Usa-se o hífen:
1. nas palavras compostas em que os elementos da composição têm acentuação própria e formam uma unidade significativa: guarda-roupa, beija-flor, bem-te-vi;
2. com a partícula denotativa eis seguida de pronome pessoal átono: eis-me, eis-vos, eis-nos, ei-lo (com a queda do s);
3. nos adjetivos compostos: surdo-mudo, afro-brasileiro, sino-luso-brasileiro;
4. nos vocábulos formados pelos sufixos Açu, guaçu e mirim, se o primeiro elemento terminar com uma vogal acentuada graficamente ou for anasalada: sabiá-açu, acará-guaçu, capim-açu;
5. em vocábulos formados por prefixos que têm acentuação: pré-história, pós-operatório, pró-socialista;
6. com os prefixos do quadro abaixo (mas observe que haverá hífen diante de determinadas letras):
Observações:
a) Fugindo à regra, a palavra extraordinário escreve-se sem hífen.
b) Nos compostos com o prefixo bem, usa-se hífen quando o segundo elemento tem vida autônoma ou quando a pronúncia assim o exigir.
Exemplos: bem-vindo, bem-estar, bem-aventurado, etc.
c) O prefixo sobre apresenta algumas exceções.
Exemplos: sobressair, sobressalto, sobressalente, etc.
d) O prefixo co é seguido de hífen quando tem o sentido de “a par” ou “juntamente” e o segundo elemento tem vida autônoma.
Exemplos: co-aluno, co-autor, co-proprietário.
Existem, no entanto, inúmeras composições consagradas pelo uso em que não se usa o hífen.
Exemplos: coexistir, colateral, correlação, coabitar, coadjuvante, etc.