Autoria: Paulo Cesar Silva
RESUMO:
A esquizofrenia é um dos quadros psicóticos mais importantes e se caracteriza pelo que, no senso comum, podemos chamar de mente dividida. Clinicamente, a esquizofrenia manifesta-se de formas diferenciadas, mas algumas características aparecem de forma habitual. É comum observar-se incoerência afetiva e de pensamento, afastamento da realidade e atividade delirante. A esquizofrenia é um distúrbio das associações que regem o pensamento, por isto o pensamento do esquizofrênico não apresenta lógica. A esquizofrenia pode aparecer em qualquer idade e é uma doença crônica que evolui em surtos ou crises que são intercaladas com períodos de melhora. As formas mais conhecidas de esquizofrenia são: esquizofrenia paranóide, hebefrênica, catatônica, a simples e a residual. Os pacientes esquizofrênicos enfrentam sintomas muito complicadores e podem adquirir seqüelas denominadas “defeito esquizofrênico”, que é uma característica que os torna estranhos, com uma feição demencial. Uma pessoa que sofre de esquizofrenia apresenta uma queda severa em seu desempenho social, prejuízos na capacidade de trabalho e atividades quotidianas e indiferença aos estímulos afetivos. Fatores orgânicos, como a transmissão genética e alterações bioquímicas, são muito importantes na gênese da esquizofrenia mas, como grande parte das doenças, ela pode ser encarada como conseqüência de um conjunto de fatores orgânicos, psicológicos e sociais. O tratamento é feito com medicamentos conhecidos como neurolépicos ou antipsicóticos, que reduzem o tempo de duração do surto e permitem que cada vez menos pacientes voltem a apresentar os sintomas da síndrome. A colaboração da família é fundamental para o controle e evolução da doença e, muitas vezes, é importante que o paciente passe por uma psicoterapia, para que adquira mais conhecimentos a respeito da sua nova condição e para que consiga, mais rapidamente, uma readaptação ao convívio social.