretas exigências de performance, desempenho e comportamento;
o funcionamento regrado do sistema escolar: normas, horários, divisão de ambientes, limites instituídos, exigências de material, vestuário, etc.
a integração do ritmo individual à dinâmica peculiar da instituição na sucessão de atividades, negociações, exigências e conflitos.
O papel do Educador na educação infantil

O educador, na educação infantil, preocupa-se com a organização e aplicação das atividades que contribua para o desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos. Ele tem o papel de ajudar na formação do educador infantil diariamente, para que o espaço da escola infantil seja lúdico e de aprendizagem. Ele observa e pesquisa estratégias que irá ajudar a criança e o professor a desenvolver autonomia e criticidade dentro da realidade sócio cultural que a escola estiver inserida.

A natureza da criança é pouco aceita dentro do contexto escolar. Seus conteúdos agressivos, sua emoção e sua necessidade de passar a maior parte de seu tempo brincando ou sonhando são vistos como um obstáculo. Seu alheamento vira sinônimo de improdutividade e, dentro de uma visão adulta, terá que abdicar de sua fantasia e brincadeira o mais cedo possível e ingressar em um mundo que não lhe pertence.
A imaginação e a criatividade tornam-se anomalias e cria-se um modelo de competência em que o fracasso é responsabilidade da criança ou de sua carência familiar e sócio-cultural e do educador, que é incapaz de exercer suas funções.

A música na educação infantil

A música é um tipo de linguagem; logo, a motivação musical depende da linha melódica que esta apresenta ou da seqüência de ritmos que a criança é capaz de acompanhar sensorialmente. Quando estiver integrada ao ritmo da música, a criança poderá ser atraída pela melodia; mas, se puder fazer uma escolha entre melodia e ritmo, ficará com este, que se encontra mais próximo de sua capacidade de percepção. Isto porque a criança é um ser primitivo que está em processo de construção.

Avaliação na Educação infantil

É de suma importância ressaltar inicialmente, que pela atual legislação, no artigo 31 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a avaliação na educação infantil, deve ser feita mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança, não tendo o objetivo de promoção para o acesso ao ensino fundamental.
Portanto, no contexto da educação infantil, a avaliação não deve ser encarada como um julgamento, pois isso seria uma forma de classificar e estigmatizar as crianças, não levando em conta os acontecimentos que acompanham todo o cotidiano em questão.
De acordo com Hoffmann (1996), a avaliação deve ser mediadora, onde “mediação significa um estado de alerta permanente do professor que acompanha e estuda a história da criança em seu processo de desenvolvimento”(p.31).
Neste sentido, constatamos que a avaliação envolve o todo que faz parte do cotidiano vivenciado pelo grupo, onde todos são avaliados. Assim, ela passa a ser uma ação crítica e transformadora, onde o professor acompanha o seu grupo, investigando, observando e refletindo sobre a criança, sobre o grupo, sobre a sua prática pedagógica, sobre a instituição.
Portanto, a avaliação é um processo que deve ser incorporado na prática do professor, onde, todas as experiências, manifestações, vivências, descobertas e conquistas das crianças devem ser valorizadas, com o objetivo de revelar o que a criança já tem e não o que lhe falta.

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