A Escarlatina é uma doença infecto-contagiosa, provocada pela localização, normalmente na faringe, do estreptococo β-hemolítico grupo A, que atinge de preferência as crianças.
Após um período de incubação de 2-5 dias, a escarlatina inicia-se com febre elevada (39º-40º), dor nas faces durante a deglutição, cefaleias, náuseas, vómitos; o pulso tem a frequência elevada, a pele está quente e seca.
Após 48 horas, no máximo, aparece o característico exantema, que se inicia nas raízes dos membros, para depois se estender ao tronco, aos próprios membros e a partes do rosto.
O exantema cutâneo, vermelho-vivo, é acompanhado por um outro exantema, orofaríngeo, com angina eritematosa, caracterizada por pontuações vermelhas do palato mole e avermelhamento difuso da faringe.
A língua aparece inicialmente esbranquiçada, excepto na sua ponta e bordos. De seguida, dá-se a desepitelização completa com as papilas postas a nu, também conhecida como “língua de framboesa”. Ao fim da primeira semana, o exantema empalidece, iniciando-se a descamação de tipo esfoliativa, ao mesmo tempo que a febre baixa.
A terapêutica da escarlatina é feita com penicilina. Eventualmente, também poderão ser usados gamaglobulinas ou preparados cortisónicos. A profilaxia baseia-se nas regras comuns (isolamento do doente), mas também na profilaxia antibiótica, que consiste em submeter os indivíduos expostos ao contágio è ministração de penicilina por pouco tempo.